Georgia X Rússia
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Re: Georgia X Rússia
Gozado isso, a tchurma da direita chamando de comuna e desprezando como tale o sujeito mais direitista que surgiu nos últimos tempos, ganha inté do Bush, POWS!!!
Aliás, criticam o sr. Putin por fazer exatamente aquilo que queriam que fizéssemos na Bolívia, no affair das petroleiras e breve estarão querendo de novo com relação ao Paraguai, aliás, aí a situção é ainda mais parecida, como o caso dos 'brasiguaios'. Vai entender...
Afinal, ou concordam com a nossa inação para poderem criticar à vontade a ação Russa ou discordam de nossa inação para apoiá-la, agora, dois pesos e duas medidas num poooooode, e olhem que nem falei dos desmandos ianques pelo mundo...
Aliás, criticam o sr. Putin por fazer exatamente aquilo que queriam que fizéssemos na Bolívia, no affair das petroleiras e breve estarão querendo de novo com relação ao Paraguai, aliás, aí a situção é ainda mais parecida, como o caso dos 'brasiguaios'. Vai entender...
Afinal, ou concordam com a nossa inação para poderem criticar à vontade a ação Russa ou discordam de nossa inação para apoiá-la, agora, dois pesos e duas medidas num poooooode, e olhem que nem falei dos desmandos ianques pelo mundo...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Georgia X Rússia
A Geórgia não invadiu nenhuma refinária russa, e os russos faziam parte de uma missão de paz.
O pior de tudo é o conformismo!
Re: Georgia X Rússia
Eu acho que ser direitista difere de ser papagaio da Condoleeza Rice, mas enfim.......Túlio escreveu:Gozado isso, a tchurma da direita chamando de comuna e desprezando como tale o sujeito mais direitista que surgiu nos últimos tempos, ganha inté do Bush, POWS!!!
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: Georgia X Rússia
a bolivia tb não invadiu nenhuma provicia autonoma,e fez genocidio..............Marlboro escreveu:A Geórgia não invadiu nenhuma refinária russa, e os russos faziam parte de uma missão de paz.
e as tropas da missão de paz fizeram seu papel.....defendeu-se de uma agressão....as vezes vcs parecem que esquecem quem começou a "brincadeira"
O Pior cego é o que está convicto e seguro de que vê. Não há nada mais fácil do que apontar os erros, preconceitos e fanatismo dos outros enquanto permanecemos cegos e insensíveis aos nossos próprios.
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Re: Georgia X Rússia
Que genocídio ? Quem começou o quê?Guilhermerb escreveu:a bolivia tb não invadiu nenhuma provicia autonoma,e fez genocidio..............Marlboro escreveu:A Geórgia não invadiu nenhuma refinária russa, e os russos faziam parte de uma missão de paz.
e as tropas da missão de paz fizeram seu papel.....defendeu-se de uma agressão....as vezes vcs parecem que esquecem quem começou a "brincadeira"
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: Georgia X Rússia
caro cesarcesarw escreveu:Mas P44, ess visão de povo reclamador e saudoso da oytrora Rússia, só as quem tem são os leitores das notícias jornalescas. O povo quer é comer Macdonalds, viajar, e assistir uma tv a cabo.
Eu estive por lá duas vezes. A primeira como guarda-marinha em Moscou e Leningrado,. A segunda há pouco tempo por conta da implantação da segurança nas embaixadas por FN. É gritante a transformação entre uma época e outra. Na primeira vez, nem acesso nos dava ao público. Perto do Kremlin haviam tapumes escondendo vielas favelosas. Na segunda eu vi uma verdadeira arena de progressão e negócios: Prédios comerciais, shoppings... Não tinha um só dizendo "ahh... que saudades da mãe Rússia Soviética".
Como eu disse: Querem é poder comprar pão sem ter que enfrentar 4 horas de fila, comer carne, beber coca-cola.
Quem tem saudades do poder de outrora é a velha guarda militar, segundo muito conversei com o ambassor, pois esses tinham privilégios, não precisavam penar como o povo penava.
Quer uma visão melhor? Bem, todos aqui no fórum sabem como está a situação das nossas FFAA e achamos escabroso, tanto aqui como em Portugal. Mas ao conversarmos com civis alheios a tudo, não estão nem aí... nem percebem isso. Mal sabem quem é Chavez, nunca ouviram falar em quarta frota e nem tem idéias da nossa posição do globo.
Agora se a sociedade ver ameaçada seu estilo de vida... aí a coisa pega.
As coisas são assim.
vc tem toda a razão ao dizer que os russos não têm saudades dos comunismo, mas têm saudades de serem uma grande potência e estão fartos da humilhação a que foram sujeitos na década de 90.
O Putin basicamente lhes devolveu o orgulho de serem russos
Além disso os russos olham para os seus lideres de uma maneira diferente dos ocidentais e das "democracias".
Mais uma vez o choque de culturas leva a desentendimentos e a más percepções de como vivem outros povos.
Os russos gostam de sentir que "alguém" controla o país , e que este não está aos deus-dará.
A grande popularidade do Putin dentro de portas se deve a isso, basicamente encontraram um novo "Czar" que voltou a colocar a Rússia nas bocas do mundo.
O segredo do Putin foi "combinar" a nostalgia do Império Russo Czarista com o poderio dos tempos da URSS, dai o resurgir do hino do tempo da URSS, das paradas militares grandiosas com a mescla de simbolos czaristas e soviéticos que apelam ao patriotismo (a "mãe Rússia" para eles está acima de tudo).A ligação á "mãe-pátria" é muito forte neles.
Basta ver que o hino que toca antes do hino nacional nas paradas e desfiles militares é um hino czarista, que foi adoptado como o hino do ministério da defesa.
Não tem nada a ver com comunismo e papões comunistas, a Rússia é um país capitalista e de governo autocrático (como sempre foi desde o seu inicio)
Triste sina ter nascido português
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Re: Georgia X Rússia
Quanto a sua análise patriótica,P44, não discordo de vc não. Mas eu nem falo da questão orgulho pela nação, nem sobre o que representa o Putin, que ao meu ver, é um cara que faz a diferença e que soube com maestria colocar as coisas em seus eixos. Apenas o que falo é que não há como pensar que uma Rússia só , ou embargada pode ser um expoente da auto-suficiência e magnificência. Muito embora eu concorde com a análise do PT sobre a forma lenta que isso se conduzirá (conduziria-se, se acontecesse).
Todo povo rejeita rápida e acintosamente qualquer antigo herói que lhe faça perder um estilo de vida conquistado.
Todo povo rejeita rápida e acintosamente qualquer antigo herói que lhe faça perder um estilo de vida conquistado.
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
KK
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Re: Georgia X Rússia
plenamente de acordo, mas isso do embargo também é bravata, ainda ontem vi um especialista em geopolitica sendo entrevistado num canal português , referindo precisamente a dependencia da Europa da Rússia (35% do gás natural e 45% do petróleo!) , e o facto de que o que contribuiu para esta presente crise e para o reavivar da desconfiança da Rússia, foi precisamente o "lento cerco" efectuado pelos EUA.
Triste sina ter nascido português
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Re: Georgia X Rússia
O corredor euroasiático:
A geopolítica dos pipelines
por Michel Chossudovsky
A actual crise no Cáucaso está intimamente relacionada com o controlo estratégico dos pipelines de energia e dos respectivos corredores de transporte.
Há provas de que o ataque georgiano à Ossétia do Sul, em 7 de Agosto, foi cuidadosamente planeado . Nos meses que antecederam os ataques foram efectuadas consultas de alto nível com responsáveis dos EUA e da NATO .
Os ataques à Ossétia do Sul foram desencadeados uma semana depois de terminados os extensos jogos de guerra EUA-Geórgia (14-31/Julho/2008). Foram também antecedidos de reuniões de alto nível ao abrigo do GUAM, uma aliança militar regional patrocinada pelos EUA-NATO.
Cronograma da guerra na Géorgia
1-2/Julho/2008 – Cimeira do GUAM em Batumi, Geórgia.
1/Julho – "Cimeira EUA-GUAM" em paralelo com o encontro oficial do GUAM
5-12/Julho – O ministério russo da Defesa efectua Jogos de Guerra na região do Cáucaso Norte sob o nome de código "Fronteira Cáucaso 2008"
9/Julho – A China e o Casaquistão anunciam o início da construção do pipeline de gás natural Casaquistão-China (PCC)
15-31/Julho – Os EUA e a Geórgia efectuam Jogos de Guerra sob o nome de código Operação "Resposta Imediata". Participam neste exercício militar mil soldados norte-americanos
7/Agosto – Forças terrestres e aéreas georgianas atacam a Ossétia do Sul
8/Agosto – Forças russas intervêm na Ossétia do Sul
14/Agosto – Assinatura do Acordo EUA-Polónia sobre o estacionamento de "Mísseis Interceptores Americanos" em território polaco.
Introdução: A cimeira do GUAM
No início de Julho de 2008 foi efectuada uma cimeira regional na cidade georgiana de Batumi sob os auspícios do GUAM.
O GUAM é um acordo militar entre a Geórgia, a Ucrânia, o Azerbaijão e a Moldávia, instituído em 1997. Desde 2006, na sequência da retirada do Uzbequistão, o GUAM foi rebaptizado: Organização para a Democracia e Desenvolvimento Económico – GUAM (Geórgia, Ucrânia, Azerbaijão e Moldávia).
O GUAM tem pouco a ver com "Democracia e Desenvolvimento Económico". É na verdade um apêndice da NATO. Tem sido usado pelos EUA e pela Aliança Atlântica para alargar as suas zonas de influência até ao centro da antiga União Soviética.
O objectivo principal do GUAM enquanto aliança militar é "proteger" os corredores energéticos e de transporte, em prol dos gigantes petrolíferos anglo-americanos. Os países do GUAM também recebem ajuda e treino militar dos EUA-NATO.
A militarização destes corredores é uma característica central do planeamento dos EUA-NATO. A entrada da Geórgia e da Ucrânia na NATO faz parte da agenda de controlo dos corredores energéticos e de transporte desde a bacia do Mar Cáspio até à Europa Ocidental.
As reuniões de 1 e 2 de Julho de 2008 da Cimeira do GUAM em Batumi, sob a presidência do presidente Saakashvili, focaram a questão central dos pipelines e corredores de transporte. O tema da Cimeira era "GUAM – Integrando o Leste da Europa", de um ponto de vista económico e estratégico-militar, tendo em vista essencialmente isolar a Rússia.
Estiveram presentes os presidentes do Azerbaijão, Geórgia e Ucrânia (Ilham Aliyev, Mikheil Saakashvili e Viktor Yushchenko, respectivamente ), assim como os presidentes da Polónia, Lech Kaczynski, e da Lituânia, Valdas Adamkus. O chefe do Estado de Moldova recusou-se categoricamente a comparecer a esta cimeira.
"Cimeira EUA-GUAM"
Pouco acompanhada pelos meios de comunicação, também se realizou em 1 de Julho a chamada "Cimeira EUA-GUAM" em simultâneo com o encontro da cimeira oficial do GUAM.
O subsecretário de Estado assistente dos EUA, David Merkel, reuniu à porta fechada com delegações GUAM e não GUAM . Realizaram-se várias reuniões bilaterais incluindo um encontro GUAM polaco (durante o qual foi muito provavelmente discutida a questão do escudo americano anti-mísseis em território polaco). Também se realizaram encontros privados em 1 e 2 de Julho na residência do presidente georgiano.
Jogos de guerra EUA-Geórgia
Menos de duas semanas após a Cimeira do GUAM de 1 e 2 de Julho de 2008, iniciaram-se exercícios militares EUA-Geórgia na base militar Vaziani, nos arredores de Tíflis. Mil soldados americanos e seiscentos georgianos iniciaram exercícios de treino militar na Operação "Resposta Imediata". As tropas americanas incluíam a participação americana da Força Aérea, do Exército, dos Fuzileiros e da Guarda Nacional. Embora tivesse sido encarado um cenário de guerra iraquiano, os exercícios militares foram um ensaio geral para uma iminente operação militar . Os jogos de guerra terminaram em 31 de Julho, uma semana antes do início dos ataques georgianos de 7 de Agosto à Ossétia do Sul.
Também participaram na Operação "Resposta Imediata" tropas da Ucrânia e do Azerbaijão, que são membros do GUAM. Surpreendentemente, a Arménia, que é aliada da Rússia e firme opositora do Azerbaijão, também tomou parte nestes jogos, que serviram também para criar uma atmosfera de "treino e cooperação" entre as forças do Azerbaijão e da Arménia (dirigida fundamentalmente contra a Rússia).
O general brigadeiro William B. Garrett, comandante da Task Force da Europa do Sul das forças armadas americanas, foi o responsável pela coordenaçao dos jogos de guerra EUA-Georgia.
Jogos de guerra da Rússia no Cáucaso Norte
Em 5 de Julho a Rússia iniciou exercícios militares de grande escala envolvendo cerca de oito mil efectivos militares, umas 700 unidades blindadas e mais de 30 aviões, nas repúblicas do norte do Cáucaso da Federação Russa ( Georgian Times, 28/Julho/2008).
Os jogos de guerra russos foram efectuados explicitamente em resposta à evolução da situação de segurança na Abhkazia e na Ossétia do Sul. O exercício, baptizado de "Fronteira do Cáucaso 2008", envolveu unidades do 58º Exército e do 4º Exército da Força Aérea, posicionadas no Distrito Militar do Cáucaso Norte.
Um porta-voz do Ministério da Defesa russo admitiu que os exercícios militares realizados no Distrito Federal Sul estavam a ser efectuados em resposta a "uma escalada de tensão nas zonas de conflito Geórgia-Abkhazia e Geórgia-Ossétia,... [e] que o Distrito Militar do Cáucaso Norte da Rússia estava apto a prestar assistência aos negociadores da paz russos na Abkhazia e na Ossétia do Sul, se necessário". ( Georgian Times, 28/Julho/2008, RIA-Novosti, 5/Julho/2008 ).
