Georgia X Rússia

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kurgan
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Re: Georgia X Rússia

#1111 Mensagem por kurgan » Sáb Ago 23, 2008 8:41 pm

23/08/2008 - 04h39
Líder da Ossétia do Sul leva a Moscou pedido de reconhecimento da região

Moscou, 23 ago (EFE).- O líder da Ossétia do Sul, Eduard Kokoiti, viajou hoje para Moscou para entregar às autoridades da Rússia o pedido de reconhecimento da independência dessa região separatista da Geórgia, informaram as agências russas.

"Viajo para a capital russa para entregar nosso pedido aos órgãos de poder da Federação da Rússia. Espero que a Rússia tome uma decisão correta em resposta à solicitação de reconhecer nossa independência", disse Kokoiti à agência "Interfax".

Em declarações feitas antes de voar para Moscou, Kokoiti ressaltou que este pedido se baseia na "vontade expressada pelo povo" da Ossétia do Sul, e lembra que o mesmo pede à Rússia a outra região separatista georgiana, a Abkházia.

Ambas as regiões separatistas aprovaram esta semana em assembléias populares e em seus respectivos Legislativos tais solicitações, dirigidas ao presidente russo, Dmitri Medvedev, e a ambas as câmaras do Parlamento da Rússia, a Duma e o Senado.

A ânsia de independência das regiões, que romperam laços com Tbilisi após conflitos armados no começo da década passada, se avivaram após o ataque do Exército georgiano à Ossétia do Sul no dia 8, que levou a Rússia a entrar com suas tropas na Geórgia para proteger os separatistas.

Kokoiti, eleito líder da administração da Ossétia da Sul em dezembro de 2001, convocou em 2006 um plebiscito, onde 99% da população local apoiou a independência em relação a Tbilisi.

Depois que Kosovo declarou em fevereiro passado sua independência, a Ossétia do Sul e a Abkházia pediram o reconhecimento de sua independência à ONU, União Européia, comunidade pós-soviética, OSCE e Rússia.

A Abkházia não descarta se integrar no futuro à Federação Russa, enquanto a Ossétia do Sul expressou seu desejo de se unir à república russa da Ossétia do Norte.

A Duma russa anunciou hoje que ao meio-dia da segunda-feira realizará uma sessão extraordinária para abordar o conflito bélico com a Geórgia e, segundo informações que vazaram para a imprensa, poderia pedir ao Kremlin o reconhecimento da independência de Abkházia e Ossétia do Sul, como já fez em março passado.

Então, a Duma considera "conveniente reconhecer a independência" de ambas as regiões no caso de serem atacadas pela Geórgia ou se esta ingressar na Otan, a fim de proteger assim os habitantes ossetas e abkhazes, já que a Rússia tinha lhes concedido sua cidadania, apesar dos protestos de Tbilisi.


http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 24892.jhtm




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Guerra
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Re: Georgia X Rússia

#1112 Mensagem por Guerra » Sáb Ago 23, 2008 8:51 pm

Carlos Mathias escreveu: Já tô de mudança!!!!!

Minha esposa é dessa cidade. A baba (avó, ou seja lá o que isso signifique, pode ser "bruxa" tb :lol: ) da minha esposa mora nesse bairro. O máximo que vai achar por lá são ucranianos (os tais homens com barba de bin laden e cinto de corda por cima da camisa estampadona). Inclusive no tal bairro nova rússia tem uma igreja de rito ucraniano.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Georgia X Rússia

#1113 Mensagem por P44 » Dom Ago 24, 2008 7:30 am

Túlio escreveu:Questiono, ao menos em parte, essa charla de líder forte: se fosse tão assim, a Rússia se teria esfacelado inteiramente sob a 'liderança' de Boris Yeltsin...

Por outro lado, concordo com os Russos ao invadirem quando a área sob proteção de seus capacetes azuis foi atacada; discordo a partir do momento em que passaram a ocupar outras áreas do País, desrespeitando a Soberania Georgiana...

