Entrevista Almirante Vidigal
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- Marino
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Entrevista Almirante Vidigal
Para quem não conhece, o Alte Vidigal é um dos maiores estrategistas vivos da MB.
Mesmo reformado, a MB não abre mão de seus serviços no CEE e aulas na Escola de Guerra Naval.
Bom proveito para todos.
http://www.aepet.org.br:80/debate_brasi ... videoID=32
Mesmo reformado, a MB não abre mão de seus serviços no CEE e aulas na Escola de Guerra Naval.
Bom proveito para todos.
http://www.aepet.org.br:80/debate_brasi ... videoID=32
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Excelente entrevista... muito interessante mesmo!
Obrigado por ter colocado aqui Marino
[]s
CB_Lima
Obrigado por ter colocado aqui Marino
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CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- flavio pereira montes
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Marino,
também gostaria de parabenizar pela iniciativa, este tipo de material apresentado é de muito valor para agregar conhecimento a todos.
Sds.
Flavio
também gostaria de parabenizar pela iniciativa, este tipo de material apresentado é de muito valor para agregar conhecimento a todos.
Sds.
Flavio
- Marino
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Obrigado Marino.
Realmente muito elucidativo para os que não sabem nada a respeito.
Recomendo que todos divulguem esta entrevista com o intuito de esclarecer a sociedade alienada deste país, de que Amazônia Azul não é brincadeira.
Eu já fiz a minha parte.
Realmente muito elucidativo para os que não sabem nada a respeito.
Recomendo que todos divulguem esta entrevista com o intuito de esclarecer a sociedade alienada deste país, de que Amazônia Azul não é brincadeira.
Eu já fiz a minha parte.
Abraços,
Padilha
Padilha
- Marino
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Aproveito este tópico para divulgar um artigo do Alte Vidigal, publicado no Globo.
O Globo
Preparados para o que der e vier
O Brasil é um país pacífico.
ARMANDO VIDIGAL
Não ameaça ninguém e nem é ameaçado. Durante anos, isso nos foi dito e repetido tantas vezes que houve quem acreditasse na assertiva. A História contribuiu para isso. Só não reconhecíamos o óbvio: o que nos deixava a salvo de ataques não era a nossa simpatia, mas sim era a nossa absoluta desimportância dentro do contexto político-estratégico internacional.
Só que isso mudou. A atual crise financeira que está redesenhando o capitalismo mundo afora é apenas uma — e certamente a menor — das crises que se prenunciam nesse início do século XXI. Outras quatro estão por vir. E, em todas elas, a solução passa pelo Brasil.
A primeira delas é a crise de energia. Até recentemente importador de pequê tróleo, hoje nosso país destaca-se no cenário internacional não apenas pelas suas imensas reservas recém-descobertas do pré-sal. Temos também enormes reservas de Urânio. Detemos tecnologia de ponta, solo e climas perfeitos para nos tornarmos os maiores produtores de biocombustíveis.
A segunda grande crise é a da água. Motivo de guerras na África e no Oriente Médio, ela já começa a escassear nos países ricos. No Brasil, ela abunda.
A terceira grande crise, associada ao problema da água, é a crise dos alimentos. Nesse ponto, novamente a solução passa pelo Brasil, o “celeiro do mundo”.
Finalmente, a quarta grande crise do século XXI: a do meio ambiente. Uma vez mais, o Brasil e a Amazônia, “pulmão do mundo”, ocupam papel central nesse debate, em que a tese de internacionalização de nossas florestas ganha adesões a cada dia.
Cada uma dessas crises realimenta as outras e é por elas realimentada. Não se trata de paranoia de militar. Vivemos um claro deslocamento do polo estratégico mundial para o Atlântico Sul. E o Brasil, por todas as condições já mencionadas, encontra-se no foco das atenções.
Por isso tudo, vem em boa hora a “Estratégia Nacional de Defesa” pelo governo federal, que percebeu a importância de recuperar nossas Forças Armadas e construir uma sólida base militar. Isso só será possível se houver, de fato, políticas que fortaleçam a indústria nacional de defesa — estatal e privada —, que, por sua vez, deve trabalhar em conjunto com as universidades e os centros de pesquisa para o desenvolvimento da nossa própria tecnologia para que não dependamos do conhecimento de quem pode se tornar hostil no futuro.
O poder militar não é um luxo, mas uma necessidade. Se vamos utilizá-lo ou não, pouco importa. Mas só poderemos verdadeiramente descansar quando tivermos a certeza de que, se preciso for, estaremos preparados para o que der e vier.
ARMANDO VIDIGAL é professor do Centro de Estudos de Política e Estratégia da Escola de Guerra Naval.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Marino escreveu:Aproveito este tópico para divulgar um artigo do Alte Vidigal, publicado no Globo.
O Globo
Preparados para o que der e vier
O Brasil é um país pacífico.
