Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Ministro acompanha avanço de tropas brasileiras contra o "inimigo" na Operação Poraquê
Caracaraí, Roraima (12/08/2008) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhou na segunda-feira (11/08) o auge das manobras militares da Operação Poraquê, realizada nos estados de Amazonas e Roraima. A operação, um exercício de simulação de guerra com mais de 5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, foi planejada num cenário fictício de ameaça de invasão do território brasileiro (país verde) por um país inimigo (país amarelo). Os alvos da cobiça estrangeira seriam a hidrelétrica de Balbina (AM) e áreas ricas em minérios.
Durante a visita, Jobim acompanhou o lançamento de suprimentos por pára-quedas, a partir de um avião Hércules, destinado a municiar um grupo de operações especiais que tinha sido lançado na véspera, para tomar uma área de interesse do inimigo. No mesmo vôo, o ministro acompanhou o lançamento de pára-quedistas de um grupo de operações especiais do corpo de fuzileiros navais.
Jobim também acompanhou a simulação de um ataque aéreo feito por aviões A1 (AMX) a uma coluna de blindados do inimigo que pretendia barrar o avanço dos grupos de operações especiais do país verde, em Caracaraí (RR). À tarde, o ministro visitou uma Ação Cívico Social (ACISO) em Novo Airão e operações de manutenção de navio fluvial no Rio Negro, em um dique flutuante (navio que retira outra embarcação da água e a mantém em seu convés para manutenção).
O ministro disse que os esforços para a otimização da defesa da Amazônia não significam que o Brasil esteja sob a ameaça de outros países. A possibilidade de que ocorra uma incursão inimiga, segundo ele, está "abaixo de zero".
Jobim, porém, alertou para a necessidade de manifestação do poder dissuasório do Estado. Ele definiu a importância do poder dissuasório da seguinte forma: "Nos tempos modernos não raciocinamos em termos de conflitos convencionais. Temos de raciocinar em termos de conflitos não convencionais, ou assimétricos, em que quem estabelece um conflito não é o Estado Nacional, mas organizações criminosas. O Brasil não tem nenhuma pretensão expansionista no sentido territorial, mas tem - isso sim - uma pretensão de preservação de seus espaços, das suas riquezas, e essa região é muito rica."
O ministro disse ainda que em dois meses o Exército deverá ter concluído o estudo de implantação dos pelotões de fronteira que deverão ser instalados em todas as àreas indígenas onde ainda não existam essas instalações. Ele negou que a oposição de organizações indígenas possa prejudicar a implantação de pelotões de fronteiras.
Segundo Jobim, as organizações indígenas fazem parte do poder do Estado brasileiro e, como tal, se submetem ao poder do Estado. Por essa razão, se o Estado brasileiro já decidiu, por meio de decreto do Presidente da República, que instalará postos de fronteira, essas organizações "podem protestar à vontade, que (os pelotões) serão instalados", concluiu.
Com relação ao combate ao tráfico de drogas, o ministro lembrou que se trata de atividade da competência do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Observou, porém, ser importante a aplicação de estratégia combinada com a Polícia Federal, para o caso de droga, e com a Receita Federal, para o caso de contrabando. Acrescentou que as Forças Armadas possuem poder de polícia em zonas de fronteira, conforme a Lei Complementar 97 que dispõe sobre a atuação a Marinha, Exército e Aeronáutica.
Para o ministro, a necessidade de implantação de uma infra-estrutura e de logística de apoio às Forças Armadas na Amazônia constitui um problema também dos países que fazem fronteira com o Brasil. Daí, segundo Jobim, a importância da criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, que deverá ter uma vertente amazônica, destinada a fortalecer a cooperação nessa área.
Além do ministro Nelson Jobim, compareceram às atividades da Operação Poraquê os Comandantes do Exército, General Enzo Martins Peri, da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, e da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito. Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Marcos Martins Torres, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno Pereira, e oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. As operações foram iniciadas em 4 de agosto e se encerram na próxima sexta-feira (15/08).