Finalmente, quem mais fala em 'desrespeito à soberania' pelos Russos são os ianques, e eles não têm moral para falar...

concordo 100% contigo Caro Túlio




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Georgia X Rússia

#1114 Mensagem por kurgan » Dom Ago 24, 2008 9:15 am

24/08/2008 - 05h34
Forças georgianas na fronteira com a Ossétia do Sul

MOSCOU, 24 Ago 2008 (AFP) - A Geórgia está concentrando unidades e material pesado militar na fronteira com seu território separatista pró-russo da Ossétia do Sul, anunciou a porta-voz dos separatistas ossetas, Irina Gagloeva, citada pela agência russa Interfax.

"O lado georgiano começou a se reforçar militarmente ao longo da fronteira com o distrito de Leningor (Ajalgori em georgiano). Lá se encontram unidades militares e material pesado", acrescentou Gagloeva.

Forças georgianas abriram fogo na madrugada de sábado para domingo em direção ao distrito, provocando a fuga dos habitantes, acrescentou a porta-voz do governo separatista de Tskhinvali, a capital da Ossétia do Sul.

O governo de Tbilisi tentou recuperar à força o controle da província separatista na madrugada de 7 a 8 de agosto. No entanto, as forças militares foram rapidamente dispersadas por uma contra-ofensiva das tropas russas, que também entraram em território georgiano.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 10443.jhtm




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Re: Georgia X Rússia

#1115 Mensagem por kurgan » Dom Ago 24, 2008 10:33 am

Un destructor estadounidense descarga ayuda humanitaria en Georgia
Los georgianos celebran el apoyo del "gra amigo" americano.- Explota un tren cargado de combustible en Gori al pisar una mina
AGENCIAS - Tbilisi / Batumi - 24/08/2008

El destructor estadounidense USS McFaul ha arribado hoy al puerto de Batumi, en Georgia, con el primer cargamento de ayuda humanitaria que los buques miliares americanos van a llevar a su aliado del Cáucaso. Para llevar a cabo esta labor, los buques de guerra estadounidenses en el mar Negro tienen que pasar por delante de los rusos, que se apostaron frente a la costa georgiana para impedir la entrada de pertrechos militares a los georgianos durante el conflicto por Osetia del Sur. Ahora, en virtud del acuerdo de paz firmado por Tbilisi y Moscú, la ayuda humanitaria puede entrar libremente.

Mientras los americanos han llegado al puerto de Batumi, los rusos siguen controlando el puerto de Poti, el segundo en importancia de Georgia, situado un poco más al norte, cerca de Abjazia, con una importante terminal petrolera y sede de la armada georgiana. Precisamente el control de los rusos del puerto de Poti ha provocado una nueva intervención en la crisis del presidente francés y de turno de la UE, Nicolas Sarkozy, que ha vuelto a pedir a Moscú que retire a sus fuerzas de Georgia, según contempla el alto el fuego. Rusia sostiene que completó el viernes la retirada, pero se ha reservado el derecho de ejercer controles en ciertos puntos, como el puerto de Poti. Para Tbilisi y sus aliados, con Washington a la cabeza, esto es una clara violación del alto el fuego.

El USS McFaul lleva suministros como mantas, productos de higiene y comida para bebés, que ya están siendo descargados. Otros dos buques militares estadounidenses con ayuda humanitaria deben llegar esta semana. Varios cargamentos han llegado ya a Tbilisi a bordo de aviones militares americanos. A Rusia no le gusta nada que EE UU aumente su presencia militar en la zona, mientras que Washington lanza la señal de que su alianza con Georgia, a la que quiere ver entrar en la OTAN, es fuerte.

" Estados Unidos es nuestro gran amigo", ha clamado el ministro georgiano de Exteriores, David Kezerashvili, que ha acudido a Batumi para ser testigo del desembargo de la ayuda estadounidense. "Han llegado en un momento muy difícil, lo que significa que no estamos solos".

Preguntado sobre la llegada del barco estadounidense a Batumi, el portavoz de la Armada rusa, Igor Digalo, se ha limitado a confirmar que Rusia estaba al corriente. "LA Armada rusa está avisada de la llegada de los barcos de la OTAN. La flota [rusa] del mar Negro seguirá llevando a cabo su tarea de garantizar la seguridad del tráfico marítimo cerca de la costa abjaza", ha dicho.

