Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
lá vais ter de ficar solteiro , pórtinhas
Triste sina ter nascido português
- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
Acho as datas um pouco irrealistas, mas...
Nacional
Do Porto a Vigo em 60 minutos de TGV
A linha ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo permitirá viajar entre as duas cidades em cerca de 50 minutos quando estiver concluída, mas, em 2013, já será possível fazer a viagem em pouco mais de 60 minutos.
Em 2013, a viagem Porto/Braga, utilizando a linha actual com remodelações, demorará 33 minutos, enquanto o troço Braga/Valença/Vigo, em linha nova, será cumprido em 34 minutos, garantiu à Lusa Paulo Gomes, vice-presidente da CCDRN.
"O percurso que vai estar pronto em finais de 2013 é o troço Braga/Vigo, com um pouco mais de 80 quilómetros de extensão, que será feito a uma velocidade máxima de 250 quilómetros/hora", salientou Paulo Gomes.
O troço Porto/Braga, que vai utilizar numa primeira fase a linha actual com algumas melhorias, deverá ser feito a uma velocidade que não ultrapassará 130 quilómetros/hora. No tempo da viagem é preciso ainda contar com "três ou quatro minutos" para a mudança de bitola em Braga, já que a linha nova não terá a mesma bitola que tem a actual linha.
De qualquer forma, Paulo Gomes salientou que "o transporte de alta velocidade entre Porto e Vigo não será semelhante ao que vai existir entre Lisboa e Porto porque a velocidade não vai ultrapassar 250 quilómetros/hora". "Estamos a falar da mesma qualidade de serviço, mas de uma velocidade um pouco inferior", salientou.
Nas contas do vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), quando o novo troço Porto/Braga estiver concluído, o que ainda não tem data prevista, a ligação entre Vigo e o Porto deverá ser possível em cerca de 50 minutos. "Isto porque o troço entre o Porto e o Aeroporto Sá Carneiro é pequeno e não permitirá acelerar. O comboio só vai acelerar a partir do aeroporto", salientou.
Apesar de ainda não existir uma decisão final do Governo, Paulo Gomes acredita que o comboio de alta velocidade terá que passar pelo Aeroporto Sá Carneiro, considerando que "não seria pensável outra coisa". "Seria inexplicável que a ligação de alta velocidade não fosse até ao aeroporto, isso iria retirar-lhe competitividade", defendeu.
Para o vice-presidente da CCDRN, o Aeroporto Sá Carneiro "tornou-se imbatível no espaço da euroregião Norte de Portugal/Galiza, com um crescimento de quase 20 por cento ao ano". "Actualmente, temos cerca de 400 mil galegos por ano que utilizam este aeroporto", frisou, defendendo que a linha de alta velocidade "vai potenciar mais este crescimento".
A importância do Aeroporto Sá Carneiro para os galegos ficou evidente esta semana, quando os responsáveis da Junta da Galiza que se deslocaram a Bruxelas para participar no Open Days - Semana Europeia das Regiões e Cidades, optaram por regressar pelo Porto, já que as alternativas (Lisboa ou Madrid) seriam muito mais morosas e desgastantes em termos de viagem.
Por tudo isto, Paulo Gomes considerou que a construção da linha de alta velocidade Porto/Vigo está directamente relacionada "com o modelo global de desenvolvimento da Península Ibérica". "Seria muito prejudicial para o nosso país que o único eixo de desenvolvimento da Península Ibérica fosse o que liga Lisboa a Madrid. É necessário contrabalançar com um eixo atlântico, que liga Lisboa à Corunha, onde existe um cordão populacional de mais de oito milhões de habitantes", defendeu.
Na perspectiva do vice-presidente da CCDRN, "nada vai ser igual quando Porto e Lisboa estiverem ligadas por um percurso de 75 minutos". "Deixará de fazer sentido realizar viagens aéreas entre Porto e Lisboa", frisou Paulo Gomes, para que "daqui a uns anos ninguém conseguirá mover-se no eixo litoral sem o comboio de alta velocidade".
