Kosovo
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Re: Kosovo
14/04/2008
Independência de Kosovo encoraja território húngaro na Romênia
Nicholas Kulish
Em Sfantu Gheorghe, Romênia
Dezenas de coroas de flores com fitas vermelhas, brancas e verdes penduradas, as cores da bandeira húngara, cobriram recentemente a base do memorial da revolução de 1848 no parque da cidade de Sfantu Gheorghe. No centro do coração da Romênia, apenas uma guirlanda levava o azul, amarelo e vermelho da bandeira do próprio país.
O ano novo é celebrado duas vezes aqui, a primeira vez assim que bate a meia-noite, e a segunda depois de uma hora, quando é meia-noite em Budapeste. Quando Kosovo declarou sua independência da Sérvia em fevereiro, centenas de húngaros da cidade tomaram a praça principal para manifestarem seu apoio a Kosovo, e, por extensão, sua própria aspiração por autonomia.
A minoria húngara está pressionando por maior autonomia numa região em que seus representantes superam o número de romenos. Mais radical, o novo Partido Cívico Húngaro ergueu-se para desafiar o partido húngaro estabelecido, que têm sido membro de todos os governos de coalizão desde 1996.
Petrut Calinescu/The New York Times
Pastor em Sfantu Gheorghe, região com uma população formada por maioria de húngaros
Aqueles que argumentam que a independência de Kosovo abriu um precedente negativo, geralmente se referem aos conflitos congelados fora da União Européia - Abkhazia e Ossétia do Sul, na Geórgia, e Transnistria em Moldova. Mas mesmo na União Européia, as fronteiras são freqüentemente arbitrárias. Muitas minorias étnicas, como os bascos e os ciganos romani, permanecem sem Estado, enquanto outras, como os húngaros da Romênia, Eslováquia e Sérvia, ainda estão separadas de seus irmãos.
A minoria húngara daqui, conhecida como szekler, acredita com convicção que chegou o momento para a sua independência e que o Estado semi-autônomo que propôs é uma realidade iminente.
"Kosovo é um exemplo, e um exemplo muito claro, de que se quisermos viver sob nosso próprio governo, temos que declarar bem alto qual é a nossa vontade", diz Csaba Ferencz, vice-presidente do Conselho Nacional Szekler, um grupo húngaro fundado em 2003 e cujo principal objetivo é a autonomia. Os szeklers são um grupo étnico distinto dos magiares, que formam a maior parte da população da Hungria.
Apesar de suas chances de sucesso parecem poucas, eles estão pressionando, para o descontentamento dos romenos da cidade. Estes últimos alegam que, enquanto minoria local, têm menos direitos do que os húngaros como minoria nacional.
A região húngara, que compreende parte do condado de Mures e todo o território dos condados de Harghita e Covasna (cuja capital é Sfantu Gheorghe), já foi uma área de fronteira do reino húngaro defendida pelos szeklers. Depois da Primeira Guerra Mundial, os szeklers se viram espremidos no meio da Romênia, a algumas horas de estrada ao norte de Bucareste atravessando os montes cárpatos.
O fim da Primeira Guerra ficou marcado principalmente pelos duros termos impostos sobre a Alemanha. Mas o acordo de paz assinado pela Hungria em 1920, conhecido como Tratado de Trianon, foi ainda mais duro. A Hungria perdeu cerca de dois terços de seu território e população, incluindo um terço dos falantes da língua húngara, na dissolução do Império Austro-Húngaro - uma derrota que até hoje é conhecida como o trauma Trianon.
Em nenhum outro lugar a minoria húngara é tão grande e sonora no que diz respeito às demandas por maior independência do que na Romênia. Os húngaros somam 1,5 milhão dos 22 milhões de habitantes da Romênia, e cerca de metade deles são szeklers. Não é nenhuma surpresa que a Romênia, membro da União Européia e anfitriã de uma recém concluída cúpula da Otan, juntou-se à Eslováquia, à Sérvia e à Rússia, recusando-se a reconhecer Kosovo.
Diferentemente dos kosovares, os szeklers não pedem a independência completa, mas sim a autonomia dentro da própria Romênia, deixando a política estrangeira e a defesa nacional nas mãos do governo de Bucareste. A Szeklerlândia teria cerca de 10.360 quilômetros quadrados, com um pouco mais de 800 mil habitantes, três quartos deles húngaros.
A sede do Conselho Nacional Szekler fica num casarão de estuque, à distância de uma pequena caminhada desde o centro da cidade. Na fachada estão a bandeira da União Européia e a da comunidade szekler - um fundo azul com uma linha dourada ao meio, um sol dourado e uma estrela prateada de cada lado. A casa era a antiga residência de um advogado dedicado à causa da autonomia húngara.