Explosión de un tren en Gori

En la ciudad de Gori, la segunda más importante de Georgia después de Tbilisi, la capital, un tren cargado de combustible ha estallado, al parecer al pisar una mina, según ha informado el Ministerio georgiano del Interior. El portavoz del departamento, Chota Utiashvili, ha denunciado que las minas estaban minadas. No ha habido víctimas, pero el Gobierno intenta determinar el daño que ha sufrido la línea férrea, que conecta Gori con la capital para después seguir hacia el oeste hasta el mar Negro, uniendo los puertos de Poti y Batumi para acabar en la frontera turca.

http://www.elpais.com/articulo/internac ... uint_3/Tes




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Re: Georgia X Rússia

#1116 Mensagem por Túlio » Dom Ago 24, 2008 11:46 am

O que significa o verbo 'estallar? Volta e meia o leio, como em 'se estalla un avion' ou 'un tren ha estallado', não entendo seu significado exato, é 'cair', 'virar', 'capotar', o quê?




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Re: Georgia X Rússia

#1117 Mensagem por kurgan » Dom Ago 24, 2008 1:13 pm

Túlio escreveu:O que significa o verbo 'estallar? Volta e meia o leio, como em 'se estalla un avion' ou 'un tren ha estallado', não entendo seu significado exato, é 'cair', 'virar', 'capotar', o quê?

estallar
es.ta.llar
vi Estourar, estalar, explodir. la guerra estuvo a punto de estallar / a guerra esteve a ponto de estourar.

:)




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Re: Georgia X Rússia

#1118 Mensagem por Rene Dos Reis » Dom Ago 24, 2008 1:42 pm

ajuda humanitária chegando em navios de guerra :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Georgia X Rússia

#1119 Mensagem por Marlboro » Dom Ago 24, 2008 5:53 pm

Sumiu um post meu, bem, vamos la, me deixe colocar novamente .

E vai continuar sumindo, sempre que não tiver conteúdo, passa a ser mero flood ou provocação. Aliás, ambos, no caso.

Túlio




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Re: Georgia X Rússia

#1120 Mensagem por pt » Dom Ago 24, 2008 6:13 pm

Túlio escreveu:O que significa o verbo 'estallar? Volta e meia o leio, como em 'se estalla un avion' ou 'un tren ha estallado', não entendo seu significado exato, é 'cair', 'virar', 'capotar', o quê?
Bom, em Portugal, seria «Estampar».
A expressão «Estampar» como em «processo de estampagem», é utilizada em Portugal, embora seja uma expressão relativamente fora de moda para designar um acidente em que uma viatura choca contra outra ou choca contra um muro, por exemplo.

Se um carro embate com violência contra um muro, diz-se que o carro estampou-se contra o muro.

Mas confesso que no Brasil nunca me lembro de ouvir alguém utilizar a expressão «estampou-se».




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Re: Georgia X Rússia

#1121 Mensagem por manuel.liste » Dom Ago 24, 2008 6:34 pm

"Estallar" é esplodir.

Em castelhano também se utiliza as veces o verbo "estampar" para referir-se a um choque violento




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Re: Georgia X Rússia

#1122 Mensagem por Túlio » Dom Ago 24, 2008 8:26 pm

Agradeço aos colegas por me esclarecerem, eu pensava que 'explodir' fosse 'explotar', não adianta, sou mesmo uma negação em Espanhol...

E mais um texto, desta vez um artigo:
A realidade morde outra vez
por Jim Kunstler
A resposta impotente dos EUA à afirmação do poder russo no Cáucaso da Ásia Central era apropriada, uma vez que as nossas pretensões de influência naquela parte do mundo são risíveis. Os EUA aproveitaram a confusão temporária da Rússia, durante o período de dez anos após o colapso soviético, e estabeleceram um governo cliente na Geórgia, com conselheiros militares, vendas de armas e até mesmo a promessa de se tornar membro do clube da aliança ocidental conhecido como NATO. Todo esta corte era em prol do oleoduto de Baku para Ceyhan, o qual foi concebido especificamente para drenar a região petrolífera da Bacia do Cáspio e proporcionar àquele óleo uma saída no Mediterrâneo, evitando países não amistosos ao longo do caminho.

No momento em que este lance foi avançado no tabuleiro, no princípio da década de 1990, entre as chamadas potências ocidentais havia a noção (ou, na verdade, o desejo) de que o Cáspio permitiria contornar a OPEP e os árabes, assim como os persas, e forneceria o petróleo que os EUA e a Europa iriam precisar – um desejo louco e um lance tolo, como se revelou.

