Georgia X Rússia
Moderador: Conselho de Moderação
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55267
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2753 vezes
- Agradeceram: 2435 vezes
Re: Georgia X Rússia
Rússia instala mísseis na Ossétia do Sul
Há 6 horas
WASHINGTON (AFP) — A Rússia instalou várias plataformas de lançamento de mísseis táticos SS-21, capazes de atingir a capital georgiana, e levou veículos de apoio para a Ossétia do Sul, informou neste domingo a versão online do jornal The New York Times.
Citando fontes anônimas, o NYT afirma que as posições de lançamento estão ao norte de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul.
As forças russas mantinham suas posições ao longo da estrada entre Tbilisi e Gori, incluindo um posto de controle em Igoeti, a 30 km da capital.
Uma coluna de veículos russos, entre os quais 25 tanques, foi vista estacionada nas cercanias de Gori. Um soldado russo disse à AFP que estas são tropas de manutenção de paz, e que ficariam na Ossétia.
O New York Times, no entanto, escreve que tropas de elite russas estão sendo posicionadas na região ou se preparando para novas manobras.
O jornal diz ainda que, para o Pentágono, as ações russas têm como objetivo desencorajar a aceitação da Geórgia pela Otan, e não são vistas como indícios de que a Rússia planeje tomar Tbilisi.
..............
Rússia anuncia retirada de tropas na Geórgia
Hoje às 13:06
A Rússia anunciou o início da retirada das suas tropas da Geórgia, uma vez acabada a operação para «parar a agressão da Geórgia contra a Ossétia do Sul». Entretanto, O presidente russo já disse que haveria uma «resposta brutal» para quem agredir cidadãos do seu país.
A Rússia anunciou, esta segunda-feira, o início da retirada das suas forças de manutenção de paz da zona de conflito na Geórgia em cumprimento do plano de paz gizado pela França.
«A Rússia acabou a operação com o objectivo de parar a agressão da Geórgia contra a Ossétia do Sul», indicou Anatoly Nogovitsyn, o chefe do Estado-maior do exército russo.
Nogvitsyn indicou ainda que a Rússia concordou numa maior cooperação que envolve assuntos com a retirada de tropas e esforços humanitários, uma decisão que foi tomada após um encontro entre o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Grigory Karasin, e o embaixador norte-americano na Rússia.
Anatoly Nogovitsyn acusou ainda a Geórgia de preparar actos de «provocação» contra as tropas russas e disse que Moscovo dispõe de provas de que os georgianos tentaram destruir um túnel usado com o principal ponto de passagem das tropas de Moscovo para território georgiano.
Pouco antes, o presidente russo tinha garantido que qualquer agressão a cidadãos russos teria «resposta brutal» e que por isso «quem pense que pode matar os nossos cidadãos e sair incólume» teria de pensar doutra maneira.
«Temos todos os recursos necessários, políticos, económicos e militares. Se alguém tem ilusões em relação a isto, tem de as abandonar», acrescentou Dmitri Medvedev, em Kursk, em declarações feitas a veteranos da II Guerra Mundial.
Medvedev adiantou aida que não pretende a «deterioração das relações internacionais», mas que pretende o «respeito do seu povo e dos seus valores».
«Temos sido sempre uma Estado que ama a paz. Praticamente não houve uma única ocasião na história da Rússia ou da União Soviética em que tenhamos começado acções militares», acrescentou.
TSF
Há 6 horas
WASHINGTON (AFP) — A Rússia instalou várias plataformas de lançamento de mísseis táticos SS-21, capazes de atingir a capital georgiana, e levou veículos de apoio para a Ossétia do Sul, informou neste domingo a versão online do jornal The New York Times.
Citando fontes anônimas, o NYT afirma que as posições de lançamento estão ao norte de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul.
As forças russas mantinham suas posições ao longo da estrada entre Tbilisi e Gori, incluindo um posto de controle em Igoeti, a 30 km da capital.
Uma coluna de veículos russos, entre os quais 25 tanques, foi vista estacionada nas cercanias de Gori. Um soldado russo disse à AFP que estas são tropas de manutenção de paz, e que ficariam na Ossétia.
O New York Times, no entanto, escreve que tropas de elite russas estão sendo posicionadas na região ou se preparando para novas manobras.
O jornal diz ainda que, para o Pentágono, as ações russas têm como objetivo desencorajar a aceitação da Geórgia pela Otan, e não são vistas como indícios de que a Rússia planeje tomar Tbilisi.
..............
Rússia anuncia retirada de tropas na Geórgia
Hoje às 13:06
A Rússia anunciou o início da retirada das suas tropas da Geórgia, uma vez acabada a operação para «parar a agressão da Geórgia contra a Ossétia do Sul». Entretanto, O presidente russo já disse que haveria uma «resposta brutal» para quem agredir cidadãos do seu país.
A Rússia anunciou, esta segunda-feira, o início da retirada das suas forças de manutenção de paz da zona de conflito na Geórgia em cumprimento do plano de paz gizado pela França.
«A Rússia acabou a operação com o objectivo de parar a agressão da Geórgia contra a Ossétia do Sul», indicou Anatoly Nogovitsyn, o chefe do Estado-maior do exército russo.
Nogvitsyn indicou ainda que a Rússia concordou numa maior cooperação que envolve assuntos com a retirada de tropas e esforços humanitários, uma decisão que foi tomada após um encontro entre o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Grigory Karasin, e o embaixador norte-americano na Rússia.
Anatoly Nogovitsyn acusou ainda a Geórgia de preparar actos de «provocação» contra as tropas russas e disse que Moscovo dispõe de provas de que os georgianos tentaram destruir um túnel usado com o principal ponto de passagem das tropas de Moscovo para território georgiano.
Pouco antes, o presidente russo tinha garantido que qualquer agressão a cidadãos russos teria «resposta brutal» e que por isso «quem pense que pode matar os nossos cidadãos e sair incólume» teria de pensar doutra maneira.
«Temos todos os recursos necessários, políticos, económicos e militares. Se alguém tem ilusões em relação a isto, tem de as abandonar», acrescentou Dmitri Medvedev, em Kursk, em declarações feitas a veteranos da II Guerra Mundial.
Medvedev adiantou aida que não pretende a «deterioração das relações internacionais», mas que pretende o «respeito do seu povo e dos seus valores».
«Temos sido sempre uma Estado que ama a paz. Praticamente não houve uma única ocasião na história da Rússia ou da União Soviética em que tenhamos começado acções militares», acrescentou.
TSF
Triste sina ter nascido português
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55267
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2753 vezes
- Agradeceram: 2435 vezes
Re: Georgia X Rússia
Yahoo News/APRussians announce troop withdrawal has begun
By MIKE ECKEL, Associated Press Writer
35 minutes ago
Russia said its military began to withdraw from the conflict zone in Georgia on Monday, but left unclear exactly where troops and tanks will operate under the cease-fire that ended days of fighting in the former Soviet republic.
Russian troops and tanks have controlled a wide swath of Georgia for days after a short but intense war that reignited Cold War tensions.
In Moscow, Col.-Gen. Anatoly Nogovitsyn told a briefing that "today, according to the peace plan, the withdrawal of Russian peacekeepers and reinforcements has begun." He added that forces were leaving Gori, which sits on Georgia's main east-west highway.