Estas unidades do Distrito Militar do Cáucaso Norte (Exército e Força Aérea) foram posteriormente utilizadas para liderar o contra-ataque russo dirigido contra as forças georgianas na Ossétia do Sul em 8 de Agosto.
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Geopolítica dos pipelines
Uma questão central do GUAM-NATO em cima da mesa na Cimeira GUAM de Julho em Batumi, foi o traçado do pipeline Odessa-Brody-Plotsk (OBP) (Plock sobre o Vistula) (ver mapa), que transporta o petróleo da Ásia Central através de Odessa, para o norte da Europa, sem passar por território russo. Também foi encarada uma extensão do OBP para o porto polaco de Gdansk no mar Báltico.
De notar que o OBP também está ligado ao Pipeline Druzhba (pipeline da Amizade) da Rússia, num acordo estabelecido com a Rússia.
O objectivo final de Washington é enfraquecer e desestabilizar a rede de pipelines da Rússia – incluindo o Pipeline Druzhba e o Sistema de Pipelines do Báltico (SPB) – e as suas diversas ligações de corredores para o mercado energético da Europa ocidental.
De notar que a Rússia instituiu, integrando a rede de pipelines do Druzhba, um corredor de pipelines que atravessa a Bielorússia, evitando assim passar pela Ucrânia (ver mapas).
O Sistema de Pipelines do Báltico (SPB), utilizado também pela Transneft da Rússia, liga Samara ao terminal de petroleiros da Rússia em Primorsk no Golfo da Finlândia (Ver mapa). Transporta petróleo bruto da região siberiana ocidental da Rússia para os mercados da Europa do norte e Europa ocidental.
Outro sistema estratégico de pipelines amplamente controlado pela Rússia, é o Consórcio de Pipelines do Cáspio (CPC), que é um consórcio entre a Rússia e o Casaquistão, com participação accionista de uma série de companhias petrolíferas do Médio Oriente.
O Sistema de Pipelines do Báltico está ligado ao pipeline Atyrau-Samara (AS), que é um consórcio entre a Transneft da Rússia e a operadora nacional de pipelines do Casaquistão, a KazTransOil. O pipeline AS por sua vez está ligado ao Consórcio de Petróleo do Cáspio (CPC), que transporta o crude de Tengiz a partir de Artyrau (Casaquistão ocidental) até ao terminal de petroleiros do CPC perto de Novorossiysk no Mar Negro.
Em 10 de Julho de 2008, menos de uma semana após a Cimeira do GUAM, a Transneft e a KazTransOil anunciaram que estavam em negociações para aumentar a capacidade do pipeline Atyrau-Samara de 16 para 26 milhões de toneladas de petróleo por ano. ( RBC Daily, 10/Julho/2008 ).
O corredor de transporte do GUAM
Os governos do GUAM representados na Cimeira de Batumi aprovaram também o ulterior desenvolvimento do Corredor de Transporte do GUAM (CTG), que complementa o controverso pipeline Baku-Tíflis-Ceyhan (BTC). Este último liga a bacia do Mar Cáspio ao Mediterrâneo oriental, através da Geórgia e da Turquia, sem passar portanto por território russo. O pipeline BTC é controlado por um consórcio petrolífero liderado pela BP (British Petroleum). Tanto o corredor CTG como o BTC estão protegidos militarmente pelo GUAM e pela NATO.
O corredor CTG deverá ligar Baku, a capital do Azerbeijão no mar Cáspio, aos portos georgianos de Poti/Batumi no Mar Negro, que por sua vez se ligarão ao porto ucraniano de Odessa no Mar Negro. (E a partir de Odessa, por via marítima e terrestre, à Europa ocidental e do norte).
O corredor de transporte do GUAM
Os governos do GUAM representados na Cimeira de Batumi aprovaram também o ulterior desenvolvimento do Corredor de Transporte do GUAM (CTG), que complementa o controverso pipeline Baku-Tíflis-Ceyhan (BTC). Este último liga a bacia do Mar Cáspio ao Mediterrâneo oriental, através da Geórgia e da Turquia, sem passar portanto por território russo. O pipeline BTC é controlado por um consórcio petrolífero liderado pela BP (British Petroleum). Tanto o corredor CTG como o BTC estão protegidos militarmente pelo GUAM e pela NATO.
O corredor CTG deverá ligar Baku, a capital do Azerbeijão no mar Cáspio, aos portos georgianos de Poti/Batumi no Mar Negro, que por sua vez se ligarão ao porto ucraniano de Odessa no Mar Negro. (E a partir de Odessa, por via marítima e terrestre, à Europa ocidental e do norte).
O pipeline Baku-Tíflis-Ceyhan (BTC)
O pipeline BTC controlado pela BP - British Petroleum e inaugurado em 2006 no auge da guerra do Líbano, alterou dramaticamente a geopolítica do Mediterrâneo oriental, que está agora ligado, através de um corredor energético, à bacia do mar Cáspio:
"[O pipeline BTC] altera consideravelmente a situação dos países da região e consolida uma nova aliança pró-ocidente. Ao estender o pipeline até ao Mediterrâneo, Washington instituiu na prática um novo bloco com o Azerbaijão, a Geórgia, a Turquia e Israel", ( Komerzant, Moscovo, 14/Julho/2006).
A Estratégia da Rota da Seda da América: O sistema de segurança trans-Euroasiático
A Estratégia da Rota da Seda (ERS) constitui um bloco estrutural essencial da política externa dos EUA na era pós-Guerra Fria.
A ERS foi formulada como uma proposta de lei apresentada ao Congresso dos EUA em 1999. Previa a criação de uma rede de corredores energéticos e de transporte ligando a Europa Ocidental à Ásia Central e posteriormente ao Extremo Oriente.
A Estratégia da Rota da Seda define-se como um "sistema de segurança trans-euroasiático". A ERS prevê a "militarização do corredor euroasiático" como parte integrante do "Grande Jogo". O objectivo declarado, conforme formulado na proposta de Lei da Estratégia da Rota da Seda, de Março de 1999, é desenvolver o império empresarial da América ao longo de um extenso corredor geográfico.
Embora a legislação da ERS 1999 (HR 3196) tenha sido aprovada pela Câmara dos Representantes, nunca chegou a ser lei. Com a administração Bush, a Estratégia da Rota de Seda tornou-se na base de facto do intervencionisno EUA-NATO, em grande medida com a intenção de integrar na esfera de influência dos EUA as antigas repúblicas soviéticas do sul do Cáucaso e da Ásia Central.
A implementação bem sucedida da ERS exigia a "militarização" concorrente de todo o corredor euroasiático desde o Mediterrâneo oriental até à fronteira ocidental da China com o Afganistão, como meio de garantir o controlo sobre as enormes reservas de petróleo e gás, assim como de "proteger" as rotas de pipelines e os corredores comerciais. A invasão do Afeganistão em Outubro de 2001 apoiou os objectivos americanos na Ásia Central, incluindo o controlo dos corredores de pipelines desde a fronteira do Afeganistão até à fronteira ocidental chinesa. É ainda uma ponte terrestre estratégica ligando a enorme riqueza petrolífera da bacia do Mar Cáspio ao Mar Arábico.
O processo de militarização previsto pela ERS é dirigido principalmente contra a China, a Rússia e o Irão. A ERS propunha:
"O desenvolvimento de fortes ligações políticas, económicas e de segurança entre países do Caucáso do Sul, da Ásia central e do ocidente [que] poderão assegurar a estabilidade nesta região, que é vulnerável a pressões políticas e económicas do sul, do norte e do leste [referindo-se à Rússia a norte, ao Iraque, ao Irão e ao Médio Oriente a sul, e à China a leste] ( 106th Congress, Silk Road Strategy Act of 1999 ).
A adopção duma agenda política neoliberal a conselho do FMI e do Banco Mundial é parte integrante da ERS, que pretende patrocinar "economias de mercado livre... [que] constituirão incentivos positivos para o investimento privado internacional, para o desenvolvimento do comércio e para outras formas de interacções comerciais (ibid).
O acesso estratégico ao petróleo e gás do Cáucaso do Sul e da Ásia Central é uma característica central da Estratégia da Rota da Seda:
"A região do Cáucaso do Sul e da Ásia Central poderá produzir petróleo e gás em quantidade suficiente para reduzir a dependência energética dos Estados Unidos da instável região do Golfo Pérsico". (ibid)
A ERS também se destina a impedir que as antigas repúblicas soviéticas reforcem as suas ligações de cooperação económica, política e militar assim como a sua ligação à China, à Rússia e ao Irão. (Ver America's "War on Terrorism" , de Michel Chossudovsky, Global Research, Montreal, 2005).
Neste contexto, a formação do GUAM, que foi fundado em 1997, destinou-se a integrar as antigas repúblicas soviéticas em acordos de cooperação militar com os EUA e a NATO, que as impedissem de restabelecer as suas ligações com a Federação Russa.
Segundo a Lei da ERS de 1999, a expressão "países do Cáucaso do Sul e da Ásia Central" significa a Arménia, o Azerbaijão, a Geórgia, o Casaquistão, o Quirguistão, o Tadjiquistão, o Turquemenistão, e o Uzbequistão. (106º Congresso, Lei da Estratégia da Rota da Seda de 1999).
A estratégia dos EUA, neste aspecto, teve apenas um sucesso parcial. Embora a Ucrânia, o Azerbaijão e a Geórgia se tenham tornado verdadeiros protectorados dos EUA, o Quirguistão, o Casaquistão, o Tadjiquistão, a Arménia e a Bielorússia estão, do ponto de vista geopolítico, alinhados com Moscovo.
Esta enorme rede euroasiática de corredores energéticos e de transporte tem sido definida por Washington como parte duma esfera de influência americana:
"Na região Mar Cáspio-Mar Negro, a União Europeia e os Estados Unidos esforçaram-se por estabelecer uma cadeia logística segura para ligar a Ásia Central à União Europeia através do Cáucaso Central e da Turquia/Ucrânia. As rotas formam a peça central dos projectos INOGATE (um sistema de comunicação integrado ao longo das rotas que transportam hidrocarbonetos para a Europa) e TRACECA (o corredor multi-canal Europa-Cáucaso-Ásia).
As rotas de transporte e comunicação TRACECA desenvolveram-se a partir da ideia da Grande Rota da Seda (o tradicional canal de comunicação euroasiático da antiguidade). Incluía os portos georgianos e turcos do Mar Negro (Poti, Batumi e Ceyhan), as vias férreas da Geórgia e do Azerbaijão, o pipeline Baku-Tbilisi-Ceyhan, os transportes marítimos que ligam o Turquemenistão e o Casaquistão com o Azerbaijão pelo Mar/Lago Cáspio (Turkmenbashi-Baku; Aktau-Baku), caminhos de ferro e autoestradas actualmente em construção no Turquemenistão, Uzbequistão, Quirguistão, Casaquistão e China, assim como terminais chineses no Pacífico como partes estratégica e sistemicamente importantes do mega-corredor". (Ver GUAM and the Trans-Caspian Gas Transportation Corridor: Is it about Politics or Economics? ).
O gasoduto Casaquistão-China (PCC)
Poucos dias depois da Cimeira do GUAM em Batumi, a China e o Casaquistão anunciaram (9/Julho/2008) o início das obras de construção de um pipeline de gás natural de 1300 km. A cerimónia inaugural realizou-se perto de Almaty, capital do Casaquistão.
Prevê-se que o pipeline que vai ser construído em várias fases comece a transportar gás em 2010. (Ver silkroadintelligencer.com , 9/Julho/2008).
"A nova rota de trânsito faz parte de um projecto mais vasto para construir dois pipelines paralelos ligando a China às enormes reservas de gás natural da Ásia Central. As tubagens percorrerão mais de 7000 quilómetros desde o Turquemenistão, através do Uzbequistão e do Casaquistão, e entrarão pela região de Xinjiang, a noroeste da China. O Uzbequistão iniciou este mês a construção da sua parte enquanto o Turquemenistão iniciou o seu segmento no ano passado". (ibid)
A National Petroleum Corporation da China (CNPC) que é a principal operadora do consórcio, "assinou acordos com firmas estatais de petróleo e de gás do Turquemenistão, Uzbequistão e Casaquistão, dando-lhes uma parte de 50 por cento nos seus respectivos pipelines". O projecto do pipeline PCC contraria a lógica da Estratégia da Rota de Seda da América. Faz parte duma estratégia energética e de transporte baseada numa Euroásia concorrente, dominada fortemente pela Rússia, pelo Irão e pela China.
A estratégia euroasiática concorrente protegida pela aliança militar SCO-CSTO
Os corredores baseados na Euroásia concorrente estão protegidos (contra o avanço dos EUA-NATO) por duas alianças militares regionais: a Shanghai Cooperation Organization (SCO) e a Collective Security Treaty Organization (CSTO) .
A SCO é uma aliança militar entre a Rússia e a China e diversas antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, incluindo o Casaquistão, o Quirguistão, o Tadjiquistão e o Uzbequistão. O Irão tem um estatuto de observador na SCO.
A Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO), que desempenha um papel geopolítico fundamental em relação aos corredores energéticos e de transporte, funciona em estreita ligação com a SCO. A CSTO agrupa os seguintes estados membros: a Arménia, a Bielorússia, o Casaquistão, o Quirguistão, a Rússia, o Tadjiquistão e o Uzbequistão.
A partir de 2006, os países membros da SCO e da CSTO efectuaram significativos jogos de guerra conjuntos e estão a colaborar activamente com o Irão.
