JOBIM:PLANO DE DEFESA
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
20 de Setembro de 2008 - 15h10 - Última modificação em 20 de Setembro de 2008 - 18h18
Plano de Defesa pode dar fim a divergências entre civis e militares, diz Mangabeira Unger
Brasília - O ministro da Secretaria de Assuntos Estra-
tégicos, Mangabeira Unger, concede entrevista à
Agência Brasil
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Coordenador do comitê interministerial responsável pela elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 9, o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, acredita que a iniciativa, embora conduzida por civis, irá contribuir para a superação de eventuais divergências entre civis e militares.
Mangabeira afirma não haver, da parte do atual governo, qualquer atitude revanchista por conta da perseguição a oposicionistas da ditadura militar (1964-1985), mas reconheceu que o golpe que depôs o presidente João Goulart aprofundou o distanciamento entre a sociedade civil e os militares.
"Vivemos um período de antagonismos e de suspeitas entre civis e militares que foi agravado por toda a experiência do regime militar”, afirmou Mangabeira à Agência Brasil. “Acho que estamos superando isso e, a meu ver, essa é uma das conquistas menos visíveis da formulação do Plano de Defesa, selar a superação desse legado histórico”
Segundo o ministro, enquanto no resto do mundo os defensores de “projetos nacionais” são os mesmos grupos associados às pessoas que querem o fortalecimento da Defesa Nacional para que seus países tenham “uma margem de manobra que lhes permita construir seus próprios modelos e resistir às agressões e intimidações externas”, no Brasil aconteceu algo singular.
“Devido a toda a nossa história, houve uma divergência, agravada pelo regime militar, entre os que defendiam o projeto de desenvolvimento e os que reclamavam um projeto de fortalecimento de nossas Defesas”, disse Mangabeira. Ele explicou que, enquanto o desenvolvimentismo foi associado aos grupos de esquerda, a noção de Defesa foi associada aos militares que combatiam esses mesmos grupos.
Mangabeira lem,brou que, embora não tenha sido a única causa, o afastamento entre militares e esquerdas ajuda a explicar “a marginalização da causa da Defesa” e o conseqüente sucateamento das Forças Armadas brasileiras.
“Claro que essa não é a única explicação. Entre todos os países grandes, o Brasil é o menos beligerante e o que menos contato teve com guerras. Não temos inimigos, não estamos ameaçados por qualquer um de nossos vizinhos e o pacifismo faz parte de nossa identidade nacional. Estamos predestinados a nos engrandecer sem imperar. Nada disso, no entanto, nos exime da responsabilidade de nos defendermos”.
Segundo Mangabeira, outra consequência desse antagonismo seria a existência de poucos especialistas civis aptos a discutir o tema e colaborar para a definição das estratégias adotadas pelo país. “Em todos os países grandes do mundo há uma burocracia civil especializada em questões militares. Nós não a temos. Por isso eu julgo importante que essa proposta entregue ao presidente tenha sido conduzida por civis, com a colaboração dos militares. Ao longo do último ano, eu ouvi de vários oficiais que eles jamais haviam discutido com civis as grandes questões militares ”.
Após receber a proposta do Plano de Defesa, Lula pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que convocasse uma reunião do Conselho Nacional de Defesa para que se amplie o debate sobre o assunto. Jobim preside o comitê interministerial criado em setembro de 2007 para formular a estratégia nacional.
Em: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 42857/view
Um fraternal abraço,
Plano de Defesa pode dar fim a divergências entre civis e militares, diz Mangabeira Unger
Brasília - O ministro da Secretaria de Assuntos Estra-
tégicos, Mangabeira Unger, concede entrevista à
Agência Brasil
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Coordenador do comitê interministerial responsável pela elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 9, o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, acredita que a iniciativa, embora conduzida por civis, irá contribuir para a superação de eventuais divergências entre civis e militares.
Mangabeira afirma não haver, da parte do atual governo, qualquer atitude revanchista por conta da perseguição a oposicionistas da ditadura militar (1964-1985), mas reconheceu que o golpe que depôs o presidente João Goulart aprofundou o distanciamento entre a sociedade civil e os militares.
"Vivemos um período de antagonismos e de suspeitas entre civis e militares que foi agravado por toda a experiência do regime militar”, afirmou Mangabeira à Agência Brasil. “Acho que estamos superando isso e, a meu ver, essa é uma das conquistas menos visíveis da formulação do Plano de Defesa, selar a superação desse legado histórico”
Segundo o ministro, enquanto no resto do mundo os defensores de “projetos nacionais” são os mesmos grupos associados às pessoas que querem o fortalecimento da Defesa Nacional para que seus países tenham “uma margem de manobra que lhes permita construir seus próprios modelos e resistir às agressões e intimidações externas”, no Brasil aconteceu algo singular.
“Devido a toda a nossa história, houve uma divergência, agravada pelo regime militar, entre os que defendiam o projeto de desenvolvimento e os que reclamavam um projeto de fortalecimento de nossas Defesas”, disse Mangabeira. Ele explicou que, enquanto o desenvolvimentismo foi associado aos grupos de esquerda, a noção de Defesa foi associada aos militares que combatiam esses mesmos grupos.
Mangabeira lem,brou que, embora não tenha sido a única causa, o afastamento entre militares e esquerdas ajuda a explicar “a marginalização da causa da Defesa” e o conseqüente sucateamento das Forças Armadas brasileiras.
“Claro que essa não é a única explicação. Entre todos os países grandes, o Brasil é o menos beligerante e o que menos contato teve com guerras. Não temos inimigos, não estamos ameaçados por qualquer um de nossos vizinhos e o pacifismo faz parte de nossa identidade nacional. Estamos predestinados a nos engrandecer sem imperar. Nada disso, no entanto, nos exime da responsabilidade de nos defendermos”.
Segundo Mangabeira, outra consequência desse antagonismo seria a existência de poucos especialistas civis aptos a discutir o tema e colaborar para a definição das estratégias adotadas pelo país. “Em todos os países grandes do mundo há uma burocracia civil especializada em questões militares. Nós não a temos. Por isso eu julgo importante que essa proposta entregue ao presidente tenha sido conduzida por civis, com a colaboração dos militares. Ao longo do último ano, eu ouvi de vários oficiais que eles jamais haviam discutido com civis as grandes questões militares ”.
