A 4ª Frota e o Brasil

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#586 Mensagem por Penguin » Qua Ago 20, 2008 4:49 pm

EDSON escreveu:Quanto ao Iraque de Saddam foram... eles que procuraram briga primeiro...

Acho que isso não se aplica a 2003.
Pois é...se ele não tivesse invadido o Kuwait, não viraria saco de pancadas depois. Talvez a reação militar tivesse se restringido ao Afeganistão.

Não se deve soltar o urso (não importa a cor dele...preto, pardo, branco ou panda).




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#587 Mensagem por vmonteiro » Qua Ago 20, 2008 5:04 pm

Santiago escreveu:
EDSON escreveu:Quanto ao Iraque de Saddam foram... eles que procuraram briga primeiro...

Acho que isso não se aplica a 2003.
Pois é...se ele não tivesse invadido o Kuwait, não viraria saco de pancadas depois. Talvez a reação militar tivesse se restringido ao Afeganistão.

Não se deve soltar o urso (não importa a cor dele...preto, pardo, branco ou panda).
Não vmos esquecer que independente da invasão ou não o precedente pode ser forjado ou inventado na cara de pau mesmo, como foi em 2003 com as armas de destruição em massa, lembrem-se, se eles quiserem algo não importa se existem ou não precedentes eles vão fazer e ponto final.




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#588 Mensagem por Penguin » Qua Ago 20, 2008 6:57 pm

vmonteiro escreveu:
Santiago escreveu: Pois é...se ele não tivesse invadido o Kuwait, não viraria saco de pancadas depois. Talvez a reação militar tivesse se restringido ao Afeganistão.

Não se deve soltar o urso (não importa a cor dele...preto, pardo, branco ou panda).
Não vmos esquecer que independente da invasão ou não o precedente pode ser forjado ou inventado na cara de pau mesmo, como foi em 2003 com as armas de destruição em massa, lembrem-se, se eles quiserem algo não importa se existem ou não precedentes eles vão fazer e ponto final.
Claro que pode e a historia esta repleta de casos similares.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#589 Mensagem por Bolovo » Qua Ago 20, 2008 10:41 pm

Santiago escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Deus nos ajude se eles resolverem se meter aqui como fazem no Oriente médio! Como disse o NJ, a melhor ajuda deles é ficar bem longe daqui. Aliás, eles e qualquer outro "amigo" desse tipo.
Carlos,

Os interesses americanos são globais, do tamanho de sua economia.
Quando a India, Russia e China tiverem interesses globais, haverá tb presença global dos membros deste grupo por aqui, goste o Brasil ou não, e podera haver provaveis choques e disputas entre eles. A Venezuela de Chavez está buscando se alinhar com qq um anti-EUA. Não duvidaria que se alinhasse facilmente com a URSS se esta ainda existisse.

Imaginemos que nos proximos 10-20 anos a situação politica mundial piore, que volte um ambiente de guerra fria multipolar (ao contrario do cenario de paz angelical multilateral e multipolar). Russia de um lado, EUA e UE de outro, China e India em lados independentes. Todos com interesses globais e todos com capacidade de destruir o mundo.

O que ocorre com potências médias sem capacidade de aniquilar os adversarios e paises pequenos? Normalmente há dois caminhos: vão se alinhar por interesses mutuos e afinidades culturais, sociais, etc; ou vão tentar permanecer neutros, estilo Suiça e Suécia (papel complicado).

Se o Brasil quer ser superpotência, isso 1o tem que ser o projeto nacional. E a janela no cenário internacional, desde o fim da Guerra Fria, é a melhor possivel para o processo de catching up. Porém há coisas básicas que não acompanham o script: educação de baixa qualidade, ineficiência do setor publico, baixo investimentos em C&T, baixo investimento nas FAs, etc, etc. Melhoramos? sim, mas vamos ter que melhorar muito mais e mais rápido. A grande questão é quando a chapa esquentar, o que poderemos ser? Grande potência ou potência média? Vamos ter cacife para ser neutros ou vamos ter que nos alinhar? E com quem?