Em primeiro lugar, as explorações dos últimos tempos nesta região petrolífera muito antiga – o primeiro furo foi efectuado no século XIX – demonstraram-se algo desalentadoras. Responsáveis dos EUA haviam-na louvado como se fosse "uma nova Arábia Saudita", mas o petróleo realmente produzido nas novas áreas de perfuração no Casaquistão, Turquemenistão e outros "istãos" revelou-se ser sobretudo pesado e ácido, em quantidades mais pequenas do que as sonhadas anteriormente, e mais difícil de transportar através do terreno extremamente agreste até mesmo para chegar ao início do pipeline em Baku.

Enquanto isso, a Rússia pôs a sua casa em ordem sob o não-senil e não-alcoólico Vladimir Putin, e por volta de 2007 acordou descobrindo-se como o principal produtor de petróleo e gás natural do mundo. Dentre as várias consequências disto incluía-se a reemergência da Rússia como uma nova espécie de potência mundial – potência em recursos de energia, com o destino energético da Europa nas suas mãos. Enquanto isso, os EUA estabeleceram outros estados clientes no cordão de antigas repúblicas soviéticas ao Sul da Rússia, com bases militares dos EUA, enquanto enfrentavam compromissos sérios no Iraque e no Afeganistão. Agora digam se isto não foi o movimento mais tolo e mais inútil da moderna história geopolítica!

Os peritos em política externa dos EUA imaginaram que a Rússia permaneceria em coma para sempre! Mas e esta ideia de que poderíamos cercar a Rússia estrategicamente com bases defensáveis em países montanhosos sem acesso ao mar em quase a metade do mundo...? Há que perguntar o que é que eles andam a fumar no Pentágono, na CIA e no National Securtiy Council.

Assim, esta política asnática agora culminou no desastre. Não só a Rússia posicionou-se para ganhar controle sobre o oleoduto Baku-Ceyhan como agora temos todos os sinais de que eles trarão o estados no seu flanco Sul de volta à sua esfera de influência activa, e realmente não há absolutamente nada que os EUA possam pretender fazer acerca disto.

Podíamos ter aproveitado os últimos dez anos para por a nossa casa em ordem – acordando para a obsolescência do nosso estilo de vida suburbano, reduzindo progressivamente o transporte automóvel, reconectando nossas cidades com transporte ferroviários de passageiros de classe mundial, criando riqueza com a produção de coisas de valor (ao invés de recorrer a negociatas financeiras), proteger nossas fronteiras e tomar as medidas necessárias para defender e actualizar as nossas próprias indústrias. Ao invés disso, desperdiçámos o nosso tempo e os nossos recursos. Países cometem erros trágicos quanto à vontade colectiva. O ignorante do George Bush é nada menos do que uma perfeita metáfora do fracasso de toda uma geração. Os boomers serão identificados como a geração que arruinou a América.

Assim, como o período de férias está a acabar, este país saúda uma nova realidade. Cometemos erros na Ásia Ocidental e Central. A Rússia ainda "possui" aquela parte do mundo. Estaremos nós em vias de estender nossas actuais guerras territoriais ali a Estados-nação ainda mais distantes em sem saída para o mar? Em algum ponto, quando enfrentarmos exaustão financeira e militar, teremos de perguntar-nos se poderemos até mesmo evacuar com êxito nosso pessoal das bases dispersas no Uzbequistão e Quirquistão.

Isto deve ser um momento igualmente preocupante para a Europa, e uma razão adicional para o recente afundamento do valor relativo do Euro, pois a Europa agora está à mercê da Rússia para permanecer aquecida no Inverno, operar seus fogões de cozinha e manter a luzes acesas. A Rússia também exerce uma alavancagem financeira substancial sobre os EUA com todos os dólares e papeis de dívida titularizada dos EUA que possui. Com efeito, agora a Rússia pode abalar o sistema bancário americano à vontade com a ameaça de se desfazer dos seus haveres em dólares.