O Conselho divide o prédio com o recém-criado Partido Cívico Húngaro, que foi aprovado em março para participar das eleições, e representa uma alternativa à União Democrática de Húngaros na Romênia. A União Democrática é acusada, principalmente pelos romenos, de ser uma máquina eleitoral étnica à moda antiga. Por outro lado, representantes do rival Partido Cívico acusam-na de vendida.
"Eles estão no governo desde 1996 e acreditamos que uma vez que estão lá, representam os interesses da maioria romena e não da minoria húngara", disse Zoltan Gazda, presidente do comitê do novo partido em Sfantu Gheorghe.
"Nós sempre respeitamos as leis romenas em nossa luta pela autonomia, mas se isso não terminar bem, podem surgir outros tipos de tensões", disse Gazda. "Há sinais de que o descontentamento pode aumentar com os conflitos."
As eleições municipais em 1° de junho serão um teste de força entre os dois partidos húngaros antes das eleições parlamentares do fim do ano. É provável que eles trabalhem por um acordo para assegurarem-se de não dividir o voto húngaro na disputa nacional.
Sob o comunismo, o regime do ditador Nicolae Ceausescu tentou diluir as populações húngaras, transferindo romenos para as áreas em que elas estavam concentradas, particularmente ao longo da fronteira com a Hungria.
Os romenos daqui dizem que o governo de Bucareste menosprezou seus interessses em troca dos votos parlamentares dos húngaros. Segundo Rodica Parvan, membro romeno do conselho municipal, o governo local dominado pelos húngaros distribui subsídios de forma desigual para igrejas e escolas, que são bastante segregadas etnicamente, e o governo nacional não faz nada a respeito.
Todavia, a maior parte das queixas dos moradores romenos diz respeito a afrontas simbólicas, como as reuniões do Conselho feitas somente em húngaro e os cânticos em língua húngara tocados em alto-falantes na época do Natal. Em 15 de março, um feriado nacional húngaro marcando o começo da revolução de 1848 contra o governo de Habsburgo, Parvan ficou consternado ao ver a bandeira romena em frente ao cento administrativo do condado pendurada a meio mastro.
"Disseram que o vento que tinha baixado a bandeira", disse Parvan.
Tradução: Eloise De Vylder
Visite o site do The New York Times
Independência de Kosovo encoraja território húngaro na Romênia
Nicholas Kulish
Em Sfantu Gheorghe, Romênia
Dezenas de coroas de flores com fitas vermelhas, brancas e verdes penduradas, as cores da bandeira húngara, cobriram recentemente a base do memorial da revolução de 1848 no parque da cidade de Sfantu Gheorghe. No centro do coração da Romênia, apenas uma guirlanda levava o azul, amarelo e vermelho da bandeira do próprio país.
O ano novo é celebrado duas vezes aqui, a primeira vez assim que bate a meia-noite, e a segunda depois de uma hora, quando é meia-noite em Budapeste. Quando Kosovo declarou sua independência da Sérvia em fevereiro, centenas de húngaros da cidade tomaram a praça principal para manifestarem seu apoio a Kosovo, e, por extensão, sua própria aspiração por autonomia.
A minoria húngara está pressionando por maior autonomia numa região em que seus representantes superam o número de romenos. Mais radical, o novo Partido Cívico Húngaro ergueu-se para desafiar o partido húngaro estabelecido, que têm sido membro de todos os governos de coalizão desde 1996.
Petrut Calinescu/The New York Times
Pastor em Sfantu Gheorghe, região com uma população formada por maioria de húngaros
Aqueles que argumentam que a independência de Kosovo abriu um precedente negativo, geralmente se referem aos conflitos congelados fora da União Européia - Abkhazia e Ossétia do Sul, na Geórgia, e Transnistria em Moldova. Mas mesmo na União Européia, as fronteiras são freqüentemente arbitrárias. Muitas minorias étnicas, como os bascos e os ciganos romani, permanecem sem Estado, enquanto outras, como os húngaros da Romênia, Eslováquia e Sérvia, ainda estão separadas de seus irmãos.
A minoria húngara daqui, conhecida como szekler, acredita com convicção que chegou o momento para a sua independência e que o Estado semi-autônomo que propôs é uma realidade iminente.
"Kosovo é um exemplo, e um exemplo muito claro, de que se quisermos viver sob nosso próprio governo, temos que declarar bem alto qual é a nossa vontade", diz Csaba Ferencz, vice-presidente do Conselho Nacional Szekler, um grupo húngaro fundado em 2003 e cujo principal objetivo é a autonomia. Os szeklers são um grupo étnico distinto dos magiares, que formam a maior parte da população da Hungria.
Apesar de suas chances de sucesso parecem poucas, eles estão pressionando, para o descontentamento dos romenos da cidade. Estes últimos alegam que, enquanto minoria local, têm menos direitos do que os húngaros como minoria nacional.
