GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Sterrius
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Re: GEOPOLÍTICA

#316 Mensagem por Sterrius » Qui Out 02, 2008 11:42 pm

Pelo que eu saiba nunca na história américana se falou ou práticou redução dos gastos militares, ate porque a econômia deles depende demais das dos gastos militares.
Porque nunca se precisou. Tirando a Recessão de 29 onde ocorreu sim uma redução dos gastos militares. Mas logo depois a Russia e os Aliados exigiram toneladas de material que apenas os EUA podiam fornecer na epoca. E isso reviveu a industria militar deles que continua até hoje.

Lembrando que os EUA terminou a II Guerra com 66% da Industria mundial (que estava em pé) sob seu controle. Era um controle economico muito forte, não havia o porque parar a industria, ainda mais com um novo inimigo como a Russia pra se combater na area belica e tecnologica.




ciclope
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Re: GEOPOLÍTICA

#317 Mensagem por ciclope » Sex Out 03, 2008 11:25 am

É quem temos agora?
Os mesmos russos de ontem e os chineses de agora que são piores pois chogam com as mesmas regras de mercado.




jauro
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Re: GEOPOLÍTICA

#318 Mensagem por jauro » Sáb Out 04, 2008 12:45 pm

Forças Armadas
Aquele rei mantinha exércitos bem-armados com arqueiros competentes e caros. Questionado pela rainha, explicou que a força era o respeito que guardava seu reino. Vemos que o Brasil está cercado de países que nos ameaçam. O presidente do Paraguai deseja pagar menos pela energia de Itaipu. O Equador expulsa empresa brasileira que constrói barragem e estradas. Prende diretores e dois estão asilados na embaixada. A Bolívia invade a Petrobras e diz que não pagará indenização. A Venezuela sonha com hegemonia e ditadura. Quer o Mercosul, mas não cumpre com deveres de liberdade. Nossa Marinha não pode garantir proteção aos poços da Bacia de Santos. E não pode patrulhar 8 mil quilômetros de costas. O Exército não pode garantir fronteiras. À Aeronáutica cabe proteger o território. Temos centenas de pistas clandestinas a serviço do tóxico. O orçamento é contingenciado. Ao governo é dada a responsabilidade pelo abandono com que trata as Forças Armadas. Deve garantir, mas fecha os olhos. O Brasil está sem segurança e não tem a quem apelar. A ameaça ronda nossas riquezas sem defesa. E as Forças Armadas não podem cumprir com as obrigações. Mãos atadas, não podem honrar compromissos nacionais.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: GEOPOLÍTICA

#319 Mensagem por Marino » Sáb Out 04, 2008 3:06 pm

Do Inforel. Relevem o "Porta-Aviões" Pedro o Grande:

Rússia: presença militar na América do Sul03/10/2008 - 14h56 A Rússia do presidente Dmitri Medvedev e do primeiro-ministro Vladmir Putin, mostrou no recente conflito com a Geórgia que está disposta a recuperar o papel de protagonista que já desempenhou principalmente à época da Guerra Fria.

Além de não admitir a presença bélica dos Estados Unidos em sua esfera de influência, a Rússia fortalece sua presença na América do Sul, através dos acordos de cooperação firmados com a Venezuela e que devem se estender à Bolívia, Equador e Nicarágua.

Nesta sexta-feira, o presidente da estatal russa Corporação Aeronáutica Unida, Alexei Fiodorov, informou que o contrato de fornecimento de 24 aviões de caça para a Venezuela, foi cumprido. O acordo foi firmado em julho de 2006 e estimado em US$ 1,5 bilhão.

Desde 2005, Rússia e Venezuela firmaram 12 contratos militares no valor de US$ 4,4 bilhões. O governo de Hugo Chávez adquiriu 24 aviões de caça Sukhoi-30MK2, 50 helicópteros, carros de combate e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103.

Os dois países ainda negociam sistemas antiaéreos, veículos blindados e aviões de combate. Em sua recente visita a Moscou, Cháves se reuniu com o ex-presidente Vladimir Putin para negociar um acordo nuclear.

Rússia e Venezuela ainda firmaram acordos para a construção de maquinaria e uma petroquímica. De acordo com Hugo Chávez, até o final de outubro a Gazprom lança a primeira torre de perfuração no Golfo da Venezuela.

Em setembro, a Rússia enviou o porta-aviões nuclear Pedro o Grande, para exercício militares no Mar do Caribe, além de dois bombardeiros que permaneceram numa base venezuelana por uma semana.

