Mais outra mensagem esclarecedora. Muito obrigado, Leandro.LeandroGCard escreveu:Pelo que andei lendo em revistas e jornais (muito pouco, quase não se publica sobre isso) já está atrasado em pelo menos um ano, mas se houver vontade este ano pode ser recuperado. O mais provável é que se comprem satélites de prateleira para os sistemas de tráfego aéreo e metereológico, e se desenvolva o satélite de comunicações militar aqui no país. Os dois primeiros subiriam entre 2011 e 2015, e o último alguns anos após recebermos o último FX!!!!bruno mt escreveu:bom , ele é de 2006. Iai, tá no cronograma ou não??
Só para esclarecer, estes três satélites não tem absolutamente nada a ver com o adquirido pelo Chile, que é um imageador de órbita baixa. O satélite chileno poderá ser utilizado em missões de reconhecimento militar, já satélites geo-estacionários não podem. No máximo poderiam fazer escuta de comunicações via satélite, mas nunca observar nada militarmente útil, pois "voam" alto demais. Os satélites que podem atuar nesta área são os da série CERBS, que o Brasil desenvolve com a China.
Leandro G. Card
Chile compra satélite espião
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Re: Chile compra satélite espião
Re: Chile compra satélite espião
Como a noticia é muito antiga, andei confundindo alhos com bugalhos Agora nao deixa de ser um tema interessante para abordarmos aqui(nao sei se nesse tópico), bem como as comunicacoes de baixa frequencia para com nosso futuro subnuc.Bolovo escreveu:Ah, tá, entendi. Tem nada a ver com proibir não.
Re: Chile compra satélite espião
ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A PARIS
A implantação de um satélite de monitoramento do espaço aéreo e territorial brasileiro é um dos principais temas tratados em sigilo pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante sua estada de uma semana na França. Trata-se de mais uma disputa entre fornecedores de França, EUA e Rússia, mas o Brasil tende para os franceses.
Jobim falou sobre o satélite na parte privada da audiência com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, na terça-feira, e também no jantar com o presidente mundial da empresa Thales, Dennis Ranque, na noite do mesmo dia. Não falaram de detalhes nem de valores, mas, conforme a Folha apurou, o custo previsto do programa é de cerca de US$ 1 bilhão, mais US$ 500 milhões para infra-estrutura de terra.
O projeto tem a sigla SGB (Satélite Geoestacionário Brasileiro) e foi idealizado para atuar em três frentes: a banda X, de comunicação militar e de defesa estratégica, informações meteorológicas e modernização do controle do tráfego aéreo. Desde a venda da Embratel, o governo não tem controle da banda X, alugando satélites para esse uso.
O objetivo principal é de defesa do espaço aéreo e territorial, com desdobramento para outras funções, conforme especificações detalhadas pela empresa Atech Tecnologias Críticas, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira.
Trata-se de um projeto de Estado, mas o formato em estudo prevê prestação de serviços a empresas privadas de telecomunicações e de aviação, por exemplo. Com isso, o programa se pagaria em 15 anos.
A francesa Thales é sucessora da antiga Thomson, que instalou três dos quatro Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) no Brasil no início dos anos 70. Em 2001, também apresentou um plano de modernização de todo o sistema.
Hoje, a Thales tem participação na Omnisys brasileira e também adquiriu 25% da DCNS, empresa francesa que produz os submarinos convencionais (diesel-elétricos) Scorpène que o Brasil pretende adquirir como molde para o futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro.
A empresa Raytheon, norte-americana que forneceu o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) na década de 1990, ofereceu um projeto de satélite ao Brasil, mas Jobim pediu uma avaliação ao ministro Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), responsável pela elaboração do futuro Plano Estratégico de Defesa, que desaconselhou a opção.
Do ponto de vista estritamente brasileiro, o projeto de satélite também está interligado com a auditoria/consultoria que Jobim pretende fazer no sistema de controle de tráfego aéreo, sob bombardeio desde o choque entre o jato Legacy e o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em 2006.
O SGB é resultado de um acordo internacional, do qual o Brasil é signatário, no âmbito da ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil). Por esse acordo, o país terá de adotar o sistema para as operações de controle de tráfego aéreo via satélite até 2010 ou 2011.
Ou tem o seu próprio satélite adequado à mudança, ou terá que alugar um satélite internacional. O mais provável é que tenha de passar pelo aluguel numa fase de transição até concluir o programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro.
12 Fevereiro 2008
Star One manda satélite ao espaço em março
A Star One, subsidiária da Embratel, marcou para março o lançamento do satélite C2. O satélite terá banda permite serviços de internet e TV por assinatura e deverá durar 15 anos. O C1, o primeiro da nova geração C, que dá mais potência aos serviços de telecomunicações, foi lançado em novembro do ano passado. O investimento total nesses dois satélites é de US$ 500 milhões. Com o próximo lançamento, a Star One passará a ser dona de quatro satélites e de metade de um.