A região húngara, que compreende parte do condado de Mures e todo o território dos condados de Harghita e Covasna (cuja capital é Sfantu Gheorghe), já foi uma área de fronteira do reino húngaro defendida pelos szeklers. Depois da Primeira Guerra Mundial, os szeklers se viram espremidos no meio da Romênia, a algumas horas de estrada ao norte de Bucareste atravessando os montes cárpatos.
O fim da Primeira Guerra ficou marcado principalmente pelos duros termos impostos sobre a Alemanha. Mas o acordo de paz assinado pela Hungria em 1920, conhecido como Tratado de Trianon, foi ainda mais duro. A Hungria perdeu cerca de dois terços de seu território e população, incluindo um terço dos falantes da língua húngara, na dissolução do Império Austro-Húngaro - uma derrota que até hoje é conhecida como o trauma Trianon.
Em nenhum outro lugar a minoria húngara é tão grande e sonora no que diz respeito às demandas por maior independência do que na Romênia. Os húngaros somam 1,5 milhão dos 22 milhões de habitantes da Romênia, e cerca de metade deles são szeklers. Não é nenhuma surpresa que a Romênia, membro da União Européia e anfitriã de uma recém concluída cúpula da Otan, juntou-se à Eslováquia, à Sérvia e à Rússia, recusando-se a reconhecer Kosovo.
Diferentemente dos kosovares, os szeklers não pedem a independência completa, mas sim a autonomia dentro da própria Romênia, deixando a política estrangeira e a defesa nacional nas mãos do governo de Bucareste. A Szeklerlândia teria cerca de 10.360 quilômetros quadrados, com um pouco mais de 800 mil habitantes, três quartos deles húngaros.
A sede do Conselho Nacional Szekler fica num casarão de estuque, à distância de uma pequena caminhada desde o centro da cidade. Na fachada estão a bandeira da União Européia e a da comunidade szekler - um fundo azul com uma linha dourada ao meio, um sol dourado e uma estrela prateada de cada lado. A casa era a antiga residência de um advogado dedicado à causa da autonomia húngara.
O Conselho divide o prédio com o recém-criado Partido Cívico Húngaro, que foi aprovado em março para participar das eleições, e representa uma alternativa à União Democrática de Húngaros na Romênia. A União Democrática é acusada, principalmente pelos romenos, de ser uma máquina eleitoral étnica à moda antiga. Por outro lado, representantes do rival Partido Cívico acusam-na de vendida.
"Eles estão no governo desde 1996 e acreditamos que uma vez que estão lá, representam os interesses da maioria romena e não da minoria húngara", disse Zoltan Gazda, presidente do comitê do novo partido em Sfantu Gheorghe.
"Nós sempre respeitamos as leis romenas em nossa luta pela autonomia, mas se isso não terminar bem, podem surgir outros tipos de tensões", disse Gazda. "Há sinais de que o descontentamento pode aumentar com os conflitos."
As eleições municipais em 1° de junho serão um teste de força entre os dois partidos húngaros antes das eleições parlamentares do fim do ano. É provável que eles trabalhem por um acordo para assegurarem-se de não dividir o voto húngaro na disputa nacional.
Sob o comunismo, o regime do ditador Nicolae Ceausescu tentou diluir as populações húngaras, transferindo romenos para as áreas em que elas estavam concentradas, particularmente ao longo da fronteira com a Hungria.
Os romenos daqui dizem que o governo de Bucareste menosprezou seus interessses em troca dos votos parlamentares dos húngaros. Segundo Rodica Parvan, membro romeno do conselho municipal, o governo local dominado pelos húngaros distribui subsídios de forma desigual para igrejas e escolas, que são bastante segregadas etnicamente, e o governo nacional não faz nada a respeito.
Todavia, a maior parte das queixas dos moradores romenos diz respeito a afrontas simbólicas, como as reuniões do Conselho feitas somente em húngaro e os cânticos em língua húngara tocados em alto-falantes na época do Natal. Em 15 de março, um feriado nacional húngaro marcando o começo da revolução de 1848 contra o governo de Habsburgo, Parvan ficou consternado ao ver a bandeira romena em frente ao cento administrativo do condado pendurada a meio mastro.
"Disseram que o vento que tinha baixado a bandeira", disse Parvan.
Tradução: Eloise De Vylder
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Re: Kosovo
TSF
• KOSOVO
Major-general português critica UE
O major-general Raul Cunha criticou a transição da ONU para a Eulex, a maior missão de sempre da União Europeia. Para o principal conselheiro militar da ONU no país, a forma como a UE está a entrar no território está a ser feita para servir alguns países da União.
O principal conselheiro militar das Nações Unidas no Kosovo criticou o processo de transição da ONU para a Eulex, a maior missão de sempre da União Europeia e que já foi rejeitada pela minoria sérvia.
Em declarações à TSF, o major-general Raul Cunha acusou a União Europeia de estar a fragilizar a ONU não só no Kosovo, mas também em todo o mundo, pela forma como está a entrar neste país, que recentemente se tornou independente.