Putin também autorizou o empréstimo de US$ 1 bilhão para a compra de equipamentos militares pela Venezuela.

Hugo Chávez também esteve em Pequim onde discutiu a compra de 24 aviões de combate K-8. A Venezuela vende 300 mil barris diários de petróleo para a China e os dois países ainda devem fechar um acordo para a construção de um satélite de comunicações.

Entre os dias 10 e 14 de novembro, navios russos e venezuelanos realizaram manobras conjuntas no Caribe.

Bolívia

Agora, é a Bolívia que anuncia o envio de uma missão à Rússia onde deverão ser assinados uma série de acordos, inclusive de combate ao narcotráfico.

O governo de Evo Morales pretende obter dos russos, os US$ 26 milhões que os Estados Unidos cortaram após a expulsão do embaixador norte-americano naquele país.

O acordo entre Bolívia e Rússia deve contemplar a capacitação de oficiais anti-narcóticos, inteligência e apoio logístico. A Rússia também deverá ceder um helicóptero que atuará na zona cocaleira de Yungas, próxima de La Paz.

O presidente Evo Morales acredita que a inclusão de Bolívia e Venezuela na lista negra dos países que não combatem o narcotráfico é um gesto de vingança dos Estados Unidos.

Além do embaixador Phillip Goldberg, Morales também expulsou os representantes da USAID e da agência norte-americana contra as drogas, DEA. Ao se desfazer dos norte-americanos, Morales se aproxima dos russos.

Nicáragua

Seguindo essa tendência, o Exército nicaragüense solicitou formalmente a ajuda militar russa. O general Omar Halleslevens, comandante da força e o embaixador russo em Manágua, Igor Kondrashev, confirmaram os entendimentos.

A princípio, a Rússia deverá reparar e repor o envelhecido arsenal soviético do Exército da Nicarágua. Cerca de 90% do armamento do país veio da ex-União Soviética e a prioridade é a revitalização dos helicópteros MI-17 fabricados em 1980 e a criação de bases navais para vigiar a costa do país.

Na última semana de setembro, uma comitiva russa liderada pelo vice-primeiro-ministro Igor Ivanovich Sechin reuniu-se em Manágua com o presidente Daniel Ortega. Ficou acertado ainda que em 30 dias uma comissão de especialistas militares russos desembarcará no país para avaliar as necessidades da Nicarágua.

Omar Halleslevens ressaltou que a cooperação com os russo não significa rompimento com os Estados Unidos de quem a Nicarágua recebe ajuda militar e financeira.

A Rússia pretende estender a cooperação para as áreas de agricultura, renovação das fontes de energia e exploração de petróleo.

Frente Sandinista

Entre 1979 e 1990, com a revolução sandinista, Moscou enviou armas, aviões, helicópteros e tanques de guerra para que Daniel Ortega pudesse enfrentar os “contras” financiados pelos Estados Unidos.

Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, considerou justificada a presença militar russa na América Latina e não descarta seguir os exemplos de Venezuela, Bolívia e Nicarágua.

Segundo Correa, “a IV Frota dos Estados Unidos pode chegar à América Latina e uma frota russa não, porque seria a reedição da Guerra Fria?”. Ele deixou claro que o país receberá de porta abertas qualquer frota que deseje chegar ao Equador e classificou de horrorosa a política norte-americana para a região.

O governante voltou a reafirmar que o convênio com os Estados Unidos para uso da Base Aérea de Manta, que expira em novembro de 2009, não será renovado.

Cuba

A Rússia negocia com Cuba e Venezuela a utilização conjunta do sistema global de navegação por satélite GLONASS. A informação é do diretor da Agência Espacial russa Roskosmos, Anatoli Parminov.

Segundo ele, “em Cuba há muito interesse na cooperação e no aproveitamento do sistema russo, cujo sinal abarcará o mundo inteiro em 2010”. Ele informou ainda que Cuba pretende utilizar os dados obtidos pelo satélite russo Resurs-DK, empregado para teledetecção.

A criação de um centro russo-cubano em Havana, para o processamento de dados de satélite é estudo pelos dois governos.

Colômbia preocupada

Enquanto isso, a Colômbia, principal aliadas política e militar dos Estados Unidos na América Latina, está preocupada com a presença russa na região.

O ministro da Defesa, Juan Manuel Santos afirmou que seu país “não é indiferente” as manobras realizadas pelos russos e venezuelanos no Mar do Caribe.