Em Outubro de 2007, a Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) e a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) assinaram um Memorando de Entendimento, estabelecendo as bases para cooperação militar entre as duas organizações. Este acordo SCO-CSTO, pouco referido nos meios de comunicação ocidentais, envolve a criação de uma forte aliança militar entre a China, a Rússia e os estados membros da SCO/CSTO. De notar que a CSTO e a SCO efectuaram exercícios militares conjuntos em 2006, que coincidiram com os realizados pelo Irão. (Para mais pormenores ver Russia and Central Asian Allies Conduct War Games in Response to US Threats , de Michel Chossudovsky, Global Research, Agosto, 2006).
Embora se mantenham distintas do ponto de vista organizativo, na prática estas duas alianças militares regionais (OCX e OTSC) constituem um único bloco militar, enfrentando o expansionismo dos EUA-NATO na Ásia Central e no Cáucaso.
Círculo fechado
Os corredores energéticos e de transporte euroasiáticos da ERS, protegidos pelos EUA-NATO, pretendem ligar a Ásia Central ao Extremo Oriente, tal como delineado pela Estratégia da Rota da Seda. Actualmente, os corredores para leste que ligam a Ásia Central à China estão protegidos militarmente pela OCX-OTSC.
Nos termos da agenda global militar e estratégica de Washington, os corredores euroasiáticos contemplados pela ERS irão inevitavelmente atropelar a soberania territorial da China. Pretende-se que os propostos corredores de tubagens e de transporte EUA-NATO-GUAM se liguem, futuramente, aos propostos corredores energéticos e de transporte no hemisfério ocidental, incluindo os previstos na Parceria de Prosperidade e Segurança norte-americana (PPS).
A Parceria de Prosperidade e Segurança (PPS) é para a América do Norte o que a Estratégia da Rota da Seda (ERS) é para o Cáucaso e para a Ásia Central. São componentes regionais estratégicos do império empresarial da América. São os blocos estruturais da Nova Ordem Mundial.
A PPS é o resultado de um processo semelhante de planeamento estratégico, de militarização e de integração económica de mercado livre, baseada em grande parte no controlo dos recursos estratégicos que incluem a energia e a água, assim como na "protecção" dos corredores energéticos e de transporte (rotas terrestres e marítimas) desde o Alasca e o Árctico canadiano até à América Central e à bacia caribenha.
Nota do Autor: Este artigo centrou-se selectivamente nos corredores de pipelines (oleodutos e gasodutos) fundamentais com a intenção de analisar questões geopolíticas e estratégicas mais latas. Um exame da rede geral dos corredores de pipelines eurasianos exigiria uma apresentação muito mais detalhada e abrangente.
Artigo relacionado: War in the Caucasus: Towards a Broader Russia-US Military Confrontation?
22/Agosto/2008
O original encontra-se em: http://www.globalresearch.ca/index.php? ... a&aid=9907
A geopolítica dos pipelines
por Michel Chossudovsky
A actual crise no Cáucaso está intimamente relacionada com o controlo estratégico dos pipelines de energia e dos respectivos corredores de transporte.
Há provas de que o ataque georgiano à Ossétia do Sul, em 7 de Agosto, foi cuidadosamente planeado . Nos meses que antecederam os ataques foram efectuadas consultas de alto nível com responsáveis dos EUA e da NATO .
Os ataques à Ossétia do Sul foram desencadeados uma semana depois de terminados os extensos jogos de guerra EUA-Geórgia (14-31/Julho/2008). Foram também antecedidos de reuniões de alto nível ao abrigo do GUAM, uma aliança militar regional patrocinada pelos EUA-NATO.
Cronograma da guerra na Géorgia
1-2/Julho/2008 – Cimeira do GUAM em Batumi, Geórgia.
1/Julho – "Cimeira EUA-GUAM" em paralelo com o encontro oficial do GUAM
5-12/Julho – O ministério russo da Defesa efectua Jogos de Guerra na região do Cáucaso Norte sob o nome de código "Fronteira Cáucaso 2008"
9/Julho – A China e o Casaquistão anunciam o início da construção do pipeline de gás natural Casaquistão-China (PCC)
15-31/Julho – Os EUA e a Geórgia efectuam Jogos de Guerra sob o nome de código Operação "Resposta Imediata". Participam neste exercício militar mil soldados norte-americanos
7/Agosto – Forças terrestres e aéreas georgianas atacam a Ossétia do Sul
8/Agosto – Forças russas intervêm na Ossétia do Sul
14/Agosto – Assinatura do Acordo EUA-Polónia sobre o estacionamento de "Mísseis Interceptores Americanos" em território polaco.
Introdução: A cimeira do GUAM
No início de Julho de 2008 foi efectuada uma cimeira regional na cidade georgiana de Batumi sob os auspícios do GUAM.
O GUAM é um acordo militar entre a Geórgia, a Ucrânia, o Azerbaijão e a Moldávia, instituído em 1997. Desde 2006, na sequência da retirada do Uzbequistão, o GUAM foi rebaptizado: Organização para a Democracia e Desenvolvimento Económico – GUAM (Geórgia, Ucrânia, Azerbaijão e Moldávia).
O GUAM tem pouco a ver com "Democracia e Desenvolvimento Económico". É na verdade um apêndice da NATO. Tem sido usado pelos EUA e pela Aliança Atlântica para alargar as suas zonas de influência até ao centro da antiga União Soviética.
O objectivo principal do GUAM enquanto aliança militar é "proteger" os corredores energéticos e de transporte, em prol dos gigantes petrolíferos anglo-americanos. Os países do GUAM também recebem ajuda e treino militar dos EUA-NATO.
A militarização destes corredores é uma característica central do planeamento dos EUA-NATO. A entrada da Geórgia e da Ucrânia na NATO faz parte da agenda de controlo dos corredores energéticos e de transporte desde a bacia do Mar Cáspio até à Europa Ocidental.
As reuniões de 1 e 2 de Julho de 2008 da Cimeira do GUAM em Batumi, sob a presidência do presidente Saakashvili, focaram a questão central dos pipelines e corredores de transporte. O tema da Cimeira era "GUAM – Integrando o Leste da Europa", de um ponto de vista económico e estratégico-militar, tendo em vista essencialmente isolar a Rússia.
Estiveram presentes os presidentes do Azerbaijão, Geórgia e Ucrânia (Ilham Aliyev, Mikheil Saakashvili e Viktor Yushchenko, respectivamente ), assim como os presidentes da Polónia, Lech Kaczynski, e da Lituânia, Valdas Adamkus. O chefe do Estado de Moldova recusou-se categoricamente a comparecer a esta cimeira.
"Cimeira EUA-GUAM"
Pouco acompanhada pelos meios de comunicação, também se realizou em 1 de Julho a chamada "Cimeira EUA-GUAM" em simultâneo com o encontro da cimeira oficial do GUAM.
O subsecretário de Estado assistente dos EUA, David Merkel, reuniu à porta fechada com delegações GUAM e não GUAM . Realizaram-se várias reuniões bilaterais incluindo um encontro GUAM polaco (durante o qual foi muito provavelmente discutida a questão do escudo americano anti-mísseis em território polaco). Também se realizaram encontros privados em 1 e 2 de Julho na residência do presidente georgiano.
Jogos de guerra EUA-Geórgia
Menos de duas semanas após a Cimeira do GUAM de 1 e 2 de Julho de 2008, iniciaram-se exercícios militares EUA-Geórgia na base militar Vaziani, nos arredores de Tíflis. Mil soldados americanos e seiscentos georgianos iniciaram exercícios de treino militar na Operação "Resposta Imediata". As tropas americanas incluíam a participação americana da Força Aérea, do Exército, dos Fuzileiros e da Guarda Nacional. Embora tivesse sido encarado um cenário de guerra iraquiano, os exercícios militares foram um ensaio geral para uma iminente operação militar . Os jogos de guerra terminaram em 31 de Julho, uma semana antes do início dos ataques georgianos de 7 de Agosto à Ossétia do Sul.
Também participaram na Operação "Resposta Imediata" tropas da Ucrânia e do Azerbaijão, que são membros do GUAM. Surpreendentemente, a Arménia, que é aliada da Rússia e firme opositora do Azerbaijão, também tomou parte nestes jogos, que serviram também para criar uma atmosfera de "treino e cooperação" entre as forças do Azerbaijão e da Arménia (dirigida fundamentalmente contra a Rússia).
O general brigadeiro William B. Garrett, comandante da Task Force da Europa do Sul das forças armadas americanas, foi o responsável pela coordenaçao dos jogos de guerra EUA-Georgia.
Jogos de guerra da Rússia no Cáucaso Norte
Em 5 de Julho a Rússia iniciou exercícios militares de grande escala envolvendo cerca de oito mil efectivos militares, umas 700 unidades blindadas e mais de 30 aviões, nas repúblicas do norte do Cáucaso da Federação Russa ( Georgian Times, 28/Julho/2008).
Os jogos de guerra russos foram efectuados explicitamente em resposta à evolução da situação de segurança na Abhkazia e na Ossétia do Sul. O exercício, baptizado de "Fronteira do Cáucaso 2008", envolveu unidades do 58º Exército e do 4º Exército da Força Aérea, posicionadas no Distrito Militar do Cáucaso Norte.
Um porta-voz do Ministério da Defesa russo admitiu que os exercícios militares realizados no Distrito Federal Sul estavam a ser efectuados em resposta a "uma escalada de tensão nas zonas de conflito Geórgia-Abkhazia e Geórgia-Ossétia,... [e] que o Distrito Militar do Cáucaso Norte da Rússia estava apto a prestar assistência aos negociadores da paz russos na Abkhazia e na Ossétia do Sul, se necessário". ( Georgian Times, 28/Julho/2008, RIA-Novosti, 5/Julho/2008 ).
Estas unidades do Distrito Militar do Cáucaso Norte (Exército e Força Aérea) foram posteriormente utilizadas para liderar o contra-ataque russo dirigido contra as forças georgianas na Ossétia do Sul em 8 de Agosto.
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Geopolítica dos pipelines
Uma questão central do GUAM-NATO em cima da mesa na Cimeira GUAM de Julho em Batumi, foi o traçado do pipeline Odessa-Brody-Plotsk (OBP) (Plock sobre o Vistula) (ver mapa), que transporta o petróleo da Ásia Central através de Odessa, para o norte da Europa, sem passar por território russo. Também foi encarada uma extensão do OBP para o porto polaco de Gdansk no mar Báltico.
De notar que o OBP também está ligado ao Pipeline Druzhba (pipeline da Amizade) da Rússia, num acordo estabelecido com a Rússia.
O objectivo final de Washington é enfraquecer e desestabilizar a rede de pipelines da Rússia – incluindo o Pipeline Druzhba e o Sistema de Pipelines do Báltico (SPB) – e as suas diversas ligações de corredores para o mercado energético da Europa ocidental.
De notar que a Rússia instituiu, integrando a rede de pipelines do Druzhba, um corredor de pipelines que atravessa a Bielorússia, evitando assim passar pela Ucrânia (ver mapas).
O Sistema de Pipelines do Báltico (SPB), utilizado também pela Transneft da Rússia, liga Samara ao terminal de petroleiros da Rússia em Primorsk no Golfo da Finlândia (Ver mapa). Transporta petróleo bruto da região siberiana ocidental da Rússia para os mercados da Europa do norte e Europa ocidental.
Outro sistema estratégico de pipelines amplamente controlado pela Rússia, é o Consórcio de Pipelines do Cáspio (CPC), que é um consórcio entre a Rússia e o Casaquistão, com participação accionista de uma série de companhias petrolíferas do Médio Oriente.
O Sistema de Pipelines do Báltico está ligado ao pipeline Atyrau-Samara (AS), que é um consórcio entre a Transneft da Rússia e a operadora nacional de pipelines do Casaquistão, a KazTransOil. O pipeline AS por sua vez está ligado ao Consórcio de Petróleo do Cáspio (CPC), que transporta o crude de Tengiz a partir de Artyrau (Casaquistão ocidental) até ao terminal de petroleiros do CPC perto de Novorossiysk no Mar Negro.
Em 10 de Julho de 2008, menos de uma semana após a Cimeira do GUAM, a Transneft e a KazTransOil anunciaram que estavam em negociações para aumentar a capacidade do pipeline Atyrau-Samara de 16 para 26 milhões de toneladas de petróleo por ano. ( RBC Daily, 10/Julho/2008 ).
O corredor de transporte do GUAM
Os governos do GUAM representados na Cimeira de Batumi aprovaram também o ulterior desenvolvimento do Corredor de Transporte do GUAM (CTG), que complementa o controverso pipeline Baku-Tíflis-Ceyhan (BTC). Este último liga a bacia do Mar Cáspio ao Mediterrâneo oriental, através da Geórgia e da Turquia, sem passar portanto por território russo. O pipeline BTC é controlado por um consórcio petrolífero liderado pela BP (British Petroleum). Tanto o corredor CTG como o BTC estão protegidos militarmente pelo GUAM e pela NATO.
O corredor CTG deverá ligar Baku, a capital do Azerbeijão no mar Cáspio, aos portos georgianos de Poti/Batumi no Mar Negro, que por sua vez se ligarão ao porto ucraniano de Odessa no Mar Negro. (E a partir de Odessa, por via marítima e terrestre, à Europa ocidental e do norte).
O corredor de transporte do GUAM
Os governos do GUAM representados na Cimeira de Batumi aprovaram também o ulterior desenvolvimento do Corredor de Transporte do GUAM (CTG), que complementa o controverso pipeline Baku-Tíflis-Ceyhan (BTC). Este último liga a bacia do Mar Cáspio ao Mediterrâneo oriental, através da Geórgia e da Turquia, sem passar portanto por território russo. O pipeline BTC é controlado por um consórcio petrolífero liderado pela BP (British Petroleum). Tanto o corredor CTG como o BTC estão protegidos militarmente pelo GUAM e pela NATO.