«Não digo que o fez deliberadamente, mas para servir os interesses de alguns países da União Europeia, dos grandes da União Europeia, que têm aqui interesses estratégicos nacionais, está a estragar-se muita coisa positiva, com o peacekeeping, que vai levando a muitos povos do mundo paz e segurança», adiantou.
Raul Cunha não escondeu também o seu desacordo com o investimento europeu de quatro mil milhões de euros, 80 por cento dos quais em capacity building e consultadoria.
«Na prática, dos quatro mil milhões de euros, houve logo 3,250 mil milhões que voltaram à base. Ou seja, a União Europeia paga como um todo, mas há dois ou três países da UE que estão aqui a ter lucro», denunciou.
O major-general português considerou ainda que a minoria sérvia no Kosovo levará muito tempo a aceitar a presença europeia no território, ou mesmo, se calhar esta nunca será aceite.
«Se calhar só pela força é que vão aceitar uma situação destas», concluiu este responsável militar, que entende que os erros que se estão a cometer no Kosovo podem levar à existência de mais desequilíbrios nos Balcãs.
Triste sina ter nascido português
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Re: Kosovo
29/04/2008 - 15h52
Sérvia diz que nunca reconhecerá a independência do Kosovo
Presidente disse que acordo com a União Européia não estipula o reconhecimento.
Kosovo anunciou sua independência em 17 de fevereiro deste ano.
Da Efe
O presidente sérvio, Boris Tadic, declarou nesta terça-feira (29) que nunca reconhecerá a independência do Kosovo e que no acordo de associação com a União Européia (UE) não está estipulado o reconhecimento, como afirmam seus oponentes políticos na Sérvia.
Tadic disse que esta será sua mensagem à UE e às forças políticas na Sérvia que se opõem à assinatura do Acordo de Estabilização e Associação por considerar que seria um reconhecimento indireto da independência do Kosovo.
Os ministros de Exteriores da UE ofereceram à Sérvia o fechamento deste acordo, que é considerado um apoio às forças europeístas no pleito parlamentar de 11 de maio, na Sérvia.
Para Tadic, o pacto "é importante, pois, além de supor a possibilidade de abertura de novos postos de trabalho, também reafirma a Resolução 1.244 do Conselho de Segurança da ONU", sobre Kosovo, que retoma o plano de paz de 1999 e garante a integridade territorial da Sérvia.
Tadic e seus partidários insistem que o acordo de associação é principalmente comercial e que seria de grande importância para o desenvolvimento econômico da Sérvia.
O Partido Democrático da Sérvia (DSS), do primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, anunciou nesta terça que este pacto será cancelado por uma nova maioria no governo e no Parlamento.
Os partidários de Kostunica classificaram a assinatura de Tadic no acordo com a UE de "um selo de Judas" e advertiram que ele pode ter que responder por seus atos "anticonstitucionais".
O Partido Radical Sérvio (SRS) anunciou que, caso vença as eleições, lançará no Parlamento uma iniciativa para a destituição de Tadic.
O acordo de associação é considerado o primeiro passo importante para a integração na UE.
Sérvia diz que nunca reconhecerá a independência do Kosovo
Presidente disse que acordo com a União Européia não estipula o reconhecimento.
Kosovo anunciou sua independência em 17 de fevereiro deste ano.
Da Efe
O presidente sérvio, Boris Tadic, declarou nesta terça-feira (29) que nunca reconhecerá a independência do Kosovo e que no acordo de associação com a União Européia (UE) não está estipulado o reconhecimento, como afirmam seus oponentes políticos na Sérvia.
Tadic disse que esta será sua mensagem à UE e às forças políticas na Sérvia que se opõem à assinatura do Acordo de Estabilização e Associação por considerar que seria um reconhecimento indireto da independência do Kosovo.
Os ministros de Exteriores da UE ofereceram à Sérvia o fechamento deste acordo, que é considerado um apoio às forças europeístas no pleito parlamentar de 11 de maio, na Sérvia.
Para Tadic, o pacto "é importante, pois, além de supor a possibilidade de abertura de novos postos de trabalho, também reafirma a Resolução 1.244 do Conselho de Segurança da ONU", sobre Kosovo, que retoma o plano de paz de 1999 e garante a integridade territorial da Sérvia.
Tadic e seus partidários insistem que o acordo de associação é principalmente comercial e que seria de grande importância para o desenvolvimento econômico da Sérvia.
O Partido Democrático da Sérvia (DSS), do primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, anunciou nesta terça que este pacto será cancelado por uma nova maioria no governo e no Parlamento.
Os partidários de Kostunica classificaram a assinatura de Tadic no acordo com a UE de "um selo de Judas" e advertiram que ele pode ter que responder por seus atos "anticonstitucionais".