Com relação aos EUA...
São os principais investidores no Brasil, maior que toda a UE somada. Possuem de longe o maior estoque de investimentos em terras brasileiras.
É tb o principal destino dos investimentos brasileiros no exterior.
Em termos de comércio, são os principais parceiros. São os principais compradores de produtos industrializados do Brasil.
Em termos de negócios a AMCHAM de São Paulo é a maior fora dos EUA e tem como associados a quase totalidade das 500 maiores empresas americanas, que por sua vez estão já presentes no Brasil. Na realidade uma grande parcela do PIB brasileiro é associado a AMCHAM.
Em termos de imigração, é onde há a maior comunidade de brasileiros no exterior.
É o principal destino de intercâmbio de estudantes brasileiros.
É o principal destino de turistas brasileiros no exterior.
Com tudo isso, as relações acabam atingindo uma alto grau de complexidade e de interesses mutuos.

Alguém precisa avisar a NJ que os americanos já estão massiçamente por aqui há muito tempo.

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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#590 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Ago 20, 2008 11:20 pm

Então, como já disse, entrega logo pro dono.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#591 Mensagem por Bolovo » Qua Ago 20, 2008 11:30 pm

Carlos Mathias escreveu:Então, como já disse, entrega logo pro dono.
Rossiya — svyashchennaya nasha derzhava,
Rossiya — lyubimaya nasha strana.
Moguchaya volya, velikaya slava —
Tvoyo dostoyan’e na vse vremena!


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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#592 Mensagem por soultrain » Qui Ago 21, 2008 10:25 am

Bolovo escreveu:
Santiago escreveu: Carlos,

Os interesses americanos são globais, do tamanho de sua economia.
Quando a India, Russia e China tiverem interesses globais, haverá tb presença global dos membros deste grupo por aqui, goste o Brasil ou não, e podera haver provaveis choques e disputas entre eles. A Venezuela de Chavez está buscando se alinhar com qq um anti-EUA. Não duvidaria que se alinhasse facilmente com a URSS se esta ainda existisse.

Imaginemos que nos proximos 10-20 anos a situação politica mundial piore, que volte um ambiente de guerra fria multipolar (ao contrario do cenario de paz angelical multilateral e multipolar). Russia de um lado, EUA e UE de outro, China e India em lados independentes. Todos com interesses globais e todos com capacidade de destruir o mundo.

O que ocorre com potências médias sem capacidade de aniquilar os adversarios e paises pequenos? Normalmente há dois caminhos: vão se alinhar por interesses mutuos e afinidades culturais, sociais, etc; ou vão tentar permanecer neutros, estilo Suiça e Suécia (papel complicado).

Se o Brasil quer ser superpotência, isso 1o tem que ser o projeto nacional. E a janela no cenário internacional, desde o fim da Guerra Fria, é a melhor possivel para o processo de catching up. Porém há coisas básicas que não acompanham o script: educação de baixa qualidade, ineficiência do setor publico, baixo investimentos em C&T, baixo investimento nas FAs, etc, etc. Melhoramos? sim, mas vamos ter que melhorar muito mais e mais rápido. A grande questão é quando a chapa esquentar, o que poderemos ser? Grande potência ou potência média? Vamos ter cacife para ser neutros ou vamos ter que nos alinhar? E com quem?

Com relação aos EUA...
São os principais investidores no Brasil, maior que toda a UE somada. Possuem de longe o maior estoque de investimentos em terras brasileiras.
É tb o principal destino dos investimentos brasileiros no exterior.
Em termos de comércio, são os principais parceiros. São os principais compradores de produtos industrializados do Brasil.
Em termos de negócios a AMCHAM de São Paulo é a maior fora dos EUA e tem como associados a quase totalidade das 500 maiores empresas americanas, que por sua vez estão já presentes no Brasil. Na realidade uma grande parcela do PIB brasileiro é associado a AMCHAM.
Em termos de imigração, é onde há a maior comunidade de brasileiros no exterior.
É o principal destino de intercâmbio de estudantes brasileiros.
É o principal destino de turistas brasileiros no exterior.
Com tudo isso, as relações acabam atingindo uma alto grau de complexidade e de interesses mutuos.

Alguém precisa avisar a NJ que os americanos já estão massiçamente por aqui há muito tempo.

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Há coisas que não percebo aqui no fórum, esta é uma delas. Porque se manipulam os números para agitar bandeiras de outro país? Quando se faz do próprio eu compreendo, agora de terceiros...

A AMCHAM é somente uma casa de lobby, uma espécie de IURD empresarial, nada mais que isso. Digo isto. não por desprimor à AMCHAM, mas todas as Camâras de Comercio do mundo não passam disso e eu conheço muitas.

Quanto aos números:

http://ec.europa.eu/trade/issues/bilate ... dex_en.htm

Brazil is an emerging economy and major agricultural power. It is an important leader in global trade negotiations as a representative for the G20 group of developing countries.