Brasil precisa de satélite de US$ 1,5 bi
Júlio Ottoboni
São José dos Campos (SP), 29 de Janeiro de 2008 - O Brasil estuda desenvolver e lançar até 2012 o primeiro de uma família de satélites geoestacionários de sensoriamento remoto para vistoriar a AMAZÔNIA. Essa é uma reivindicação dos cientistas que trabalham com o imageamento da floresta na busca por desmatamento e queimadas. Somente o emprego desta tecnologia conseguiria abastecer diariamente e em tempo real os institutos com imagens precisas da cobertura vegetal amazônica. Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) opera com imagens de satélites de órbita polar, que fornecem imagens periódicas. Ou seja, a cada passagem sobre a floresta um trecho dela é registrado e enviado a uma estação terrena. E assim a imagem vai sendo composta.
O grande diferencial dos satélites atuais para o geoestacionário, em termos práticos, está no tempo de obtenção da imagem e em seu altíssimo grau de confiabilidade. Os geoestacionários voltados ao sensoriamento remoto foram fartamente usados durante a Guerra Fria em espionagem militar. Sua resolução pode até chegar a questão de centímetros. Entre as dificuldades até o momento para a Agência Espacial Brasileira (AEB) transformar isto em realidade está no investimento, estimado em US$ 1,5 bilhão. O Brasil busca possíveis parceiros para minimizar os custos.
ENVIADA ESPECIAL A PARIS
A implantação de um satélite de monitoramento do espaço aéreo e territorial brasileiro é um dos principais temas tratados em sigilo pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante sua estada de uma semana na França. Trata-se de mais uma disputa entre fornecedores de França, EUA e Rússia, mas o Brasil tende para os franceses.
Jobim falou sobre o satélite na parte privada da audiência com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, na terça-feira, e também no jantar com o presidente mundial da empresa Thales, Dennis Ranque, na noite do mesmo dia. Não falaram de detalhes nem de valores, mas, conforme a Folha apurou, o custo previsto do programa é de cerca de US$ 1 bilhão, mais US$ 500 milhões para infra-estrutura de terra.
O projeto tem a sigla SGB (Satélite Geoestacionário Brasileiro) e foi idealizado para atuar em três frentes: a banda X, de comunicação militar e de defesa estratégica, informações meteorológicas e modernização do controle do tráfego aéreo. Desde a venda da Embratel, o governo não tem controle da banda X, alugando satélites para esse uso.
O objetivo principal é de defesa do espaço aéreo e territorial, com desdobramento para outras funções, conforme especificações detalhadas pela empresa Atech Tecnologias Críticas, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira.
Trata-se de um projeto de Estado, mas o formato em estudo prevê prestação de serviços a empresas privadas de telecomunicações e de aviação, por exemplo. Com isso, o programa se pagaria em 15 anos.
A francesa Thales é sucessora da antiga Thomson, que instalou três dos quatro Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) no Brasil no início dos anos 70. Em 2001, também apresentou um plano de modernização de todo o sistema.
Hoje, a Thales tem participação na Omnisys brasileira e também adquiriu 25% da DCNS, empresa francesa que produz os submarinos convencionais (diesel-elétricos) Scorpène que o Brasil pretende adquirir como molde para o futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro.
A empresa Raytheon, norte-americana que forneceu o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) na década de 1990, ofereceu um projeto de satélite ao Brasil, mas Jobim pediu uma avaliação ao ministro Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), responsável pela elaboração do futuro Plano Estratégico de Defesa, que desaconselhou a opção.
Do ponto de vista estritamente brasileiro, o projeto de satélite também está interligado com a auditoria/consultoria que Jobim pretende fazer no sistema de controle de tráfego aéreo, sob bombardeio desde o choque entre o jato Legacy e o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em 2006.
O SGB é resultado de um acordo internacional, do qual o Brasil é signatário, no âmbito da ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil). Por esse acordo, o país terá de adotar o sistema para as operações de controle de tráfego aéreo via satélite até 2010 ou 2011.
Ou tem o seu próprio satélite adequado à mudança, ou terá que alugar um satélite internacional. O mais provável é que tenha de passar pelo aluguel numa fase de transição até concluir o programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro.
12 Fevereiro 2008
Star One manda satélite ao espaço em março
A Star One, subsidiária da Embratel, marcou para março o lançamento do satélite C2. O satélite terá banda permite serviços de internet e TV por assinatura e deverá durar 15 anos. O C1, o primeiro da nova geração C, que dá mais potência aos serviços de telecomunicações, foi lançado em novembro do ano passado. O investimento total nesses dois satélites é de US$ 500 milhões. Com o próximo lançamento, a Star One passará a ser dona de quatro satélites e de metade de um.