O Partido Radical Sérvio (SRS) anunciou que, caso vença as eleições, lançará no Parlamento uma iniciativa para a destituição de Tadic.
O acordo de associação é considerado o primeiro passo importante para a integração na UE.
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Re: Kosovo
Não vai demorar muita para o fim da sociedade ocidental. O que os muçulmanos não conseguiram pelas armas, estão agora obtendo com a imigração em massa e a alta taxa de natalidade.
"Um grande coração não sente horror diante da morte, venha quando vier, contanto que ela seja honrosa".
(Ludovico Ariosto)
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Re: Kosovo
Why Kosovo Wasn’t Worth It
Russia warned that Kosovo's independence would create a dangerous precedent. Georgia shows how it did.
Newsweek
In February, with U.S. backing, Kosovo declared its independence—nine years after NATO went to war to end Serbia's thuggish behavior in the province. Shortly after Kosovo hoisted its new national flag, Russia, Serbia's patron, warned (in the words of its foreign minister) that the theory of secession used to strip away Kosovo had "created a precedent" applicable elsewhere. Now, in the aftermath of Russia's invasion of Georgia—supposedly for the protection of separatists in Abkhazia and South Ossetia—it's a good time to pause and ask, was Kosovo worth it?
A recent visit to the tiny country underscores how difficult life can be for a microstate. The good news is that Kosovo has a young pro-Western population that speaks English, has strong tech skills and is excited at the thought of creating a new government.
But there is plenty of bad news. The unemployment rate for young people is 60 percent. The landlocked, mountainous country has a long growing season and could serve as a garden for Europe, but it lacks any transport beyond two-lane roads, a rusting rail line and expensive air links. The current prime minister, Hashim Thaci—a former leader of the Kosovo Liberation Army (KLA)—promises to build a real highway to next-door Albania in five years, but that's hardly the best path to the outside world. Meanwhile, the electricity frequently shuts off for hours at a time, even in the capital, Pristina, and the construction of a World Bank-financed power plant has been slowed by quarrels over who will supply the coal.
Pristina bustles with restaurants supported by a large population of international personnel whose spending habits outprice the locals. The roads leading to Kosovo's borders are lined with half-completed brick houses. But these are funded by remittances from young people who've left to work in Germany, Switzerland and Italy. Inside the country, the economy is so bad that many fear that unemployed young men will start turning to old-fashioned, illicit forms of cross-border commerce: trafficking in narcotics, weapons or human beings.
As for the government of this nascent state, there's still a great deal of confusion about who's in charge. Blocked by Russia, the U.N. Security Council has not been able to lift its supervisory political framework put in place after the NATO intervention. The international proconsul, Lamberto Zannier—the U.N. secretary-general's special representative—remains in Kosovo, though his duties have become increasingly unclear. But he's still needed, since Belgrade refuses to talk directly to the Kosovo government. The U.N. Mission is also the only local authority accepted by the many Serbs who still live in northern Kosovo, including in the contested city of Mitrovica.
The European Union and the United States have recently mounted an independent effort to help the fledgling state write laws and solve administrative problems. But the wiring of this operation would fox any electrician. The EU was to deploy 1,700 police, judges, prosecutors, jail guards and Customs officials to help, but their assignments have been delayed because of the confusion over who's in charge. More than 15,000 NATO troops remain on duty in the tiny state. But NATO forces failed to control ethnic riots the last time they broke out, in March 2004, with disastrous consequences, including eight reported deaths, 900 injured, the destruction of hundreds of Serb homes and the burning of churches and priceless artifacts. NATO countries have since loosened the rules of engagement that hamstrung the troops, but they remain soldiers, not police, and it's not clear whether they have the tools for nonlethal riot control.
The recent return of former KLA leader Ramush Haradinaj to political life may further roil the new state. Haradinaj was acquitted in April by The Hague tribunal on charges of complicity in the murder of Serb civilians during the war. This decision, following the intimidation and deaths of witnesses, further unnerved the local Serb community, and Haradinaj's return may also threaten Thaci's leadership.
Internationally, the outlook isn't much brighter. Only 45 countries have recognized Kosovo's independence. It will never be admitted to the United Nations while veto-wielding Russia opposes it, though it can join the World Bank, where no vetoes can be cast. Among its European neighbors, Bosnia, Greece, Macedonia, Montenegro, Romania, Slovakia—and, notably, Georgia—have all refused to grant recognition. Kosovo's newly issued passports may go unrecognized at international airports, leaving Kosovar travelers stranded.