Após receber a proposta do Plano de Defesa, Lula pediu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que convocasse uma reunião do Conselho Nacional de Defesa para que se amplie o debate sobre o assunto. Jobim preside o comitê interministerial criado em setembro de 2007 para formular a estratégia nacional.
Em: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 42857/view
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
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- Glauber Prestes
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
hmmmm...membro do governo dando declaração de sábado???? Então o negócio vai mesmo!!!!!!!!!
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- knigh7
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
PAINEL
Renato Lo Prete
Calendário
Será em 10 de outubro a reunião interministerial para fechar o Plano Nacional de Defesa- cujo lançamento deveria ter sido feito no 7 de setembro. No encontro ficarão frente a frente Nelson Jobin (Defesa) e Jorge Félix (GSI), recém- saídos de choque na cride dos grampos.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Renato Lo Prete
Calendário
Será em 10 de outubro a reunião interministerial para fechar o Plano Nacional de Defesa- cujo lançamento deveria ter sido feito no 7 de setembro. No encontro ficarão frente a frente Nelson Jobin (Defesa) e Jorge Félix (GSI), recém- saídos de choque na cride dos grampos.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
- Marino
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
E continua a charlaiada (Copirata by Túlio):
As mil e uma faces de Jobim
Impressionante o ministro da Defesa, Nelson Jobim!
Do alto de quase dois metros de altura ele planava há dias nos céus do Planalto, na condição de conselheiro do presidente Lula para assuntos de grampos telefônicos. Termina a semana afogado na maior encrenca atual da República, depois de mais de quatro horas de depoimento na CPI dos Grampos sem provar nada do que anda dizendo. Quarta-feira, diante das câmeras, Jobim parecia tomado pelo espírito de Alonso "Lon" Chaney, celebrado ator de "O Fantasma da Ópera" e "O Corcunda de Notre Dame", mestre do disfarce chamado de "o homem das mil e uma faces" do cinema mudo, quando os efeitos especiais e a maquiagem viravam atrações maiores que a história central e o desempenho dos intérpretes.
Na mais polêmica CPI em andamento em Brasília, Jobim se superou esta semana. Fez de tudo para convencer gregos e baianos. Esgotou praticamente seu estoque de máscaras e potes de "make-up", mas acabou sem saber direito que papel representar: o veemente bacharel do Rio Grande no começo da carreira? O parlamentar constitucionalista de 88 cheio de truques e retórica? O jurista articulador que alcançou o mais alto posto do Supremo Tribunal Federal? O político que não tira os olhos da sucessão presidencial em 2010? O conspirador palaciano que mesmo sem provas atira às feras o colega de ministério (general Félix), e faz o presidente da República afastar o diretor da Abin, Paulo Lacerda? Ou o civil que veste farda do Exército e tenta aproveitar os holofotes da TV para sugerir restrições à liberdade de imprensa?
Nem sempre, é verdade, o ministro da Defesa atuou sozinho. Contou com vários coadjuvantes - a maior parte complacente e ávida por agradar. Mas houve momentos também nos quais Jobim foi obrigado a exibir-se sem máscaras, ao ser confrontado por outros atores mais experientes, atentos e eficientes na prática do seu ofício, a exemplo dos deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP). Os dois travaram com o depoente os mais firmes e mais reveladores duelos da fita.
Na maior parte do tempo, porém, o ministro Jobim atuou para o público em festival de cinema, como Lon Chaney, o ator fascinado pela maquiagem. Flanou em sua tarde de "aula no Congresso", diante de deputados embevecidos e complacentes. Não questionaram sequer a confissão sorridente (o que é raro no em geral sisudo gaúcho), de que no auge do barulho causado pelo escândalo levantado pela Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas (personagem central de toda a trama), Jobim recebeu em casa a "visita de cordialidade" do ex-ministro José Dirceu. "Foi me levar uma caixa de charutos", explicou, e mais não disse nem foi perguntado.
Mais estranho mesmo só uma reunião que "o homem das mil e uma faces" do governo Lula comandou recentemente no âmbito de sua Pasta. Presentes, além do chefe da Defesa, diretores da Infraero, diretoria da ANAC, representantes de companhias aéreas, da SAC (Secretaria da Aviação Civil) - idealizada pelo ex-ministro Waldir Pires -, entre outros. No ar, vibrava a previsão da privatização dos aeroportos do Galeão e Viracopos, quando entrou em discussão um projeto de diretor da Infraero sobre a licitação de todas as áreas pertencentes ao órgão nesses aeroportos (os mais lucrativos do País), incluindo os balcões de "chek-in", usados à vontade - "a migué" como dizem os baianos - pelas empresas privadas de aviação, sem qualquer competição pública.
Diante da explanação, o ministro Jobim incorporou o papel de valente dos pampas. Gritou que não queria saber dessa conversa, pois já havia avisado antes que era para retirar totalmente a idéia da pauta da Infraero.
Constrangimento geral do pessoal da Infraero e do setor público, em contraste com a indisfarçável alegria da turma da ANAC, dos representantes das companhias aéreas e todos os participantes do setor privado. A reunião seguiu, até que o ministro da Defesa pediu aos dirigentes das Companhias Aéreas que apresentem suas propostas, mas sem esquecer de colocar "uma gordurinha" nos pedidos. Provavelmente, imaginam surpresos conhecedores dos ecos da reunião, para o ministro adepto do "aja ou saia, faça ou vá embora", poder negar alguma coisa e desfazer a impressão de que cede a tudo. Tirada a "gordurinha"... "Oni soit que mal y pense"( amaldiçoado quem pensar mal dessas coisas).
Lon Chaney não faria melhor.
Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail: vitors.h@ig.com.br
Blog do Noblat
As mil e uma faces de Jobim
Impressionante o ministro da Defesa, Nelson Jobim!
Do alto de quase dois metros de altura ele planava há dias nos céus do Planalto, na condição de conselheiro do presidente Lula para assuntos de grampos telefônicos. Termina a semana afogado na maior encrenca atual da República, depois de mais de quatro horas de depoimento na CPI dos Grampos sem provar nada do que anda dizendo. Quarta-feira, diante das câmeras, Jobim parecia tomado pelo espírito de Alonso "Lon" Chaney, celebrado ator de "O Fantasma da Ópera" e "O Corcunda de Notre Dame", mestre do disfarce chamado de "o homem das mil e uma faces" do cinema mudo, quando os efeitos especiais e a maquiagem viravam atrações maiores que a história central e o desempenho dos intérpretes.