The EU is Brazil's biggest trading partner, accounting for 22.5% of its total trade. It is part of Mercosur and part of the EU's ongoing negotiations for a free trade agreement with that regional group. Brazil is the single biggest exporter of agricultural products to the EU, accounting for 13% of total EU imports. Despite its size, Brazil only ranks as the EU's 10 th trading partner. In goods, the EU runs an overall trade deficit with Brazil of over €11 billion although it has a surplus in services trade of €500 million. It is also the biggest foreign investor in Brazil. The Brazilian market is relatively highly protected and the EU consistently encourages Brazil to reduce tariff and non-tariff barriers, and to establish a stable regulatory environment for European investors and traders. Brazil is a key interlocutor for the EU in the on-going WTO Doha Round of world trade talks because it is a representative of the G20 group of advanced developing countries.

Trade in goods

EU goods exports to Brazil 2007: €21.2billion
EU goods imports from Brazil 2007: €32.3billion

Main EU imports from Brazil are primary products, in particular agricultural products. However, manufactured products such as machinery and transport equipment represent almost one third of Brazilian exports to the EU. The EU exports mainly manufactured products to Brazil; machinery, transport equipment and chemicals.

Trade in services

EU services exports to Brazil 2006: €5.1billion
EU services imports from Brazil 2006: €4.6billion

Foreign Direct Investment

EU investment flows to Brazil 2006: €5.1 billion
Brazil investment flows to EU 2006: €1.1 billion
EU investment stocks in Brazil 2006: €88 billion
Brazil investment stocks in EU 2006: €10.5 billion

More statistics

EU-Mercosur negotiations

The backbone of the EU's future bilateral trade relations with Brazil will be a wide-ranging EU-Mercosur Association Agreement aims at the creation of a free trade area. This agreement is currently under negotiation. This agreement should provide a boost to regional trade integration among the countries of Mercosur and stimulate new trade with the EU by removing tariff and non-tariff barriers to trade. The Mercosur-EU FTA will cover, among other issues, trade in goods and services, investment, intellectual property rights (IPR) aspects including protection of geographical indications, government procurement, technical barriers to trade and sanitary and phytosanitary issues.

Until summer 2004 there was gradual but substantial progress in the negotiation. However this stalled in September 2004. Since then, regular contacts have been held at both ministerial and technical level in order to explore ways on how to re-engage the process. However, the EU-Mercosur negotiations are linked to the WTO Doha world trade talks and in particular to the question of market access for agriculture and industrial goods and services. Both the EU and Mercosur recognise that greater clarity on the outcome of the Doha talks is necessary before an EU-Mercosur agreement can proceed to a conclusion.

WTO

A successful conclusion of the Doha round would contribute significantly to a more open and stable environment for trade and investment for both the EU and Brazil. Brazil is part of the G20 group of advanced developing countries; a group which the EU has urged to show the greatest possible flexibility in order to reach a successful outcome to the Doha talks.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#593 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Ago 21, 2008 12:41 pm

Ih Bolovo, e agora? Mais uma vez os amigos portugueses tem de vir aqui ensinar. O pior (na verdade, melhor), chamar a atenção sobre a dedicação de brasileiros em engrandecer um outro país, o mesmo de sempre.

Não vejo estes brasileiros engrandecerem nossas relações no MERCUSUL, nem com a UE, nem com ninguém, a visto só enxerga na mesma e única direção. Mas graças a Deus hoje temos uma pauta comercial muitíssimo mais diversifica do quem outros tempos, quando alguns brasileiros tinham orgasmos auriculares ao ouvir que "quando os EUA espirram, o Brasil tem pneumonia".




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#594 Mensagem por Jin Jones » Qui Ago 21, 2008 12:53 pm

Santiago escreveu:Jah ha uma grande quantidade de empresas estrangeiras, a maioria da America do Norte e Europa, envolvidas na exploracao do petroleo da camada pre-sal. Mais de 30% do capital da Petrobras pertence a estrangeiros. Essas complexa rede de negocios e interesses constituem um importante fator de seguranca contra aventureiros externos. Ou alguem realmente acredita que alguma potencia vai tomar as plataformas da Petrobras, da BP, da Shell, da Chevron, Exxon, etc?

No final, o que vai ficar por aqui de valor sao muito royalties e impostos. Estes eh que precisam ser muito, mas muito bem defendidos, sob pena da populacao e das FAs ficarem sempre a ver navios (incluindo a 4a Frota).