Texto: José Romildo
Fotos:Elio Sales
Enviados especiais a Manaus
Edição: José Ramos
Assessoria de Comunicação
(61) 3312-4070/4071
Caracaraí, Roraima (12/08/2008) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhou na segunda-feira (11/08) o auge das manobras militares da Operação Poraquê, realizada nos estados de Amazonas e Roraima. A operação, um exercício de simulação de guerra com mais de 5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, foi planejada num cenário fictício de ameaça de invasão do território brasileiro (país verde) por um país inimigo (país amarelo). Os alvos da cobiça estrangeira seriam a hidrelétrica de Balbina (AM) e áreas ricas em minérios.
Durante a visita, Jobim acompanhou o lançamento de suprimentos por pára-quedas, a partir de um avião Hércules, destinado a municiar um grupo de operações especiais que tinha sido lançado na véspera, para tomar uma área de interesse do inimigo. No mesmo vôo, o ministro acompanhou o lançamento de pára-quedistas de um grupo de operações especiais do corpo de fuzileiros navais.
Jobim também acompanhou a simulação de um ataque aéreo feito por aviões A1 (AMX) a uma coluna de blindados do inimigo que pretendia barrar o avanço dos grupos de operações especiais do país verde, em Caracaraí (RR). À tarde, o ministro visitou uma Ação Cívico Social (ACISO) em Novo Airão e operações de manutenção de navio fluvial no Rio Negro, em um dique flutuante (navio que retira outra embarcação da água e a mantém em seu convés para manutenção).
O ministro disse que os esforços para a otimização da defesa da Amazônia não significam que o Brasil esteja sob a ameaça de outros países. A possibilidade de que ocorra uma incursão inimiga, segundo ele, está "abaixo de zero".
Jobim, porém, alertou para a necessidade de manifestação do poder dissuasório do Estado. Ele definiu a importância do poder dissuasório da seguinte forma: "Nos tempos modernos não raciocinamos em termos de conflitos convencionais. Temos de raciocinar em termos de conflitos não convencionais, ou assimétricos, em que quem estabelece um conflito não é o Estado Nacional, mas organizações criminosas. O Brasil não tem nenhuma pretensão expansionista no sentido territorial, mas tem - isso sim - uma pretensão de preservação de seus espaços, das suas riquezas, e essa região é muito rica."
O ministro disse ainda que em dois meses o Exército deverá ter concluído o estudo de implantação dos pelotões de fronteira que deverão ser instalados em todas as àreas indígenas onde ainda não existam essas instalações. Ele negou que a oposição de organizações indígenas possa prejudicar a implantação de pelotões de fronteiras.
Segundo Jobim, as organizações indígenas fazem parte do poder do Estado brasileiro e, como tal, se submetem ao poder do Estado. Por essa razão, se o Estado brasileiro já decidiu, por meio de decreto do Presidente da República, que instalará postos de fronteira, essas organizações "podem protestar à vontade, que (os pelotões) serão instalados", concluiu.
Com relação ao combate ao tráfico de drogas, o ministro lembrou que se trata de atividade da competência do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Observou, porém, ser importante a aplicação de estratégia combinada com a Polícia Federal, para o caso de droga, e com a Receita Federal, para o caso de contrabando. Acrescentou que as Forças Armadas possuem poder de polícia em zonas de fronteira, conforme a Lei Complementar 97 que dispõe sobre a atuação a Marinha, Exército e Aeronáutica.
Para o ministro, a necessidade de implantação de uma infra-estrutura e de logística de apoio às Forças Armadas na Amazônia constitui um problema também dos países que fazem fronteira com o Brasil. Daí, segundo Jobim, a importância da criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, que deverá ter uma vertente amazônica, destinada a fortalecer a cooperação nessa área.
Além do ministro Nelson Jobim, compareceram às atividades da Operação Poraquê os Comandantes do Exército, General Enzo Martins Peri, da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, e da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito. Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Marcos Martins Torres, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno Pereira, e oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. As operações foram iniciadas em 4 de agosto e se encerram na próxima sexta-feira (15/08).