Na mais polêmica CPI em andamento em Brasília, Jobim se superou esta semana. Fez de tudo para convencer gregos e baianos. Esgotou praticamente seu estoque de máscaras e potes de "make-up", mas acabou sem saber direito que papel representar: o veemente bacharel do Rio Grande no começo da carreira? O parlamentar constitucionalista de 88 cheio de truques e retórica? O jurista articulador que alcançou o mais alto posto do Supremo Tribunal Federal? O político que não tira os olhos da sucessão presidencial em 2010? O conspirador palaciano que mesmo sem provas atira às feras o colega de ministério (general Félix), e faz o presidente da República afastar o diretor da Abin, Paulo Lacerda? Ou o civil que veste farda do Exército e tenta aproveitar os holofotes da TV para sugerir restrições à liberdade de imprensa?
Nem sempre, é verdade, o ministro da Defesa atuou sozinho. Contou com vários coadjuvantes - a maior parte complacente e ávida por agradar. Mas houve momentos também nos quais Jobim foi obrigado a exibir-se sem máscaras, ao ser confrontado por outros atores mais experientes, atentos e eficientes na prática do seu ofício, a exemplo dos deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP). Os dois travaram com o depoente os mais firmes e mais reveladores duelos da fita.
Na maior parte do tempo, porém, o ministro Jobim atuou para o público em festival de cinema, como Lon Chaney, o ator fascinado pela maquiagem. Flanou em sua tarde de "aula no Congresso", diante de deputados embevecidos e complacentes. Não questionaram sequer a confissão sorridente (o que é raro no em geral sisudo gaúcho), de que no auge do barulho causado pelo escândalo levantado pela Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas (personagem central de toda a trama), Jobim recebeu em casa a "visita de cordialidade" do ex-ministro José Dirceu. "Foi me levar uma caixa de charutos", explicou, e mais não disse nem foi perguntado.
Mais estranho mesmo só uma reunião que "o homem das mil e uma faces" do governo Lula comandou recentemente no âmbito de sua Pasta. Presentes, além do chefe da Defesa, diretores da Infraero, diretoria da ANAC, representantes de companhias aéreas, da SAC (Secretaria da Aviação Civil) - idealizada pelo ex-ministro Waldir Pires -, entre outros. No ar, vibrava a previsão da privatização dos aeroportos do Galeão e Viracopos, quando entrou em discussão um projeto de diretor da Infraero sobre a licitação de todas as áreas pertencentes ao órgão nesses aeroportos (os mais lucrativos do País), incluindo os balcões de "chek-in", usados à vontade - "a migué" como dizem os baianos - pelas empresas privadas de aviação, sem qualquer competição pública.
Diante da explanação, o ministro Jobim incorporou o papel de valente dos pampas. Gritou que não queria saber dessa conversa, pois já havia avisado antes que era para retirar totalmente a idéia da pauta da Infraero.
Constrangimento geral do pessoal da Infraero e do setor público, em contraste com a indisfarçável alegria da turma da ANAC, dos representantes das companhias aéreas e todos os participantes do setor privado. A reunião seguiu, até que o ministro da Defesa pediu aos dirigentes das Companhias Aéreas que apresentem suas propostas, mas sem esquecer de colocar "uma gordurinha" nos pedidos. Provavelmente, imaginam surpresos conhecedores dos ecos da reunião, para o ministro adepto do "aja ou saia, faça ou vá embora", poder negar alguma coisa e desfazer a impressão de que cede a tudo. Tirada a "gordurinha"... "Oni soit que mal y pense"( amaldiçoado quem pensar mal dessas coisas).
Lon Chaney não faria melhor.
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
E tem ainda uma outra matéria do Augusto Nunes, que fala dos surpreendentes e confessos enxertos de artigos na carta constitucional,dos quais ele se gaba de que passaram por desapercebidos pelos deputados
Olha,essa pasta da defesa parece padecer de uma maldição.Talvez o unico low-profile a passar por lá tenha sido min. Viegas.Mas a fraqueza política era patente. O sr. Jobim por outro lado vem gastando a sua força política,em um ritmo alucinante de bocarrotices e egocentrismos.Faltam quadros civis para esse cargo importantíssimo?Quando e onde vamos achar uma pessoa "séria" que não pensa em holofotes,que entenda do ramo,seja patriota e tenha peso político para tocar os projetos tão nescessários?Dificil acreditar que esse ser exista A pasta da defesa está se tornando um trampolim para interesses pessoais e embaixadas européias.Triste.
Olha,essa pasta da defesa parece padecer de uma maldição.Talvez o unico low-profile a passar por lá tenha sido min. Viegas.Mas a fraqueza política era patente. O sr. Jobim por outro lado vem gastando a sua força política,em um ritmo alucinante de bocarrotices e egocentrismos.Faltam quadros civis para esse cargo importantíssimo?Quando e onde vamos achar uma pessoa "séria" que não pensa em holofotes,que entenda do ramo,seja patriota e tenha peso político para tocar os projetos tão nescessários?Dificil acreditar que esse ser exista A pasta da defesa está se tornando um trampolim para interesses pessoais e embaixadas européias.Triste.
- rodrigo
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
19/09/2008 - 15:57 - Atualizado em 19/09/2008 - 18:15
O ministro trapalhão que só faz espuma
RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
Ele tem 1,90 metro, é gaúcho e suas trapalhadas começam a embaraçar o presidente Lula. Convocado em julho de 2007 para resolver o caos aéreo, sua primeira exigência – não cumprida – foi em causa própria: aumentar o espaço entre os assentos dos aviões, porque suas pernas não cabiam. Entrou pisando forte e falando grosso. Na semana passada, enrolou-se todo nos grampos das maletas da Abin. Bateu de frente com um general, não provou suas acusações. E, para coroar, agora quer mudar a lei e obrigar jornalistas a revelar fontes.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, de 62 anos, precisa de umas férias em sua cidade natal, Santa Maria, para dar uma boa olhada na biruta dos aeródromos e perceber para onde os ventos estão soprando. Ele contribuiu para afastar Paulo Lacerda da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, ao garantir que os equipamentos da Abin podiam, sim, ser usados para fazer grampos. O general Jorge Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, irritado, desmentiu Jobim e afirmou que as maletas eram destinadas a “varreduras”. Isso quer dizer que os equipamentos da Abin só checariam a existência de escutas telefônicas. Félix disse que entregou os laudos do Exército a Jobim. E Jobim, sem laudo e sem provas, tirou o corpanzil fora. Mostrou somente fichas técnicas no site da empresa que fabrica as maletas de grampo. Foi primário.