Earlier in the day, Russian forces around Gori appeared to be solidifying their positions, and it was not immediately possible to confirm the withdrawal with AP journalists there.
A U.S. official said Monday that the Russian military had moved missile launchers into the breakaway region of South Ossetia.
The RIA-Novosti news agency reported that some Russian military vehicles were heading Monday out of the South Ossetian capital of Tskhinvali toward Russia. The leader of South Ossetia, Eduard Kokoity, also asked Russia on Monday to establish a permanent base there, the news agency said.
According to the European Union-brokered peace plan signed by both Medvedev and Georgian President Mikhail Saakashvili, both sides are to pull forces back to the positions they held before fighting broke out Aug. 7 in the Russian-backed Georgian separatist region of South Ossetia.
Nogovitsyn said the Russian troops are pulling back to South Ossetia and a security zone defined by a 1999 agreement of the "joint control commission" that had been nominally in charge of South Ossetia's status since it split from Georgia in the early 1990s.
Georgian and Russian officials could not immediately clarify the dimensions of the security zone. Nogovitsyn said only that "troops should not be in the territory of Georgia," but it was unclear if that excluded patrols.
"I think the Russians will pull out, but will damage Georgia strongly," Tbilisi resident Givi Sikharulidze told an AP television crew. "Georgia will survive, but Russia has lost its credibility in the eyes of the world."
Top American officials said Washington would rethink its relationship with Moscow after its military drive deep into its much smaller neighbor and called for a swift Russian withdrawal.
"I think there needs to be a strong, unified response to Russia to send the message that this kind of behavior, characteristic of the Soviet period, has no place in the 21st century," Defense Secretary Robert Gates said Sunday.
But neither Gates nor Secretary of State Condoleezza Rice would be specific about what punitive actions the United States or the international community might take.
Rice, who was flying to Europe for talks Tuesday with NATO allies about what message the West should send to Russia, said Russia can't use "disproportionate force" against its neighbor and still be welcome in international institutions.
"It's not going to happen that way," she said. "Russia will pay a price."
French President Nicolas Sarkozy warned Medvedev of "serious consequences" in Moscow's relations with the European Union if Russia does not comply with the cease-fire accord.
A U.S. official told The Associated Press that the Russian military moved SS-21 missile launchers into South Ossetia on Friday. From there, the missiles would be able to reach Tbilisi.
Nogovitsyn, the Russian military official, disputed the claim, saying Russia "sees no necessity" to place SS-21s in the region.
The war broke out after Georgia launched a barrage to try to retake control of South Ossetia, a Russian-backed separatist region that split off in the early 1990s. Russia had peacekeeping forces in South Ossetia and sent in thousands of reinforcements immediately, driving out Georgian forces. Georgian troops also were driven out of the small portion they had held in another separatist region, the Black Sea province of Abkhazia.
Russian troops also took positions deep into Georgia, including Gori, about 50 miles west of the capital, and in the Black Sea port of Poti. They also began a campaign to disable the Georgian military, destroying or carting away large caches of military equipment. An AP photographer saw Russian troops guarding rows of captured Georgian military vehicles Sunday in Tskhinvali.
An AP photographer also saw Russian troops Sunday in the South Ossetian village of Kikhvi. Houses in the mostly-ethnic Georgian village were burning days after most fighting had ended.
Bolstered by Western support, Georgia's leader vowed never to abandon its claim to territory now firmly in the hands of Russia and its separatist allies, even though he has few means of asserting control. His pledge, echoed by Western insistence that Georgia must not be broken apart, portends further tensions over South Ossetia and Abkhazia.
In Gori, there were scenes of desperation Sunday as Georgians crowded around aid vehicles, grasping for loaves of bread. Virtually all shops were closed and the streets were almost empty, save for those seeking aid.
"I wouldn't say there's a humanitarian catastrophe, but there's an urgent need for primary products," Georgian national security council head Alexander Lomaia told journalists Monday on the outskirts of Gori.
Nearby, Russian troops inspected a Georgian humanitarian aid vehicle Monday before allowing it to enter Gori.
Georgia's government minister for refugees, Koba Subeliani, said there were 140,000 displaced people in Tbilisi and the surrounding area.
U.S. Brig. Gen. Jon Miller arrived in Georgia to assess the need for further humanitarian aid. So far, at least six U.S. military flights carrying aid have arrived in Tbilisi, ferrying everything from cots, sleeping bags and medicine to emergency shelters and syringes.
______
Associated Press writers David Nowak, Steve Gutterman and Jill Lawless in Moscow; Michael Fischer and Matti Friedman in Tbilisi, Georgia; Deb Riechmann in Crawford, Texas; and Pauline Jelinek in Washington contributed to this report.
Triste sina ter nascido português
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: Georgia X Rússia
Rússia instala mísseis na Ossétia do Sul
Há 6 horas
WASHINGTON (AFP) — A Rússia instalou várias plataformas de lançamento de mísseis táticos SS-21, capazes de atingir a capital georgiana, e levou veículos de apoio para a Ossétia do Sul, informou neste domingo a versão online do jornal The New York Times.
Citando fontes anônimas, o NYT afirma que as posições de lançamento estão ao norte de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul.
As forças russas mantinham suas posições ao longo da estrada entre Tbilisi e Gori, incluindo um posto de controle em Igoeti, a 30 km da capital.
Uma coluna de veículos russos, entre os quais 25 tanques, foi vista estacionada nas cercanias de Gori. Um soldado russo disse à AFP que estas são tropas de manutenção de paz, e que ficariam na Ossétia.
O New York Times, no entanto, escreve que tropas de elite russas estão sendo posicionadas na região ou se preparando para novas manobras.
O jornal diz ainda que, para o Pentágono, as ações russas têm como objetivo desencorajar a aceitação da Geórgia pela Otan, e não são vistas como indícios de que a Rússia planeje tomar Tbilisi.
Quais tropas de elite são essas. As tropas fora do 58º são os parquedistas e as tropas blindadas de elite russa ficam na Sibéria e no distrito militar de Moscou, onde esta também seus melhores equipamentos.
Há 6 horas
WASHINGTON (AFP) — A Rússia instalou várias plataformas de lançamento de mísseis táticos SS-21, capazes de atingir a capital georgiana, e levou veículos de apoio para a Ossétia do Sul, informou neste domingo a versão online do jornal The New York Times.
Citando fontes anônimas, o NYT afirma que as posições de lançamento estão ao norte de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul.
As forças russas mantinham suas posições ao longo da estrada entre Tbilisi e Gori, incluindo um posto de controle em Igoeti, a 30 km da capital.
Uma coluna de veículos russos, entre os quais 25 tanques, foi vista estacionada nas cercanias de Gori. Um soldado russo disse à AFP que estas são tropas de manutenção de paz, e que ficariam na Ossétia.
O New York Times, no entanto, escreve que tropas de elite russas estão sendo posicionadas na região ou se preparando para novas manobras.
O jornal diz ainda que, para o Pentágono, as ações russas têm como objetivo desencorajar a aceitação da Geórgia pela Otan, e não são vistas como indícios de que a Rússia planeje tomar Tbilisi.