Although the United States pushed for Kosovo's independence earlier this year, at least one former U.S. secretary of State, Lawrence Eagleburger, warned against it, saying that the creation of new microstates would needlessly provoke Russia and other multiethnic countries. The irony is that Kosovo could have achieved almost as much through an international guarantee of autonomy within Serbia. Yet Washington never permitted that alternative to be discussed. Now, given Russia's misuse of the Kosovo precedent in Georgia, it's worth reviewing this option should similar cases arise in the future.
http://www.newsweek.com/id/156317/page/1
Triste sina ter nascido português
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Re: Kosovo
18:47 | Quarta-feira, 8 de Out de 2008
Kosovo: Manuel Alegre lamenta decisão do Governo de reconhecer a independência
Lisboa, 08 Out (Lusa) - Manuel Alegre lamentou hoje a decisão do Governo português de reconhecer a independência do Kosovo, dizendo que "infelizmente" Portugal acabou por seguir a União Europeia, que nestes casos se tem comportado como "criada de servir" de Washington.
"Tenho pena que essa decisão tenha sido tomada", declarou o deputado do PS e ex-candidato presidencial à agência Lusa, no final do debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República.
Segundo Manuel Alegre, "Portugal resistiu bastante e foi dos últimos países a reconhecer a independência do Kosovo, tendo sempre assumido uma posição moderada e ponderada, quer por parte do Governo, quer por parte do Presidente da República".
"Mas, infelizmente, Portugal acabou por seguir a Europa, que, como afirmou [o ensaísta] Eduardo Lourenço, nestes casos se tem comportado como criada de servir da administração norte-americana", disse.
Manuel Alegre considerou depois que a declaração unilateral de independência do Kosovo "foi um procedente gravíssimo".
"Portugal deveria ter tido uma posição pedagógica. Este caso provou que a União Europeia não tem um pensamento autónomo na sua política externa", acrescentou.
O Governo português comunicou terça-feira, formalmente, em carta enviada ao governo kosovar o reconhecimento da independência do Kosovo, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
"Na sequência de um amplo e diversificado conjunto de contactos prévios (...), foi esta tarde enviada uma carta do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros ao seu homólogo do Kosovo onde se comunica que, com efeitos a partir desta data, o Governo Português reconhece formalmente a República do Kosovo como Estado soberano e independente", lê-se no comunicado, divulgado horas depois de Luís Amado ter anunciado a decisão no Parlamento.
PMF.
Lusa/fim
Lusa
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/419644
Triste sina ter nascido português
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Re: Kosovo
Gostaria agora de saber qual a posição do governo português e de Portugal, porque os governos vão-se e o país e a Nação ficam, qunando a Abkásia e a Ossétia pedirem e declararem a independência, quando um dia Catalunha fizer o mesmo, etc etc etc
Se os argumentos de que se trata de uma sitação de facto e irreversível, Portugal está a dizer que lutou tantos anos pela auto-determinação de Timor em nome de quê?
Não pareceia irreversível a ocupação indonésia, lá, e com o reconhecimento da outra potencia regional - a Austrália?
Se os argumentos de que se trata de uma sitação de facto e irreversível, Portugal está a dizer que lutou tantos anos pela auto-determinação de Timor em nome de quê?
Não pareceia irreversível a ocupação indonésia, lá, e com o reconhecimento da outra potencia regional - a Austrália?
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Re: Kosovo
mas isto é um governo de marias-vai-com-as-outras, eles querem lá saber, querem é o "tachinho" garantido quando sairem do governo , e não convem afrontar os "patrões" da UE, e depois os tachinhos em bruxelas, na comichão europeia, ou numa multinacional? Ou Embaixador da ONU para o controle-das-pragas-de-gafanhotos?????
Triste sina ter nascido português
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Re: Kosovo
A esses profissionaisd do "tacho" eu passava-os por isto:
E depois por isto:
Uma leve locomotivazita que só pesa 127 ton.
E para que o PT fique satisfeito, escolhi modelos Made in USA, e olhem que são do melhor que a CP já teve
E depois por isto:
Uma leve locomotivazita que só pesa 127 ton.
E para que o PT fique satisfeito, escolhi modelos Made in USA, e olhem que são do melhor que a CP já teve
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Re: Kosovo
Portugal reconheceu independência no passado dia 7
Freitas do Amaral avança com hipótese de pressão norte-americana na decisão portuguesa sobre o Kosovo
24.10.2008 - 09h43 PÚBLICO
Freitas do Amaral, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do executivo de Sócrates afirmou ontem não entender a recente tomada de posição do Governo português a favor da independência do Kosovo, questionando-se sobre se Sócrates não terá cedido a pressões norte-americanas.
“Porque é que agora de repente se reconhece [a independência do Kosovo]? Sobre pressão de quem? Terá sido uma pressão do Presidente Bush já a arrastar os pés?”, lançou ontem Freitas do Amaral em entrevista a Judite de Sousa da RTP.
Para o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, não é compreensível que o Governo tenha adiado por tanto tempo uma decisão para de repente, sem que nada o fizesse esperar, tomasse uma posição que Freitas defende ser perigosa por poder despertar as autonomias por toda a Europa. “Sabe-se que o Presidente da República era contra, que o primeiro-ministro era contra, o Ministro dos Negócios Estrangeiros era contra. Não sei se são, eram contra. Tanto eram que retardaram uma tomada de posição”, questiona-se Freitas do Amaral.