Para compensar a gafe e angariar apoios, apontou a metralhadora giratória para o inimigo comum e conveniente nessa hora: a imprensa. Na CPI dos Grampos, pediu aos deputados que considerem se “a liberdade é a mesma coisa que a irresponsabilidade”. O ministro quer evitar vazamento de dados. Para dar mais peso ao discurso, usou mais um daqueles verbos que dizem tudo e nada. Jobim deseja “relativizar” o sigilo da fonte jornalística. Quem criou o conceito de “democracia relativa” foi o general Ernesto Geisel, que governou o país de 1974 a 1979. E foi rebatido genialmente por Ulysses Guimarães: “Se não existe o substantivo, que importa o adjetivo!”. Agora, virou verbo.
Não sei não, mas a impressão foi que, sem ter como voltar atrás nem ir adiante em suas acusações à Abin, Jobim resolveu desviar o foco e dar munição aos jornais. Pedir o fim do sigilo da fonte garantiria umas manchetes indignadas e passageiras. Seu desempenho decepcionante na CPI ficaria relegado a segundo plano.
Jobim gosta de cavar manchetes. Quando foi nomeado, prometeu cumprir os três maiores princípios da aviação comercial: “Segurança, regularidade e pontualidade”. Até aí, tudo bem, uma profissão de fé. Mas as histórias de atrasos de vôos e descaso com passageiros persistem. O que foi feito exatamente, em um ano da atual gestão, para melhorar a precisão nas torres de controle aéreo e evitar colisões ou quase-acidentes por erro do controlador? Ninguém sabe.
Uma de suas primeiras espumas foi o tal “espaço vital” entre as poltronas dos aviões. Ninguém acha que os aviões brasileiros são exemplo de conforto. Mas era agosto de 2007, logo após uma tragédia aérea em Congonhas que traumatizara o país. Não fazia sentido o ministro da Defesa exigir uma “definição imediata” das companhias sobre o espaço entre assentos. Lula, com menos de 1,70 metro de altura, deve ter dado uma cutucada em Jobim, porque ele nunca mais tocou no assunto.
Jobim de vez em quando tem rompantes. Recentemente, como se não houvesse problemas suficientes em sua pasta, engajou-se numa campanha. Tornar ainda mais obrigatório o serviço militar obrigatório. Jobim quer nas fileiras do Exército jovens de classe média, de classe alta, mesmo que se alistem depois de formados na universidade. “Hoje, o número de rapazes que entram (no Exército) para ter o que comer e onde dormir é cada vez maior”, disse. Ele acha que a presença de jovens ricos nos quartéis, num país desigual como o Brasil, seria um “nivelador republicano”. Além de relativizar, o ministro quer nivelar.
Lula, que tal perguntar ao Jobim por que ele não se cala?
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... SPUMA.html
O ministro trapalhão que só faz espuma
RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
Ele tem 1,90 metro, é gaúcho e suas trapalhadas começam a embaraçar o presidente Lula. Convocado em julho de 2007 para resolver o caos aéreo, sua primeira exigência – não cumprida – foi em causa própria: aumentar o espaço entre os assentos dos aviões, porque suas pernas não cabiam. Entrou pisando forte e falando grosso. Na semana passada, enrolou-se todo nos grampos das maletas da Abin. Bateu de frente com um general, não provou suas acusações. E, para coroar, agora quer mudar a lei e obrigar jornalistas a revelar fontes.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, de 62 anos, precisa de umas férias em sua cidade natal, Santa Maria, para dar uma boa olhada na biruta dos aeródromos e perceber para onde os ventos estão soprando. Ele contribuiu para afastar Paulo Lacerda da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, ao garantir que os equipamentos da Abin podiam, sim, ser usados para fazer grampos. O general Jorge Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, irritado, desmentiu Jobim e afirmou que as maletas eram destinadas a “varreduras”. Isso quer dizer que os equipamentos da Abin só checariam a existência de escutas telefônicas. Félix disse que entregou os laudos do Exército a Jobim. E Jobim, sem laudo e sem provas, tirou o corpanzil fora. Mostrou somente fichas técnicas no site da empresa que fabrica as maletas de grampo. Foi primário.
Para compensar a gafe e angariar apoios, apontou a metralhadora giratória para o inimigo comum e conveniente nessa hora: a imprensa. Na CPI dos Grampos, pediu aos deputados que considerem se “a liberdade é a mesma coisa que a irresponsabilidade”. O ministro quer evitar vazamento de dados. Para dar mais peso ao discurso, usou mais um daqueles verbos que dizem tudo e nada. Jobim deseja “relativizar” o sigilo da fonte jornalística. Quem criou o conceito de “democracia relativa” foi o general Ernesto Geisel, que governou o país de 1974 a 1979. E foi rebatido genialmente por Ulysses Guimarães: “Se não existe o substantivo, que importa o adjetivo!”. Agora, virou verbo.
Não sei não, mas a impressão foi que, sem ter como voltar atrás nem ir adiante em suas acusações à Abin, Jobim resolveu desviar o foco e dar munição aos jornais. Pedir o fim do sigilo da fonte garantiria umas manchetes indignadas e passageiras. Seu desempenho decepcionante na CPI ficaria relegado a segundo plano.
Jobim gosta de cavar manchetes. Quando foi nomeado, prometeu cumprir os três maiores princípios da aviação comercial: “Segurança, regularidade e pontualidade”. Até aí, tudo bem, uma profissão de fé. Mas as histórias de atrasos de vôos e descaso com passageiros persistem. O que foi feito exatamente, em um ano da atual gestão, para melhorar a precisão nas torres de controle aéreo e evitar colisões ou quase-acidentes por erro do controlador? Ninguém sabe.
Uma de suas primeiras espumas foi o tal “espaço vital” entre as poltronas dos aviões. Ninguém acha que os aviões brasileiros são exemplo de conforto. Mas era agosto de 2007, logo após uma tragédia aérea em Congonhas que traumatizara o país. Não fazia sentido o ministro da Defesa exigir uma “definição imediata” das companhias sobre o espaço entre assentos. Lula, com menos de 1,70 metro de altura, deve ter dado uma cutucada em Jobim, porque ele nunca mais tocou no assunto.