Quais tropas de elite são essas. As tropas fora do 58º são os parquedistas e as tropas blindadas de elite russa ficam na Sibéria e no distrito militar de Moscou, onde esta também seus melhores equipamentos.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55267
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2753 vezes
- Agradeceram: 2435 vezes
Re: Georgia X Rússia
é para deitar mais umas achazinhas para a fogueira, caro Edson
Afinal os hunos estão vindo aí...e são de elite
Afinal os hunos estão vindo aí...e são de elite
Editado pela última vez por P44 em Seg Ago 18, 2008 12:12 pm, em um total de 1 vez.
Triste sina ter nascido português
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: Georgia X Rússia
NADA DE MOCINHOS VERSUS BANDIDOS.
Por Gideon Levy – 17 de agosto de 2008 – http://www.haaretz.com/hasen/spages/1012186.html.
TBILISI – A edição semanal de The Georgian Times não dá margem à dúvidas. O semanário, que é publicado em inglês e editado, inteiramente, por mulheres alistadas na causa com toda sua força: “Pela Geórgia e a vitória”. “A Geórgia sozinha resistindo à Rússia,” e “Europa nada aprendeu com os crimes de Hitler” estampava as manchetes da primeira página. Enquanto os canhões rugem nesta espetacular nação caucásica, em quase todos os países, tudo está servindo a um propósito melodramático e a auto-crítica fica em silêncio.
Mas não é preciso ser um propagandista de um jornal georgiano para pintar essa nova guerra em preto e branco. Afinal de contas, o Ocidente e Israel estão fazendo isto, também: a Geórgia, uma pequena democracia, cara ao Ocidente e queridinha dos EUA, está encarando o agressivo e conquistador urso russo, para não mencionar o novo nazismo. Mocinhos versus bandidos, Davi versus Golias, “Adolf Putin” versus os lutadores pela liberdade.
Já fazem anos desde que tínhamos tido uma guerra na qual fosse tão claro para espectadores no Ocidente quem eram os Filhos da Luz e quem eram os Filhos das Trevas.
É uma questão de propaganda. A declaração, na sexta-feira, do presidente dos EUA, de que o mundo não irá aceitar agressão e intimidação pôde, somente, provocar um amargo sorriso.
George W. Bush, falando sobre agressão? O presidente dos Estados Unidos falando sobre intimidação? Quem saiu para fazer duas guerras de agressão nesta década? Quem tentou resolver problemas e substituir regimes através da intimidação, se não o nosso amigo na Casa Branca? Que potência derramou mais sangue nesta década? A Rússia ou o “líder do mundo livre”?
Para o Ocidente, vale tudo, desde botar mísseis em solo polonês até discutir o ingresso da Geórgia na OTAN. Mas a Rússia, nem mesmo tem direito a dar o troco?
Após uns poucos dias, na linha de frente em Gori, o retrato que emerge é complexo e longe de unilateral. A primeira questão é, como é comum, quem começou. O ministro georgiano Temur Yakobashvili, naturalmente, já tem uma resposta pronta e acabada: os russos. Os separatistas provocaram e a Rússia invadiu. Mas, mesmo enquanto ele se expressa em hebreu fluente – “ou você fode ou é fodido” – ninguém fica convencido, facilmente, que este é um país simples e inocente que se achou vítima de um gigante que cospe fogo.
Yakobashvili, o ministro judeu da “reintegração”, outro termo eufemístico para ocupação, é responsável, em nome de seu governo, por duas regiões controversas, Abkhazia e Ossétia do Sul. Ele ignora o fato de que os habitantes destas duas áreas não querem ser parte de seu país.
Os dois mapas destas regiões, pendendo de seu escritório, não mudam isto. Ele, também, obscurece o fato de que, cerca de uma semana atrás, seu país enviou tropas para a Ossétia do Sul, cuja maioria dos habitantes é de cidadãos russos, uma ação que Moscou não poderia deixar de considerar uma provocação.
Encorajados pela simpatia ocidental por seu presidente, os georgianos acharam que iam poder fazer qualquer coisa e que a Rússia iria permanecer indiferente. Mas, então, veio a surpresa: os russos responderam pela força.
Foi assim, também, que Israel respondeu a outra provocação – a matança e seqüestro de soldados israelenses pelo Hezbollah. É assim como países, incluindo mais livres e democráticos do que a Rússia, respondem à provocações.
É desconcertante ver tanques russos rolando pela estrada principal, de Gori à Tbilisi, como se fossem donos do lugar, mas este é o modo como as coisas acontecem num mundo agressivo. O presidente georgiano Mikheil Saakashvili devia saber disso.
Quando os canhões silenciarem, talvez em seu país, também as duras questões sejam levantadas: por quê e para quê.
As centenas de refugiados que se concentraram, quarta-feira última, na praça em frente do parlamento no Boulevard Rustaveli, despejavam sua cólera, não apenas sobre Moscou, mas também em seu presidente aventureiro que sofre de orgulho doentio.
A Guerra Fria está de volta. Ela retornou de súbito, após a Rússia já tê-la perdido. A questão permanece, se um mundo unipolar é mais pacífico do que um mundo polarizado. Em duas décadas de hegemonia americana solitária, nós não temos presenciado menos guerras e derramamento de sangue – mesmo se o mundo é considerado “mais livre”.
Há algo digno de ser levado em consideração. Deve ser lembrado que aqueles que alugam seu poder e habilidades para outros, acabam pagando um preço: Israel pode pagar um preço alto pelos drones e adestramento oferecido por Israel Ziv e Gal Hirsch, nossos novos mercenários na Geórgia. Da próxima vez que o presidente Shimon Peres encontrar Vladimir Putin e pedir-lhe para parar de armar o Hezbollah, Putin, o inimigo do novo mundo, irá lhe dar uma razoável resposta.
Não há mocinhos e bandidos, apenas gente má e violenta, alguns mais e alguns menos. No quintal da Europa, em processo de unificação, algo aconteceu que precisa de correção, pelas vias diplomáticas, apenas.
É improvável que a guerra tenha acabado, mas, enquanto isto, não vamos cair, de novo, numa enganadora armadilha, apenas porque Saakashvili fala inglês, melhor do que Putin.
Por Gideon Levy – 17 de agosto de 2008 – http://www.haaretz.com/hasen/spages/1012186.html.
TBILISI – A edição semanal de The Georgian Times não dá margem à dúvidas. O semanário, que é publicado em inglês e editado, inteiramente, por mulheres alistadas na causa com toda sua força: “Pela Geórgia e a vitória”. “A Geórgia sozinha resistindo à Rússia,” e “Europa nada aprendeu com os crimes de Hitler” estampava as manchetes da primeira página. Enquanto os canhões rugem nesta espetacular nação caucásica, em quase todos os países, tudo está servindo a um propósito melodramático e a auto-crítica fica em silêncio.
Mas não é preciso ser um propagandista de um jornal georgiano para pintar essa nova guerra em preto e branco. Afinal de contas, o Ocidente e Israel estão fazendo isto, também: a Geórgia, uma pequena democracia, cara ao Ocidente e queridinha dos EUA, está encarando o agressivo e conquistador urso russo, para não mencionar o novo nazismo. Mocinhos versus bandidos, Davi versus Golias, “Adolf Putin” versus os lutadores pela liberdade.
