A 4ª Frota e o Brasil

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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LeandroGCard
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#616 Mensagem por LeandroGCard » Qui Ago 28, 2008 10:28 pm

joaozinho escreveu: refiro-me a traficantes, assassinos, pedólatras, etc. comemoro a morte de cada um confrontos com a polícia. :lol: pena de morte já, inclusive pra político corrupto.
Desculpe a intromissão, mas acho que aqui você quis dizer pedófilos (que tem atração sexual por crianças) e não pedólatras (quem sente atração por pés, geralmente femininos). É que não me consta que este este último caso seja considerado crime... :lol: :lol: :lol:

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Dieneces
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#617 Mensagem por Dieneces » Sex Ago 29, 2008 12:53 am

LeandroGCard escreveu:
joaozinho escreveu: refiro-me a traficantes, assassinos, pedólatras, etc. comemoro a morte de cada um confrontos com a polícia. :lol: pena de morte já, inclusive pra político corrupto.
Desculpe a intromissão, mas acho que aqui você quis dizer pedófilos (que tem atração sexual por crianças) e não pedólatras (quem sente atração por pés, geralmente femininos). É que não me consta que este este último caso seja considerado crime... :lol: :lol: :lol:

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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#618 Mensagem por Jin Jones » Sex Ago 29, 2008 12:44 pm

Barao Vermelho escreveu:Na verdade a unica preocupação que os americanos tem com o Brasil e se vamos fazer negocio com eles e isso eles sabem que vamos então acabou a preocupação deles com relação ao Brasil, o problema são os outros.
Falou pouco, mais falou tudo :wink:

Eles gostam mais de $$$$$$$$$$$ que de guerrear, se puderem fechar boas parcerias com o BR, por que vão se dar o trabalho de ficar rodeando e se insinuando.........
- Olha !
- Nós vamos invadir :?

Essa neura de esquerdista sem rumo é o maior barato, me divertido pra valer :mrgreen:


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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#619 Mensagem por vmonteiro » Sex Ago 29, 2008 1:27 pm

Jin Jones escreveu:
Barao Vermelho escreveu:Na verdade a unica preocupação que os americanos tem com o Brasil e se vamos fazer negocio com eles e isso eles sabem que vamos então acabou a preocupação deles com relação ao Brasil, o problema são os outros.
Falou pouco, mais falou tudo :wink:

Eles gostam mais de $$$$$$$$$$$ que de guerrear, se puderem fechar boas parcerias com o BR, por que vão se dar o trabalho de ficar rodeando e se insinuando.........
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Claro, mas vcs estão esquecendo que os americanos como qualquer um adoram fazer boms negocios, ou seja se é bom negocio pra eles alguem ai ta saindo no prejuizo.

Vide iraque, essa mina de petroleo, quem sabe a que preço e que condições isso esta sendo explorado? Vide protecionimso e falta de flexibilidade dos EUA na rodada Doha.

Quem é grande sempre pode usar seu poder de barganha ou pressão (seja militar, politica, ou economica) para obter vantagens desleais sob menores, isso que eles fazem.

O Iraque esta sentado no petrole vendendo pros amigos americanos, nem por isso o pais melhora, pelo contrario, vai cada vez mais ladeira baixo, como é na africa atual.

Lembra muito as colonias extrativistas mantidas pela europa seculos atraz.




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#620 Mensagem por Túlio » Sáb Ago 30, 2008 10:58 am

A meu ver, o fator determinante da invasão do Iraque e da destruição de seu regime de governo foi a decisão de Saddam Hussein de cotar petróleo em euros, se isso fosse imitado por outros produtores os ianques se veriam em maus lençóis, daí tiveram que tirar o Brasileiro que cuidava do caso e botar alguém mais conivente com a charla de WMDs...

Mas convenhamos: se resolvêssemos cotar o NOSSO petróleo em moeda que não o dólar, seria a 4.ª frota apenas de papel? Não sei, mas desconfio demais de gente que, dizendo estar preocupada com o nosso bem, não tira o olho dos nossos BENS...

E não vou muito na conversa da Diplomacia Internacional, nomear claramente inimigos possíveis é o mesmo que criar inimigos certos, então eles têm mais é que ficar dizendo que não é conosco mesmo, que ninguém precisa se preocupar com a 4.ª frota, daqui a pouco vou até acreditar que se quer SSNs e caças de última geração com grandes transferências tecnológicas apenas para manter a vizinhança bem quietinha... :roll:




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#621 Mensagem por Marino » Qua Set 10, 2008 7:06 pm

Estados Unidos: o significado da Quarta Frota
31/07/2008 - 09h24
Virgílio Arraes

Estados Unidos e Grã-Bretanha, após a realização do Congresso de Viena e a formação da Santa Aliança, decidiram elaborar nos anos 1820 um projeto comum de política externa para atuar diante dos nascentes Estados da parte sul do continente americano.