Segundo ele, “estamos estudando, estamos analisando e não nos é uma surpresa. Não estamos totalmente indiferentes quanto a esse tipo de situação”.

Por outro lado, o ministro da Defesa participa neste sábado, 4, da 77ª Assembléia da Interpol em São Petesburgo onde fará uma palestra sobre a globalização do terrorismo das Farc. Santos se reunirá em Moscou com integrantes do alto escalão do governo russo.

Além da troca de experiências em temas militares e de combate ao narcotráfico e ao terrorismo, ele estuda apossibilidade de firmar um acordo em Defesa com a Rússia.

Juan Manuel Santos é o primeiro ministro da Defesa da Colômbia que realiza visita oficial àquele país.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA

#320 Mensagem por Beronha » Sáb Out 04, 2008 4:18 pm

porta-aviões nuclear Pedro o Grande,
Essa imprensa... :mrgreen:




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Re: GEOPOLÍTICA

#321 Mensagem por Bolovo » Sáb Out 04, 2008 4:22 pm

Beronha escreveu:
porta-aviões nuclear Pedro o Grande,
Essa imprensa... :mrgreen:
Por isso não gosto de certos jornalistas.

Os caras não se dão o trabalho de usar por 30 segundos o Wikipédia.




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Re: GEOPOLÍTICA

#322 Mensagem por ciclope » Dom Out 05, 2008 5:01 pm

Enquanto o chaves fáz e contece, agente desfáz e não acontece!




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Re: GEOPOLÍTICA

#323 Mensagem por Brigadeiro » Qua Out 08, 2008 10:25 am

DEFESA@NET 08 Outubro 2008

Governo brasileiro emite alerta ao continente


EXCLUSIVO DEFESA@NET

Discretamente e sem alardes o governo Luiz Inácio publicou no dia 02 de Outubro o Decreto Nº 6.592. Ele regulamenta o disposto na Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema Nacional de Mobilização - SINAMOB.

O texto anterior publicado no fim de 2007 pode ter passado como mais um decreto burocrático, mesmo assim atraiu a atenção da imprensa internacional na época. Porém o Decreto nº 6.592 ao regulamentar o anterior apresenta um excepcional artigo, que pela primeira vez na história republicana e em especial pós-segunda Guerra Mundial, mostra uma nova postura que pode mudar a Política Externa Brasileira e afasta sua imagem de país pacifista, o que terá reflexos no futuro do país e na forma como vem tratando seus interesses.

O capítulo I, Artigo 3 ao qualificar os parâmetros de agressão estrangeira para acionar o SINAMOB explicita:

“São parâmetros para a qualificação da expressão agressão estrangeira, dentre outros, ameaças ou atos lesivos à soberania nacional, à integridade territorial, ao povo brasileiro ou às instituições nacionais, ainda que não signifiquem invasão ao território nacional.”

Usando um termo muito em voga no atual governo, “nunca neste país” um documento foi tão explícito e claro sobre quais limites o Brasil poderá avançar na defesa dos seus interesses e incluindo um termo amplo e quase irrestrito “o povo brasileiro”.

A constituição de 1988 detalha no Título I - Dos Princípios Fundamentais em seu Artigo

4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana.

O decreto que pode conflitar com as chamadas cláusulas pétreas da Constituição de 1988 foi assinado por um dos relatores da mesma, o então Deputado Federal Nelson Jobim, agora na condição de Ministro da Defesa.

O recado passado aos vizinhos é claro e incisivo. Uma agressão ou perseguição aos cidadãos brasileiros residentes no Paraguai – brasiguaios – assim como na região do Pando, na Bolívia e, uma nova ameaça de corte no fornecimento de gás e a tomada de instalações e empresas brasileiras legalmente constituídas e operando em outros países, caracterizarão a partir de agora agressões externas, e uma resposta militar por parte do Brasil passa a ter amparo legal.

A publicação do Decreto no dia 02 de Outubro às vésperas das eleições municipais e com as atenções também voltadas para os possíveis reflexos da crise econômica no Brasil, distraíram a atenção ao documento.

O Decreto também detalha a extensão das ações que serão feitas e que tanto os recursos públicos e privados serão requisitados de forma acelerada e compulsória:

Art. 27. A execução da Mobilização Nacional consiste na implementação de forma acelerada e compulsória do Plano Nacional de Mobilização.
Art. 28. A execução da Mobilização Nacional tem por objetivo o emprego de recursos existentes nas estruturas pública e privada, necessários ao esforço de Defesa Nacional.