Já fazem anos desde que tínhamos tido uma guerra na qual fosse tão claro para espectadores no Ocidente quem eram os Filhos da Luz e quem eram os Filhos das Trevas.
É uma questão de propaganda. A declaração, na sexta-feira, do presidente dos EUA, de que o mundo não irá aceitar agressão e intimidação pôde, somente, provocar um amargo sorriso.
George W. Bush, falando sobre agressão? O presidente dos Estados Unidos falando sobre intimidação? Quem saiu para fazer duas guerras de agressão nesta década? Quem tentou resolver problemas e substituir regimes através da intimidação, se não o nosso amigo na Casa Branca? Que potência derramou mais sangue nesta década? A Rússia ou o “líder do mundo livre”?
Para o Ocidente, vale tudo, desde botar mísseis em solo polonês até discutir o ingresso da Geórgia na OTAN. Mas a Rússia, nem mesmo tem direito a dar o troco?
Após uns poucos dias, na linha de frente em Gori, o retrato que emerge é complexo e longe de unilateral. A primeira questão é, como é comum, quem começou. O ministro georgiano Temur Yakobashvili, naturalmente, já tem uma resposta pronta e acabada: os russos. Os separatistas provocaram e a Rússia invadiu. Mas, mesmo enquanto ele se expressa em hebreu fluente – “ou você fode ou é fodido” – ninguém fica convencido, facilmente, que este é um país simples e inocente que se achou vítima de um gigante que cospe fogo.
Yakobashvili, o ministro judeu da “reintegração”, outro termo eufemístico para ocupação, é responsável, em nome de seu governo, por duas regiões controversas, Abkhazia e Ossétia do Sul. Ele ignora o fato de que os habitantes destas duas áreas não querem ser parte de seu país.
Os dois mapas destas regiões, pendendo de seu escritório, não mudam isto. Ele, também, obscurece o fato de que, cerca de uma semana atrás, seu país enviou tropas para a Ossétia do Sul, cuja maioria dos habitantes é de cidadãos russos, uma ação que Moscou não poderia deixar de considerar uma provocação.
Encorajados pela simpatia ocidental por seu presidente, os georgianos acharam que iam poder fazer qualquer coisa e que a Rússia iria permanecer indiferente. Mas, então, veio a surpresa: os russos responderam pela força.
Foi assim, também, que Israel respondeu a outra provocação – a matança e seqüestro de soldados israelenses pelo Hezbollah. É assim como países, incluindo mais livres e democráticos do que a Rússia, respondem à provocações.
É desconcertante ver tanques russos rolando pela estrada principal, de Gori à Tbilisi, como se fossem donos do lugar, mas este é o modo como as coisas acontecem num mundo agressivo. O presidente georgiano Mikheil Saakashvili devia saber disso.
Quando os canhões silenciarem, talvez em seu país, também as duras questões sejam levantadas: por quê e para quê.
As centenas de refugiados que se concentraram, quarta-feira última, na praça em frente do parlamento no Boulevard Rustaveli, despejavam sua cólera, não apenas sobre Moscou, mas também em seu presidente aventureiro que sofre de orgulho doentio.
A Guerra Fria está de volta. Ela retornou de súbito, após a Rússia já tê-la perdido. A questão permanece, se um mundo unipolar é mais pacífico do que um mundo polarizado. Em duas décadas de hegemonia americana solitária, nós não temos presenciado menos guerras e derramamento de sangue – mesmo se o mundo é considerado “mais livre”.
Há algo digno de ser levado em consideração. Deve ser lembrado que aqueles que alugam seu poder e habilidades para outros, acabam pagando um preço: Israel pode pagar um preço alto pelos drones e adestramento oferecido por Israel Ziv e Gal Hirsch, nossos novos mercenários na Geórgia. Da próxima vez que o presidente Shimon Peres encontrar Vladimir Putin e pedir-lhe para parar de armar o Hezbollah, Putin, o inimigo do novo mundo, irá lhe dar uma razoável resposta.
Não há mocinhos e bandidos, apenas gente má e violenta, alguns mais e alguns menos. No quintal da Europa, em processo de unificação, algo aconteceu que precisa de correção, pelas vias diplomáticas, apenas.
É improvável que a guerra tenha acabado, mas, enquanto isto, não vamos cair, de novo, numa enganadora armadilha, apenas porque Saakashvili fala inglês, melhor do que Putin.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55267
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2753 vezes
- Agradeceram: 2435 vezes
Re: Georgia X Rússia
A parte naval deste conflito:
According to this article it was the Georgian patrol boat P-21 Georgy Toreli that was hit by a "Malakhit" (SS-N-9) anti-surface missile from the Russian MRK Mirazh (617, project 12341, NATO - Nanuchka III) missile corvette. Another Georgian boat was damaged at sea. The Russian missile cruiser Moskva (121, project 1164, NATO - Slava class) was hit by gunfire and had to withdraw. The rest of the Georgian boats, incl. the missile boat Tbilisi, were shelled in Poti harbour on the 13th Aug, apparently abandoned by their crews.
Wikipedia says Georgian navy had two missile boats before the conflict, the Tbilisi and the Dioskuria. Which was the third missile boat?
http://blog.wired.com/defense/2008/08/w ... media.htmlInside the Battle for the Black Sea
By Noah Shachtman August 15, 2008 | 9:15:00
This is the second post from naval blogger Galrahn. Go check out his site, Information Dissemination, when you're done here.
While most of the world has focused primarily on the ground conflict in Georgia, the Russian Black Sea Fleet has been active off the coast. By now, you may have heard some isolated reports -- 4000 troops landed by sea at Ochamchire, a battle resulting in a Georgian coast guard ship sunk, and even claims by Georgia of minefields laid off the Georgian coast. Details have been hard to come by. But, piecing together the analysis and reporting, one can get a picture of some of these events.
While the speed of the Russian Army's response grabbed the attention of western observers, the fast response by the Russian Navy has been quite remarkable, too. The war started on Friday August 8th; the Black Sea Fleet was reported to arrive off the coast of Georgia on Saturday August 9th. That's pretty impressive, considering it is about 400 nautical miles from Sevastopol to Ochamchire. While the Moskva, Smetlivy, Muromets, and Aleksandrovets can make good speed and make the trip quickly, those ships sailed from Sevastopol with an assortment of support vessels that could only make 12-16 knots, at best. Simple math reveals that would make it a 25 hour trip, meaning the ships would have had to put to sea almost immediately after the fighting began. For any fleet to deploy that quickly is extraordinary readiness.
Then, on the early morning of August 10th, there was a battle at sea. The Russian Black Sea Fleet was engaged by four Georgian coast guard vessels, while conducting landing operations in Ochamchire. The Russians claimed to sink one ship, and the day after the battle the Moskva was reported to be in the Russian port of Novorossiysk.