O ponto central da aliança seria resguardá-los caso houvesse a iniciativa por parte das antigas metrópoles – em especial a Espanha - de intervir política e militarmente.

No fim, a diplomacia norte-americana divulgou sozinha o documento, conhecido o seu teor na história como Doutrina Monroe (1823).

Impossibilitado de prestar, na prática, auxílio às nações hispano-americanas, o governo estadunidense assistiu à chegada da Grã-Bretanha, presente no continente durante décadas por meio da concessão de empréstimos, aplicação de investimentos, comercializaçã o de diferentes bens de consumo e de base e, por último, atuação da marinha, zelosa na defesa dos interesses do país na faixa sul-atlântica.

Contudo, embora muitas vezes distantes, os Estados Unidos sempre acompanharam o andamento político-econô mico na América Latina, com dedicação maior para o México e para o Caribe.

Após o fim da Guerra de Secessão (1865), o país dedicou-se a unificar-se física e materialmente. Três décadas mais tarde, Washington estaria pronto para tarefas de maior envergadura, ao participar vitoriosamente da Guerra Hispano-Americana (1898).

A partir dela, instaurar-se- ia a fase de transição de esfera de influência, deslocando-se o pêndulo gradativamente do eixo britânico para o norte-americano.

Ao final da Primeira Guerra (1918), os Estados Unidos, ao emergirem como a maior potência do globo, observariam a presença européia na América Latina de maneira inicialmente residual.

Nos anos 30, a Casa Branca, em decorrência da Grande Recessão e da ascensão dos regimes extremistas na Europa, ansiosos por aproximar-se da América Latina, reforçaria o seu relacionamento continental, porém de modo distinto, ao privilegiar mais a diplomacia.

Com o encerramento da Segunda Guerra, a região receberia pouca atenção de Washington, mais preocupado com o destino da Europa e da Ásia.

Somente a partir dos desdobramentos da Revolução Cubana (1959), o governo empenhar-se- ia mais e lançaria a Aliança para o Progresso.

De modo geral, com a disseminação de ditaduras militares anticomunistas nos anos 60 e 70, o quadro estaria tranqüilo até o fim da Guerra Fria.

Encerrada a bipolaridade amero-soviética, houve a adesão maciça de governantes latino-americanos a programas neoliberais, em troca da promessa de novos investimentos de países transatlânticos e da renegociação da dívida externa, o que permitiria à região modernizar-se materialmente e ingressar, portanto, em nova fase de prosperidade.

Em decorrência dos resultados insuficientes, principalmente na área social, a decepção com as recomendações liberais-desenvolvi mentistas não tardou, conquanto, na prática, a outrora oposição, em chegando ao poder, tem esposado sem dificuldades o polêmico ideário – vide os casos do Chile, do Uruguai e do Brasil, por exemplo.

Nos últimos anos, no entanto, houve algumas divergências com relação à concertação, ainda que amenizada, do neoliberalismo continental, com destaque primeiramente para Venezuela e mais recentemente para Bolívia e Equador.

O Paraguai ainda é uma incógnita, visto que se tornou lugar-comum na América do Sul candidatos presidenciais de retórica tonitruante contra o status quo de seus países que, ao chegarem ao poder, amansam-se administrativamente em pouco tempo.

Nesse sentido, a trinca acima mencionada não é de fato revolucionária, visto que não houve ruptura socioeconômica interna estrutural em nenhum deles.

Além do mais, há a preocupação de manter laços comerciais duradouros com os Estados Unidos, ávidos de fontes energéticas e bons pagadores – ao lado do México, Venezuela e Equador fornecem cerca de 30% do petróleo consumido pelos norte-americanos. Ainda assim, eles podem ser classificados politicamente de divergentes.

Apesar da calmaria relativa na parte sul da América, os Estados Unidos mantêm-se alertas, ao reforçar a sua presença em algumas áreas da região, como no caso do Peru, onde há o projeto de se estabelecer uma base militar, com o objetivo de substituir outra, instalada atualmente no Equador, cuja concessão vence em 2009.

Prevê-se ainda a realização de exercícios militares conjuntos similares aos efetivados no Paraguai em 2006.