O sistema bancário americano pode não precisar do empurrão da Rússia para cair. Ele efectivamente já está morto, apenas cambaleia como um zumbi junto a um guichet de empréstimos pretendendo tomar capital "emprestado" – e entregando à Reserva Federal, como garantia colateral, retalhos do seu vestuário mofado. Além dos bancos, todo os EUA está a tornar-se uma terra de mortos ambulantes. Os negócios estão a morrer, a propriedade das casas tornou-se uma dança da morte, regiões inteiras estão a ser devastadas por anúncios "para venda", com montes de parqueamentos vazios, edifícios vagos e esperanças frustradas. E tudo isto aponta o caminho directo de um fracasso da imaginação nacional colectiva. Nós realmente não sabemos o que está a acontecer.

A fantasia de que podemos sustentar a nossa influência a 14 mil quilómetros de distância, quando não podemos nem mesmo actuar em conjunto ali no Ohio é simplesmente uma piada sinistra. Pode-se declarar categoricamente que seria uma coisa saudável para a América jogar fora todo o seu apregoado "sonho" e acordar para a situação desgraçada do país.


18/Agosto/2008

O original encontra-se em jameshowardkunstler.typepad.com/clusterfuck_nation/




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Re: Georgia X Rússia

#1123 Mensagem por kurgan » Dom Ago 24, 2008 9:44 pm

Nuevas trincheras de la guerra fría
Cuatro enclaves secesionistas de la antigua URSS enfrentan a Rusia y la OTAN
PILAR BONET - Moscú - 25/08/2008


Para los cuatro conflictos congelados legados por la Unión Soviética corren nuevos tiempos. Gracias al apoyo militar de Moscú, Osetia del Sur y Abjazia comienzan a alimentar serias esperanzas de ser reconocidos como Estados independientes de Georgia, el país al cual pertenecen formalmente. Los otros dos enclaves secesionistas -el Transdniéster (en Moldavia) y el Alto Karabaj (enclave armenio arrebatado a Azerbaiyán)- tratan de sacar algún partido de este nuevo capítulo en un proceso cuyo detonante fue la independencia de Kosovo. Más allá de su peso territorial y demográfico conjunto (21.000 kilómetros cuadrados, equivalentes a las provincias de Sevilla y Cádiz, y un millón de habitantes), los agujeros negros importan por haberse convertido en el escenario de una nueva guerra fría entre Rusia y la OTAN.

En los últimos años, el Kremlin ha ayudado a los territorios no reconocidos a coordinarse para que respondan conjuntamente a las actividades de la GUAM (Georgia, Ucrania, Azerbaiyán y Moldavia), la asociación de países vecinos de Rusia fundada en 1997 bajo los auspicios de EE UU. La GUAM, cuyo fin es disminuir la dependencia de Moscú, sobre todo de las rutas de abastecimiento energético, aborda con creciente empeño los conflictos congelados que afectan a tres de sus socios. La organización ha llevado el debate sobre este problema a la ONU y ha planteado la formación de contingentes internacionales para sustituir a los pacificadores rusos. Éstos actúan en todos los territorios excepto en el Alto Karabaj.

En junio de 2006, los líderes del Transdniéster, Ígor Smirnov; Osetia del Sur, Eduard Kokoiti, y de Abjazia, Serguéi Bagapsh, fundaron la asociación Por la Democracia y los Derechos de los Pueblos, estructura a la que después se unió el Alto Karabaj como observador. Este club de los no reconocidos se ha dotado de un secretariado en Moscú e intenta extender a sus representados las prestaciones socioeconómicas que el Estado ruso prevé en su propio territorio. Pero la coordinación rápida entre ellos es complicada, incluso físicamente. En ninguno de los cuatro enclaves hay aeropuertos civiles y, para viajar, los separatistas tienen que desplazarse primero a países vecinos. Si los dirigentes del Transdniéster quieren volar a Rusia, han de hacerlo desde Odessa, en Ucrania, y con pasaportes reconocidos, ya que los documentos del Transdniéster sólo sirven para ir por casa.

Rusia colocó a tres de los cuatro territorios no reconocidos en una misma liga, dejando el Alto Karabaj como un caso aparte entre Azerbaiyán (como país parcialmente ocupado) y Armenia (como ocupante). Pero en marzo, la Duma Estatal (el Parlamento ruso) invocó el precedente de Kosovo y exhortó al Kremlin a corregir su política en relación con Abjazia, Osetia del Sur y el Transdniéster. La Duma pidió al Ejecutivo que examinara "la conveniencia de reconocer la independencia de Abjazia y Osetia del Sur", y, al omitir al Transdniéster de la lista de independizables, colocó a esta región en una categoría de separatistas susceptibles de llegar a un acuerdo con su metrópoli.