Jobim de vez em quando tem rompantes. Recentemente, como se não houvesse problemas suficientes em sua pasta, engajou-se numa campanha. Tornar ainda mais obrigatório o serviço militar obrigatório. Jobim quer nas fileiras do Exército jovens de classe média, de classe alta, mesmo que se alistem depois de formados na universidade. “Hoje, o número de rapazes que entram (no Exército) para ter o que comer e onde dormir é cada vez maior”, disse. Ele acha que a presença de jovens ricos nos quartéis, num país desigual como o Brasil, seria um “nivelador republicano”. Além de relativizar, o ministro quer nivelar.
Lula, que tal perguntar ao Jobim por que ele não se cala?
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... SPUMA.html
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Idependentemente da opinão da repórter/diretora da revista Época sobre as atitudes do Ministro Nelson Jobim (infelizmente até com certa razão), é triste ver como a "elite" literária brasileira trata o tema Serviço Militar Obrigatório. Os filhos dela (caso os tenha) e de tantos outros de sua classe social (?) não pode...mas filho de pobre pode. O que deveria ser motivo de orgulho para todas as famílias brasileiras é visto por essas pessoas como verdadeiro acinte. Em grande parte dos países desenvolvidos todos vão, ricos ou pobres, cito como exemplo Israel, Inglaterra onde até o filho do herdeiro do trono britânico neste momento serve às forças armadas de seus país.rodrigo escreveu:19/09/2008 - 15:57 - Atualizado em 19/09/2008 - 18:15
O ministro trapalhão que só faz espuma
RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
Ele tem 1,90 metro, é gaúcho e suas trapalhadas começam a embaraçar o presidente Lula. ...
...Jobim de vez em quando tem rompantes. Recentemente, como se não houvesse problemas suficientes em sua pasta, engajou-se numa campanha. Tornar ainda mais obrigatório o serviço militar obrigatório. Jobim quer nas fileiras do Exército jovens de classe média, de classe alta, mesmo que se alistem depois de formados na universidade. “Hoje, o número de rapazes que entram (no Exército) para ter o que comer e onde dormir é cada vez maior”, disse. Ele acha que a presença de jovens ricos nos quartéis, num país desigual como o Brasil, seria um “nivelador republicano”. Além de relativizar, o ministro quer nivelar.
Lula, que tal perguntar ao Jobim por que ele não se cala?
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... SPUMA.html
Acredito que com o serviço militar os filhos da elite brasileira agregariam valorosos conceitos para suas formações, como homens e patriotas.
Pobre do país que tem "formadores de opinião" como essa senhora.
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
E o Plano de Defesa, ministro?
Alexandre Barros
Depois do acidente da TAM em Congonhas, o ministro Nelson Jobim anunciou o novo Plano de Defesa do Brasil para setembro de 2008. Por que setembro? Por que não julho ou outubro? Suspeito, seriamente, que seria para coincidir com o 7 de Setembro, que já passou e, até agora, nada de plano.
O anúncio foi feito na cerimônia de apresentação dos novos generais ao presidente, ainda em 2007. Comparados comigo, eles são todos muito jovens. Em relação à velocidade de mudança do mundo, receio que estejam muito velhos.
Afinal, por que a idade é tão importante? É simples: Forças Armadas são burocracias que operam fora do mercado. Nelas existe apenas uma maneira de subir: fazer só o que os chefes mandam. E, como todas as burocracias não sujeitas às punições do mercado, elas não são capazes de aprender com seus próprios erros.
Só progridem nas burocracias os muito obedientes e os pouco criativos. Qualquer burocracia pública é assim. Inovação e atrevimento são punidos. O conformismo é premiado.
Oficiais jovens norte-americanos combatentes no Iraque estão começando a se insurgir contra essas características burocráticas das Forças Armadas dos EUA, que nisso são iguais a todas as outras. Os generais não vão ao campo de batalha nem costumam ter agilidade mental para acompanhar as mudanças do mundo, da tecnologia e, conseqüentemente, da estratégia. O resultado é que uma das coisas mais caras aos militares, a doutrina (que, trocando em miúdos, quer dizer: como se empregam as Forças Armadas em batalhas), acaba ficando desatualizada. Isso é muito grave num mundo que se move cada vez mais rapidamente.
No caso brasileiro é mais sério ainda, porque nossas Forças Armadas não se envolvem em guerras há muito tempo. Disse-me um oficial: “As Forças Armadas brasileiras medem a capacidade dos oficiais pelas notas que tiram nas escolas militares. Seus méritos são testados em batalhas simuladas entre azuis e vermelhos, e não em combates reais, com munição de verdade.”
Em exércitos guerreiros, mesmo com a inércia burocrática, ainda há espaço para a inovação nas guerras. Heróis são os indisciplinados que dão certo. Militarmente, isso é simples: o indisciplinado que fez alguma coisa diferente das ordens que recebeu, e morreu, deu errado. O que sobreviveu e ajudou a ganhar a batalha virou herói e contribuiu para a mudança da doutrina.
Sem guerra e com promoções dos mais conformistas, nossa rota para a inovação militar está cheia de obstáculos.
Militares não são pagos para olhar o que militares de outros países fazem. Eles são pagos para adivinhar o que potenciais inimigos externos ou elementos desestabilizadores podem ou vão fazer. Daí a importância dos serviços de espionagem.
Os orçamentos militares, no Brasil, sempre foram definidos pelos militares, sem ouvirem ninguém. Eles definem quem acham que são os inimigos (ou acreditam em histórias que lhes contam), determinam do que precisam para combater quem eles acham que são os inimigos e o Congresso vota sem ter idéia do que está aprovando.
Numa democracia com controle civil, como se presume que seja a nossa, espera-se que os militares digam à sociedade ou aos representantes por ela eleitos, primeiro, contra o que e contra quem eles pretendem nos defender; segundo, como pretendem fazer isso; terceiro, com que meios e recursos eles precisam contar; quarto, quanto isso vai custar. E, finalmente: será que não dá para fazer isso por um preço mais barato?
Nenhuma dessas condições tem sido atendida pelos militares brasileiros.
Agora vamos ao que comprar. Como não temos tecnologia militar de ponta - se deveríamos ter ou não é outra questão -, estamos limitados a comprar o que está disponível no mercado.
Essas coisas se dividem em três categorias: material não-letal, letal de baixa tecnologia e letal de alta tecnologia.