No mais, eleger mal os inimigos futuros para justificar catarses ideologicas ou outros interesses, pode ter consequencias desastrosas para o Brasil. Acaba se tornando uma profecia auto-realizavel.

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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#595 Mensagem por pafuncio » Qui Ago 21, 2008 1:31 pm

1) Mas a principal catarse ideológica é direcionada ao Grande Irmão do Norte. Muitas vezes, aparece travestida nas palavras de ordem costumeiras: pragmatismo (que não deixa de ser uma ideologia, transformadas inclusive em escola filosófica nos EUA), confiabilidade, afinidade histórica, origens ocidentais, etc e tal.

2) Pensei que isso ia diminuir, depois que descobrissem que o tal "Fim da História" (melhor, fim da estória) era mera balela, um slogan pós-queda do Muro.

Poucos imaginariam então uma milícia mahdi rediviva. Ou que um "homem forte" russo fosse dizer novamente: no Cáucaso, mando eu.

Afinal, um mundo unipolar surgia, submetido ao capitalismo, tendo os EUA como seu farol de modernidade, balizador de comportamentos, corações e mentes.

2.1) Para equalizar as coisas (e afirmo de peito aberto: tenho um pé atrás em relação aos EUA, apesar de gostar de muitos dos seus legados, inclusive musicais), há de se deixar claro: há aqui uma facção pró-EUA, com forte cariz deológico.

Isso não é defeito. Mas é uma visão do mundo, criticável, inclusive pelo pessoal das Forças Armadas.

Qual o objeto mesmo deste tópico ??????????????????

Salu2, pessoal. Pluralismo já.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#596 Mensagem por Penguin » Qui Ago 21, 2008 3:06 pm

soultrain escreveu:
Bolovo escreveu: Nossa! Muito didático!

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Quanto aos números:

http://ec.europa.eu/trade/issues/bilate ... dex_en.htm

Brazil is an emerging economy and major agricultural power. It is an important leader in global trade negotiations as a representative for the G20 group of developing countries.


The EU is Brazil's biggest trading partner, accounting for 22.5% of its total trade. It is part of Mercosur and part of the EU's ongoing negotiations for a free trade agreement with that regional group. Brazil is the single biggest exporter of agricultural products to the EU, accounting for 13% of total EU imports. Despite its size, Brazil only ranks as the EU's 10 th trading partner. In goods, the EU runs an overall trade deficit with Brazil of over €11 billion although it has a surplus in services trade of €500 million. It is also the biggest foreign investor in Brazil. The Brazilian market is relatively highly protected and the EU consistently encourages Brazil to reduce tariff and non-tariff barriers, and to establish a stable regulatory environment for European investors and traders. Brazil is a key interlocutor for the EU in the on-going WTO Doha Round of world trade talks because it is a representative of the G20 group of advanced developing countries.

Trade in goods

EU goods exports to Brazil 2007: €21.2billion
EU goods imports from Brazil 2007: €32.3billion

Main EU imports from Brazil are primary products, in particular agricultural products. However, manufactured products such as machinery and transport equipment represent almost one third of Brazilian exports to the EU. The EU exports mainly manufactured products to Brazil; machinery, transport equipment and chemicals.

Trade in services

EU services exports to Brazil 2006: €5.1billion
EU services imports from Brazil 2006: €4.6billion

Foreign Direct Investment

EU investment flows to Brazil 2006: €5.1 billion
Brazil investment flows to EU 2006: €1.1 billion
EU investment stocks in Brazil 2006: €88 billion
Brazil investment stocks in EU 2006: €10.5 billion

More statistics

EU-Mercosur negotiations

The backbone of the EU's future bilateral trade relations with Brazil will be a wide-ranging EU-Mercosur Association Agreement aims at the creation of a free trade area. This agreement is currently under negotiation. This agreement should provide a boost to regional trade integration among the countries of Mercosur and stimulate new trade with the EU by removing tariff and non-tariff barriers to trade. The Mercosur-EU FTA will cover, among other issues, trade in goods and services, investment, intellectual property rights (IPR) aspects including protection of geographical indications, government procurement, technical barriers to trade and sanitary and phytosanitary issues.