Durante la perestroika, el Transdniéster, poblado por una mayoría eslava (rusos y ucranios), se opuso a la política de unión con Rumania, mantenida por los nacionalistas moldavos. Desde entonces, los partidarios de unirse con Rumania han disminuido, pero los líderes del Transdniéster temen disolverse en un proyecto de Estado que les es ajeno. Para ganárselos y tentar a Rusia, el presidente moldavo, Vladímir Voronin -a diferencia de Mijaíl Saakashvili en Georgia-, ha prometido un Estado neutral y desmilitarizado, e incluso se reunió con el líder del Transdniéster, Smirnov, en abril. Después, Moldavia y el Transdniéster comenzaron a crear grupos de trabajo conjuntos. Ahora, estos contactos han sido congelados por el Transdniéster, que desconfía de Voronin y quiere convencerse de que no es un Saakashvili disfrazado de cordero. Para ello, los separatistas le piden que se dé de baja en la GUAM y que condene la agresión de Georgia contra Osetia del Sur. Indicando que tiene otras prioridades, el presidente de Rusia, Dmitri Medvédev, ha suspendido una reunión con Smirnov prevista para agosto.

El conflicto del Alto Karabaj, un enclave armenio en territorio de Azerbaiyán, fue el primero en estallar durante la perestroika y ha causado centenares de miles de desplazados.

Tras el acuerdo de alto el fuego de 1994, de la búsqueda de una regulación se ocupa el llamado grupo de Minsk, que opera en el ámbito de la Organización para la Seguridad y la Cooperación en Europa (OSCE) y del que Rusia es copresidente con EE UU y Francia. Los armenios controlan el Alto Karabaj, de donde echaron a toda la población azerbaiyana, y también siete distritos contiguos al enclave, que retienen alegando razones de seguridad.

El conflicto está estancado, pero, gracias al petróleo, Azerbaiyán ha ido ganando peso económico y su presupuesto militar es ya superior a todo el presupuesto de Armenia. Debido al Alto Karabaj, Armenia ha sido marginada de las nuevas rutas de transporte de hidrocarburos como el oleoducto que une Bakú con el puerto turco de Ceyján a través de Georgia, y su marginación continúa en las nuevas comunicaciones como el ferrocarril entre Kars, en Turquía, y Bakú, vía Georgia, en sustitución de otra ruta por Armenia. Hoy, la principal preocupación de Yeriván es impedir que la crisis de Georgia aumente su aislamiento. El presidente armenio, Serzh Sargsian, ha iniciado un tímido acercamiento a Turquía e insiste en ramificar más la red de transporte de combustible.

Los problemas de Georgia con Rusia han evidenciado a Azerbaiyán la vulnerabilidad del oleoducto Bakú-Tbilisi-Ceyján. El presidente Iljam Alíev no ha caído en la tentación de imitar a Saakashvili y tratar de reconquistar el Alto Karabaj por las armas. Es más, ha prescindido de sus alusiones a la vía militar para recuperar el territorio perdido. Alíev, que mantiene un equilibrio entre Rusia y Estados Unidos, no quiere conflictos que devalúen el oleoducto, el proyecto más querido de su padre, Gueidar Alíev.

http://www.elpais.com/articulo/internac ... iint_5/Tes




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Re: Georgia X Rússia

#1124 Mensagem por manuel.liste » Seg Ago 25, 2008 7:17 am

Túlio escreveu:Agradeço aos colegas por me esclarecerem, eu pensava que 'explodir' fosse 'explotar', não adianta, sou mesmo uma negação em Espanhol...
Para as dúvidas: http://traductor.universia.net/traducirTextoHome.do




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Re: Georgia X Rússia

#1125 Mensagem por Paisano » Seg Ago 25, 2008 11:39 am

manuel.liste escreveu:
Túlio escreveu:Agradeço aos colegas por me esclarecerem, eu pensava que 'explodir' fosse 'explotar', não adianta, sou mesmo uma negação em Espanhol...
Para as dúvidas: http://traductor.universia.net/traducirTextoHome.do
Esse site é ótimo. :wink:




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