O corredor CTG deverá ligar Baku, a capital do Azerbeijão no mar Cáspio, aos portos georgianos de Poti/Batumi no Mar Negro, que por sua vez se ligarão ao porto ucraniano de Odessa no Mar Negro. (E a partir de Odessa, por via marítima e terrestre, à Europa ocidental e do norte).
O pipeline Baku-Tíflis-Ceyhan (BTC)
O pipeline BTC controlado pela BP - British Petroleum e inaugurado em 2006 no auge da guerra do Líbano, alterou dramaticamente a geopolítica do Mediterrâneo oriental, que está agora ligado, através de um corredor energético, à bacia do mar Cáspio:
"[O pipeline BTC] altera consideravelmente a situação dos países da região e consolida uma nova aliança pró-ocidente. Ao estender o pipeline até ao Mediterrâneo, Washington instituiu na prática um novo bloco com o Azerbaijão, a Geórgia, a Turquia e Israel", ( Komerzant, Moscovo, 14/Julho/2006).
A Estratégia da Rota da Seda da América: O sistema de segurança trans-Euroasiático
A Estratégia da Rota da Seda (ERS) constitui um bloco estrutural essencial da política externa dos EUA na era pós-Guerra Fria.
A ERS foi formulada como uma proposta de lei apresentada ao Congresso dos EUA em 1999. Previa a criação de uma rede de corredores energéticos e de transporte ligando a Europa Ocidental à Ásia Central e posteriormente ao Extremo Oriente.
A Estratégia da Rota da Seda define-se como um "sistema de segurança trans-euroasiático". A ERS prevê a "militarização do corredor euroasiático" como parte integrante do "Grande Jogo". O objectivo declarado, conforme formulado na proposta de Lei da Estratégia da Rota da Seda, de Março de 1999, é desenvolver o império empresarial da América ao longo de um extenso corredor geográfico.
Embora a legislação da ERS 1999 (HR 3196) tenha sido aprovada pela Câmara dos Representantes, nunca chegou a ser lei. Com a administração Bush, a Estratégia da Rota de Seda tornou-se na base de facto do intervencionisno EUA-NATO, em grande medida com a intenção de integrar na esfera de influência dos EUA as antigas repúblicas soviéticas do sul do Cáucaso e da Ásia Central.
A implementação bem sucedida da ERS exigia a "militarização" concorrente de todo o corredor euroasiático desde o Mediterrâneo oriental até à fronteira ocidental da China com o Afganistão, como meio de garantir o controlo sobre as enormes reservas de petróleo e gás, assim como de "proteger" as rotas de pipelines e os corredores comerciais. A invasão do Afeganistão em Outubro de 2001 apoiou os objectivos americanos na Ásia Central, incluindo o controlo dos corredores de pipelines desde a fronteira do Afeganistão até à fronteira ocidental chinesa. É ainda uma ponte terrestre estratégica ligando a enorme riqueza petrolífera da bacia do Mar Cáspio ao Mar Arábico.
O processo de militarização previsto pela ERS é dirigido principalmente contra a China, a Rússia e o Irão. A ERS propunha:
"O desenvolvimento de fortes ligações políticas, económicas e de segurança entre países do Caucáso do Sul, da Ásia central e do ocidente [que] poderão assegurar a estabilidade nesta região, que é vulnerável a pressões políticas e económicas do sul, do norte e do leste [referindo-se à Rússia a norte, ao Iraque, ao Irão e ao Médio Oriente a sul, e à China a leste] ( 106th Congress, Silk Road Strategy Act of 1999 ).
A adopção duma agenda política neoliberal a conselho do FMI e do Banco Mundial é parte integrante da ERS, que pretende patrocinar "economias de mercado livre... [que] constituirão incentivos positivos para o investimento privado internacional, para o desenvolvimento do comércio e para outras formas de interacções comerciais (ibid).
O acesso estratégico ao petróleo e gás do Cáucaso do Sul e da Ásia Central é uma característica central da Estratégia da Rota da Seda:
"A região do Cáucaso do Sul e da Ásia Central poderá produzir petróleo e gás em quantidade suficiente para reduzir a dependência energética dos Estados Unidos da instável região do Golfo Pérsico". (ibid)
A ERS também se destina a impedir que as antigas repúblicas soviéticas reforcem as suas ligações de cooperação económica, política e militar assim como a sua ligação à China, à Rússia e ao Irão. (Ver America's "War on Terrorism" , de Michel Chossudovsky, Global Research, Montreal, 2005).
Neste contexto, a formação do GUAM, que foi fundado em 1997, destinou-se a integrar as antigas repúblicas soviéticas em acordos de cooperação militar com os EUA e a NATO, que as impedissem de restabelecer as suas ligações com a Federação Russa.
Segundo a Lei da ERS de 1999, a expressão "países do Cáucaso do Sul e da Ásia Central" significa a Arménia, o Azerbaijão, a Geórgia, o Casaquistão, o Quirguistão, o Tadjiquistão, o Turquemenistão, e o Uzbequistão. (106º Congresso, Lei da Estratégia da Rota da Seda de 1999).
A estratégia dos EUA, neste aspecto, teve apenas um sucesso parcial. Embora a Ucrânia, o Azerbaijão e a Geórgia se tenham tornado verdadeiros protectorados dos EUA, o Quirguistão, o Casaquistão, o Tadjiquistão, a Arménia e a Bielorússia estão, do ponto de vista geopolítico, alinhados com Moscovo.
Esta enorme rede euroasiática de corredores energéticos e de transporte tem sido definida por Washington como parte duma esfera de influência americana:
"Na região Mar Cáspio-Mar Negro, a União Europeia e os Estados Unidos esforçaram-se por estabelecer uma cadeia logística segura para ligar a Ásia Central à União Europeia através do Cáucaso Central e da Turquia/Ucrânia. As rotas formam a peça central dos projectos INOGATE (um sistema de comunicação integrado ao longo das rotas que transportam hidrocarbonetos para a Europa) e TRACECA (o corredor multi-canal Europa-Cáucaso-Ásia).
As rotas de transporte e comunicação TRACECA desenvolveram-se a partir da ideia da Grande Rota da Seda (o tradicional canal de comunicação euroasiático da antiguidade). Incluía os portos georgianos e turcos do Mar Negro (Poti, Batumi e Ceyhan), as vias férreas da Geórgia e do Azerbaijão, o pipeline Baku-Tbilisi-Ceyhan, os transportes marítimos que ligam o Turquemenistão e o Casaquistão com o Azerbaijão pelo Mar/Lago Cáspio (Turkmenbashi-Baku; Aktau-Baku), caminhos de ferro e autoestradas actualmente em construção no Turquemenistão, Uzbequistão, Quirguistão, Casaquistão e China, assim como terminais chineses no Pacífico como partes estratégica e sistemicamente importantes do mega-corredor". (Ver GUAM and the Trans-Caspian Gas Transportation Corridor: Is it about Politics or Economics? ).
O gasoduto Casaquistão-China (PCC)
Poucos dias depois da Cimeira do GUAM em Batumi, a China e o Casaquistão anunciaram (9/Julho/2008) o início das obras de construção de um pipeline de gás natural de 1300 km. A cerimónia inaugural realizou-se perto de Almaty, capital do Casaquistão.
Prevê-se que o pipeline que vai ser construído em várias fases comece a transportar gás em 2010. (Ver silkroadintelligencer.com , 9/Julho/2008).
"A nova rota de trânsito faz parte de um projecto mais vasto para construir dois pipelines paralelos ligando a China às enormes reservas de gás natural da Ásia Central. As tubagens percorrerão mais de 7000 quilómetros desde o Turquemenistão, através do Uzbequistão e do Casaquistão, e entrarão pela região de Xinjiang, a noroeste da China. O Uzbequistão iniciou este mês a construção da sua parte enquanto o Turquemenistão iniciou o seu segmento no ano passado". (ibid)
A National Petroleum Corporation da China (CNPC) que é a principal operadora do consórcio, "assinou acordos com firmas estatais de petróleo e de gás do Turquemenistão, Uzbequistão e Casaquistão, dando-lhes uma parte de 50 por cento nos seus respectivos pipelines". O projecto do pipeline PCC contraria a lógica da Estratégia da Rota de Seda da América. Faz parte duma estratégia energética e de transporte baseada numa Euroásia concorrente, dominada fortemente pela Rússia, pelo Irão e pela China.
A estratégia euroasiática concorrente protegida pela aliança militar SCO-CSTO
Os corredores baseados na Euroásia concorrente estão protegidos (contra o avanço dos EUA-NATO) por duas alianças militares regionais: a Shanghai Cooperation Organization (SCO) e a Collective Security Treaty Organization (CSTO) .
A SCO é uma aliança militar entre a Rússia e a China e diversas antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, incluindo o Casaquistão, o Quirguistão, o Tadjiquistão e o Uzbequistão. O Irão tem um estatuto de observador na SCO.
A Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO), que desempenha um papel geopolítico fundamental em relação aos corredores energéticos e de transporte, funciona em estreita ligação com a SCO. A CSTO agrupa os seguintes estados membros: a Arménia, a Bielorússia, o Casaquistão, o Quirguistão, a Rússia, o Tadjiquistão e o Uzbequistão.
A partir de 2006, os países membros da SCO e da CSTO efectuaram significativos jogos de guerra conjuntos e estão a colaborar activamente com o Irão.
Em Outubro de 2007, a Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) e a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) assinaram um Memorando de Entendimento, estabelecendo as bases para cooperação militar entre as duas organizações. Este acordo SCO-CSTO, pouco referido nos meios de comunicação ocidentais, envolve a criação de uma forte aliança militar entre a China, a Rússia e os estados membros da SCO/CSTO. De notar que a CSTO e a SCO efectuaram exercícios militares conjuntos em 2006, que coincidiram com os realizados pelo Irão. (Para mais pormenores ver Russia and Central Asian Allies Conduct War Games in Response to US Threats , de Michel Chossudovsky, Global Research, Agosto, 2006).
Embora se mantenham distintas do ponto de vista organizativo, na prática estas duas alianças militares regionais (OCX e OTSC) constituem um único bloco militar, enfrentando o expansionismo dos EUA-NATO na Ásia Central e no Cáucaso.
Círculo fechado
Os corredores energéticos e de transporte euroasiáticos da ERS, protegidos pelos EUA-NATO, pretendem ligar a Ásia Central ao Extremo Oriente, tal como delineado pela Estratégia da Rota da Seda. Actualmente, os corredores para leste que ligam a Ásia Central à China estão protegidos militarmente pela OCX-OTSC.
Nos termos da agenda global militar e estratégica de Washington, os corredores euroasiáticos contemplados pela ERS irão inevitavelmente atropelar a soberania territorial da China. Pretende-se que os propostos corredores de tubagens e de transporte EUA-NATO-GUAM se liguem, futuramente, aos propostos corredores energéticos e de transporte no hemisfério ocidental, incluindo os previstos na Parceria de Prosperidade e Segurança norte-americana (PPS).
A Parceria de Prosperidade e Segurança (PPS) é para a América do Norte o que a Estratégia da Rota da Seda (ERS) é para o Cáucaso e para a Ásia Central. São componentes regionais estratégicos do império empresarial da América. São os blocos estruturais da Nova Ordem Mundial.
A PPS é o resultado de um processo semelhante de planeamento estratégico, de militarização e de integração económica de mercado livre, baseada em grande parte no controlo dos recursos estratégicos que incluem a energia e a água, assim como na "protecção" dos corredores energéticos e de transporte (rotas terrestres e marítimas) desde o Alasca e o Árctico canadiano até à América Central e à bacia caribenha.
Nota do Autor: Este artigo centrou-se selectivamente nos corredores de pipelines (oleodutos e gasodutos) fundamentais com a intenção de analisar questões geopolíticas e estratégicas mais latas. Um exame da rede geral dos corredores de pipelines eurasianos exigiria uma apresentação muito mais detalhada e abrangente.
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22/Agosto/2008
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Re: Georgia X Rússia
Ossétia do Sul
Rússia instala base militar
Um acordo de paz e cooperação entre a Federação russa e a província separatista da Geórgia será assinado na próxima quarta-feira.
11:28 | Sexta-feira, 29 de Ago de 2008
Link permanente: x
Dmitry Lovetsky/AP
Eduard Kokoity, Presidente da Ossétia do Sul, cuja soberania apenas é reconhecida pela Rússia
A Rússia e a Ossétia do Sul irão assinar, no dia 2 de Setembro, um tratado de paz e cooperação, em conformidade com o qual será instalada uma base militar russa no território osseta, anunciou hoje Znaur Gassiev, dirigente do Parlamento da Ossétia do Sul.
Numa conferência de imprensa realizada em Tskhinvali, Gassiev anunciou que Eduard Kokoiti, Presidente desse Estado reconhecido apenas pela Rússia, deu "ordens ao Parlamento para preparar todos os documentos necessários".
No passado dia 26 de Agosto, Dmitri Medvedev, Presidente da Rússia, assinou um decreto que reconhece a independência da Abkházia e Ossétia do Sul, territórios separatistas da Geórgia.
Fontes governamentais abkhazes, citadas pelas agências noticiosas russas, dão conta que Moscovo poderá também instalar duas ou três bases militares na Abkházia.
Rússia instala base militar
Um acordo de paz e cooperação entre a Federação russa e a província separatista da Geórgia será assinado na próxima quarta-feira.