New details have emerged that shed a bit of light on the action. A sailor interviewed in the Sevastopol on Wednesday gave the local press his recollection of the action. Here's my amateur translation:
"We took up station guarding the opposed landing on the Abkhaz shore when all of a sudden four high speed targets were detected. We sent out an IFF signal and the targets didn't react. Receiving a command from the flagship, we got into formation and right at that moment the unidentified targets opened fire on the ship formation and flagship. The cruiser was damaged and a small fire broke out aboard. Then, fearing for seaworthiness, the flagship withdrew from the firing area." - the sailor said.
"Right then the small missile boats clearly fired," the participant continued. "Taking up position, our MRK launched a "Malakhit" (SS-N-9) anti-surface missile, which literally cut the lead ship, the Tbilisi, to ribbons. After that, fire was shifted to the rest of the Georgian ships. Another ship was damaged, we couldn't finish it off, allowing it to leave the scene under its own power."
It's a bit of a questionable story. However, the sailor interviewed was appraently from the MRK Mirazh (617, project 12341, NATO - Nanuchka III). Why does that matter? Because the MRK Mirazh is the ship Russia has credited with the attack. Her Captain, Ivan Dubik, was reported to be in the Kremlin on Thursday accepting congratulations.
Some of the details of the sailor's story are slightly inaccurate -- call it fog of war. The Georgian ship sunk was not the Tbilisi, as the sailor suggests. Rather it was the Georgian patrol boat P-21 Georgy Toreli. A night battle in the littoral, the Georgians armed only with guns, yet the little flotilla of four was able to get in close to Moskva and start a little fire. Covering its withdraw, the Mirazh missile boat is reported to have sunk the ship in only 90 seconds in what was reported as 300 meters of water.
According to Al Jazeera, the Coast Guard base in Poti was attacked with artillery on Wednesday after the cease-fire, destroying the rest of the coast guard ships in port. The Tbilisi, which was reported to be in bad condition prior to the war, was sunk in that attack.
As for the 4000 troops? All indications are the Russian Navy reportedly used three amphibious ships to ferry the 4000 paratroopers from Novorossiysk-- reportedly without vehicles. Recent analysis tends to imply the vehicles came separately -- by rail.
According to this article it was the Georgian patrol boat P-21 Georgy Toreli that was hit by a "Malakhit" (SS-N-9) anti-surface missile from the Russian MRK Mirazh (617, project 12341, NATO - Nanuchka III) missile corvette. Another Georgian boat was damaged at sea. The Russian missile cruiser Moskva (121, project 1164, NATO - Slava class) was hit by gunfire and had to withdraw. The rest of the Georgian boats, incl. the missile boat Tbilisi, were shelled in Poti harbour on the 13th Aug, apparently abandoned by their crews.
Wikipedia says Georgian navy had two missile boats before the conflict, the Tbilisi and the Dioskuria. Which was the third missile boat?
Triste sina ter nascido português
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: Georgia X Rússia
Isto é verdade os guerreiros do Caucáso são bestias.P44 escreveu:é para deitar mais umas achazinhas para a fogueira, caro Edson
Afinal os hunos estão vindo aí...e são de elite
Como os russos mesmo dizem dos chechenos: Demos técnicas miltares para eles para se saírem melhor nos combates.
Mas certamente não faz diferença pois é só entregar as armas e mostrar como funciona.
A Guerra está no sangue deles.
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: Georgia X Rússia
P44 escreveu:A parte naval deste conflito:
http://blog.wired.com/defense/2008/08/w ... media.htmlInside the Battle for the Black Sea
By Noah Shachtman August 15, 2008 | 9:15:00
This is the second post from naval blogger Galrahn. Go check out his site, Information Dissemination, when you're done here.
While most of the world has focused primarily on the ground conflict in Georgia, the Russian Black Sea Fleet has been active off the coast. By now, you may have heard some isolated reports -- 4000 troops landed by sea at Ochamchire, a battle resulting in a Georgian coast guard ship sunk, and even claims by Georgia of minefields laid off the Georgian coast. Details have been hard to come by. But, piecing together the analysis and reporting, one can get a picture of some of these events.
While the speed of the Russian Army's response grabbed the attention of western observers, the fast response by the Russian Navy has been quite remarkable, too. The war started on Friday August 8th; the Black Sea Fleet was reported to arrive off the coast of Georgia on Saturday August 9th. That's pretty impressive, considering it is about 400 nautical miles from Sevastopol to Ochamchire. While the Moskva, Smetlivy, Muromets, and Aleksandrovets can make good speed and make the trip quickly, those ships sailed from Sevastopol with an assortment of support vessels that could only make 12-16 knots, at best. Simple math reveals that would make it a 25 hour trip, meaning the ships would have had to put to sea almost immediately after the fighting began. For any fleet to deploy that quickly is extraordinary readiness.
Then, on the early morning of August 10th, there was a battle at sea. The Russian Black Sea Fleet was engaged by four Georgian coast guard vessels, while conducting landing operations in Ochamchire. The Russians claimed to sink one ship, and the day after the battle the Moskva was reported to be in the Russian port of Novorossiysk.
New details have emerged that shed a bit of light on the action. A sailor interviewed in the Sevastopol on Wednesday gave the local press his recollection of the action. Here's my amateur translation:
"We took up station guarding the opposed landing on the Abkhaz shore when all of a sudden four high speed targets were detected. We sent out an IFF signal and the targets didn't react. Receiving a command from the flagship, we got into formation and right at that moment the unidentified targets opened fire on the ship formation and flagship. The cruiser was damaged and a small fire broke out aboard. Then, fearing for seaworthiness, the flagship withdrew from the firing area." - the sailor said.
"Right then the small missile boats clearly fired," the participant continued. "Taking up position, our MRK launched a "Malakhit" (SS-N-9) anti-surface missile, which literally cut the lead ship, the Tbilisi, to ribbons. After that, fire was shifted to the rest of the Georgian ships. Another ship was damaged, we couldn't finish it off, allowing it to leave the scene under its own power."
It's a bit of a questionable story. However, the sailor interviewed was appraently from the MRK Mirazh (617, project 12341, NATO - Nanuchka III). Why does that matter? Because the MRK Mirazh is the ship Russia has credited with the attack. Her Captain, Ivan Dubik, was reported to be in the Kremlin on Thursday accepting congratulations.
Some of the details of the sailor's story are slightly inaccurate -- call it fog of war. The Georgian ship sunk was not the Tbilisi, as the sailor suggests. Rather it was the Georgian patrol boat P-21 Georgy Toreli. A night battle in the littoral, the Georgians armed only with guns, yet the little flotilla of four was able to get in close to Moskva and start a little fire. Covering its withdraw, the Mirazh missile boat is reported to have sunk the ship in only 90 seconds in what was reported as 300 meters of water.
According to Al Jazeera, the Coast Guard base in Poti was attacked with artillery on Wednesday after the cease-fire, destroying the rest of the coast guard ships in port. The Tbilisi, which was reported to be in bad condition prior to the war, was sunk in that attack.
As for the 4000 troops? All indications are the Russian Navy reportedly used three amphibious ships to ferry the 4000 paratroopers from Novorossiysk-- reportedly without vehicles. Recent analysis tends to imply the vehicles came separately -- by rail.