Paralelamente, há a parceria próxima de Washington com Bogotá, materializada no Plano Colômbia. A sua execução causou nos últimos meses reveses consideráveis na atuação da guerrilha, principalmente na das Farcs, obrigadas a se recolherem.

De certa maneira, a presença militar estadunidense segue o traçado definido há alguns pelo Departamento de Estado: a possibilidade de guerra ‘preemptiva’ – acima da preventiva, dado que este tipo de confrontação se concentra em ameaças virtuais, não em um adversário iminente, portanto, real – e a reiteração da primazia do país em solo sul-americano.

O renascimento da Quarta Frota – formada em 1943 e desativada em 1950, ao ser absorvida por outra unidade - deriva deste posicionamento.

Desgastados em boa parte do mundo, em face do malogro de uma administração bélica, os Estados Unidos sinalizam para o restante do mundo a sua primazia política na América Latina, área apontada ainda nos próximos anos como importante fonte de combustíveis fósseis e de alimentos.

Oficialmente, o seu retorno há poucos dias adveio da necessidade de combater o terrorismo e os ilícitos transnacionais de forma multilateral.

Na prática, especula-se que, se houver instabilidade política maior no continente, os Estados Unidos poderiam intervir rapidamente a fim de restaurar a normalidade institucional.

Como não dispõem mais de efetivos suficientes para incursões territoriais de longa duração, esquadras como a da Quarta Frota podem executar a tarefa.

Além do mais, a restauração assinala para potências emergentes, como a China, que a busca por recursos naturais na esfera latino-americana não será regida por critérios meramente diplomáticos, em franco desacordo, por conseguinte, com o discurso alardeado desde o fim da Guerra Fria pelos partidários da nova – e otimista – ordem mundial.

Virgílio Arraes é professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília - iREL-UnB. Correio eletrônico: arraes@unb.br.


"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"

Fonte: http://www.inforel. org <http://www.inforel.org/>




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#622 Mensagem por Valdemort » Qui Set 11, 2008 3:33 am

Túlio escreveu:A meu ver, o fator determinante da invasão do Iraque e da destruição de seu regime de governo foi a decisão de Saddam Hussein de cotar petróleo em euros, se isso fosse imitado por outros produtores os ianques se veriam em maus lençóis, daí tiveram que tirar o Brasileiro que cuidava do caso e botar alguém mais conivente com a charla de WMDs...

Mas convenhamos: se resolvêssemos cotar o NOSSO petróleo em moeda que não o dólar, seria a 4.ª frota apenas de papel? Não sei, mas desconfio demais de gente que, dizendo estar preocupada com o nosso bem, não tira o olho dos nossos BENS...

E não vou muito na conversa da Diplomacia Internacional, nomear claramente inimigos possíveis é o mesmo que criar inimigos certos, então eles têm mais é que ficar dizendo que não é conosco mesmo, que ninguém precisa se preocupar com a 4.ª frota, daqui a pouco vou até acreditar que se quer SSNs e caças de última geração com grandes transferências tecnológicas apenas para manter a vizinhança bem quietinha... :roll:

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Exatamente isso que aconteceu no Iraq , o proximo será o Iran .




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#623 Mensagem por Bothrops » Dom Set 14, 2008 9:19 pm

Boa explanação Marino e concordo com o Túlio. Mas eu acho que somente saberemos o que a iv frota está fazendo aqui depois que ela fizer a que veio. Entretanto nos preocupa o fato de que o petróleo foi o fator principal de todas as últimas intervenções americanas. Para um bom entendedor meia palavra basta.

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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#624 Mensagem por Bourne » Dom Set 14, 2008 9:33 pm

Valdemort escreveu:
Túlio escreveu:(...) Mas convenhamos: se resolvêssemos cotar o NOSSO petróleo em moeda que não o dólar, seria a 4.ª frota apenas de papel? Não sei, mas desconfio demais de gente que, dizendo estar preocupada com o nosso bem, não tira o olho dos nossos BENS...(...)
Essa afirmação é muito simplista. Por que a cotação não quer dizer nada, o que interessa é em que moeda os contratos são fechados. Hoje, é cada vez mais comum os países com moedas conversíveis pagarem petróleo e demais importações com sua moeda nacional, não tem como parar esse movimento. Por exemplo, a Europa e Grã-bretanha pagam suas impotações de petróleo e gás quase que totalmente nas suas moedas nacionais e, o mais legal, os vendedores aceitam.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#625 Mensagem por foca » Dom Set 14, 2008 10:02 pm

vmonteiro escreveu:
Jin Jones escreveu: Falou pouco, mais falou tudo :wink:

Eles gostam mais de $$$$$$$$$$$ que de guerrear, se puderem fechar boas parcerias com o BR, por que vão se dar o trabalho de ficar rodeando e se insinuando.........
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- Nós vamos invadir :?