11:28 | Sexta-feira, 29 de Ago de 2008
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Dmitry Lovetsky/AP
Eduard Kokoity, Presidente da Ossétia do Sul, cuja soberania apenas é reconhecida pela Rússia
A Rússia e a Ossétia do Sul irão assinar, no dia 2 de Setembro, um tratado de paz e cooperação, em conformidade com o qual será instalada uma base militar russa no território osseta, anunciou hoje Znaur Gassiev, dirigente do Parlamento da Ossétia do Sul.
Numa conferência de imprensa realizada em Tskhinvali, Gassiev anunciou que Eduard Kokoiti, Presidente desse Estado reconhecido apenas pela Rússia, deu "ordens ao Parlamento para preparar todos os documentos necessários".
No passado dia 26 de Agosto, Dmitri Medvedev, Presidente da Rússia, assinou um decreto que reconhece a independência da Abkházia e Ossétia do Sul, territórios separatistas da Geórgia.
Fontes governamentais abkhazes, citadas pelas agências noticiosas russas, dão conta que Moscovo poderá também instalar duas ou três bases militares na Abkházia.
Triste sina ter nascido português
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Re: Georgia X Rússia
Georgia’s Propaganda War
Wednesday September 03rd 2008, 3:00 pm
[This post is a supporting documentation for my reporting on the recent South Ossetia war at Wired.com’s DANGER ROOM blog. See parts one and two.]
Dr. Gordon M. Hahn: Senior Researcher, Monterey Terrorism Research and Education Program and Visiting Assistant Professor, Graduate School of International Policy Studies, Monterey Institute of International Studies, Monterey, California; Senior Researcher, Center for Terrorism and Intelligence Studies (CETIS), Akribis Group; and Analyst/Consultant, Russia Other Points of View Russia Media Watch, http://www.russiaotherpointsofview.com. Dr Hahn is author of two well-received books, Russia’s Islamic Threat (Yale University Press, 2007) and Russia’s Revolution From Above (Transaction, 2002), and numerous articles on Russian politics.
GEORGIA’S PROPAGANDA WAR
By Gordon M. Hahn
The five-day Georgian-Russian saw Georgian President Mikheil Saakashvili (pictured) and other Georgian officials waging an aggressive propaganda campaign and, in many ways, a disinformation war in the Western mass media. This media offensive was the result either of a carefully planned disinformation war or a rush by Western governments, mainstream media, and think tanks to get the Georgians’ side of the story and their side only. Either way, the Georgians were able to wage an effective and constant barrage of propaganda and disinformation against the Russians.
In some 40 appearances in the Western media and at Western think tanks, Georgian President Mikheil Saakasahvili and his ministers made numerous statements in their effort to convince the West that it was obliged to defend Tbilisi from Russia’s incursion. The following is a review of Georgia’s official version of events and a comparison of their claims with the facts as we know them as of late August and early September 2008.
RUSSIAN PLANNED WAR AND ATTACKED FIRST
CLAIM: President Saakashvili and other Georgian officials repeatedly accused Russia of undertaking a “well-planned invasion” of Georgia and attacked first in order to sieze the country and remove him from power. [Mikheil Saakashvili, “Russia’s War Is The West’s Challenge,” Washington Post, August 14, 2008 and CNN interview with Georgian President Mikheil Saakashvili, CNN News, 8 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
FACT: Both sides planned for war as a contingency. They both held maneuvers in late July, used them to move forces and equipment near (Russian) or into (Georgian) the conflict zone, and ratcheted up the confrontation from the usual summertime tit-for-tat sniper and small arms fire to mortars to light and then heavy artillery until approximately midnight August 7-8 when Georgian forces opened up a massive heavy artillery barrage and sent at least two battalions into South Ossetia’s capitol of Tskhinvali. Russian forces were ready and responded with a full-scale invasion and air war.
Georgian military officials have inadvertently revealed that they had brought heavy artillery into the conflict zone very early on. For instance artillery brigade commanders told a Georgian newspaper that Georgian artillery used in the zone on August 7 included: “(a)t least 300 gun barrels of Georgian artillery.” Among these were: “the 203-mm Pion systems, the 160-mm Israeli-made GRADLAR multiple rocket launchers, the 152-mm Akatsiya, Giatsint and Dana self-propelled guns, the 122-mm Grad and RM-70 multiple rocket launchers, as well as the D-30 and Msta howitzers of the infantry brigades.” [”Georgian artillery inflicted ‘heavy losses’ on Russians,” BBC Monitoring, August 25, 2008 translating Georgian weekly Kviris Palitra, August 25, 2008.]
It takes many days if not weeks to bring in the kind of heavy artillery about which the commander is talking into or near the conflict zone through the mountainous terrain around South Ossetia from Georgian army bases in Tbilisi, Senaki or Gori.
THE RUSSIANS BROKE SAAKASHVILI’S AUGUST 7 CEASEFIRE
CLAIM: Saakashvili claims the Russians broke his late afternoon August 7 ceasefire.
FACT: In fact, no cessation of fire occurred; both sides continued with more sporadic fire. Moreover, as Saakashvili was declaring his ceasefire, Georgia began moving reinforcements to the conflict zone to back up the two battalions and materiel’ they had already positioned there in violation of the ceasefire agreement. [Peter Finn “A Two-Sided Descent into Full-Scale War,” The Washington Post, August 17, 2008, p. A1.]
GEORGIAN FORCES OCCUPIED ALMOST ALL OF SOUTH OSSETIA
CLAIM: As Russian and Ossetian forces engaged the Georgian army on August 8, Saakashvili claimed: “The Georgian government’s forces, according to information as of 21:00, completely control the entire territory of South Ossetia except the highland settlements of Dzhava.” [”Saakashvili: voiska Gruzii kontroliruet vsyu territoriyu Yuzhnoi Ossetii,” KavkazMemo.ru, 8 August 2008, http://www.kavkaz-uzel.ru/printnews/new ... 26844.html.]
FACT: In fact, Georgian troops never even controlled all of Tskhinvali and began withdrawing from there at 20:30 and only held a slice of the city in the south as Russian troops began to enter it. [Timeline from the Georgian Foreign Ministry, accessed 28 August 2008, http://www.mfa.gov.ge/index.php?lang_id ... o_id=7484p]
CONTACTS WITH RUSSIAN AUTHORITIES
CLAIM: In his August 14 Washington Post article, Saakashvili stated: “Our repeated attempts to contact senior Russian leaders were rebuffed. Russia’s foreign ministry even denied receiving our notice of cease-fire hours after it was officially — and very publicly — delivered. This was just one of many cynical ploys to deceive the world and justify further attacks.” [Saakashvili, “Russia’s War Is The West’s Challenge”]
The Georgian president was reiterating a claim he made in his televised address to the Georgian people on August 7, when he Saakashvili stated that the Georgian authorities had not been in touch with Vladimir Putin or other Russian authorities “for days.” [CNN interview with Georgian President Mikheil Saakashvili, CNN News, 8 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
FACT: On the next day in his television address to the Georgian people Saakashvili said: “We have been in constant contact with the leadership of the local Russian peacekeeping forces. Several hours ago, they told us that they have completely lost control over the actions of the separatists.… We are in constant contact with the leadership of the Russian Ministry of Foreign Affairs, and the ministry tells us Russia is trying to stop the separatists from engaging in armed action, but without any success.” [”Sakashvili’s Televised Address on S. Ossetia,” Civil Georgia, 7 August 2008, 21:45, http://www.civil.ge.]
HOW MANY RUSSIAN TANKS AND ARMOURED VEHICLES?
CLAIM: At an August 18 Heritage Foundation conference ‘The Russia-Georgian War: A Challenge to the U.S. and the World’ Georgian Ambassador to the US Vasil Sikharulidze stated that “1,200 tanks and 15,000 soldiers” entered Georgia “within 12 hours” bringing the number of Russian troops in all of Georgia to 25,000 as of August 18. Georgian Minister for Reintegration of Abkhazia and South Ossetia Temuri Yakobashvili told the conference by video phone that 1,200 tanks and armored personnel carriers entered Georgia in the first 48 hours of the Russian incursion. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War “A Challenge for the U.S. and the World,” Heritage Foundation, Washington D.C., August 18, 2008, Federal News Service, August 18, 2008.]
Three weeks after the war Yakobashvili also escalated his figures to “2,000 tanks.” [Nikolaus von Twickel, “Theories Swirl About War’s Beginning,” The Moscow Times, August 28, 2008.]
FACT: No independent source has confirmed the deployment of such a large Russian invasion force. The respected Jane’s Defence Weekly reported that in fact the “invasion force consisted of 15,000 and 150 tanks and heavy self-propelled artillery pieces.” [Giragosian, “Georgian planning flaws led to campaign failure.”]
RUSSIA’S 3,000 ARMORED VEHICLES AND 80,OOO TROOPS
CLAIM: On August 24, Saakashvili claimed that the Russian military operation “planned for many months” brought “80,000 servicemen and mercenaries” and “about 3,000 armored vehicles” into Georgia. [”President says 80,000 Russian soldiers, 3,000 armored vehicles invaded Georgia,” BBC Monitoring, August 24, 2008 citing Channel 1, Tbilisi, August 24, 2008, 1600 GMT.]
FACT: Such a deployment of equipment would mean that Russia’s entire 58th Army (and then some) was deployed from its jihad-plagued North Caucasus to South Ossetia. No other source has made such a claim.
RUSSIAN ATROCITIES
CLAIM: In his August 18 Washington Post article, Saakashvili wrote: “Within 24 hours of Russian forces of “brutally purging Georgian villages in South Ossetia, raping women and executing men.” [Saakashvili, “Russia’s War Is The West’s Challenge”]
On the same day as well, Saakashvili stated in a CNN interview that Russian planes were “specifically targeting the civilian population, and we have scores of wounded and dead among the civilian population all around the country, not so much in the conflict area.” [CNN interview with Georgian President Mikheil Saakashvili, CNN News, 8 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
At an August 12 press conference, Saakashvili asserted that despite a ceasefire the Russians were continuing to attack “purely civilian targets.” [”‘Georgian Will Never Surrender’,” CNN News, 12 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... render.itn? iref=videosearch.]
In an August 13 press conference, Saakashvili stated: “Russian tanks are attacking the town of Gori and rampaging through the town…The worst kind of marauding I ever could imagine. There was a rampage through Georgian-controlled villages of South Ossetia and through upper Abkhazia Kodori, and scores of people, according to the reports which we cannot totally confirm… Internment camps were set up, and we are getting reports of large-scale violation of human rights of the worst case…What we are seeing in the area is classical Balkan-type and World war II-type ethnic cleansing and purification campaigns. …(T)he worst kind of atrocities are being committed in my country against my people of all ethnic groups.” [”Tensions Still High in Georgia,” CNN News, 13 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
Minister Yakobashvili told the Heritage Foundation that Russian forces had engaged in “ethnic cleansing” and inflicted “enormous atrocities, unbelievable suffering” on the Georgian population. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War “A Challenge for the U.S. and the World,” Heritage Foundation, Washington DC, August 18, 2008, Federal News Service, August 18, 2008.]
FACT: As of two weeks after hostilities ended no campaign of ethnic cleansing or atrocities and no internment camps have been found. There have been no reports of Russians “raping women and executing men,” as Saakashvili claimed. There were later reports of destruction and perhaps a few murders committed by Chechen battalions (irresponsibly sent by Moscow to fight on its behalf) and Ossetian militiamen. The alleged large scale killing, raping and internment camps have not been mentioned again by Saakashvili or any other Georgian official. Human Rights Watch has reported one occasion on which Russian air forces appear to have used of cluster bombs, banned by international convention. The Georgian side has stated a official civilian death toll among Georgians of 69 as of August 25 with several hundred civilians wounded. [”Senior MP: 215 Killed in Conflict,” Civil.ge, 19 August 2008, 23:05 http://www.civil.ge/eng/article.php?id= ... s%20killed]
This hardly amounts to the massive Russian atrocities being claimed by Tbilisi. Also, there are reports of rather good behavior on the part of Russian soldiers. [See Saba Tsitsikhashvili, “The Ramifications of the Ten-Day Blockade of Georgia,” HumanRights.ge, 27 August 2008, http://www.humanrights.ge/index.php?a=a ... 57&lang=en.]
As the respected military studies journal Jane’s Defence Weekly reported on August 15, it was the Georgian army that targeted the residential capitol of South Ossetia with an indiscriminate, all night artillery barrage on 7-8 August with “notoriously imprecise” truck-borne GRAD missiles. [Richard Giragosian, “Georgian planning flaws led to campaign failure,” Jane’s Defence Weekly, August 15, 2008 in Johnson’s Russia List, #152, August 19, 2008, http://www.cdi.org/russia/johnsonwww.org]
THE RUSSIANS, NOT THE GEORGIANS DESTROYED TSKHINVALI
CLAIM: On August 13, Saakashvili told a press conference that Russian aerial bombardment, not Georgian artillery fire, “leveled the town of Tskhinvali.” [”Tensions Still High in Georgia,” CNN News, 13 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
FACT: Every independent source reports that Gerogian artillery bombarded Tskhinvali for twelve hours through th night of August 7-8. Saakashvili is the only person to claim that Georgia did not bomb Tskhinvali and that the Russians caused all or most of the damage.
RUSSIAN DESTRUCTION OF GEORGIAN CIVILIAN INFRASTRUCTURE
CLAIM: Saakashvili, as we have seen, accused Russia of destroying civilian infrastructure. His underlings, Ambassador Sikhuralidze and Minister Yakobashvili ministers told the West that Russian forces were systematically destroying Georgia’s civilian infrastructure, including burning its forests and national parks and blowing up bridges to sever Georgia from its neighbors, Armeina and Azerbaijan. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War.]