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Re: Kosovo
Atentado gera incidente diplomático entre Alemanha e Kosovo
Os três alemães foram exibidos algemados na televisão kosovar
Agentes secretos alemães seriam capazes de explodir o prédio que abriga a representação civil da União Européia em Pristina? As autoridades do Kosovo acham possível. O governo alemão considera a hipótese um absurdo.
A controvérsia em torno da possível participação de três alemães num atentado contra a representação civil da União Européia (UE) em Pristina, no último dia 14 de novembro, ameaça se transformar num incidente diplomático de grandes proporções. De um lado, as autoridades do Kosovo afirmam que o trio pode estar envolvido na ação. Do outro, o governo alemão classifica a suspeita como absurda.
As relações entre a maior economia da Europa e a pequena ex-província sérvia, cuja reconstrução recebe ajuda da Alemanha, foram abaladas depois da detenção dos alemães, acusados de envolvimento com o ato terrorista. Os três homens, com idades entre 41 e 47 anos, seriam agentes do serviço secreto alemão, o BND, conforme a imprensa da Alemanha e da Albânia, embora o governo em Berlim não confirme a informação.
Um juiz kosovar ordenou que os detidos permaneçam em prisão temporária por 30 dias, enquanto a explosão no escritório da UE em Pristina estiver sendo investigada. O porta-voz do governo alemão, Thomas Steg, afirmou que "a idéia de que o governo da República Federal da Alemanha possa estar envolvido em atos terroristas é absurda".
As imagens televisivas dos três alemães sendo conduzidos algemados pela polícia do Kosovo, no último final de semana, causaram indignação nas autoridades alemãs.
Primeiro ministro de Kosovo, Hashim Thaci, disse que ninguém está acima da lei
Ninguém acima da lei
O primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, ressaltou que "ninguém está acima da lei, e a lei deve ser respeitada integralmente, sem levar em consideração nacionalidades". De acordo com o presidente kosovar, Fatmir Sejdiu, os três alemães não estavam registrados como agentes de inteligência. Há a suspeita de que eles estivessem trabalhando de forma anônima.
O presidente do Grêmio de Controle Parlamentar (que supervisiona as atividades do BND), Thomas Oppermann, confirmou que o serviço secreto alemão está presente nos Bálcãs. "A presença dos agentes é importante porque nossos soldados precisam ser protegidos", explicou. Oppermann disse ainda que é preciso ter informações prévias sobre riscos e situações de perigo.
A forma como os três alemães foram detidos ainda é controversa. Uma versão é a de que foram vistos fugindo do local da explosão após um deles atirar uma bomba de um prédio adjacente abandonado. Eles foram detidos cinco dias após o incidente. Buscas em suas residências resultaram na apreensão de armas e documentos considerados incriminatórios, incluindo um esboço do prédio em que se localiza o escritório da UE.
Os advogados dos alemães informaram que os três homens não se envolveram na ação terrorista e que teriam ido até o local por curiosidade, quatro horas depois da explosão, para tirar fotografias. O jornal de Kosovo Koha Ditore levantou a suspeita de ligação com ataques de 2007, que tinham por alvo a missão da ONU no Kosovo, edifícios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e o Parlamento.
Os três alemães estão presos temporariamente
Especulação sobre grupos anti-UE
O jornal alemão Bild especulou sobre o motivo do ataque no último dia 14. Para o periódico, a ação foi trabalho de uma facção kosovar contrária à UE. O Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro com o apoio da União Européia.
Quatro dias antes do ataque, a maioria albanesa no Kosovo rejeitou um acordo entre a ONU e a Sérvia para que a missão civil Eulex, da União Européia, assumisse a administração policial e jurídica no território.
O governo alemão se questiona como o caso tomou tamanha proporção, já que o país tem sido um apoiador da independência de Kosovo e a nação que mais contribui financeiramente depois dos Estados Unidos. Geralmente, em casos envolvendo atividades de inteligência, os agentes estrangeiros que têm problemas com autoridades locais são "convidados" a deixar o país, longe dos holofotes da imprensa.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,214 ... 07,00.html
Agentes secretos alemães são libertados no Kosovo
Os três agentes do Serviço Federal de Informações (BND) da Alemanha detidos em Pristina, capital do Kosovo, foram libertados nesta sexta-feira (28/11). A libertação foi determinada por um tribunal das Nações Unidas no Kosovo. Diplomatas alemães levaram os três homens imediatamente para o aeroporto, onde uma aeronave os conduziu de volta à Alemanha. (as)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,214 ... 13,00.html
Os três alemães foram exibidos algemados na televisão kosovar
Agentes secretos alemães seriam capazes de explodir o prédio que abriga a representação civil da União Européia em Pristina? As autoridades do Kosovo acham possível. O governo alemão considera a hipótese um absurdo.