Essa neura de esquerdista sem rumo é o maior barato, me divertido pra valer :mrgreen:


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Claro, mas vcs estão esquecendo que os americanos como qualquer um adoram fazer boms negocios, ou seja se é bom negocio pra eles alguem ai ta saindo no prejuizo.

Vide iraque, essa mina de petroleo, quem sabe a que preço e que condições isso esta sendo explorado? Vide protecionimso e falta de flexibilidade dos EUA na rodada Doha.

Quem é grande sempre pode usar seu poder de barganha ou pressão (seja militar, politica, ou economica) para obter vantagens desleais sob menores, isso que eles fazem.

O Iraque esta sentado no petrole vendendo pros amigos americanos, nem por isso o pais melhora, pelo contrario, vai cada vez mais ladeira baixo, como é na africa atual.

Lembra muito as colonias extrativistas mantidas pela europa seculos atraz.
O pib do Iraque foi de US$100.000.000 seria preciso 15 anos para os EUA recuperarem o que gastaram lá ate agora com a extração do petróleo deles.
Por sinal em 2000 o PIB do Iraque era de US$12.000.000.000 hoje é de US$100.000.000.000 e o país não melhorou?
Em 2007 morriam quase 1600 pessoas por mês no Iraque, esse ano menos de 400, por sinal esse ano se mantido o ritmo novamente o Iraque vai ter menos mortes tanto por 100.000 quanto no total que o Rio de Janeiro.
Hoje o Iraque é melhor do que antes e isso é só pesquisar de maneira cientifica.
O problema é que naquela região melhorar não quer dizer muita coisa porque os niveis lá são baixissimos e ainda tem muita coisa para melhorar, mas é bem simples pega os dados do Iraque antes e depois da guerra e olhe os numeros, porque eles não mentem.

Imagem
A unica coisa que muda da realidade atual é que o atlantico é dividido em Atlantico Norte para a segunda frota e atlantico sul e caribe para a quarta frota de resto os meios que a Marinha americana dispõe são os mesmos.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#626 Mensagem por Paisano » Qui Set 18, 2008 10:06 pm

Lula: ‘Quarta Frota está quase em cima do pré-sal’:

http://mais.uol.com.br/view/110394




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#627 Mensagem por Quiron » Sex Set 19, 2008 11:06 am

"estamos preocupados"? Pq não anuncia a liberação dos royalties e deixa a Marinha fazer o trabalho dela? Ele poderia fazer parte da solução mas prefere fazer parte do problema.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#628 Mensagem por Bourne » Sex Set 19, 2008 11:18 am

Paisano escreveu:Lula: ‘Quarta Frota está quase em cima do pré-sal’:

http://mais.uol.com.br/view/110394
è só a FAB e MB se prepararem para afundá-la, que essa fato será insignificante :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#629 Mensagem por Penguin » Sáb Set 20, 2008 2:20 am

O GLOBO, domingo 24 de agosto de 2008
O tumulto da IV Frota

MARIO CESAR FLORES
A criação da IV Frota da Marinha dos EUA - IV Esquadra, à semelhança da II Esquadra (Atlântico), III Esquadra (Pacífico), VI Esquadra (Mediterrâneo) etc. - tem freqüentado nossa mídia com notícias mais ou menos especulativas ou sensacionalistas. O que realmente significa?

De conformidade com sua visão da segurança global, a condução estratégica dos EUA dividiu o mundo em regiões estratégicas (grandes comandos) - uma divisão antipática e arrogante, é claro, mas inerente à condição de superpotência global. Uma delas é o Comando Sul, que abrange o Caribe, as Américas Central e do Sul e seus entornos marítimos. Esse comando (com sede em Miami) é de diminuta expressão quanto às forças militares que, ademais, lhe são alocadas em caráter conjuntural porque não existem razões que as justifiquem permanentes e ponderáveis, como justifica o Oriente Médio. Cabe essencialmente ao Comando Sul acompanhar a situação da segurança regional, promover o relacionamento com as Forças Armadas regionais (intercâmbio e exercícios, apoio como ocorre na Colômbia) e planejar/executar ações eventuais.