E também menciona como base da Mobilização Nacional (Logística Nacional) as descrições que seriam descritas na Estratégia Nacional de Defesa - END. A END deveria ter sido anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 7 de Setembro.

Art 2º § Para fins de Mobilização Nacional, entende-se como Logística Nacional o conjunto de atividades relativas à previsão e provisão dos recursos e meios necessários à realização das ações decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa.

A partir de agora podemos afirmar que a surda guerra travada pelo Regime Bolivariano de cerco ao Brasil tem uma resposta legal e permite ao Brasil intervenção militar naqueles assuntos
Postura de gente grande? [004]

Até mais!




Thiago
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Re: GEOPOLÍTICA

#324 Mensagem por ciclope » Qua Out 08, 2008 11:14 am

Espero que essa lei saia do papel se um dia for necessário!
Eque as forças estejam equipadas a altura.




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Re: GEOPOLÍTICA

#325 Mensagem por Sterrius » Qua Out 08, 2008 11:39 am

Bem, creio que nenhum país deva descartar formas de garantir a sua propria sobrevivencia.

O foco e energia deve ser voltado para as clausulas da constituição de 88. Mas com certeza não podemos nos impedir de agir em nossa defesa se for realmente necessario e as normas de 88 se mostrarem ineficientes pra solução de 1 problema especifico.

È a velha tatica do "Atacar antes de ser atacado". Usado por praticamente todas as grandes potencias hoje em dia.

Obviamente que no caso do Brasil e pela sua historia e força diplomatica é bem complicado achar "inimigos" que mereçam tamanha atenção e gasto de dinheiro e recursos públicos. Mas isso nao quer dizer que nunca va acontecer.

E ciclope. Isso é um decreto presidencial. Não precisa passar pelo senado, foi feito exclusivamente pelo executivo.




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Re: GEOPOLÍTICA

#326 Mensagem por crubens » Qua Out 08, 2008 1:39 pm

É bom isso ter saido mesmo, porque nossos vizinhos mulambentos estão com as asinhas solta demais.
Vide isso aqui também do site Defesanet.

"Líder camponês ameaça expulsar colonos
brasileiros do Paraguai

Assunção, 7 out (EFE).- Um líder camponês paraguaio e aliado do presidente Fernando Lugo ameaçou hoje "expulsar" de suas terras produtores e fazendeiros brasileiros estabelecidos na região fronteiriça entre Brasil e Paraguai, que em sua maioria se dedicam ao cultivo de soja.

Elvio Benítez, da Coordenadoria de Produtores Agrícolas de San Pedro Norte, disse a jornalistas que exigirá de Lugo que cumpra seu programa de Governo referente à reforma agrária e afirmou que: "caso não haja respostas, vão ser tomadas medidas extremas".

"Neste caso (vamos) ocupar terras, brigar, expulsar inclusive estes brasileiros, que estão invadindo e estão amparados pela justiça paraguaia", declarou Benítez antes de se reunir com o chefe de Estado na residência presidencial.

"Temos que considerar que (os brasileiros) agrediram nosso país, na Tríplice Aliança - disse em referência à Guerra do Paraguai - quase nos mata a todos e agora estão ocupando nossa terra. Não podemos ser tão amigáveis", afirmou o líder camponês.

Calcula-se que cerca de 300.000 brasileiros, muitos deles com extensas explorações agrícolas, moram ao longo da linha fronteiriça com o Paraguai. A maioria se dedica ao cultivo de soja, principal fonte de divisa do Paraguai.

A tensão nas áreas rurais do país subiu de tom desde a última semana por causa da morte de um camponês em um incidente que aconteceu durante a desocupação da fazenda de um brasileiro ocupada por lavradores, no departamento do Alto Paraná.

Em várias regiões agrícolas do país, centenas de camponeses permanecem acampados ao redor de fazendas sob ameaça de voltarem a ocupá-las, após uma trégua firmada com o Governo.

Brasileiro tem fazenda atacada no Paraguai;
2 seguranças ficam feridos

Assunção, 7 out (EFE).- Dois guardas de uma fazenda paraguaia pertencente a um brasileiro ficaram feridos hoje durante um ataque de camponeses sem-terra, informaram as autoridades de Edelira, no sul do Paraguai.

Um dos guardas, Luciano Flores, teve o rosto atingido por vários tiros de chumbinho e, com um ferimento no olho, foi encaminhado para um hospital da Encarnación, 370 quilômetros ao sul de Assunção.