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/
09h35m
- manuel.liste
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- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
Sim, numa altura de crise financeira e económica que se abaterá como nunca o sentimos antes dentro de meses, acho que estas politicas keinesianistas podem ser uma bóia de salvação para alguns, pelo menos.
O Estado e consórsios agora com emprestimos avalizados pelos estados, investem, criam postos de trabalho, geram alguma riqueza e criam um eixo importante.
Por mim, apenas vejo com menos bons olhos a ligação em AV Lisboa-Porto, porque acho que a actual Linha do Norte e a Linha do Oeste (com uma concordância na Pampilhosa) melhor exploradas poderiam ser a solução para o excesso de tráfego.
O Estado e consórsios agora com emprestimos avalizados pelos estados, investem, criam postos de trabalho, geram alguma riqueza e criam um eixo importante.
Por mim, apenas vejo com menos bons olhos a ligação em AV Lisboa-Porto, porque acho que a actual Linha do Norte e a Linha do Oeste (com uma concordância na Pampilhosa) melhor exploradas poderiam ser a solução para o excesso de tráfego.
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Seg Out 13, 2008 6:28 am, em um total de 1 vez.
- manuel.liste
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Re: Noticias de Portugal
El TGV atlántico en Galicia está a pleno rendimiento, podría estar en 2012. Obras de los túneles de acceso norte a Vigo:
http://www.skyscrapercity.com/showthrea ... 76&page=12
Están montando la primera de las dos tuneladoras.
La nueva estación de ferrocarril de Vigo será diseñada por Thom Mayne, premio Pritzker 2005
La ligación Vigo-Porto es estratégica para ambas partes.
http://www.skyscrapercity.com/showthrea ... 76&page=12
Están montando la primera de las dos tuneladoras.
La nueva estación de ferrocarril de Vigo será diseñada por Thom Mayne, premio Pritzker 2005
La ligación Vigo-Porto es estratégica para ambas partes.
- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
Urinar fora do sítio dá multa de 50 euros
HUGO SILVA / http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/
Quem urinar fora do sítio apropriado nos parques e áreas naturais de Gaia corre o risco de pagar uma multa que, no mínimo, custará 50 euros.
O novo regulamento municipal de parques e áreas de conservação da natureza foi aprovado.
"A experiência tem-nos ensinado que não basta que se estabeleçam os princípios, é necessário que se criem e façam cumprir as regras. Torna-se necessário contemplar e tipificar infracções que ocorrem frequentemente nestes espaços e que põem em causa a sua conservação e fruição", lê-se na nota justificativa do regulamento, que abrange o Parque Biológico, o Parque de Dunas da Aguda, o Parque da Lavandeira, o Refúgio Ornitológico do Estuário do Douro (Cabedelo) eas áreas de protecção do cordão dunar devidamente assinaladas. Espaços que estão sob a tutela da empresa municipal Parque Biológico de Gaia.
O normativo enumera mais de duas dezenas de situações proibidas, que acarretarão coimas que irão de 50 a 1000 euros, quando praticadas por pessoa singular. Em caso de pessoa colectiva, a multa mínima é de 250 euros, podendo ascender a um valor equivalente a 10 salários mínimos.
E se é proibido "urinar e defecar fora dos locais destinados a esses fins", também não é permitido, por exemplo, "fazer barulho ou usar aparelhos de som portáteis", salvo se o utente estiver com auriculares. O regulamento proíbe, ainda, "acampar ou instalar qualquer acampamento", situação que salvaguardará, sobretudo, a zona do Refúgio Ornitológico no Cabedelo. Uma área que, no Verão, é invadida por muitas tendas, apesar dos avisos colocados pela Autarquia gaiense. De resto, conforme noticiou o JN, o Refúgio Ornitológico vai transformar-se, em breve, na primeira Reserva Natural local do país.