According to this article it was the Georgian patrol boat P-21 Georgy Toreli that was hit by a "Malakhit" (SS-N-9) anti-surface missile from the Russian MRK Mirazh (617, project 12341, NATO - Nanuchka III) missile corvette. Another Georgian boat was damaged at sea. The Russian missile cruiser Moskva (121, project 1164, NATO - Slava class) was hit by gunfire and had to withdraw. The rest of the Georgian boats, incl. the missile boat Tbilisi, were shelled in Poti harbour on the 13th Aug, apparently abandoned by their crews.
Wikipedia says Georgian navy had two missile boats before the conflict, the Tbilisi and the Dioskuria. Which was the third missile boat?
Alguém das navais poderia nos dar uma luz e nos indentificar esses misseis russos e goergianos.
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: Georgia X Rússia
Kosovo amplia reivindicações de separatistas
OESP, 18-08
Regiões vêem independência de província como precedente perfeito para autodeterminação
Tim Judah, The Guardian, Tskinvali, Ossétia do Sul
Quando visitei Tskinvali, a capital da Ossétia do Sul, há alguns meses, ela me pareceu o fim do
mundo e não o lugar que desencadearia uma nova guerra no Cáucaso. O ânimo não era muito diferente em Sokumi, capital da Abkázia. Eles eram dois dos quatro "conflitos congelados" da antiga União Soviética.
Ossétia do Sul e Abkázia romperam com a Geórgia em meio a violentos combates quando a
União Soviética se desintegrou. Os outros dois "conflitos congelados" na região são Nagorno-Karabakh, um enclave armênio no Azerbaijão, e a Transdniester, cuja população eslava se rebelou contra a Moldávia, que tem um povo e uma língua estreitamente ligados à Romênia. Nenhum é reconhecidos, mas existem como Estados de fato, ainda que com apoio da Rússia. No caso de Nagorno-Karabakh, com apoio da Armênia.
Tome-se o caso da Ossétia do Sul, que, como a Abkázia, tinha um status autônomo dentro da
Geórgia soviética. Embora muitos ossétios do sul vivam em Tbilisi e em outras partes da Geórgia, seu povo está realmente ligado à Ossétia do Norte, que hoje pertence à Rússia. "Nosso objetivo é a
unificação com a Ossétia do Norte", disse Alan Pliev, vice-chanceler da Ossétia do Sul.
A algumas horas de distância de carro, o sonho dos abkázios era diferente. Seu objetivo é
simplesmente aferrar-se ao que eles conseguiram. E existe um problema. Antes da guerra abkázia no início dos anos 90, menos de 18% de sua população era de etnia abkázia. Hoje, esse grupo ainda representa apenas 45% dos cerca de 200 mil habitantes da província, e centenas de milhares de georgianos que saíram da Abkázia nos anos 90 querem voltar para casa. Os abkázios, que têm um controle firme do governo, argumentam que permitir a volta desses refugiados seria fazer novamente dos abkázios uma pequena minoria em sua própria pátria.
Ao contrário dos ossétios, os abkázios têm grande desconfiança dos russos. "A Abkázia está
ligada à Rússia, que é o único país que realmente coopera com a Abkázia, mas hoje muitos temem que isso possa levar à nossa absorção política", disse Leyla Taniya, que dirige um centro de estudos em Sokumi.
É fácil compreender por que há esse temor. Todos os abkázios, como os ossétios do sul,
receberam passaportes russos e votam em eleições russas, apesar de seus pequenos Estados não reconhecidos serem legalmente parte da Geórgia. Eles usam o rublo, seu povo trabalha e estuda na Rússia, e eles falam russo tanto quanto o abkázio ou o ossétio. E, como os últimos dias mostraram, sem apoio militar russo duvida-se que essas regiões separatistas ainda existiriam.
Mas o curioso é que a Rússia realmente não quer sua secessão plena. Após combater
separatistas na Chechênia por mais de uma década, Moscou teme algo que possa criar um precedente e encorajar o esfacelamento da Federação Russa. E ela não é a única grande potência com essa preocupação: a China fica nervosa com qualquer coisa que possa alimentar esperança separatista no Tibete ou na região de Xinjiang, para não falar na ilha de Taiwan.
Neste ano, a polêmica sobre o separatismo aumentou e a razão disso é Kosovo. Em 17 de
fevereiro, Kosovo, que tem cerca de 2 milhões de habitantes, 90% dos quais albaneses étnicos, declarou independência da Sérvia. A Sérvia rejeita, é claro, sua independência, assim como a Rússia, a China e, na verdade, a maioria dos países do mundo, entre eles a Geórgia.
Dos 27 países da União Européia, 20 o reconheceram, ao lado dos EUA e de outros países
ocidentais. Mas ao fazê-lo, esses 45 Estados parecem ter cruzado um obstáculo legal. Até então, os únicos Estados novos na Europa haviam sido as 6 repúblicas da antiga Iugoslávia, as 15 ex-repúblicas soviéticas, e as repúblicas checa e eslovaca.
Kosovo é diferente. Como as quatro separatistas pós-soviéticas, ela era uma província de uma
república existente. Assim, argumentam os líderes sérvios, ela não tem o mesmo direito à independência que as repúblicas tiveram. Para os albaneses de Kosovo, sua luta tinha como base o direito legal de um povo à autodeterminação - como os sérvios argumentaram em 1991 quando estabeleceram a efêmera república separatista de Krajina na Croácia.
Daí a recusa da Rússia a apoiar a independência de Kosovo. "O Ocidente é visto hoje por muitos da elite e do público russos como uma força ameaçadora que está conspirando para dividir a Rússia e despojá-la de suas riquezas naturais. Ao apoiar o direito da Sérvia de vetar a secessão de Kosovo, o Kremlin claramente acredita que está defendendo o inquestionável direito da Rússia de manter sua integridade territorial pelos meios disponíveis", diz Pavel Felgenhauer, um influente comentarista russo.
Claro, a Rússia está interessada na sua integridade territorial e não na da Geórgia. Ao apoiar a
Abkázia e a Ossétia do Sul, ela tem os meios para manter a Geórgia à sua mercê e impedi-la de seguir o caminho pró-Ocidente. Mas, fora isso, ela tem pouco interesse em Estados separatistas.
Em setembro, a Sérvia pedirá à Assembléia-Geral da ONU que solicite do Tribunal Internacional
de Justiça um parecer sobre se a declaração de independência de Kosovo foi legal ou não. Se isso acontecer, a decisão poderá causar um grande impacto - ou não, conforme as circunstâncias. Se Kosovo puder ser reconhecido sem a permissão da Sérvia, o mesmo valerá para a Abkázia e a Ossétia do Sul, para não falar da República Srpska (a parte sérvia da Bósnia), o Curdistão iraquiano e - quem sabe? - algum dia até mesmo a Catalunha ou o País Basco.
A coisa toda se resume a uma questão simples: estar no lugar certo no momento certo e ter os amigos certos com as armas e interesses certos. O precedente, apesar de todo o temor dos diplomatas, é apenas uma parte disso. O que conta é em qual lugar do mapa se está e o que se pode conseguir.
OESP, 18-08
Regiões vêem independência de província como precedente perfeito para autodeterminação
Tim Judah, The Guardian, Tskinvali, Ossétia do Sul
Quando visitei Tskinvali, a capital da Ossétia do Sul, há alguns meses, ela me pareceu o fim do
mundo e não o lugar que desencadearia uma nova guerra no Cáucaso. O ânimo não era muito diferente em Sokumi, capital da Abkázia. Eles eram dois dos quatro "conflitos congelados" da antiga União Soviética.