Until summer 2004 there was gradual but substantial progress in the negotiation. However this stalled in September 2004. Since then, regular contacts have been held at both ministerial and technical level in order to explore ways on how to re-engage the process. However, the EU-Mercosur negotiations are linked to the WTO Doha world trade talks and in particular to the question of market access for agriculture and industrial goods and services. Both the EU and Mercosur recognise that greater clarity on the outcome of the Doha talks is necessary before an EU-Mercosur agreement can proceed to a conclusion.

WTO

A successful conclusion of the Doha round would contribute significantly to a more open and stable environment for trade and investment for both the EU and Brazil. Brazil is part of the G20 group of advanced developing countries; a group which the EU has urged to show the greatest possible flexibility in order to reach a successful outcome to the Doha talks.

==================================================================



Antes de acusações sobre manipulações, vamos lá...

A unica coisa que me equivoquei foi
São os principais investidores no Brasil, maior que toda a UE somada.
São os principais investidores, mas não maior que toda a UE somada.

O resto que postei aqui está correto.

Outra observação é que vc está comparado país com bloco, EUA x UE.
UE não é país. É formada por países. É um bloco. O Mercosul é tb um bloco, assim com o NAFTA.
Eu me referia a países.

Aos números:

Exportações brasileiras (2007):
UE: USD 40,428bi (45% produtos básicos)
Mercosul: USD 17,354bi (4% produtos básicos)
EUA: 25,314bi (19% produtos básicos)

Importações brasileiras (2007):
UE: USD 30,715bi
Mercosul: USD 11,630bi
EUA: USD 18,887bi

-----------------------------------------
COMÉRCIO DE SERVIÇOS (2007):

Exportações brasileiras: USD 22,5bi
UE: 22,9%
Mercosul: 1,8%
EUA: 53,6%

Importações brasileiras: USD 34,8bi
UE: 36,3%
Mercosul: 3,6%
EUA: 44,6%

Fontes:
Comércio Exterior: http://www.desenvolvimento.gov.br/arqui ... 750178.pdf
Comércio de Serviços: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio ... &menu=1793
Investimentos Estrangeiros Diretos: http://www.bcb.gov.br/rex/IED/Port/Ingr ... s95-06.xls


Com relação às Câmaras de Comércio, para mim sua visão é um extremamente limitada. Pode ter sido reflexo de alguma experiência ruim de sua parte. O Papel execido por elas é muito mais que simples looby. Há Câmaras que são verdadeiros indutores de relações economicas entre os países. Diria que há Câmaras e câmaras.

Posso citar algumas Câmaras muito atuantes:

AMCHAM - EUA
Câmara de Comércio Holando-Brasileira
CCAB - Países Arabes
Câmara de Comércio e Indústria Brasil - Alemanha - Alemanha
Câmaras Portuguesas de Comércio
CETRA - Taiwan
Câmara Oficial de Comércio e Indústria Brasil – Rússia
Etc, etc.


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Editado pela última vez por Penguin em Qui Ago 21, 2008 3:29 pm, em um total de 1 vez.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#597 Mensagem por Bolovo » Qui Ago 21, 2008 3:25 pm

alexandre lemos escreveu:2.1) Para equalizar as coisas (e afirmo de peito aberto: tenho um pé atrás em relação aos EUA, apesar de gostar de muitos dos seus legados, inclusive musicais), há de se deixar claro: há aqui uma facção pró-EUA, com forte cariz deológico.
Tenho quase certeza que isso foi direcionado a mim. :mrgreen:

Mas o que eu penso é que tenho nada contra EUA, Rússia e UE, mas tenho tudo a favor do Brasil. Alguns aqui parecem que são assim: tenho tudo contra o EUA, UE, mas tudo a favor da Rússia e Brasil e diversos! Ah, isso me cansa.

Ps.: Estou estudando sobre a escola pragmática nesse semestre na USP rsrs




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#598 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Ago 21, 2008 5:41 pm

Assume cara, sai do armário. Pode sair que ninguém joga pedra mais não! :roll: :lol:




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#599 Mensagem por Bolovo » Qui Ago 21, 2008 5:50 pm

Carlos Mathias escreveu:Assume cara, sai do armário. Pode sair que ninguém joga pedra mais não! :roll: :lol:
[modus operandi=Carlos Mathias] :lol: :lol: :lol: :lol: :roll: [/modus operandi=Carlos Mathias]




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#600 Mensagem por pafuncio » Qui Ago 21, 2008 6:31 pm

Bolovo, tu és gente boa. Nada contra ti. Estás em boa e numerosa companhia. Possivelmente, não tão avinagrada ... :mrgreen:




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