A lista de infracções previstas no regulamento é extensa e inclui, também, a proibição do uso da água dos lagos para banhos ou para pescar. Por outro lado, caso os utentes danifiquem ou destruam equipamentos dos referidos parques, além da coima e do processo de contra-ordenação, serão responsabilizados pelo pagamento da reparação.
De acordo com o texto do regulamento aprovado pela Câmara e pela Assembleia Municipal, a Polícia Municipal, os fiscais camarários e os funcionários da empresa Parque Biológico de Gaia, com funções de vigilância, serão responsáveis pela fiscalização das normas instituídas.
Re: Noticias de Portugal
Sem dúvida. Devia era estar pronto para ontem.manuel.liste escreveu:Es dinero bien invertido
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Re: Noticias de Portugal
A CHEGADA DE 'EL COMANDANTE' SÓCRATES
João Miguel Tavares*
Jornalista - jmtavares@dn.pt
José Sócrates anda a privar demasiado com Hugo Chávez. Tivesse ele trocado o fato cinza pelo verde caqui durante a sua última intervenção na Assembleia da República e quase nem se dava pela diferença.
Só faltou chamar nomes feios a George W. Bush. Inchado de entusiasmo perante o afundamento da economia mundial, José "El Comandante" Sócrates falou numa "ideologia derrotada" e apresentou a lista dos insidiosos pecadores: "os apóstolos do Estado mínimo e do mercado desregulado", os que "anos a fio enalteceram as virtudes imbatíveis de um mercado entregue a si próprio", os que "sempre professaram a fé na mão invisível do mercado" e que agora, na hora do aperto, vêm a correr pedir a intervenção da "mão bem visível do Estado". Capitalistas, tremei.
Sócrates até pode estar certíssimo na sua análise. Só lhe falhou um pormenor: enganou-se no país. Durante os seus delírios no Parlamento, Pedro Silva Pereira deveria ter dado um toque suave no seu ombro e murmurado ao ouvido: "El Comandante", isto aqui é Portugal." Muito provavelmente por estar a acompanhar intensamente as eleições americanas e a tentar fixar as frases de Barack Obama, Sócrates já anda a confundir Lisboa com Washington e o PSI 20 com o Dow Jones. Sequer sugerir que terá havido um tempo, fora do século XIX, em que o País andou enrolado com as doutrinas liberais é argumento digno da mais alta comédia. Em 1974, o peso do Estado na economia portuguesa era de 23%. Em 1980, escassos seis anos depois, saltara para 33%.
Quando Cavaco pegou no governo em 1985 situava-se nos 39% e quando saiu já ia nos 43%. Com Guterres subiu para 45%. Com Durão e Santana para mais de 46%. E no próprio consulado de José Sócrates já andou a pisar os 48%. "Fé na mão invisível do mercado?" Apenas três palavras de comentário: ah, ah e ah.
Ainda no seu último número a Visão informava que 14 das 20 maiores empresas portuguesas cotadas em bolsa têm antigos governantes nos lugares mais elevados de decisão. Tal deve-se certamente à leveza do Estado e à sua reconhecida competência na formação de gestores de topo. José Sócrates tem talento para a liderança, mas é um homem perigoso quando se deixa levar pelos encantos do poder.
Ele preside a um dos governos mais controladores de que há memória em Portugal, com pouquíssimo respeito pelo papel de vigilância da comunicação social e uma armada de assessores com grande inclinação para a propaganda.
Ouvi-lo louvar o papel do Estado e reclamar maior intervenção para si próprio causa suores frios e arrepios na espinha. Muito pior do que a mão invisível do mercado a afundar a bolsa seria a mão bem visível do Estado a sair do bolso. Caro "El Comandante": se é esta a sua cura, mais vale continuar doente.