Ossétia do Sul e Abkázia romperam com a Geórgia em meio a violentos combates quando a
União Soviética se desintegrou. Os outros dois "conflitos congelados" na região são Nagorno-Karabakh, um enclave armênio no Azerbaijão, e a Transdniester, cuja população eslava se rebelou contra a Moldávia, que tem um povo e uma língua estreitamente ligados à Romênia. Nenhum é reconhecidos, mas existem como Estados de fato, ainda que com apoio da Rússia. No caso de Nagorno-Karabakh, com apoio da Armênia.
Tome-se o caso da Ossétia do Sul, que, como a Abkázia, tinha um status autônomo dentro da
Geórgia soviética. Embora muitos ossétios do sul vivam em Tbilisi e em outras partes da Geórgia, seu povo está realmente ligado à Ossétia do Norte, que hoje pertence à Rússia. "Nosso objetivo é a
unificação com a Ossétia do Norte", disse Alan Pliev, vice-chanceler da Ossétia do Sul.
A algumas horas de distância de carro, o sonho dos abkázios era diferente. Seu objetivo é
simplesmente aferrar-se ao que eles conseguiram. E existe um problema. Antes da guerra abkázia no início dos anos 90, menos de 18% de sua população era de etnia abkázia. Hoje, esse grupo ainda representa apenas 45% dos cerca de 200 mil habitantes da província, e centenas de milhares de georgianos que saíram da Abkázia nos anos 90 querem voltar para casa. Os abkázios, que têm um controle firme do governo, argumentam que permitir a volta desses refugiados seria fazer novamente dos abkázios uma pequena minoria em sua própria pátria.
Ao contrário dos ossétios, os abkázios têm grande desconfiança dos russos. "A Abkázia está
ligada à Rússia, que é o único país que realmente coopera com a Abkázia, mas hoje muitos temem que isso possa levar à nossa absorção política", disse Leyla Taniya, que dirige um centro de estudos em Sokumi.
É fácil compreender por que há esse temor. Todos os abkázios, como os ossétios do sul,
receberam passaportes russos e votam em eleições russas, apesar de seus pequenos Estados não reconhecidos serem legalmente parte da Geórgia. Eles usam o rublo, seu povo trabalha e estuda na Rússia, e eles falam russo tanto quanto o abkázio ou o ossétio. E, como os últimos dias mostraram, sem apoio militar russo duvida-se que essas regiões separatistas ainda existiriam.
Mas o curioso é que a Rússia realmente não quer sua secessão plena. Após combater
separatistas na Chechênia por mais de uma década, Moscou teme algo que possa criar um precedente e encorajar o esfacelamento da Federação Russa. E ela não é a única grande potência com essa preocupação: a China fica nervosa com qualquer coisa que possa alimentar esperança separatista no Tibete ou na região de Xinjiang, para não falar na ilha de Taiwan.
Neste ano, a polêmica sobre o separatismo aumentou e a razão disso é Kosovo. Em 17 de
fevereiro, Kosovo, que tem cerca de 2 milhões de habitantes, 90% dos quais albaneses étnicos, declarou independência da Sérvia. A Sérvia rejeita, é claro, sua independência, assim como a Rússia, a China e, na verdade, a maioria dos países do mundo, entre eles a Geórgia.
Dos 27 países da União Européia, 20 o reconheceram, ao lado dos EUA e de outros países
ocidentais. Mas ao fazê-lo, esses 45 Estados parecem ter cruzado um obstáculo legal. Até então, os únicos Estados novos na Europa haviam sido as 6 repúblicas da antiga Iugoslávia, as 15 ex-repúblicas soviéticas, e as repúblicas checa e eslovaca.
Kosovo é diferente. Como as quatro separatistas pós-soviéticas, ela era uma província de uma
república existente. Assim, argumentam os líderes sérvios, ela não tem o mesmo direito à independência que as repúblicas tiveram. Para os albaneses de Kosovo, sua luta tinha como base o direito legal de um povo à autodeterminação - como os sérvios argumentaram em 1991 quando estabeleceram a efêmera república separatista de Krajina na Croácia.
Daí a recusa da Rússia a apoiar a independência de Kosovo. "O Ocidente é visto hoje por muitos da elite e do público russos como uma força ameaçadora que está conspirando para dividir a Rússia e despojá-la de suas riquezas naturais. Ao apoiar o direito da Sérvia de vetar a secessão de Kosovo, o Kremlin claramente acredita que está defendendo o inquestionável direito da Rússia de manter sua integridade territorial pelos meios disponíveis", diz Pavel Felgenhauer, um influente comentarista russo.
Claro, a Rússia está interessada na sua integridade territorial e não na da Geórgia. Ao apoiar a
Abkázia e a Ossétia do Sul, ela tem os meios para manter a Geórgia à sua mercê e impedi-la de seguir o caminho pró-Ocidente. Mas, fora isso, ela tem pouco interesse em Estados separatistas.
Em setembro, a Sérvia pedirá à Assembléia-Geral da ONU que solicite do Tribunal Internacional
de Justiça um parecer sobre se a declaração de independência de Kosovo foi legal ou não. Se isso acontecer, a decisão poderá causar um grande impacto - ou não, conforme as circunstâncias. Se Kosovo puder ser reconhecido sem a permissão da Sérvia, o mesmo valerá para a Abkázia e a Ossétia do Sul, para não falar da República Srpska (a parte sérvia da Bósnia), o Curdistão iraquiano e - quem sabe? - algum dia até mesmo a Catalunha ou o País Basco.
A coisa toda se resume a uma questão simples: estar no lugar certo no momento certo e ter os amigos certos com as armas e interesses certos. O precedente, apesar de todo o temor dos diplomatas, é apenas uma parte disso. O que conta é em qual lugar do mapa se está e o que se pode conseguir.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
Re: Georgia X Rússia
Fato curioso, a quase 10 aos atrás, chegava no mercado um jogo chamado Ghost Recon. Que tratava de forças especiais americanas, atuando secretamente em território Georgiano, lutando contra uma invasão russa perpetrada pela questão da Ossetia do Sul.
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
- Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
Re: Georgia X Rússia
Da série "novas armas para o Ex Russo"
Não tem cara de serem da Colt, parece que são de outra fabricante...
Não tem cara de serem da Colt, parece que são de outra fabricante...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
-
- Intermediário
- Mensagens: 235
- Registrado em: Ter Jan 17, 2006 8:24 pm
- Localização: Porto União /SC
- Agradeceu: 10 vezes
Re: Georgia X Rússia
Meia do Schalke 04 se recusa a jogar em protesto contra Rússia
Postado em 13/8/2008 às 14:09 por Equipe Trivela.com
Levan Kobiashvili está fora da partida contra o Atlético de Madrid, nesta quarta-feira, pela Liga dos Campeões. O meia do Schalke 04 protesta contra o ataque russo à Geórgia, nos recentes conflitos ocorridos na região da Ossétia do Sul.