O Comando Sul sempre contou com força naval formada por navios destacados transitoriamente das Esquadras do Atlântico ou do Pacífico, irrelevante senão simbólica, mas satisfatória para os exercícios conjuntos (é o caso da Unitas realizada há 50 anos) e "demonstração de bandeira", atividade tradicional de qualquer potência naval. A criação da IV Esquadra padronizou a organização do Comando Sul, que passou a ter um Comando Naval, mas sua IV Esquadra continua pendente do destaque conjuntural de navios das esquadras do Atlântico e do Pacífico. O que mudou, portanto, é o fato de que o Comando Sul tem agora uma estrutura naval apta a acompanhar os acontecimentos regionais que digam respeito ao mar, a planejar e conduzir o relacionamento com as Marinhas regionais (que os EUA desejariam focar hoje no combate ao tráfico de drogas pelo mar, exercícios conjuntos que até recentemente enfatizavam a defesa do tráfico marítimo - herança da II Guerra Mundial esticada na Guerra Fria, e hoje perdendo relevância dada a improbabilidade da ameaça). E apta também a planejar/executar convincente "demonstração de bandeira" onde os fatos a sugiram conveniente (como seria, por exemplo, a que indicasse atenção ao reaparelhamento naval venezuelano e ao relacionamento naval Venezuela-Rússia); e eventuais ações efetivas, cuja necessidade por ora não se vislumbra. Em suma, o Comando Sul passou a estar organizacionalmente equipado com a "inteligência" e o know-how naval que não dispunha de forma estável. Mas quanto à força naval em si, nada mudou significativamente.

A associação da criação da IV Esquadra com o petróleo no mar sob jurisdição econômica brasileira aparenta um tanto inflada. Aos EUA parece convir que a complicada hipótese pré-sal tenha sucesso e não seja um "pré-sal olímpico" sensacionalista, mas frustrante: comprar-nos-ão o petróleo, quem sabe assim reduzindo a dependência do venezuelano. Além do que, convenhamos: não existem hoje razões que as justifiquem, mas se vierem a existir preocupações norte-americanas relevantes no entorno marítimo centro e sul-americano, os EUA têm como formar rapidamente uma esquadra à altura. Têm feito isso mundo afora (como fazia a Grã-Bretanha no seu tempo) e não haveria de ser a inexistência da IV Esquadra formal que os impediria de fazê-lo.

Finalizando: a criação formal da IV Esquadra, além do recado "estamos atentos também ao mar", tem mais a ver com a organização do Comando Sul e sua capacidade de acompanhamento/avaliação (Inteligência) e planejamento no que tange ao mar, do que com a constituição de força estável e significativa, que pode ser formada rapidamente, se e como necessário.

Como disse uma autoridade naval brasileira, devemos nos preocupar mais com a situação de nossa "única" esquadra, do que com a IV, norte-americana.

MARIO CESAR FLORES é almirante-de-esquadra (reformado).




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#630 Mensagem por Penguin » Sáb Set 20, 2008 2:27 am

Teoria e prática

Opiniões e comentários calorosos sobre a recriação da Quarta Frota dos EUA continuam repercutindo na mídia e no meio político. Muito barulho para pouco. Porém, existe interesse ideológico em manter este tema em pauta e transformar a Quarta Frota na grande ameaça ao país.

Por outro lado, o único fato realmente concreto é que uma frota da Marinha da Rússia realizará um exercício naval com as forças venezuelanas em novembro próximo. Nunca antes neste lado do globo foi vista uma força naval russa com as proporções anunciadas. Um verdadeiro fato inédito.

Até o presente nem o Executivo nem o Legislativo nacional se manifestaram sobre o assunto ou mesmo chamaram o embaixador russo para dar explicações no Congresso, como foi feito no caso do embaixador norte-americano. Oficialmente o Brasil, que mantém ótimas relações com ambos os países (Venezuela e Rússia), náo foi convidado para participar ou mesmo atuar como observador.

Na teoria, a Quarta Frota foi recriada causando grande celuma no meio político. Na prática a Marinha da Rússia realizará exercícios navais bem próximos das águas jurisdicionais brasileiras e ninguém levanta a voz. O segundo evento merecia, no mínimo, o mesmo trato político dado ao tema “recriação da Quarta Frota”. Mas nada foi feito até o momento. Isto levanta um suspeita. Estariam os interesses ideológicos do Governo acima dos interesses nacionais e da própria soberania nacional?

19 Set, 2008 Por Guilherme Poggio | Publicado em Estratégia, Opinião, Política | 22




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