* Artigo de opinião
http://dn.sapo.pt/2008/10/14/opiniao/
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Re: Noticias de Portugal
Blog ABRUPTO
A cabeça politiqueira do nosso primeiro-ministro anda contente. A crise financeira ajudará a estragar mais o país, que já estava muito estragado antes dela, mas dá aos seus cálculos aquilo que ele precisa: um enorme pretexto para se eximir da prestação de contas nas próximas eleições. O pretexto, sonha ele alto todos os dias, tem várias coisas excelentes, parece ser feito de encomenda por uma agência de comunicação: oferece-lhe inimigos, que já chegam ao pódio esmagados pelo pelourinho público; oferece-lhe desculpas que pouco têm a ver com as culpas; oferece-lhe um deus ex-machina, a América "gananciosa" de Bush, para atirar as pedras; e dá-lhe uns lugares-comuns, uns rodriguinhos de fast food ideológico para passar por um teórico do socialismo moderno. Não se pode querer melhor.
E é o que ele tem feito com evidente prazer. Desde o início da crise do subprime que nos comícios, em que transforma toda e qualquer intervenção, fala contra a bolsa, contra os fundos privados, contra a selvajaria dos mercados, contra a "crise que vem de fora", da América. O primeiro-ministro rejubila com as "nacionalizações" dos bancos, com o intervencionismo estatal de Bush e outros remédios que mostram que, no desespero da crise, os "neoliberais" também correm para a asa protectora do Estado e Bush fica socialista. Que contente que ele está com esta confirmação das teses socialistas sobre a maldade intrínseca do mercado e, num tom bíblico, agora colocado na moda por Obama, afirma:
E quem sai derrotado são os apóstolos do Estado mínimo e do mercado desregulado. Quem sai derrotado são aqueles que, durante anos a fio, enalteceram as virtudes imbatíveis de um mercado entregue a si próprio. Quem sai derrotado são aqueles que sempre professaram a sua fé na mão invisível do mercado, para agora, à falta da outra, reclamarem a intervenção da mão bem visível do Estado!
Reparem como ele raciocina como as páginas do sobe e desce dos jornais, aquele "derrotado" vem daí, desse mundo simples, onde tudo se reduz a uma competição semanal de ganhos e perdas. Ele não diz que os "derrotados" são os que vão perder emprego, casas, dinheiro com esta crise. Desses ele cuida pouco, ele quer é sangue dos "ideólogos derrotados" e vira-se para, imaginem!, para esse pilar do liberalismo em Portugal, o PSD. Eu sei muito bem de onde vem este "derrotado" - vem do mundo yuppie que moldou as ideias de sucesso que educaram o jovem Sócrates nas juventudes partidárias. O mundo que também nos deu o subprime.
Estou a ser duro e injusto com o primeiro-ministro? Duro, talvez, porque desde as histórias do diploma e das casinhas que a personagem me aparece bem mais perigosa do que antes, mas certamente que não estou a ser injusto. Os socialistas estão no poder em Portugal há mais de dez anos em 13, com o intervalo dos três imperfeitos anos de Durão Barroso-Santana Lopes.
Não há instante em que o primeiro-ministro (e outros ministros que aprenderam já a mesma mantra, como o ministro da Administração Interna) não se volte para culpar esses três anos de tudo o que "não foi feito" (mais uma vez repetiu-o esta semana), sem que se lhe deva lembrar que isso se aplica em triplicado a governos em que ele esteve, a começar pelo de Guterres. Por isso, quando se lhe ouve falar dos "neoliberais" que mandaram o Estado e os governos arredarem-se da economia e eliminarem a regulação, gostaria de saber como é que ele explica que, se foi assim, como é que nós não devemos responsabilizar os governos socialistas, um banco central presidido pelos socialistas e entidades reguladoras em que os socialistas substituíram os poucos independentes que lá estavam por gente mais próxima do poder.