Fontes da Polícia disseram que os guardas foram atacados de um monte vizinho à fazenda do brasileiro Rogério Zwirtes, que, segundo denunciou, já foi vítima de vários ataques de sem-terra da região.

"Estas pessoas não querem nos deixar trabalhar. Não há segurança", lamentou o produtor agrícola.

O ataque foi quase simultâneo a uma reunião em Assunção entre o chefe de Estado, Fernando Lugo, e líderes de organizações camponesas, que discutiram a tensão que impera nas áreas rurais do país.

Após o encontro, que durou várias horas, os sem-terra anunciaram um acordo parcial com as autoridades para frear as ocupações de fazendas agrícolas. Em troca, Lugo prometeu impulsionar a reforma agrária.

Antes desse encontro, Elvio Benítez, da Coordenadora de Produtores Agrícolas de San Pedro Norte e aliado do presidente, disse aos jornalistas que estão dispostos a expulsar de suas terras os fazendeiros brasileiros estabelecidos na fronteira, que, em sua maioria, se dedicam ao cultivo de soja.

"Neste caso, (vamos) ocupar terras, brigar, até mesmo expulsar esses brasileiros, que estão invadindo e sendo amparados pela Justiça paraguaia", declarou Benítez antes da reunião com o chefe de Estado.

Calcula-se que 300 mil brasileiros vivem ao longo da fronteira Brasil-Paraguai, muitos deles com grandes propriedades.

A tensão nas áreas rurais do país aumentou desde que, na semana passada, um sem-terra morreu durante a desocupação da fazenda de um brasileiro no departamento de Alto Paraná, na fronteira com o Brasil. "




"Tudo que é necessário para que o mal triunfe, é que os homens de bem nada façam". Edmund Burke

'O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.' Martin Luther King

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Re: GEOPOLÍTICA

#327 Mensagem por Sterrius » Qua Out 08, 2008 3:13 pm

O Caso do paraguai na area de reforma agraria é muito mais complexo. Bem diferente do que ocorreu na Bolivia ou no Equador.

Nos outros 2 paises foi um assunto puramente de Estado vs Estado. Pode ser resolvido totalmente no campo diplomatico e a população acataria qualquer escolha apesar de nao gostar.

No caso do paraguai é mais complicado. È o caso da população agricola paraguaia que não suporta mais os brasiguaios. E não podemos invadir um país porque seu povo quer outro povo fora de suas terras. (ja que uma guerra nao resolveria, apenas agravaria o problema atraindo as outras classes e paises que não estão se intrometendo pra confusão).

Cabe ao governo paraguaio achar uma solução. O problema é que o governo deles não esta tendo condições de garantir esta resposta. O que pode forçar o Brasil a se intrometer diretamente e "botar ordem na casa". Mas isso não ajudaria a acalmar a população que esta revoltosa, na verdade poderia explodir o barril de vez, motivo pelo qual o Brasil esta relutante em intervir diretamente ja que se tratam de civis. (Ou seja, receita pro massacre).

È um problema social que esta ocorrendo la. Não diplomatico. E as opções ambas do Brasil e do Paraguai estão muito limitadas. (Principalmente pq a população tem a sua versão da guerra do paraguai como a propria materia disse, verdade ou não é o que conta pra eles).

O problema Estado vs Estado do paraguai é Itaipu. Este sim da pros governos tomares as redeas e pro Brasil fazer algo. E é o que fez (Espertamente postergand oa discussão pra algum futuro distante :mrgreen: ).




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Re: GEOPOLÍTICA

#328 Mensagem por Metal_777 » Sex Out 10, 2008 10:03 am

Brigadeiro escreveu:
DEFESA@NET 08 Outubro 2008

Governo brasileiro emite alerta ao continente

o problema é que se escreve muito e se faz pouco......




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Re: GEOPOLÍTICA

#329 Mensagem por Paisano » Sex Out 10, 2008 3:04 pm

Acordo militar com França é equivocado, dizem analistas

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... ISTAS.html
Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil assinará no final deste ano um acordo com a França que, o governo espera, resultará na transferência de tecnologia na área de defesa e no ressurgimento da indústria militar do país. Críticos, no entanto, apontam os equipamentos franceses como inadequados para as necessidades do país.

Analistas ouvidos pela Reuters vêem as potências militares Estados Unidos e Rússia como melhores opções para o Brasil.

"Do ponto de vista político do governo Lula até faz sentido (a parceria com a França)", avaliou Gunther Rudzit, assessor do ministro da Defesa entre 2001 e 2002, quando a pasta era comandada por Geraldo Quintão.