FACT: Reporters on the scene have reported a very different story: “In west Georgia, few signs of damage by Russia” shows, the Russians in fact “used force minimally” and “avoided any inadvertent high-profile attacks on civilian targets.” “Early in the conflict, Georgian officials in Tbilisi warned of an impending disaster as Russian tanks from Abkhazia massed at Zugdidi’s edge. But residents said there had been little or no damage to their town.” Even Russia’s air attacks on the port of Poti destroyed the military side of the port but left the civilian side intact. [Borzou Daraghi, “In west Georgia, few signs of damage by Russia,” The Los Angeles Times, August 19, 2008.]
Regarding the torching of Georgian forests, a Georgian newspaper noted that the Russian military set fire to forests during the occupation of Kartli because it was searching for Georgian artillery weapons that Georgian artillerymen hid there during the Georgian army’s retreat; a fact left out Minister Yakobashvili’s comments. At least two major bridges were destroyed by Georgian forces in targeting Russians making crossings. [”Georgian artillery inflicted ‘heavy losses’ on Russians,” BBC Monitoring, August 25, 2008 translating Georgian weekly Kviris Palitra, August 25, 2008; Roman Anin, “Kto v sopagakh tot i srochnik. Ikh zdes’ polno,” Novaya gazeta, No. 62, 25 August 2008.]
RUSSIAN TROOPS ENCIRCLING TBILISI
CLAIM: On Wednesday, August 13, Saakashvili said in a CNN interview that Russian troops were “circling,” “closing on” and planning to capture the Georgian capitol, Tbilisi, and install a puppet government. [See Misha Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows,” Associated Press, 13 August 2008, 8:12.]
FACT: The Russians undertook no military operations against the Georgian capitol throughout the five-day war.
RUSSIA WILL BOMB TBILISI DEMONSTRATION
CLAIM: On August 12 Saakashvili mentioned and therefore gave credence to supposed rumors that Russia would bomb the August 12 rally in Tbilisi. [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
FACT: There was no Russian bombing of Tbilisi throughout the war.
RUSSIA BOMBING THE BAKU-TBILISI-CEYHAN OIL PIPELINE
CLAIM: Minister Yakobashvili tried to pique American fears that Russian forces sought to interdict the Baku-Tbilisi-Ceyhan oil pipeline by saying that the Russians had repeatedly tried to bomb it. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War.]
FACT: A Russian force that included tens of sophisticated fighter jets and, according to the Georgians’ own statements, some 1,200-3,000 tanks and armored personnel carriers would have been able to bomb a pipeline and much else in the course of five days if it had wanted to.
CYBER WAR
CLAIM: Minister Yakobashvili and other Georgian officials claimed that Russian authorities initiated a large-scale cyber-attack on Georgian government websities before and during the war. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War.]
FACT: Experts on cyber warfare have grave doubts that the Russian military or intelligence agencies conducted cyber warfare against Georgia. They argue that the suspected attacks were consistent with independent hacker networks that hit Georgian pornography and gambling websitas part of an extortion racket. Moreover, these attacks were only launched after Georgian forces had already engaged Russia forces, suggesting that they were either attacks by independents or that the Russians were not ready for war, since cyberwarfare is a part of the Russian arsenal. [Shaun Waterman, “Analysis: Russia-Georgia cyberwar doubted,” United Press International, August 18, 2008.]
On August 5 Georgian hackers targeted SOTR (South Ossetia Television and Radio) after it reported that Tbilisi was covering up the killing of 29 Georgian servicemen during an exchange of fire between Ossetian and Georgian forces on August 1-2. [Osetinskie saity atakovany khakerami posle publikatsii o tainykh pokhoronakh gruzinskikh soldat,” Regnum.ru, 5 August 2008, http://www.regnum.ru-news/1036460. html.]
THE U.S. IS TAKING OVER GEORGIA’S PORT AND AIRPORTS
CLAIM: On August 10 Saakashvili claimed on Georgian national television that the arrival of U.S. military cargo plane carrying humanitarian aid meant that “Georgia’s ports and airports will be taken under the control of the U.S. Defense Department.” [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
FACT: The U.S. Defense Department Pentagon spokesman Geoff Morrell immediately refuted this: “We have no need, nor do we intend to take over any Georgian air or seaport to deliver humanitarian aid. … We have no designs on taking control of any Georgian facility.” [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
The U.S. never did so.
RUSSIA HAS LOST MORE PLANES THAN IN ANY CONFLICT IN ITS HISTORY
CLAIM: In an August 13 television address Saakashvili said, “Russia has lost more airplanes than in any conflict of this scale since 1939.” [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
FACT: The entire Soviet air force was destroyed in the first days of Hitler’s invasion of the USSR, and in the present war Russia is claiming the loss of four airplanes.
CONCLUSION
American support for Georgia in the present crisis is based in part on the belief that Russia is to be blame for instigating this war. Much of this belief is founded on Saakashvili’s and other Geoergian officials’ statements to American officials like the State Department’s Matthew Bryza. Western publics and decisionmakers should not take the statements of Georgian officials regarding this war or much of anything else at face value. They should think twice and then thrice about whether backing President Saakashvili, his aspirations for Georgian membership in NATO, and the resulting ‘hot peace’ with Moscow are in the West’s interests.
http://warisboring.com/?p=1339
Wednesday September 03rd 2008, 3:00 pm
[This post is a supporting documentation for my reporting on the recent South Ossetia war at Wired.com’s DANGER ROOM blog. See parts one and two.]
Dr. Gordon M. Hahn: Senior Researcher, Monterey Terrorism Research and Education Program and Visiting Assistant Professor, Graduate School of International Policy Studies, Monterey Institute of International Studies, Monterey, California; Senior Researcher, Center for Terrorism and Intelligence Studies (CETIS), Akribis Group; and Analyst/Consultant, Russia Other Points of View Russia Media Watch, http://www.russiaotherpointsofview.com. Dr Hahn is author of two well-received books, Russia’s Islamic Threat (Yale University Press, 2007) and Russia’s Revolution From Above (Transaction, 2002), and numerous articles on Russian politics.
GEORGIA’S PROPAGANDA WAR
By Gordon M. Hahn
The five-day Georgian-Russian saw Georgian President Mikheil Saakashvili (pictured) and other Georgian officials waging an aggressive propaganda campaign and, in many ways, a disinformation war in the Western mass media. This media offensive was the result either of a carefully planned disinformation war or a rush by Western governments, mainstream media, and think tanks to get the Georgians’ side of the story and their side only. Either way, the Georgians were able to wage an effective and constant barrage of propaganda and disinformation against the Russians.
In some 40 appearances in the Western media and at Western think tanks, Georgian President Mikheil Saakasahvili and his ministers made numerous statements in their effort to convince the West that it was obliged to defend Tbilisi from Russia’s incursion. The following is a review of Georgia’s official version of events and a comparison of their claims with the facts as we know them as of late August and early September 2008.
RUSSIAN PLANNED WAR AND ATTACKED FIRST
CLAIM: President Saakashvili and other Georgian officials repeatedly accused Russia of undertaking a “well-planned invasion” of Georgia and attacked first in order to sieze the country and remove him from power. [Mikheil Saakashvili, “Russia’s War Is The West’s Challenge,” Washington Post, August 14, 2008 and CNN interview with Georgian President Mikheil Saakashvili, CNN News, 8 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
FACT: Both sides planned for war as a contingency. They both held maneuvers in late July, used them to move forces and equipment near (Russian) or into (Georgian) the conflict zone, and ratcheted up the confrontation from the usual summertime tit-for-tat sniper and small arms fire to mortars to light and then heavy artillery until approximately midnight August 7-8 when Georgian forces opened up a massive heavy artillery barrage and sent at least two battalions into South Ossetia’s capitol of Tskhinvali. Russian forces were ready and responded with a full-scale invasion and air war.
Georgian military officials have inadvertently revealed that they had brought heavy artillery into the conflict zone very early on. For instance artillery brigade commanders told a Georgian newspaper that Georgian artillery used in the zone on August 7 included: “(a)t least 300 gun barrels of Georgian artillery.” Among these were: “the 203-mm Pion systems, the 160-mm Israeli-made GRADLAR multiple rocket launchers, the 152-mm Akatsiya, Giatsint and Dana self-propelled guns, the 122-mm Grad and RM-70 multiple rocket launchers, as well as the D-30 and Msta howitzers of the infantry brigades.” [”Georgian artillery inflicted ‘heavy losses’ on Russians,” BBC Monitoring, August 25, 2008 translating Georgian weekly Kviris Palitra, August 25, 2008.]
It takes many days if not weeks to bring in the kind of heavy artillery about which the commander is talking into or near the conflict zone through the mountainous terrain around South Ossetia from Georgian army bases in Tbilisi, Senaki or Gori.
THE RUSSIANS BROKE SAAKASHVILI’S AUGUST 7 CEASEFIRE
CLAIM: Saakashvili claims the Russians broke his late afternoon August 7 ceasefire.
FACT: In fact, no cessation of fire occurred; both sides continued with more sporadic fire. Moreover, as Saakashvili was declaring his ceasefire, Georgia began moving reinforcements to the conflict zone to back up the two battalions and materiel’ they had already positioned there in violation of the ceasefire agreement. [Peter Finn “A Two-Sided Descent into Full-Scale War,” The Washington Post, August 17, 2008, p. A1.]
GEORGIAN FORCES OCCUPIED ALMOST ALL OF SOUTH OSSETIA
CLAIM: As Russian and Ossetian forces engaged the Georgian army on August 8, Saakashvili claimed: “The Georgian government’s forces, according to information as of 21:00, completely control the entire territory of South Ossetia except the highland settlements of Dzhava.” [”Saakashvili: voiska Gruzii kontroliruet vsyu territoriyu Yuzhnoi Ossetii,” KavkazMemo.ru, 8 August 2008, http://www.kavkaz-uzel.ru/printnews/new ... 26844.html.]
FACT: In fact, Georgian troops never even controlled all of Tskhinvali and began withdrawing from there at 20:30 and only held a slice of the city in the south as Russian troops began to enter it. [Timeline from the Georgian Foreign Ministry, accessed 28 August 2008, http://www.mfa.gov.ge/index.php?lang_id ... o_id=7484p]
CONTACTS WITH RUSSIAN AUTHORITIES
CLAIM: In his August 14 Washington Post article, Saakashvili stated: “Our repeated attempts to contact senior Russian leaders were rebuffed. Russia’s foreign ministry even denied receiving our notice of cease-fire hours after it was officially — and very publicly — delivered. This was just one of many cynical ploys to deceive the world and justify further attacks.” [Saakashvili, “Russia’s War Is The West’s Challenge”]
The Georgian president was reiterating a claim he made in his televised address to the Georgian people on August 7, when he Saakashvili stated that the Georgian authorities had not been in touch with Vladimir Putin or other Russian authorities “for days.” [CNN interview with Georgian President Mikheil Saakashvili, CNN News, 8 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
FACT: On the next day in his television address to the Georgian people Saakashvili said: “We have been in constant contact with the leadership of the local Russian peacekeeping forces. Several hours ago, they told us that they have completely lost control over the actions of the separatists.… We are in constant contact with the leadership of the Russian Ministry of Foreign Affairs, and the ministry tells us Russia is trying to stop the separatists from engaging in armed action, but without any success.” [”Sakashvili’s Televised Address on S. Ossetia,” Civil Georgia, 7 August 2008, 21:45, http://www.civil.ge.]
HOW MANY RUSSIAN TANKS AND ARMOURED VEHICLES?
CLAIM: At an August 18 Heritage Foundation conference ‘The Russia-Georgian War: A Challenge to the U.S. and the World’ Georgian Ambassador to the US Vasil Sikharulidze stated that “1,200 tanks and 15,000 soldiers” entered Georgia “within 12 hours” bringing the number of Russian troops in all of Georgia to 25,000 as of August 18. Georgian Minister for Reintegration of Abkhazia and South Ossetia Temuri Yakobashvili told the conference by video phone that 1,200 tanks and armored personnel carriers entered Georgia in the first 48 hours of the Russian incursion. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War “A Challenge for the U.S. and the World,” Heritage Foundation, Washington D.C., August 18, 2008, Federal News Service, August 18, 2008.]
Three weeks after the war Yakobashvili also escalated his figures to “2,000 tanks.” [Nikolaus von Twickel, “Theories Swirl About War’s Beginning,” The Moscow Times, August 28, 2008.]
FACT: No independent source has confirmed the deployment of such a large Russian invasion force. The respected Jane’s Defence Weekly reported that in fact the “invasion force consisted of 15,000 and 150 tanks and heavy self-propelled artillery pieces.” [Giragosian, “Georgian planning flaws led to campaign failure.”]
RUSSIA’S 3,000 ARMORED VEHICLES AND 80,OOO TROOPS
CLAIM: On August 24, Saakashvili claimed that the Russian military operation “planned for many months” brought “80,000 servicemen and mercenaries” and “about 3,000 armored vehicles” into Georgia. [”President says 80,000 Russian soldiers, 3,000 armored vehicles invaded Georgia,” BBC Monitoring, August 24, 2008 citing Channel 1, Tbilisi, August 24, 2008, 1600 GMT.]
FACT: Such a deployment of equipment would mean that Russia’s entire 58th Army (and then some) was deployed from its jihad-plagued North Caucasus to South Ossetia. No other source has made such a claim.
RUSSIAN ATROCITIES
CLAIM: In his August 18 Washington Post article, Saakashvili wrote: “Within 24 hours of Russian forces of “brutally purging Georgian villages in South Ossetia, raping women and executing men.” [Saakashvili, “Russia’s War Is The West’s Challenge”]
On the same day as well, Saakashvili stated in a CNN interview that Russian planes were “specifically targeting the civilian population, and we have scores of wounded and dead among the civilian population all around the country, not so much in the conflict area.” [CNN interview with Georgian President Mikheil Saakashvili, CNN News, 8 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
At an August 12 press conference, Saakashvili asserted that despite a ceasefire the Russians were continuing to attack “purely civilian targets.” [”‘Georgian Will Never Surrender’,” CNN News, 12 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... render.itn? iref=videosearch.]