Na verdade, pouca gente vi mais deslumbrada com as virtudes do mercado e com a redução da política à economia do que estes socialistas da "terceira via", que de Guterres a Sócrates são hoje a maioria do nosso PS. Quem o disse muitas vezes foi Mário Soares e Manuel Alegre. E perguntar-lhe se ele está a falar, entre os "derrotados", dos primeiros-ministros Guterres e Sócrates, como os socialistas que traíram em nome dessa "ideologia defunta" do "neoliberalismo" e não dos que em Portugal nos lembravam todos os dias e bem que "não há almoços grátis". E, de facto, continua a não haver almoços grátis, nem "Magalhães" grátis, nem nada grátis, nem as palavras do primeiro-ministro são grátis. Eu, pelo menos, quero fazer-lhe pagar o almoço.
Mas há mais e pior do que o assumir das culpas e o apontar de dedos. É que, quando o ouço falar na "mão bem visível do Estado", que é suposto aparecer cada vez mais nesta crise, ele está a pensar obviamente na dele, na do Governo, na do PS. Ora no ambiente abafado em que já vivemos, em que o Governo trouxe de uma forma, sem comparação com o passado, os negócios todos para o interior dos gabinetes, em que o Governo não disfarça muito as pressões que faz sobre empresários e empresas que receiam colocar o seu nome numa mera lista de credores do Estado, está aqui todo um programa de reforço do controlo do poder político socialista sobre a economia privada, sobre os últimos bastiões de alguma coisa que em Portugal seja independente do Estado e possa funcionar como um contrapeso. O que ele nos está a propor é o reforço do controlo político-partidário da sociedade, com pretexto no retorno do Estado.
O Estado que Sócrates quer de regresso sempre cá esteve. Muito e de mais. Tem, como se sabe, excelentes credenciais em Portugal. Mesmo que se lhe não atribua a responsabilidade das nacionalizações, uma medida revolucionária para fazer "outro" Estado, pode-se-lhe e bem atribuir até aos dias de hoje o modo como geriu o património da economia privada que o PCP lhe atirou para cima. E a capacidade de gerir esse bem colectivo está à vista: com muitos dos gestores que ainda por cá andam a arrastar défices gigantescos nas suas gestões (mas para estes não se aplicam as acusações que são feitas aos seus congéneres da AIG que andaram a gastar milhares em férias de luxo por conta da empresa falida), as empresas públicas foram praticamente à falência, a banca estatal idem, e muitos e muitos milhões, ainda em contos e não em euros, desapareceram do mapa em empresas como a TAP, a CP, a RTP, etc., etc. Naquilo que era suposto cuidar, defesa, segurança interna, serviço nacional de saúde, segurança social, educação, administração pública, serviços públicos, a relação custo-benefício entre o que se gastou e aquilo que se obteve, assusta qualquer mortal.
À volta do Estado diminuiu a liberdade, a liberdade económica e a liberdade das pessoas e das empresas, e proliferou o subsídio, a indolência, a pequena fraude e cunha, o velho Portugal paternalista e pobre, provinciano e esperto, dando sempre mais aos que já têm e menos aos que precisam, clamando aos ventos todos a hipocrisia de que sem ele não há justiça, ele o injusto-mor. É à política que se deve regressar e não ao Estado. É à política com a carga de liberdade que ela exige e comporta. É a política com insatisfação com os medíocres resultados e com a empáfia dos governantes. E é também à política, não tanto como ideologia, que é uma ideia mais do passado do que do presente, mas como filosofia, como história, como saber, como opinião e acção, com experiência, com toda a tríade do Logos, do Pathos e do Ethos, e com esse senso comum que tanta falta faz em momentos como este, em que nos querem enganar e muitos de nós deixamos.
(Versão do Público de 11 de Outubro de 2008)
Quidquid latine dictum sit, altum videtur.