No primeiro quesito estamos bem: fardas, botinas, marmitas, cozinhas de campanha, caminhões e coisas que tais. Destas a indústria local dá conta. Quanto ao material letal de baixa tecnologia, ainda damos conta de boa parte. Afinal, a indústria nacional de armas, bem como as de metalurgia, podem, em curto espaço de tempo, adaptar-se para suprir boa parte das necessidades.
A porca torce o rabo é nos materiais letais de alta tecnologia. Estes os países fornecedores cedem ou vendem sem transferir tecnologia (e as Forças Armadas brasileiras só gostam de adquirir material com transferência de tecnologia, o que limita significativamente o número de supridores). Temos de aceitar o que nos for oferecido, na quantidade e nos prazos que os vendedores fixarem. Negociações nessa área são longas e complicadas.
Desde o ano passado as coisas se complicam na Bolívia. O país está dividido e o grau de violência aumenta.
A Rússia manda bombardeiros para manobras conjuntas com as forças militares da Venezuela.
Os anúncios da Petrobrás informam que as reservas presumidas de petróleo brasileiro no Atlântico são bem maiores do que se pensava.
Os EUA reativaram a IV Frota, responsável pelo patrulhamento e segurança no Atlântico Sul.
E o Plano de Defesa, anunciado pelo ministro Jobim para setembro, que fim levou?
Numa de suas primeiras declarações o ministro Jobim disse muito energicamente, sobre a crise aérea, que não importava a cor do gato, desde que ele matasse o rato.
A ausência de um Plano de Defesa claro, para uma politéia que tem crises pipocando em volta, parece levar a crer que o ministro se atrapalhou na sua declaração e disse o contrário do que talvez quisesse dizer: que ele achava que, na realidade, a cor do gato é muito mais importante do que a morte do rato.
Alexandre Barros, Ph.D. em Ciência Política (University of Chicago), é pró-reitor do Centro Universitário Unieuro (Brasília)
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Alexandre Barros
Depois do acidente da TAM em Congonhas, o ministro Nelson Jobim anunciou o novo Plano de Defesa do Brasil para setembro de 2008. Por que setembro? Por que não julho ou outubro? Suspeito, seriamente, que seria para coincidir com o 7 de Setembro, que já passou e, até agora, nada de plano.
O anúncio foi feito na cerimônia de apresentação dos novos generais ao presidente, ainda em 2007. Comparados comigo, eles são todos muito jovens. Em relação à velocidade de mudança do mundo, receio que estejam muito velhos.
Afinal, por que a idade é tão importante? É simples: Forças Armadas são burocracias que operam fora do mercado. Nelas existe apenas uma maneira de subir: fazer só o que os chefes mandam. E, como todas as burocracias não sujeitas às punições do mercado, elas não são capazes de aprender com seus próprios erros.
Só progridem nas burocracias os muito obedientes e os pouco criativos. Qualquer burocracia pública é assim. Inovação e atrevimento são punidos. O conformismo é premiado.
Oficiais jovens norte-americanos combatentes no Iraque estão começando a se insurgir contra essas características burocráticas das Forças Armadas dos EUA, que nisso são iguais a todas as outras. Os generais não vão ao campo de batalha nem costumam ter agilidade mental para acompanhar as mudanças do mundo, da tecnologia e, conseqüentemente, da estratégia. O resultado é que uma das coisas mais caras aos militares, a doutrina (que, trocando em miúdos, quer dizer: como se empregam as Forças Armadas em batalhas), acaba ficando desatualizada. Isso é muito grave num mundo que se move cada vez mais rapidamente.
No caso brasileiro é mais sério ainda, porque nossas Forças Armadas não se envolvem em guerras há muito tempo. Disse-me um oficial: “As Forças Armadas brasileiras medem a capacidade dos oficiais pelas notas que tiram nas escolas militares. Seus méritos são testados em batalhas simuladas entre azuis e vermelhos, e não em combates reais, com munição de verdade.”
Em exércitos guerreiros, mesmo com a inércia burocrática, ainda há espaço para a inovação nas guerras. Heróis são os indisciplinados que dão certo. Militarmente, isso é simples: o indisciplinado que fez alguma coisa diferente das ordens que recebeu, e morreu, deu errado. O que sobreviveu e ajudou a ganhar a batalha virou herói e contribuiu para a mudança da doutrina.
Sem guerra e com promoções dos mais conformistas, nossa rota para a inovação militar está cheia de obstáculos.
Militares não são pagos para olhar o que militares de outros países fazem. Eles são pagos para adivinhar o que potenciais inimigos externos ou elementos desestabilizadores podem ou vão fazer. Daí a importância dos serviços de espionagem.
Os orçamentos militares, no Brasil, sempre foram definidos pelos militares, sem ouvirem ninguém. Eles definem quem acham que são os inimigos (ou acreditam em histórias que lhes contam), determinam do que precisam para combater quem eles acham que são os inimigos e o Congresso vota sem ter idéia do que está aprovando.
Numa democracia com controle civil, como se presume que seja a nossa, espera-se que os militares digam à sociedade ou aos representantes por ela eleitos, primeiro, contra o que e contra quem eles pretendem nos defender; segundo, como pretendem fazer isso; terceiro, com que meios e recursos eles precisam contar; quarto, quanto isso vai custar. E, finalmente: será que não dá para fazer isso por um preço mais barato?
Nenhuma dessas condições tem sido atendida pelos militares brasileiros.
Agora vamos ao que comprar. Como não temos tecnologia militar de ponta - se deveríamos ter ou não é outra questão -, estamos limitados a comprar o que está disponível no mercado.
Essas coisas se dividem em três categorias: material não-letal, letal de baixa tecnologia e letal de alta tecnologia.
No primeiro quesito estamos bem: fardas, botinas, marmitas, cozinhas de campanha, caminhões e coisas que tais. Destas a indústria local dá conta. Quanto ao material letal de baixa tecnologia, ainda damos conta de boa parte. Afinal, a indústria nacional de armas, bem como as de metalurgia, podem, em curto espaço de tempo, adaptar-se para suprir boa parte das necessidades.
A porca torce o rabo é nos materiais letais de alta tecnologia. Estes os países fornecedores cedem ou vendem sem transferir tecnologia (e as Forças Armadas brasileiras só gostam de adquirir material com transferência de tecnologia, o que limita significativamente o número de supridores). Temos de aceitar o que nos for oferecido, na quantidade e nos prazos que os vendedores fixarem. Negociações nessa área são longas e complicadas.