O jogador, nascido na Geórgia, recusou-se a entrar em campo contra os Colchoneros por um motivo: na camisa dos Azuis Reais, está estampada a marca da Gazprom, empresa russa do ramo petrolífero.
“Não posso vestir essa camisa pelo protesto contra a agressão russa”, afirmou Kobiashvili, em entrevista ao diário esportivo georgiano ‘Sabrieli’.
Nos últimos dias, a Geórgia realizou uma ofensiva contra a Ossétia do Sul para retomar o controle sobre a região. A Rússia reagiu e atacou os georgianos.
http://www.trivela.com/Noticias.aspx?vi ... =&id=22061
Postado em 13/8/2008 às 14:09 por Equipe Trivela.com
Levan Kobiashvili está fora da partida contra o Atlético de Madrid, nesta quarta-feira, pela Liga dos Campeões. O meia do Schalke 04 protesta contra o ataque russo à Geórgia, nos recentes conflitos ocorridos na região da Ossétia do Sul.
O jogador, nascido na Geórgia, recusou-se a entrar em campo contra os Colchoneros por um motivo: na camisa dos Azuis Reais, está estampada a marca da Gazprom, empresa russa do ramo petrolífero.
“Não posso vestir essa camisa pelo protesto contra a agressão russa”, afirmou Kobiashvili, em entrevista ao diário esportivo georgiano ‘Sabrieli’.
Nos últimos dias, a Geórgia realizou uma ofensiva contra a Ossétia do Sul para retomar o controle sobre a região. A Rússia reagiu e atacou os georgianos.
http://www.trivela.com/Noticias.aspx?vi ... =&id=22061
O Pior cego é o que está convicto e seguro de que vê. Não há nada mais fácil do que apontar os erros, preconceitos e fanatismo dos outros enquanto permanecemos cegos e insensíveis aos nossos próprios.
Re: Georgia X Rússia
"Não tem cara de serem da Colt, parece que são de outra fabricante..."
Esses M4 são fabricadas pela Bushmaster
Esses M4 são fabricadas pela Bushmaster
Re: Georgia X Rússia
18/08/2008 - 19h08
Rússia faz "jogo perigoso" na Geórgia, diz Rice
Por David Alexander
BRUXELAS (Reuters) - A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, disse na segunda-feira que o Ocidente está determinado a evitar que a Rússia obtenha uma vitória estratégica com seu ataque à Geórgia.
Ela alertou que Moscou está fazendo um jogo perigoso ao usar seu poderio militar para reafirmar sua influência.
Em viagem a uma reunião da Otan e do Conselho do Atlântico Norte, ela disse que a Rússia quer abalar a democracia georgiana e seu governo pró-ocidental, além de prejudicar a economia do país.
A Rússia invadiu o seu vizinho menor há dez dias, para proteger a autonomia da província separatista georgiana da Ossétia do Sul. Na semana passada, ambas as partes assinaram uma trégua.
"Estamos determinados a lhes negar seu objetivo estratégico", disse Rice a jornalistas a caminho de Bruxelas.
O principal tema da reunião será como garantir que a Rússia cumpra a de desocupação feita à mediadora França.
Para a secretária, a ação militar russa é parte de um recente padrão de assertividade militar por parte de Moscou. "Acho que todos reconhecem que não é a primeira vez que vemos esse problema. Tivemos a aviação estratégica desafiando até ao longo das fronteiras com os Estados Unidos, o que eu deveria citar como um jogo muito perigoso, e talvez os russos devam reconsiderar".
Há cerca de seis meses, bombardeiros estratégicos russos de longo alcance Tu95 Bear H se aproximaram do Alasca. Em resposta, caças dos EUA os escoltaram até que se retirassem.
"A esperança era de que a Rússia fosse construir sua fundação e suas relações com a Europa e os Estados Unidos sobre a base do patrimônio econômico, político, cultural e outros da Rússia", disse Rice.
"[Mas] lembrar às pessoas que os Bears podem voar perto da Noruega ou perto do Alasca e que se pode usar a força militar contra um vizinho menor não é uma mensagem ou imagem particularmente sedutora".
Rice disse que, além de reafirmar a promessa de adesão da Geórgia à Otan, a aliança também deve reiterar o apoio a países do Leste Europeu que já são participantes. A Ucrânia, outra candidata a aderir, também deve receber uma menção.
"Francamente, a Rússia não pode fazer dos dois jeitos. Não pode agir da forma como durante a Guerra Fria, quando era União Soviética, e [por outro lado] esperar que seja tratada como uma parceira responsável".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 75729.jhtm
Rússia faz "jogo perigoso" na Geórgia, diz Rice
Por David Alexander
BRUXELAS (Reuters) - A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, disse na segunda-feira que o Ocidente está determinado a evitar que a Rússia obtenha uma vitória estratégica com seu ataque à Geórgia.
Ela alertou que Moscou está fazendo um jogo perigoso ao usar seu poderio militar para reafirmar sua influência.
Em viagem a uma reunião da Otan e do Conselho do Atlântico Norte, ela disse que a Rússia quer abalar a democracia georgiana e seu governo pró-ocidental, além de prejudicar a economia do país.
A Rússia invadiu o seu vizinho menor há dez dias, para proteger a autonomia da província separatista georgiana da Ossétia do Sul. Na semana passada, ambas as partes assinaram uma trégua.
"Estamos determinados a lhes negar seu objetivo estratégico", disse Rice a jornalistas a caminho de Bruxelas.
O principal tema da reunião será como garantir que a Rússia cumpra a de desocupação feita à mediadora França.
Para a secretária, a ação militar russa é parte de um recente padrão de assertividade militar por parte de Moscou. "Acho que todos reconhecem que não é a primeira vez que vemos esse problema. Tivemos a aviação estratégica desafiando até ao longo das fronteiras com os Estados Unidos, o que eu deveria citar como um jogo muito perigoso, e talvez os russos devam reconsiderar".
Há cerca de seis meses, bombardeiros estratégicos russos de longo alcance Tu95 Bear H se aproximaram do Alasca. Em resposta, caças dos EUA os escoltaram até que se retirassem.
"A esperança era de que a Rússia fosse construir sua fundação e suas relações com a Europa e os Estados Unidos sobre a base do patrimônio econômico, político, cultural e outros da Rússia", disse Rice.
"[Mas] lembrar às pessoas que os Bears podem voar perto da Noruega ou perto do Alasca e que se pode usar a força militar contra um vizinho menor não é uma mensagem ou imagem particularmente sedutora".
Rice disse que, além de reafirmar a promessa de adesão da Geórgia à Otan, a aliança também deve reiterar o apoio a países do Leste Europeu que já são participantes. A Ucrânia, outra candidata a aderir, também deve receber uma menção.
"Francamente, a Rússia não pode fazer dos dois jeitos. Não pode agir da forma como durante a Guerra Fria, quando era União Soviética, e [por outro lado] esperar que seja tratada como uma parceira responsável".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 75729.jhtm
- Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
Re: Georgia X Rússia
Blehlekzero escreveu:"Não tem cara de serem da Colt, parece que são de outra fabricante..."
Esses M4 são fabricadas pela Bushmaster
Ah, bem vindo aí, essa foi a primeira mensagem de muitas!
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)