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Re: Noticias de Portugal
pois , bem dizia um economista no outro dia na SIC noticias, o grande beneficiado com esta crise internacional vai ser o governo, pois pode sacudir a água do capote com a porcaria que fez, e culpar a "conjectura"
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Re: Noticias de Portugal
Nacional
TGV Portugal-Espanha "no bom caminho"
Ontem / http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/
O projecto de eixo ferroviário de alta velocidade que ligará Portugal e Espanha "parece actualmente estar no bom caminho, tanto a nível de programação, como de custos", indica o relatório anual de acompanhamento do projecto, divulgado em Bruxelas.
O relatório, elaborado pelo coordenador europeu do eixo ferroviário de alta velocidade do sudoeste da Europa, Etienne Davignon, aponta que "efectivamente, de acordo com os dados disponíveis, os custos serão mais baixos na parte portuguesa" e os prazos estão a ser cumpridos.
"No que respeita à parte portuguesa da ligação, relatórios mais pormenorizados confirmaram os progressos registados entre o Porto e Lisboa e entre Lisboa e a fronteira espanhola (Caia)", assinala o documento.
Apesar da apreciação global positiva, o coordenador europeu aponta que há "algumas questões" que "merecem uma avaliação mais profunda", tais como o facto de o futuro aeroporto de Lisboa, em Alcochete, não ter ligação à linha de alta velocidade, o que "obrigará a um serviço expresso a partir do Poceirão no caso dos passageiros provenientes do Leste e do Sul de Portugal".
O coordenador recomenda "que seja realizada no projecto a avaliação do impacto da mudança de localização do aeroporto da Ota", no caso específico da ligação Lisboa-Porto.
Por outro lado, Davignon observa que, sendo "verdade que a linha Lisboa-Madrid será mista", esta terá no entanto "grandes limites de capacidade no que respeita ao transporte de mercadorias pelo que, possivelmente, não será economicamente atractiva".
De acordo com o calendário estabelecido, prevê-se que a linha Lisboa-Madrid entre em em funcionamento a partir de 2013 e a ligação Lisboa-Porto dois anos depois.
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Re: Noticias de Portugal
viram ontem o Medina Carreira na SIC Noticias? Grande Medina!!!
É o único sem papas na lingua
e tomem lá mais uma "boa" noticia
ah ganda sócrates!
http://gatofedorento.sic.pt/Videos.aspx ... CE48FC516F
É o único sem papas na lingua
e tomem lá mais uma "boa" noticia
Aumento acima dos 2,9% verificados o ano passado
Tarifas da electricidade devem subir cerca de 5%
A subida do preço médio das tarifas eléctricas vai rondar os 5%. A notícia é avançada pelo Diário Económico, no dia em que o Governo vai anunciar o aumento real das tarifas de electricidade para o próximo ano.
SIC
O aumento do preço médio das tarifas eléctricas fica acima dos 2,9% verificados o ano passado, devido à escalada dos preços das matérias-primas fósseis, tais como o petróleo, o gás natural e o carvão.
Só o carvão, uma das maiores fontes de produção de electricidade, passou no último ano de 80 dólares a tonelada, para os 220 dólares. Por sua vez, o petróleo atingiu o pico histórico em Julho deste ano, ao se aproximar do patamar dos 150 dólares o barril.
Apesar do aumento da factura eléctrica, vai ser gerado um défice tarifário acima dos mil milhões de euros já que a subida fica abaixo dos custos reais de produção.
Se os custos de produção fossem integralmente repercutidos na tarifa, os consumidores assistiriam a uma subida dos preços na ordem dos 30%. Um acréscimo muito próximo do praticado em Inglaterra.