Desde o ano passado as coisas se complicam na Bolívia. O país está dividido e o grau de violência aumenta.
A Rússia manda bombardeiros para manobras conjuntas com as forças militares da Venezuela.
Os anúncios da Petrobrás informam que as reservas presumidas de petróleo brasileiro no Atlântico são bem maiores do que se pensava.
Os EUA reativaram a IV Frota, responsável pelo patrulhamento e segurança no Atlântico Sul.
E o Plano de Defesa, anunciado pelo ministro Jobim para setembro, que fim levou?
Numa de suas primeiras declarações o ministro Jobim disse muito energicamente, sobre a crise aérea, que não importava a cor do gato, desde que ele matasse o rato.
A ausência de um Plano de Defesa claro, para uma politéia que tem crises pipocando em volta, parece levar a crer que o ministro se atrapalhou na sua declaração e disse o contrário do que talvez quisesse dizer: que ele achava que, na realidade, a cor do gato é muito mais importante do que a morte do rato.
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Comentário da jornalista Lucia hipolito, na CBN, sobre o depoimento do NJ a CPI dos grampos(18-09):
http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/com ... litica.asp
PS- a primeira vista, é off topic. Mas a maneira como o NJ aparece pode vir a favorecer, ou não, o plano de defesa.
http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/com ... litica.asp
PS- a primeira vista, é off topic. Mas a maneira como o NJ aparece pode vir a favorecer, ou não, o plano de defesa.
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Será quesai mesmo alguma kôza? Estou começando a acreditar que o Talharim tem razão:
Segunda, 22 de setembro de 2008, 13h07
Plano de defesa sai até o fim de outubro, diz Jobim
Eduardo Simões
O Plano Nacional de Defesa, inicialmente previsto para ser anunciado em 7 de setembro, será divulgado até o fim de outubro, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta segunda-feira.
O ministro também anunciou que a decisão sobre o acordo de cooperação militar com a França já foi tomada pelo governo e o pacto será assinado no fim do ano, durante uma visita do presidente francês ao Brasil.
O ministro reconheceu que as Forças Armadas precisam de equipamentos novos para cumprir suas funções.
"É evidente que precisam. Creio que até o fim de outubro devemos anunciar o Plano Nacional, que vai demonstrar claramente o tipo de modelo que temos de discutir", disse Jobim, na cidade de Itapemirim, no Espírito Santo, onde acompanhou demonstrações da Operação Atlântico, que simula uma guerra pelo controle da infra-estrutura petrolífera dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu submeter o plano de defesa ao Conselho de Defesa Nacional, que vai se reunir no início de outubro.
Segundo Jobim, no fim de dezembro, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, virá ao país para assinar um acordo militar que envolve transferência de tecnologia para a conclusão do projeto de construção do submarino a propulsão nuclear.
"O Brasil dispõe do controle do combustível. O acordo com a França é a construção da parte não nuclear do submarino", disse o ministro a jornalistas.
"O presidente Sarkozy virá ao Brasil no fim do ano e deve assinar o acordo estratégico em 22 ou 23 de dezembro", acrescentou Jobim. Segundo o ministro, além da parceria na construção do submarino nuclear, o acordo com a França também inclui a fabricação de helicópteros militares numa das fábricas da Helibrás e a capacitação de tropas do Exército. O submarino nuclear é uma das prioridades do Brasil, depois da descoberta de reservas petrolíferas na área do pré-sal, que tem potencial para transformar o país em um dos principais produtores de petróleo.
Questionado sobre um eventual desconforto provocado pelo anúncio de um exercício militar conjunto entre Rússia e Venezuela, na América do Sul, Jobim foi direto.
"Isso é um problema da Venezuela", disse.
Lula teria ficado descontente com a realização do exercício, dizendo que Hugo Chávez, o presidente venezuelano, está trazendo para a América do Sul um conflito que não diz respeito a ela. Desde agosto, a Rússia e os Estados Unidos trocam farpas devido à incursão militar russa na região separatista de Ossétia do Sul, na Geórgia, país apoiado pelos Estados Unidos.
Reuters
Reuters Limited
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Mas vem cá, não está marcado para 10 de outubro a reunião do Conselho de Defesa, esse pessoal não lê o que eles mesmos escrevem, como matérias posteriores ao anúncio da Reunião perguntam sobre o Plano de Defesa?
[ ]´s
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- Marino
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Acho que está muito orquestrado este massacre.
Da Carta Capital:
Jobim mentiu
Leandro Fortes
O que aconteceria em um país de democracia consolidada se um ministro acusasse sem provas um colega de governo de poder grampear autoridades e esconder o fato do presidente da República? No Brasil, não acontece nada. Faz duas semanas que o titular da Defesa, Nelson Jobim, obteve o afastamento do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, ao argumentar, durante uma reunião no Palácio do Planalto, que a autarquia tinha adquirido equipamentos capazes de interceptar telefonemas.
Jobim não exibiu nenhuma prova, mas conseguiu convencer Lula a afastar preventivamente Lacerda do posto menos de 48 horas após a revista Veja divulgar a transcrição de uma conversa supostamente grampeada entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Lula tomou a atitude mesmo ante o argumento do superior de Lacerda, o general Jorge Felix, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ter afirmado que as maletas não eram capazes de fazer interceptações, só rastreamentos de grampos.
O ministro da Defesa continua firme no cargo, apesar de suas aleivosias serem paulatinamente expostas. Desmentido clamorosamente pelos fatos, Jobim, em encontro recente, teria dito ao presidente que foi induzido por um subordinado a sustentar a versão de que as maletas compradas pela inteligência e também pelo Exército, na verdade capazes apenas de fazer rastreamento, poderiam grampear telefones. É uma história inacreditável, mostra da forma leviana com a qual o titular da Defesa tratou do assunto. Na primeira reunião que selou o afastamento de Lacerda, Jobim sustentou a tese da maleta do grampo, segundo ele, com base em informações de “técnicos” do Exército, os quais não quis – ou não pôde – nomear. Tais técnicos jamais existiram.
Pego na mentira mais tarde, ante a exposição dos argumentos do general Felix e de Lacerda, Jobim foi obrigado a admitir ao presidente Lula ter sido colocado “numa fria” por um “aspone” (no jargão pejorativo do serviço público, um assessor inútil) do Ministério da Defesa. O tal “aspone”, simplesmente, retirou da internet a lista de cinco páginas com detalhes de três equipamentos supostamente comprados pela Abin, imprimiu e entregou ao ministro. Com esse papelucho nas mãos, o ministro partiu para cima do diretor da agência.