In an August 13 press conference, Saakashvili stated: “Russian tanks are attacking the town of Gori and rampaging through the town…The worst kind of marauding I ever could imagine. There was a rampage through Georgian-controlled villages of South Ossetia and through upper Abkhazia Kodori, and scores of people, according to the reports which we cannot totally confirm… Internment camps were set up, and we are getting reports of large-scale violation of human rights of the worst case…What we are seeing in the area is classical Balkan-type and World war II-type ethnic cleansing and purification campaigns. …(T)he worst kind of atrocities are being committed in my country against my people of all ethnic groups.” [”Tensions Still High in Georgia,” CNN News, 13 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
Minister Yakobashvili told the Heritage Foundation that Russian forces had engaged in “ethnic cleansing” and inflicted “enormous atrocities, unbelievable suffering” on the Georgian population. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War “A Challenge for the U.S. and the World,” Heritage Foundation, Washington DC, August 18, 2008, Federal News Service, August 18, 2008.]
FACT: As of two weeks after hostilities ended no campaign of ethnic cleansing or atrocities and no internment camps have been found. There have been no reports of Russians “raping women and executing men,” as Saakashvili claimed. There were later reports of destruction and perhaps a few murders committed by Chechen battalions (irresponsibly sent by Moscow to fight on its behalf) and Ossetian militiamen. The alleged large scale killing, raping and internment camps have not been mentioned again by Saakashvili or any other Georgian official. Human Rights Watch has reported one occasion on which Russian air forces appear to have used of cluster bombs, banned by international convention. The Georgian side has stated a official civilian death toll among Georgians of 69 as of August 25 with several hundred civilians wounded. [”Senior MP: 215 Killed in Conflict,” Civil.ge, 19 August 2008, 23:05 http://www.civil.ge/eng/article.php?id= ... s%20killed]
This hardly amounts to the massive Russian atrocities being claimed by Tbilisi. Also, there are reports of rather good behavior on the part of Russian soldiers. [See Saba Tsitsikhashvili, “The Ramifications of the Ten-Day Blockade of Georgia,” HumanRights.ge, 27 August 2008, http://www.humanrights.ge/index.php?a=a ... 57&lang=en.]
As the respected military studies journal Jane’s Defence Weekly reported on August 15, it was the Georgian army that targeted the residential capitol of South Ossetia with an indiscriminate, all night artillery barrage on 7-8 August with “notoriously imprecise” truck-borne GRAD missiles. [Richard Giragosian, “Georgian planning flaws led to campaign failure,” Jane’s Defence Weekly, August 15, 2008 in Johnson’s Russia List, #152, August 19, 2008, http://www.cdi.org/russia/johnsonwww.org]
THE RUSSIANS, NOT THE GEORGIANS DESTROYED TSKHINVALI
CLAIM: On August 13, Saakashvili told a press conference that Russian aerial bombardment, not Georgian artillery fire, “leveled the town of Tskhinvali.” [”Tensions Still High in Georgia,” CNN News, 13 August 2008, http://www.cnn.com/video/#/video/world/ ... ideosearch.]
FACT: Every independent source reports that Gerogian artillery bombarded Tskhinvali for twelve hours through th night of August 7-8. Saakashvili is the only person to claim that Georgia did not bomb Tskhinvali and that the Russians caused all or most of the damage.
RUSSIAN DESTRUCTION OF GEORGIAN CIVILIAN INFRASTRUCTURE
CLAIM: Saakashvili, as we have seen, accused Russia of destroying civilian infrastructure. His underlings, Ambassador Sikhuralidze and Minister Yakobashvili ministers told the West that Russian forces were systematically destroying Georgia’s civilian infrastructure, including burning its forests and national parks and blowing up bridges to sever Georgia from its neighbors, Armeina and Azerbaijan. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War.]
FACT: Reporters on the scene have reported a very different story: “In west Georgia, few signs of damage by Russia” shows, the Russians in fact “used force minimally” and “avoided any inadvertent high-profile attacks on civilian targets.” “Early in the conflict, Georgian officials in Tbilisi warned of an impending disaster as Russian tanks from Abkhazia massed at Zugdidi’s edge. But residents said there had been little or no damage to their town.” Even Russia’s air attacks on the port of Poti destroyed the military side of the port but left the civilian side intact. [Borzou Daraghi, “In west Georgia, few signs of damage by Russia,” The Los Angeles Times, August 19, 2008.]
Regarding the torching of Georgian forests, a Georgian newspaper noted that the Russian military set fire to forests during the occupation of Kartli because it was searching for Georgian artillery weapons that Georgian artillerymen hid there during the Georgian army’s retreat; a fact left out Minister Yakobashvili’s comments. At least two major bridges were destroyed by Georgian forces in targeting Russians making crossings. [”Georgian artillery inflicted ‘heavy losses’ on Russians,” BBC Monitoring, August 25, 2008 translating Georgian weekly Kviris Palitra, August 25, 2008; Roman Anin, “Kto v sopagakh tot i srochnik. Ikh zdes’ polno,” Novaya gazeta, No. 62, 25 August 2008.]
RUSSIAN TROOPS ENCIRCLING TBILISI
CLAIM: On Wednesday, August 13, Saakashvili said in a CNN interview that Russian troops were “circling,” “closing on” and planning to capture the Georgian capitol, Tbilisi, and install a puppet government. [See Misha Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows,” Associated Press, 13 August 2008, 8:12.]
FACT: The Russians undertook no military operations against the Georgian capitol throughout the five-day war.
RUSSIA WILL BOMB TBILISI DEMONSTRATION
CLAIM: On August 12 Saakashvili mentioned and therefore gave credence to supposed rumors that Russia would bomb the August 12 rally in Tbilisi. [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
FACT: There was no Russian bombing of Tbilisi throughout the war.
RUSSIA BOMBING THE BAKU-TBILISI-CEYHAN OIL PIPELINE
CLAIM: Minister Yakobashvili tried to pique American fears that Russian forces sought to interdict the Baku-Tbilisi-Ceyhan oil pipeline by saying that the Russians had repeatedly tried to bomb it. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War.]
FACT: A Russian force that included tens of sophisticated fighter jets and, according to the Georgians’ own statements, some 1,200-3,000 tanks and armored personnel carriers would have been able to bomb a pipeline and much else in the course of five days if it had wanted to.
CYBER WAR
CLAIM: Minister Yakobashvili and other Georgian officials claimed that Russian authorities initiated a large-scale cyber-attack on Georgian government websities before and during the war. [Transcript of a Heritage Foundation Forum on the Russian-Georgian War.]
FACT: Experts on cyber warfare have grave doubts that the Russian military or intelligence agencies conducted cyber warfare against Georgia. They argue that the suspected attacks were consistent with independent hacker networks that hit Georgian pornography and gambling websitas part of an extortion racket. Moreover, these attacks were only launched after Georgian forces had already engaged Russia forces, suggesting that they were either attacks by independents or that the Russians were not ready for war, since cyberwarfare is a part of the Russian arsenal. [Shaun Waterman, “Analysis: Russia-Georgia cyberwar doubted,” United Press International, August 18, 2008.]
On August 5 Georgian hackers targeted SOTR (South Ossetia Television and Radio) after it reported that Tbilisi was covering up the killing of 29 Georgian servicemen during an exchange of fire between Ossetian and Georgian forces on August 1-2. [Osetinskie saity atakovany khakerami posle publikatsii o tainykh pokhoronakh gruzinskikh soldat,” Regnum.ru, 5 August 2008, http://www.regnum.ru-news/1036460. html.]
THE U.S. IS TAKING OVER GEORGIA’S PORT AND AIRPORTS
CLAIM: On August 10 Saakashvili claimed on Georgian national television that the arrival of U.S. military cargo plane carrying humanitarian aid meant that “Georgia’s ports and airports will be taken under the control of the U.S. Defense Department.” [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
FACT: The U.S. Defense Department Pentagon spokesman Geoff Morrell immediately refuted this: “We have no need, nor do we intend to take over any Georgian air or seaport to deliver humanitarian aid. … We have no designs on taking control of any Georgian facility.” [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
The U.S. never did so.
RUSSIA HAS LOST MORE PLANES THAN IN ANY CONFLICT IN ITS HISTORY
CLAIM: In an August 13 television address Saakashvili said, “Russia has lost more airplanes than in any conflict of this scale since 1939.” [Dzhindzhikhashvili, “Georgian president’s Russia claims raise eyebrows.”]
FACT: The entire Soviet air force was destroyed in the first days of Hitler’s invasion of the USSR, and in the present war Russia is claiming the loss of four airplanes.
CONCLUSION
American support for Georgia in the present crisis is based in part on the belief that Russia is to be blame for instigating this war. Much of this belief is founded on Saakashvili’s and other Geoergian officials’ statements to American officials like the State Department’s Matthew Bryza. Western publics and decisionmakers should not take the statements of Georgian officials regarding this war or much of anything else at face value. They should think twice and then thrice about whether backing President Saakashvili, his aspirations for Georgian membership in NATO, and the resulting ‘hot peace’ with Moscow are in the West’s interests.
http://warisboring.com/?p=1339
Triste sina ter nascido português
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Re: Georgia X Rússia
Uma das tácticas da propaganda do Kremlin, foi exactamente a de concluir que todas as declarações do presidente da Geórgia foram tidas como factos e verdade absoluta pelo ocidente.American support for Georgia in the present crisis is based in part on the belief that Russia is to be blame for instigating this war. Much of this belief is founded on Saakashvili’s and other Geoergian officials’ statements to American officials like the State Department’s Matthew Bryza. Western publics and decisionmakers should not take the statements of Georgian officials regarding this war or much of anything else at face value. They should think twice and then thrice about whether backing President Saakashvili, his aspirations for Georgian membership in NATO, and the resulting ‘hot peace’ with Moscow are in the West’s interests.
A propaganda do Kremlin distorceu e inventou notícias, como o caso do famoso video da «Fox News» alegadamente cortado, mas que foi retransmitido minutos depois.
Esse «corte» foi mostrado nas TV's russas como prova da censura no ocidente.
Não era necessário ficar à espera do que o presidente georgiano dizia para entender quando ele exagerava. O problema dos russos é que não entenderam que a variedade da informação é o que dá a credibilidade.
Grande parte das informações sobre o ataque russo e sobre os bombardeamentos russos foram dados por televisões como a Al Jazeera, que não é exactamente pró americana.
O problema, agora é outro.
É que embora não se lhe tivesse dado credibilidade, houve coisas que ele disse e em que eu não acreditei, que se verificou servem verdade.
O oleoduto foi efectivamente alvo de um bombardeamento e isso é algo que a próprio Czar já implicitamente admitiu, ao declarar que «A Rússia não tinha intenção de bombardear o oleoduto». Esta declaração de Putin foi aliás muito divulgada no Azerbaijão, país que depende do oleoduto para exportar o petróleo.
O oleoduto foi bombardeado pelos russos não necessariamente para o destruir, mas para enviar uma mensagem muito clara, que se quiserem podem destrui-lo.
E este é apenas um exemplo da facilidade com que se podem desmontar as tentativas de contra-contra informação.
É no entanto complicado navegar entre todas as informações de vários lados e tentar concluir alguma coisa de minimamente lógico.
- soultrain
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Re: Georgia X Rússia
Editorial Le Monde diplomatique- Setembro 2008
O regresso da Rússia
por Serge Halimi
A questão da responsabilidade do conflito no Cáucaso não nos atormentou durante muito tempo. Menos de uma semana após o ataque georgiano, dois comentadores franceses, especialistas de tudo, consideraram-na «obsoleta». Um influente neoconservador norte-americano já lhes tinha dado o exemplo a seguir. Saber quem começou «pouco importa», decidiu sem hesitar Robert Kagan, porque, «se desta vez Mikheil Saakachvili não tivesse caído na armadilha de Vladimir Putin, o conflito teria sido desencadeado de outra maneira» [1]. Uma hipótese remete para a outra: se no dia da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos a iniciativa de uma operação armada tivesse sido levado a cabo por outro que não o jovem poliglota Saakachvili, diplomado pela Columbia Law School de Nova Iorque, teriam as capitais ocidentais e os seus media contido a indignação perante um acto tão fortemente simbólico?
Mas quando os bons e os maus papéis são conhecidos de antemão, a história é mais fácil de acompanhar. Os bons, como a Geórgia, têm o dever de defender a sua integridade territorial das manigâncias separatistas urdidas pelos seus vizinhos; os maus, como a Sérvia, deveriam aceitar a autodeterminação da sua minoria albanófona (Kosovo) – e suportar, caso a recusassem, os bombardeamentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O conto moral revelou-se ainda mais edificante quando, para defender a integridade territorial do seu país, o gentil presidente pró-americano decidiu repatriar uma parte dos soldados que tinha enviado para invadirem o Iraque.
No passado dia 16 de Agosto, o presidente George W. Bush invocou justamente, com ar grave, as «resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas», bem como «a independência, a soberania e a integridade territorial» da Geórgia, cujas «fronteiras devem beneficiar do mesmo respeito que as das outras nações». Por consequência, só os Estados Unidos teriam o direito de agir unilateralmente quando consideram (ou pretendem) que a sua segurança está em causa. Na realidade, a série de acontecimentos obedece a uma lógica mais simples: Washington utiliza a Geórgia (e reciprocamente) para se opor à Rússia; Moscovo utiliza a Ossétia do Sul, mas também a Abecázia, para «punir» a Geórgia.