Os consumidores portugueses estão protegidos pela recente legislação governamental, que cria um tecto sempre que se verifiquem aumentos excepcionais das matérias-primas.
ah ganda sócrates!
http://gatofedorento.sic.pt/Videos.aspx ... CE48FC516F
Triste sina ter nascido português
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Re: Noticias de Portugal
Portugal cria o divórcio-relâmpago pela internet
Publicada em 14/10/2008 às 10h39m
Jornal Nacional
RIO - Um sistema adotado pelo programa de desburocratização do governo de Portugal simplificou muito um processo que costuma consumir tempo, dinheiro e nervos no Brasil: o divórcio. Em casa, no escritório ou num centro de internet em Lisboa, qualquer casal sem filhos menores de idade e sem bens para dividir pode se divorciar em no máximo uma hora. Até os casos mais complexos, que exigem partilha de bens e pensão alimentícia, por exemplo, são muito rápidos. Se ela está em Lisboa e ele, em Luanda, capital de Angola, ainda assim dá para resolver o problema.
- Não tenho que ter a chatice, não tenho que me deslocar a lado nenhum, tudo pela internet. É rápido. Em uma hora, sou uma moça solteira de novo - diz a escriturária Telma Conrado.
A novidade faz parte do programa de desburocratização de Portugal, que começou com a criação da carteira do cidadão, uma identidade eletrônica com todos os dados de cada português. O cartão funciona também como uma assinatura eletrônica. Eliminou a papelada que tinha de ser assinada à caneta.
O pedido de divórcio chega ao cartório instantaneamente. Se há pendências, o casal só precisa confirmar a decisão perante o juiz, o que pode ser feito até por um procurador.
- Eu só tenho que ir ao cartório e confimar que o casal não quer se reconciliar - explica o procurador Carlos Rocha.
Segundo o advogado que inventou o sistema, Januário Lourenço, os divórcios tradicionais eram 20 vezes mais caros.
- Eliminou a necessidade supérflua de determinados papéis, que era uma redundância. Ou seja, o Estado pedia ao cidadão para trazer papéis que o próprio Estado deveria ter em arquivo.
A novidade foi criticada por alguns advogados especializados em processos de divórcio, mas o governo português já avisou que não tem volta. Se é bom para os cidadãos, está acima dos interesses de classe.
Fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/ ... 937462.asp
Publicada em 14/10/2008 às 10h39m
Jornal Nacional
RIO - Um sistema adotado pelo programa de desburocratização do governo de Portugal simplificou muito um processo que costuma consumir tempo, dinheiro e nervos no Brasil: o divórcio. Em casa, no escritório ou num centro de internet em Lisboa, qualquer casal sem filhos menores de idade e sem bens para dividir pode se divorciar em no máximo uma hora. Até os casos mais complexos, que exigem partilha de bens e pensão alimentícia, por exemplo, são muito rápidos. Se ela está em Lisboa e ele, em Luanda, capital de Angola, ainda assim dá para resolver o problema.
- Não tenho que ter a chatice, não tenho que me deslocar a lado nenhum, tudo pela internet. É rápido. Em uma hora, sou uma moça solteira de novo - diz a escriturária Telma Conrado.
A novidade faz parte do programa de desburocratização de Portugal, que começou com a criação da carteira do cidadão, uma identidade eletrônica com todos os dados de cada português. O cartão funciona também como uma assinatura eletrônica. Eliminou a papelada que tinha de ser assinada à caneta.
O pedido de divórcio chega ao cartório instantaneamente. Se há pendências, o casal só precisa confirmar a decisão perante o juiz, o que pode ser feito até por um procurador.
- Eu só tenho que ir ao cartório e confimar que o casal não quer se reconciliar - explica o procurador Carlos Rocha.
Segundo o advogado que inventou o sistema, Januário Lourenço, os divórcios tradicionais eram 20 vezes mais caros.
- Eliminou a necessidade supérflua de determinados papéis, que era uma redundância. Ou seja, o Estado pedia ao cidadão para trazer papéis que o próprio Estado deveria ter em arquivo.
A novidade foi criticada por alguns advogados especializados em processos de divórcio, mas o governo português já avisou que não tem volta. Se é bom para os cidadãos, está acima dos interesses de classe.
Fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/ ... 937462.asp