A controvérsia em torno da possível participação de três alemães num atentado contra a representação civil da União Européia (UE) em Pristina, no último dia 14 de novembro, ameaça se transformar num incidente diplomático de grandes proporções. De um lado, as autoridades do Kosovo afirmam que o trio pode estar envolvido na ação. Do outro, o governo alemão classifica a suspeita como absurda.
As relações entre a maior economia da Europa e a pequena ex-província sérvia, cuja reconstrução recebe ajuda da Alemanha, foram abaladas depois da detenção dos alemães, acusados de envolvimento com o ato terrorista. Os três homens, com idades entre 41 e 47 anos, seriam agentes do serviço secreto alemão, o BND, conforme a imprensa da Alemanha e da Albânia, embora o governo em Berlim não confirme a informação.
Um juiz kosovar ordenou que os detidos permaneçam em prisão temporária por 30 dias, enquanto a explosão no escritório da UE em Pristina estiver sendo investigada. O porta-voz do governo alemão, Thomas Steg, afirmou que "a idéia de que o governo da República Federal da Alemanha possa estar envolvido em atos terroristas é absurda".
As imagens televisivas dos três alemães sendo conduzidos algemados pela polícia do Kosovo, no último final de semana, causaram indignação nas autoridades alemãs.
Primeiro ministro de Kosovo, Hashim Thaci, disse que ninguém está acima da lei
Ninguém acima da lei
O primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, ressaltou que "ninguém está acima da lei, e a lei deve ser respeitada integralmente, sem levar em consideração nacionalidades". De acordo com o presidente kosovar, Fatmir Sejdiu, os três alemães não estavam registrados como agentes de inteligência. Há a suspeita de que eles estivessem trabalhando de forma anônima.
O presidente do Grêmio de Controle Parlamentar (que supervisiona as atividades do BND), Thomas Oppermann, confirmou que o serviço secreto alemão está presente nos Bálcãs. "A presença dos agentes é importante porque nossos soldados precisam ser protegidos", explicou. Oppermann disse ainda que é preciso ter informações prévias sobre riscos e situações de perigo.
A forma como os três alemães foram detidos ainda é controversa. Uma versão é a de que foram vistos fugindo do local da explosão após um deles atirar uma bomba de um prédio adjacente abandonado. Eles foram detidos cinco dias após o incidente. Buscas em suas residências resultaram na apreensão de armas e documentos considerados incriminatórios, incluindo um esboço do prédio em que se localiza o escritório da UE.
Os advogados dos alemães informaram que os três homens não se envolveram na ação terrorista e que teriam ido até o local por curiosidade, quatro horas depois da explosão, para tirar fotografias. O jornal de Kosovo Koha Ditore levantou a suspeita de ligação com ataques de 2007, que tinham por alvo a missão da ONU no Kosovo, edifícios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e o Parlamento.
Os três alemães estão presos temporariamente
Especulação sobre grupos anti-UE
O jornal alemão Bild especulou sobre o motivo do ataque no último dia 14. Para o periódico, a ação foi trabalho de uma facção kosovar contrária à UE. O Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro com o apoio da União Européia.
Quatro dias antes do ataque, a maioria albanesa no Kosovo rejeitou um acordo entre a ONU e a Sérvia para que a missão civil Eulex, da União Européia, assumisse a administração policial e jurídica no território.
O governo alemão se questiona como o caso tomou tamanha proporção, já que o país tem sido um apoiador da independência de Kosovo e a nação que mais contribui financeiramente depois dos Estados Unidos. Geralmente, em casos envolvendo atividades de inteligência, os agentes estrangeiros que têm problemas com autoridades locais são "convidados" a deixar o país, longe dos holofotes da imprensa.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,214 ... 07,00.html
Agentes secretos alemães são libertados no Kosovo
Os três agentes do Serviço Federal de Informações (BND) da Alemanha detidos em Pristina, capital do Kosovo, foram libertados nesta sexta-feira (28/11). A libertação foi determinada por um tribunal das Nações Unidas no Kosovo. Diplomatas alemães levaram os três homens imediatamente para o aeroporto, onde uma aeronave os conduziu de volta à Alemanha. (as)
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O Pior cego é o que está convicto e seguro de que vê. Não há nada mais fácil do que apontar os erros, preconceitos e fanatismo dos outros enquanto permanecemos cegos e insensíveis aos nossos próprios.
- talharim
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Re: Kosovo
Agora os mouros vão arranjar confusão com a Hungria e Romênia.
Esse povo tem sangue quente logo logo vão descer o cacete nesses mouros folgados.
Deus abençoe a Romênia.
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"I would rather have a German division in front of me than a French
one behind me."
General George S. Patton.
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- cabeça de martelo
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