Já em 1992, dois relatórios do Pentágono tentaram advertir para o eventual ressurgimento da potência russa, então desfeita. Para tornar permanente a hegemonia norte-americana, surgida, nesse mesmo ano, da vitória dos Estados Unidos durante a Guerra do Golfo e do desmembramento do bloco soviético, convinha, segundo indicavam esses relatórios, «convencer os possíveis rivais de que não precisam de aspirar a ter um papel mais importante». Se não os convencesse, Washington saberia «dissuadi-los». Ora, qual era o alvo principal de tais amabilidades? A Rússia, «única potência mundial capaz de destruir os Estados Unidos» [2].
Acaso se poderá pois censurar os dirigentes russos por terem encarado a assistência ocidental às «revoluções coloridas» na Ucrânia e na Geórgia, a adesão à OTAN de antigos aliados do Pacto de Varsóvia e a instalação de mísseis americanos em solo polaco como elementos da velha estratégia que visa enfraquecer o seu país, sejam quais forem o regime em vigor e as suas políticas? «A Rússia tornou-se uma grande potência, é isso que inquieta», admitiu Bernard Kouchner, ministro francês dos Negócios Estrangeiros [3].
Arquitecto em 1980 da arriscadíssima estratégia afegã de Washington (apoiar militarmente os islamitas para vencer os comunistas), Zbigniew Brzezinski pormenorizou a outra vertente dos desígnios americanos: «A Geórgia abre-nos o acesso ao petróleo e em breve ao gás do Azerbaijão, do mar Cáspio e da Ásia Central. Este país representa pois para nós um trunfo estratégico muito importante» [4]. Brzezinski não pode ser suspeito de versatilidade; mesmo quando a Rússia estava agonizante, no tempo de Boris Ieltsin, ele pretendeu expulsá-la do Cáucaso e da Ásia Central para garantir o aprovisionamento energético do Ocidente [5]. Desde então, a Rússia está melhor, os Estados Unidos menos bem e o petróleo custa mais caro. Vítima das provocações do seu presidente, a Geórgia acaba de sujeitar-se ao choque destas três dinâmicas.
sexta-feira 5 de Setembro de 2008
Notas
[1] Respectivamente, Bernard-Henri Lévy e André Glucksmann no Libération de 14 de Agosto de 2008, e Robert Kagan no Washington Post de 11 de Agosto de 2008.
[2] Cf. Paul-Marie de la Gorce, «Washington et la maîtrise du monde», Le Monde diplomatique, Abril de 1992.
[3] Entrevista concedida ao Journal du dimanche, Paris, 17 de Agosto de 2008.
[4] Bloomberg News, 12 de Agosto de 2008, http://www.bloomberg.com.
[5] Zbigniew Brzezinski, Le Grand Échiquier, Bayard, Paris, 1997.
O regresso da Rússia
por Serge Halimi
A questão da responsabilidade do conflito no Cáucaso não nos atormentou durante muito tempo. Menos de uma semana após o ataque georgiano, dois comentadores franceses, especialistas de tudo, consideraram-na «obsoleta». Um influente neoconservador norte-americano já lhes tinha dado o exemplo a seguir. Saber quem começou «pouco importa», decidiu sem hesitar Robert Kagan, porque, «se desta vez Mikheil Saakachvili não tivesse caído na armadilha de Vladimir Putin, o conflito teria sido desencadeado de outra maneira» [1]. Uma hipótese remete para a outra: se no dia da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos a iniciativa de uma operação armada tivesse sido levado a cabo por outro que não o jovem poliglota Saakachvili, diplomado pela Columbia Law School de Nova Iorque, teriam as capitais ocidentais e os seus media contido a indignação perante um acto tão fortemente simbólico?
Mas quando os bons e os maus papéis são conhecidos de antemão, a história é mais fácil de acompanhar. Os bons, como a Geórgia, têm o dever de defender a sua integridade territorial das manigâncias separatistas urdidas pelos seus vizinhos; os maus, como a Sérvia, deveriam aceitar a autodeterminação da sua minoria albanófona (Kosovo) – e suportar, caso a recusassem, os bombardeamentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O conto moral revelou-se ainda mais edificante quando, para defender a integridade territorial do seu país, o gentil presidente pró-americano decidiu repatriar uma parte dos soldados que tinha enviado para invadirem o Iraque.
No passado dia 16 de Agosto, o presidente George W. Bush invocou justamente, com ar grave, as «resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas», bem como «a independência, a soberania e a integridade territorial» da Geórgia, cujas «fronteiras devem beneficiar do mesmo respeito que as das outras nações». Por consequência, só os Estados Unidos teriam o direito de agir unilateralmente quando consideram (ou pretendem) que a sua segurança está em causa. Na realidade, a série de acontecimentos obedece a uma lógica mais simples: Washington utiliza a Geórgia (e reciprocamente) para se opor à Rússia; Moscovo utiliza a Ossétia do Sul, mas também a Abecázia, para «punir» a Geórgia.
Já em 1992, dois relatórios do Pentágono tentaram advertir para o eventual ressurgimento da potência russa, então desfeita. Para tornar permanente a hegemonia norte-americana, surgida, nesse mesmo ano, da vitória dos Estados Unidos durante a Guerra do Golfo e do desmembramento do bloco soviético, convinha, segundo indicavam esses relatórios, «convencer os possíveis rivais de que não precisam de aspirar a ter um papel mais importante». Se não os convencesse, Washington saberia «dissuadi-los». Ora, qual era o alvo principal de tais amabilidades? A Rússia, «única potência mundial capaz de destruir os Estados Unidos» [2].
Acaso se poderá pois censurar os dirigentes russos por terem encarado a assistência ocidental às «revoluções coloridas» na Ucrânia e na Geórgia, a adesão à OTAN de antigos aliados do Pacto de Varsóvia e a instalação de mísseis americanos em solo polaco como elementos da velha estratégia que visa enfraquecer o seu país, sejam quais forem o regime em vigor e as suas políticas? «A Rússia tornou-se uma grande potência, é isso que inquieta», admitiu Bernard Kouchner, ministro francês dos Negócios Estrangeiros [3].
Arquitecto em 1980 da arriscadíssima estratégia afegã de Washington (apoiar militarmente os islamitas para vencer os comunistas), Zbigniew Brzezinski pormenorizou a outra vertente dos desígnios americanos: «A Geórgia abre-nos o acesso ao petróleo e em breve ao gás do Azerbaijão, do mar Cáspio e da Ásia Central. Este país representa pois para nós um trunfo estratégico muito importante» [4]. Brzezinski não pode ser suspeito de versatilidade; mesmo quando a Rússia estava agonizante, no tempo de Boris Ieltsin, ele pretendeu expulsá-la do Cáucaso e da Ásia Central para garantir o aprovisionamento energético do Ocidente [5]. Desde então, a Rússia está melhor, os Estados Unidos menos bem e o petróleo custa mais caro. Vítima das provocações do seu presidente, a Geórgia acaba de sujeitar-se ao choque destas três dinâmicas.
sexta-feira 5 de Setembro de 2008
Notas
[1] Respectivamente, Bernard-Henri Lévy e André Glucksmann no Libération de 14 de Agosto de 2008, e Robert Kagan no Washington Post de 11 de Agosto de 2008.
[2] Cf. Paul-Marie de la Gorce, «Washington et la maîtrise du monde», Le Monde diplomatique, Abril de 1992.
[3] Entrevista concedida ao Journal du dimanche, Paris, 17 de Agosto de 2008.
[4] Bloomberg News, 12 de Agosto de 2008, http://www.bloomberg.com.
[5] Zbigniew Brzezinski, Le Grand Échiquier, Bayard, Paris, 1997.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Georgia X Rússia
Belo texto soultrain, desmonta perfeitamente os argumentos dos acólitos de washington e pseudo-informadores ao seu serviço
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Re: Georgia X Rússia
Eu gostava de saber o que é um acólito, e também o que é que esse texto trás de novo.
O Sr. Halimi, é um autor muito elogiado na área do Partido Comunista Português, o mis pró sovético partido comunista da Europa Ocidental.
Não é de estranhar que alguém que nos últimos 15 anos vomitou textos de um antiamericanismo patológico como o Sr. Halimi, continue a fazer o que sempre fez.
Escrever para justificar tudo e todos os que se opõem à América, mesmo que por via violenta.
Na prática é um francês irritado com a decadência da França.
É evidente que o petróleo do Mar Cáspio é importante para a Europa (muito mais para a Europa que para os Estados Unidos). E é evidente que a Europa tem o direito e o dever de proteger as suas fontes de energia, especialmente quando essas fontes de energia são ameaçadas por ditaduras como a ditadura imperial russa, que pretende chantagear toda a Europa.
Mas a Europa sempre teve este problema. Mesmo no seu seio e no seio de cada um dos países que a constituem, há sempre mentes bem pensantes que são do contra, apenas porque é fino ou porque é cool.
A Rússia não tem o direito de chantagear os países da Europa. A Rússia não é dona do petróleo do Cáucaso. O Império Russo é um império fundado em horrores, morte e genocídios.
E o tempo dos impérios genocidas já terminou. O problema é que o Fuhrer de Moscovo, não aceita isso. E irá até onde for possível para voltar a montar câmaras de gás, para reeducar aqueles que se lhe opuserem.
Temos obrigação de olhar para a História e perceber que já vimos este filme mais que uma vez.
Também Hitler era defendido por muitos na Europa e mesmo na América.
Até que a ditadura hitleriana mostrou a sua verdadeira cara ainda havia gente disposta a escrever artigos a afirmar que a Alemanha não queria uma Democracia. A Alemanha tinha sido injustiçada na I GuerraMundial e apenas pretendia recuperar o que lhe pertencia.
O Reich de Putin, como o Reich de Hitler não pretende manter apenas o que tem. Trata-se de um império que funciona segundo as regras dos impérios.
Um Império só tem futuro se continuar a demonstrar o seu poder. E só pode demonstrar esse poder através da conquista e do genocídio.
A invasão russa da Geórgia, e as mentiras estapafurdias da imprensa russa, as continuadas (e comprovadas)mentiras dos russos, as promessas de retirada dos russos que eles nunca cumpriram ou as promessas de retirada da Geóriga que ainda hoje continuam por cumprir, são apenas demonstrações de que para os líderes genocidas do mundo, como Estalin, Putin ou Hitler, os tratados têm o mesmo valor de uma folha de papel higiénico.
Putin não cumpre, como não cumpriu Hitler como não cumpriu Estaline.
As cartas estão em cima da mesa. Mas as boas almas são livres de continuar a acreditar na magnanimidade do Czar, como até 1939, muitos ainda acreditavam que Hitler era uma boa alma que apenas queria recuperar a dignidade do povo alemão.
Dezenas de milhões pagaram com a vida, a cobardia dos que aplacaram Hitler e justificaram as cedências, acreditando que tudo ficaria por ali.
Nunca fica por alí.
O Sr. Halimi, é um autor muito elogiado na área do Partido Comunista Português, o mis pró sovético partido comunista da Europa Ocidental.
Não é de estranhar que alguém que nos últimos 15 anos vomitou textos de um antiamericanismo patológico como o Sr. Halimi, continue a fazer o que sempre fez.
Escrever para justificar tudo e todos os que se opõem à América, mesmo que por via violenta.
Na prática é um francês irritado com a decadência da França.
É evidente que o petróleo do Mar Cáspio é importante para a Europa (muito mais para a Europa que para os Estados Unidos). E é evidente que a Europa tem o direito e o dever de proteger as suas fontes de energia, especialmente quando essas fontes de energia são ameaçadas por ditaduras como a ditadura imperial russa, que pretende chantagear toda a Europa.
Mas a Europa sempre teve este problema. Mesmo no seu seio e no seio de cada um dos países que a constituem, há sempre mentes bem pensantes que são do contra, apenas porque é fino ou porque é cool.
A Rússia não tem o direito de chantagear os países da Europa. A Rússia não é dona do petróleo do Cáucaso. O Império Russo é um império fundado em horrores, morte e genocídios.
E o tempo dos impérios genocidas já terminou. O problema é que o Fuhrer de Moscovo, não aceita isso. E irá até onde for possível para voltar a montar câmaras de gás, para reeducar aqueles que se lhe opuserem.
Temos obrigação de olhar para a História e perceber que já vimos este filme mais que uma vez.
Também Hitler era defendido por muitos na Europa e mesmo na América.
Até que a ditadura hitleriana mostrou a sua verdadeira cara ainda havia gente disposta a escrever artigos a afirmar que a Alemanha não queria uma Democracia. A Alemanha tinha sido injustiçada na I GuerraMundial e apenas pretendia recuperar o que lhe pertencia.
O Reich de Putin, como o Reich de Hitler não pretende manter apenas o que tem. Trata-se de um império que funciona segundo as regras dos impérios.
Um Império só tem futuro se continuar a demonstrar o seu poder. E só pode demonstrar esse poder através da conquista e do genocídio.
A invasão russa da Geórgia, e as mentiras estapafurdias da imprensa russa, as continuadas (e comprovadas)mentiras dos russos, as promessas de retirada dos russos que eles nunca cumpriram ou as promessas de retirada da Geóriga que ainda hoje continuam por cumprir, são apenas demonstrações de que para os líderes genocidas do mundo, como Estalin, Putin ou Hitler, os tratados têm o mesmo valor de uma folha de papel higiénico.
Putin não cumpre, como não cumpriu Hitler como não cumpriu Estaline.
As cartas estão em cima da mesa. Mas as boas almas são livres de continuar a acreditar na magnanimidade do Czar, como até 1939, muitos ainda acreditavam que Hitler era uma boa alma que apenas queria recuperar a dignidade do povo alemão.
Dezenas de milhões pagaram com a vida, a cobardia dos que aplacaram Hitler e justificaram as cedências, acreditando que tudo ficaria por ali.
Nunca fica por alí.