Lula, segundo fonte do Planalto, estaria visivelmente irritado com Jobim. Certo é que o presidente fez questão, em entrevista à TV Brasil, de elogiar Lacerda, que dirigiu a Polícia Federal até o ano passado, e acenar com sua reabilitação. Disse que o diretor-geral da Abin poderia retornar ao cargo “quando quisesse”. “Lacerda é uma pessoa que eu respeito como poucos neste País”, acrescentou.
Da Carta Capital:
Jobim mentiu
Leandro Fortes
O que aconteceria em um país de democracia consolidada se um ministro acusasse sem provas um colega de governo de poder grampear autoridades e esconder o fato do presidente da República? No Brasil, não acontece nada. Faz duas semanas que o titular da Defesa, Nelson Jobim, obteve o afastamento do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, ao argumentar, durante uma reunião no Palácio do Planalto, que a autarquia tinha adquirido equipamentos capazes de interceptar telefonemas.
Jobim não exibiu nenhuma prova, mas conseguiu convencer Lula a afastar preventivamente Lacerda do posto menos de 48 horas após a revista Veja divulgar a transcrição de uma conversa supostamente grampeada entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Lula tomou a atitude mesmo ante o argumento do superior de Lacerda, o general Jorge Felix, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ter afirmado que as maletas não eram capazes de fazer interceptações, só rastreamentos de grampos.
O ministro da Defesa continua firme no cargo, apesar de suas aleivosias serem paulatinamente expostas. Desmentido clamorosamente pelos fatos, Jobim, em encontro recente, teria dito ao presidente que foi induzido por um subordinado a sustentar a versão de que as maletas compradas pela inteligência e também pelo Exército, na verdade capazes apenas de fazer rastreamento, poderiam grampear telefones. É uma história inacreditável, mostra da forma leviana com a qual o titular da Defesa tratou do assunto. Na primeira reunião que selou o afastamento de Lacerda, Jobim sustentou a tese da maleta do grampo, segundo ele, com base em informações de “técnicos” do Exército, os quais não quis – ou não pôde – nomear. Tais técnicos jamais existiram.
Pego na mentira mais tarde, ante a exposição dos argumentos do general Felix e de Lacerda, Jobim foi obrigado a admitir ao presidente Lula ter sido colocado “numa fria” por um “aspone” (no jargão pejorativo do serviço público, um assessor inútil) do Ministério da Defesa. O tal “aspone”, simplesmente, retirou da internet a lista de cinco páginas com detalhes de três equipamentos supostamente comprados pela Abin, imprimiu e entregou ao ministro. Com esse papelucho nas mãos, o ministro partiu para cima do diretor da agência.
Lula, segundo fonte do Planalto, estaria visivelmente irritado com Jobim. Certo é que o presidente fez questão, em entrevista à TV Brasil, de elogiar Lacerda, que dirigiu a Polícia Federal até o ano passado, e acenar com sua reabilitação. Disse que o diretor-geral da Abin poderia retornar ao cargo “quando quisesse”. “Lacerda é uma pessoa que eu respeito como poucos neste País”, acrescentou.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Estrutura orçamentária das Forças deverá ser alterada
Vitória-ES (22/09/2008) - A forma de elaboração do orçamento das Forças Armadas deverá ser modificada nos próximos anos, informou hoje o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em visita à Operação Atlântico. Em entrevista coletiva, ele explicou que Marinha, Exército e Aeronáutica deverão calcular, a partir do orçamento de 2010, os valores orçamentários necessários para sua manutenção no Estado em que se encontram.
As melhorias e novos planos de investimento de cada Força deverão ser apresentados sob a forma de projetos a serem atendidos com recursos adicionais, de acordo com os planos de governo e com a estratégia nacional de defesa. “O que precisamos estabelecer são programas, essa é a mudança que vamos fazer em termos de orçamentos das Forças”, disse Jobim. Segundo o ministro, é necessário que se trabalhe em programas de curto, de médio e de longo prazos.
O ministro previu ainda que, no prazo de 30 a 60 dias, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deverá anunciar a estratégia nacional de defesa, que lhe foi entregue dia 4 de setembro último. O ministro disse que o presidente decidiu discutir mais profundamente a proposta com outros ministros. Acrescentou que, quando a discussão interna estiver concluída, a proposta será levada à apreciação do Conselho de Defesa Nacional.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
Vitória-ES (22/09/2008) - A forma de elaboração do orçamento das Forças Armadas deverá ser modificada nos próximos anos, informou hoje o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em visita à Operação Atlântico. Em entrevista coletiva, ele explicou que Marinha, Exército e Aeronáutica deverão calcular, a partir do orçamento de 2010, os valores orçamentários necessários para sua manutenção no Estado em que se encontram.
As melhorias e novos planos de investimento de cada Força deverão ser apresentados sob a forma de projetos a serem atendidos com recursos adicionais, de acordo com os planos de governo e com a estratégia nacional de defesa. “O que precisamos estabelecer são programas, essa é a mudança que vamos fazer em termos de orçamentos das Forças”, disse Jobim. Segundo o ministro, é necessário que se trabalhe em programas de curto, de médio e de longo prazos.
O ministro previu ainda que, no prazo de 30 a 60 dias, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deverá anunciar a estratégia nacional de defesa, que lhe foi entregue dia 4 de setembro último. O ministro disse que o presidente decidiu discutir mais profundamente a proposta com outros ministros. Acrescentou que, quando a discussão interna estiver concluída, a proposta será levada à apreciação do Conselho de Defesa Nacional.
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Re: JOBIM:PLANO DE DEFESA
Boa noite, admiral!Marino escreveu:Acho que está muito orquestrado este massacre.
Da Carta Capital:
Jobim mentiu
Acho que o que está pegando é que neste episódio ele se "aliou" ao Zé Dirceu, desafeto do Diretor da Abin Paulo lacerda, fora a briga c/o Gal. Félix. E pelas ultimas noticias o "Zé" anda atirando no governo...aí o Nj pode se queimar com ele.
Esperemos que nosso presidente libere tudo antes que o homem se complique sozinho e o nosso cronograma de defesa da naçào seja prejudicado...
abs!!