Brasil precisa de satélite de US$ 1,5 bi
Júlio Ottoboni
São José dos Campos (SP), 29 de Janeiro de 2008 - O Brasil estuda desenvolver e lançar até 2012 o primeiro de uma família de satélites geoestacionários de sensoriamento remoto para vistoriar a AMAZÔNIA. Essa é uma reivindicação dos cientistas que trabalham com o imageamento da floresta na busca por desmatamento e queimadas. Somente o emprego desta tecnologia conseguiria abastecer diariamente e em tempo real os institutos com imagens precisas da cobertura vegetal amazônica. Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) opera com imagens de satélites de órbita polar, que fornecem imagens periódicas. Ou seja, a cada passagem sobre a floresta um trecho dela é registrado e enviado a uma estação terrena. E assim a imagem vai sendo composta.
O grande diferencial dos satélites atuais para o geoestacionário, em termos práticos, está no tempo de obtenção da imagem e em seu altíssimo grau de confiabilidade. Os geoestacionários voltados ao sensoriamento remoto foram fartamente usados durante a Guerra Fria em espionagem militar. Sua resolução pode até chegar a questão de centímetros. Entre as dificuldades até o momento para a Agência Espacial Brasileira (AEB) transformar isto em realidade está no investimento, estimado em US$ 1,5 bilhão. O Brasil busca possíveis parceiros para minimizar os custos.
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Re: Chile compra satélite espião
Tem alguma coisa estranha nesta notícia, acho que o repórter confundiu as informações.brisa escreveu: O grande diferencial dos satélites atuais para o geoestacionário, em termos práticos, está no tempo de obtenção da imagem e em seu altíssimo grau de confiabilidade. Os geoestacionários voltados ao sensoriamento remoto foram fartamente usados durante a Guerra Fria em espionagem militar. Sua resolução pode até chegar a questão de centímetros. Entre as dificuldades até o momento para a Agência Espacial Brasileira (AEB) transformar isto em realidade está no investimento, estimado em US$ 1,5 bilhão. O Brasil busca possíveis parceiros para minimizar os custos.
Satélites geoestacionários são colocados a aprox. 36.000 Km de altitude, e desta distância a resolução de um satélite estaria em dezenas ou centenas de metros, e não em centímetros. Como ilustração, veja-se o texto abaixo da página da Wikipedia sobre satélites de reconhecimento:
"Although there is much speculation concerning imaging resolution, any optical system is limited by diffraction. For example, a satellite with a 4 m telescope at an orbit of 600 km has a diffraction limited resolution of 10 cm at 550nm (green light), so it certainly cannot read a license plate. Other effects such as an inhomogeneous atmosphere further degrade resolution. The apogee of a typical filming mission would have been close to 100 km. Using the above calculation the resolution would have been less than 2 cm (<1 inch)."
Telescópíos com 4m de diâmetro significam um satélite maior que o telescópio orbital Hubble (2,4m). A série KH-12 americana por exemplo, que teria um espelho deste porte, pesa 20 toneladas. Mesmo assim, a 600 Km de altitude sua resolução máxima seria de 10cm. Imagine em uma órbita estacionária 60 vezes mais alta!
Outro problema seria colocar um satélite deste porte em órbita estacionária. O maior foguete lançador americano hoje é o Delta IV, que pode colocar pouco mais de 6 ton em órbita geoestácionária, muito menos que o peso de um KH-12.
Leandro G. Card
Re: Chile compra satélite espião
Hola señores, tanto tiempo,
Hoy tengo algún tiempo libre, por lo que envío más antecedentes de esta compra:
Se trata de un satélite de EADS-Atrium, modelo AstroSat 100:
“Las imágenes que captará el ingenio chileno tendrán una resolución espacial de 1,45 metros en imágenes blanco y negro (Pancromática) y de 5,8 metros en su modalidad Multiespectral (colores rojo, verde, azul y cercano infrarrojo). Su ancho de barrido en tierra será de aproximadamente 10 km, con la posibilidad de captar tanto franjas de tierra como puntos específicos.”
http://www.gobiernodechile.cl/viewNotic ... culo=24505
Saludos,
Hoy tengo algún tiempo libre, por lo que envío más antecedentes de esta compra:
Se trata de un satélite de EADS-Atrium, modelo AstroSat 100:
“Las imágenes que captará el ingenio chileno tendrán una resolución espacial de 1,45 metros en imágenes blanco y negro (Pancromática) y de 5,8 metros en su modalidad Multiespectral (colores rojo, verde, azul y cercano infrarrojo). Su ancho de barrido en tierra será de aproximadamente 10 km, con la posibilidad de captar tanto franjas de tierra como puntos específicos.”
http://www.gobiernodechile.cl/viewNotic ... culo=24505
Saludos,
Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
- Skyway
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Re: Chile compra satélite espião
Cacilda!!!
Muitissíssimo bem vindo de volta DEGAN!!!!!!
Vê se fica por aqui, não some mais não...
Um abração!!!
Muitissíssimo bem vindo de volta DEGAN!!!!!!
Vê se fica por aqui, não some mais não...
Um abração!!!
AD ASTRA PER ASPERA
- Sintra
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Re: Chile compra satélite espião
Olha o Degan!
Bem vindo de volta.
Budweiser 'beer' is like making love in a canoe - 'F***** close to water'...