"Mas não acho do ponto de vista estratégico", acrescentou Rudzit, que tem mestrado em segurança nacional pela Georgetown University e hoje é professor das Faculdades Integradas Rio Branco.

Apesar de seu histórico de boas relações com os EUA, analistas lembram que tradicionalmente o Brasil busca evitar ser visto como aliado incondicional de Washington e, segundo Jorge Zaverucha, cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, a atual aproximação da Rússia com a Venezuela também complicou uma aproximação de Brasília com Moscou.

"O Brasil estava na dúvida entre a França e a Rússia. Com a aproximação desta com a Venezuela, os EUA disseram que não se oporiam a um acordo militar do Brasil com a França. Para bom entendedor meia palavra basta", disse.

SUBMARINOS

Um dos pontos mais alardeados na aproximação entre Brasil e França é a transferência de tecnologia francesa para a construção da parcela convencional do submarino à propulsão nuclear. Autoridades militares brasileiras, que afirmam que o país já domina a técnica da parte nuclear da embarcação, vêem o projeto como prioritário.

O argumento é de que o submarino nuclear tem maior autonomia e capacidade de permanecer por mais tempo no fundo do oceano. Já os críticos avaliam que o submarino nuclear não é o melhor equipamento para patrulhar as águas rasas do litoral brasileiro, e pode ser detectado por conta do ruído feito pelo reator.

A parceria com os franceses deve incluir a construção de quatro submarinos convencionais, modelo Scorpene, que também seria usado como plataforma para a fabricação do submarino nuclear, cuja primeira unidade a Marinha espera para 2020.

"Eu acho que vai ser a maior loucura que nós vamos fazer", disse Expedito Bastos, pesquisador da área de Defesa da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). "Não seria muito melhor termos 20 submarinos convencionais? Seria uma frota de alto mar fantástica, nós controlaríamos todo nosso litoral com isso".

Atualmente, a Marinha tem em sua frota 5 submarinos convencionais, cuja fabricação com tecnologia alemã começou na década de 1980, para patrulhar 4,5 milhões de quilômetros quadrados.

PAÍS CONTINENTAL

A corte que os franceses têm feito ao Brasil pode ainda ajudar o caça Rafale, da fabricante francesa Dassault, a ser o vencedor do programa FX-2, que escolherá o novo caça da Força Aérea Brasileira. O Rafale é finalista da concorrência ao lado do sueco Gripen (SAAB) e do norte-americano F-18 Super Hornet (Boeing).

Para Rudzit, as presenças do F-18 e do Gripen --caça que tem tecnologia norte-americana-- na lista final é "estranha", por conta da histórica relutância de Washington em transferir tecnologia.

"Ou os americanos mudaram muito, e aí é mais um erro a gente se aproximar da França, ou esta é uma licitação dirigida", critica.

Outro ponto do acordo em gestão com Paris incluirá também a fabricação de helicópteros EC-725, da francesa Eurocopter, na fábrica da Helibras, subsidiária da companhia européia, em Itajubá (MG). A idéia do governo é comprar 50 aeronaves para as Forças Armadas a partir de 2010.

"Para um país de dimensões continentais, eu acho que equipamentos americanos e russos seriam mais adequados", disse Rudzit.

Procurado pela Reuters, o Ministério da Defesa não estava imediatamente disponível para comentar as críticas dos analistas.




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Re: GEOPOLÍTICA

#330 Mensagem por Sterrius » Sex Out 10, 2008 3:36 pm

sem querer criticar a opinião dele.

Mas existe algo da Europa que ele apoia? Do jeito que ele fala a França podia até ceder anexação total e ele ainda poiaria os EUA ou Russia. :shock:

A curto prazo até da pra concordar, é logico que EUA seria a melhor opção. Mas a medio/longo prazo isso permite o Brasil se aproximar mais da Europa. Um continente multipolar onde o Brasil teria uma força politica de barganha muito maior do que com os EUA ou Russia, 2 gigantes militares e politicos. E a Europa não tem tanto interesse quanto os americanos no "nosso quintal" .

E nao concordo com a opinião dele quanto ao sub nuclear. Fira que pelas contas que fiz o dinheiro investido nisso não pagaria nem em sonho 20 subs convencionais e precisamos logo terminar a tecnologia ao inves de jogar 20 anos de pesquisa e investimento no lixo. Fora as vantagens da plataforma nuclear.




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