ARMANDO VIDIGAL
Não ameaça ninguém e nem é ameaçado. Durante anos, isso nos foi dito e repetido tantas vezes que houve quem acreditasse na assertiva. A História contribuiu para isso. Só não reconhecíamos o óbvio: o que nos deixava a salvo de ataques não era a nossa simpatia, mas sim era a nossa absoluta desimportância dentro do contexto político-estratégico internacional.
Só que isso mudou. A atual crise financeira que está redesenhando o capitalismo mundo afora é apenas uma — e certamente a menor — das crises que se prenunciam nesse início do século XXI. Outras quatro estão por vir. E, em todas elas, a solução passa pelo Brasil.
A primeira delas é a crise de energia. Até recentemente importador de pequê tróleo, hoje nosso país destaca-se no cenário internacional não apenas pelas suas imensas reservas recém-descobertas do pré-sal. Temos também enormes reservas de Urânio. Detemos tecnologia de ponta, solo e climas perfeitos para nos tornarmos os maiores produtores de biocombustíveis.
A segunda grande crise é a da água. Motivo de guerras na África e no Oriente Médio, ela já começa a escassear nos países ricos. No Brasil, ela abunda.
A terceira grande crise, associada ao problema da água, é a crise dos alimentos. Nesse ponto, novamente a solução passa pelo Brasil, o “celeiro do mundo”.
Finalmente, a quarta grande crise do século XXI: a do meio ambiente. Uma vez mais, o Brasil e a Amazônia, “pulmão do mundo”, ocupam papel central nesse debate, em que a tese de internacionalização de nossas florestas ganha adesões a cada dia.
Cada uma dessas crises realimenta as outras e é por elas realimentada. Não se trata de paranoia de militar. Vivemos um claro deslocamento do polo estratégico mundial para o Atlântico Sul. E o Brasil, por todas as condições já mencionadas, encontra-se no foco das atenções.
Por isso tudo, vem em boa hora a “Estratégia Nacional de Defesa” pelo governo federal, que percebeu a importância de recuperar nossas Forças Armadas e construir uma sólida base militar. Isso só será possível se houver, de fato, políticas que fortaleçam a indústria nacional de defesa — estatal e privada —, que, por sua vez, deve trabalhar em conjunto com as universidades e os centros de pesquisa para o desenvolvimento da nossa própria tecnologia para que não dependamos do conhecimento de quem pode se tornar hostil no futuro.
O poder militar não é um luxo, mas uma necessidade. Se vamos utilizá-lo ou não, pouco importa. Mas só poderemos verdadeiramente descansar quando tivermos a certeza de que, se preciso for, estaremos preparados para o que der e vier.
ARMANDO VIDIGAL é professor do Centro de Estudos de Política e Estratégia da Escola de Guerra Naval.
Só não gostei da expressão "pulmão do mundo", está mais do que provado que a Amazônia não é a grande responsável pela produção de oxigênio, cerca de 90% (se não me engano na porcentagem) vem do mar, através das algas. Ele deveria ter explorado mais a bio-diversidade da região amazônica, essa sim riquíssima. "Celeiro do mundo" também já caiu em desuso, mas ele associou a produtividade do setor agro-pecuário a abundância da água, isto faz muito sentido.
Orestes
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Totalmente de acordo.orestespf escreveu:Marino escreveu:Aproveito este tópico para divulgar um artigo do Alte Vidigal, publicado no Globo.
Só não gostei da expressão "pulmão do mundo", está mais do que provado que a Amazônia não é a grande responsável pela produção de oxigênio, cerca de 90% (se não me engano na porcentagem) vem do mar, através das algas. Ele deveria ter explorado mais a bio-diversidade da região amazônica, essa sim riquíssima. "Celeiro do mundo" também já caiu em desuso, mas ele associou a produtividade do setor agro-pecuário a abundância da água, isto faz muito sentido.
Orestes
Desde Jaques Coustou a comunidade científica sabe que o pulmão do mundo são os mares, mais especificamente os planctons, que produzem oxigênio.
As florestas consomem de dia o oxigênio que produzem a noite, ou ao contrário, não me lembro.
Também podemos estar interpretando erradamente, pois ele colocou entre aspas a expressão. então, temos que interpretar sua intenção.
Mas vamos dar o desconto pela idade do Alte, com mais de 80 anos e produzindo do jeito como produz.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
Obrigado pela correção, Marino, são planctons e não algas. Sim, justamente o "entre aspas" que me confundiu, ele é muito sábio para ter dado mole, acho que houve até ironia de certa forma, ou seja, o brasileiro comum ainda vê a Amazônia desta forma, se esquecendo das riquezas que existem lá.Marino escreveu: Totalmente de acordo.
Desde Jaques Coustou a comunidade científica sabe que o pulmão do mundo são os mares, mais especificamente os planctons, que produzem oxigênio.
As florestas consomem de dia o oxigênio que produzem a noite, ou ao contrário, não me lembro.
Também podemos estar interpretando erradamente, pois ele colocou entre aspas a expressão. então, temos que interpretar sua intenção.
Mas vamos dar o desconto pela idade do Alte, com mais de 80 anos e produzindo do jeito como produz.
Abração,
Orestes
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Re: Entrevista Almirante Vidigal
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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