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"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Jobim disse que pôde acompanhar durante a Operação Poraquê, exercício militar combinado realizado pelas Forças na região Amazônica, o profissionalismo, a criatividade e a capacidade de superar obstáculos do militar brasileiro. “Voltei feliz como cidadão e muito orgulhoso, senhor presidente, como ministro do seu governo. Acredito, senhor presidente, não há motivos para temer nenhuma ameaça à Amazônia. Nossos soldados estão prontos para defendê-la”, disse
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Os ossetas e a Raposa-Serra do Sol
Infelizmente, no Brasil, quem pensa nos interesses nacionais de longo prazo são os militares. A maioria dos políticos olha para os interesses de curtíssimo prazo, às vezes os do passado
Por Luiz Carlos Azedo
Quando as tropas de Gengis Kan atravessaram o Cáucaso, a Alânia era uma nação em formação, graças à Rota da Seda. O povo de Jas (ossetas), porém, foi expulso das margens do Rio Don — a eterna linha divisória entre a Europa e a Ásia —, para as montanhas do Cáucaso, na fronteira da Rússia com a Geórgia. Essa é a origem das Ossétias do Norte (RU) e do Sul (GEO), repúblicas autônomas da antiga União Soviética criadas por Stálin. Georgiano descendente de ossetas, julgava ter encontrado a fórmula para resolver os conflitos étnicos e a questão das nacionalidades do antigo Império de Pedro, o Grande, e Catarina da Rússia.
Volatilização
Com o fim espetacular e inesperado da União Soviética, a Ossétia do Norte manteve seu status na Federação Russa, mas a Geórgia nunca aceitou a autonomia da Ossétia do Sul. Desde então, a região é um foco de tensões, que agora resultaram numa guerra que desestabiliza a geopolítica da Europa. Quem imaginaria, há 50 anos, a Geórgia em guerra com a Rússia? O Império Soviético parecia inabalável, sobre o tripé Rússia-Ucrânia-Geórgia, as repúblicas asiáticas e os países do Leste Europeu, inclusive a antiga Alemanha Oriental.
A Guerra Fria, apesar do conflito sino-soviético, durante 40 anos, rumou noutra direção. Primeiro foi a Revolução Cubana, depois o colapso do colonialismo na África, a derrota norte-americana no Vietnã, os aiatolás do Irã no poder e a democratização da América Latina. A partir da década de 1990, porém, o jogo virou completamente. Os soviéticos foram volatilizados, o antigo regime comunista virou um folclore que ainda atrai turistas. A Alemanha voltou a ser uma só, a Estônia, Lituânia e Letônia se tornaram independentes, Ieltsin dissolveu a União Soviética. A Iugoslávia implodiu em guerras civis nos Bálcãs, berço de duas guerras mundiais. As fronteiras da Conferência de Yalta, desenhadas pelos vitoriosos na II Guerra Mundial, foram descongeladas e os países do Leste Europeu ingressaram na Comunidade Européia. Cuba e Coréia do Norte pagam o preço do dogmatismo; a China do massacre da Paz Celestial resultou num “capitalismo de Estado” que ninguém sabe ainda aonde vai, mas que o mundo observa de bem perto nestas Olimpíadas de Pequim.
O que será?
Quem dá as cartas no “grande jogo” das potências ocidentais no Oriente são os Estados Unidos: um pé no Afeganistão, outro no Iraque, a mão peluda na Bósnia e outra, de gato, na Geórgia. O olho ianque da direita vigia a Rússia, que tenta se reerguer com potência energética da Europa; o da esquerda, a China, cuja influência cresce na Ásia e na África. Onde entra o Brasil nessa história? Fica de fora, na arquibancada da Rodada de Doha, onde a diplomacia brasileira apostou todas as fichas, em busca de um acordo multilateral mais favorável aos emergentes no mercado globalizado.
E daqui a 50 anos, o que será? Seremos uma grande potência energética, com petróleo em abundância na plataforma continental, grandes hidrelétricas e minerais estratégicos na Amazônia, num cenário de esgotamento de reservas mundiais. O futuro da América Latina, porém, ainda é uma incógnita, devido às contradições crescentes no subcontinente, como a ameaça separatista na Bolívia, a presença militar norte-americana na Colômbia, a belicosidade da Venezuela de Chávez, os ressentimentos do Paraguai, sem falar do narcotráfico.
Infelizmente, no Brasil, quem pensa nos interesses nacionais de longo prazo são, principalmente, os militares. A maioria dos políticos olha para os interesses de curtíssimo prazo, às vezes os do passado. Essa é a diferença, por exemplo, entre a polêmica criada pelo comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro, sobre os riscos à soberania na reserva Raposa-Serra do Sol, e o debate patrocinado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a Lei de Anistia. A guerra na Ossétia do Sul é um conflito no fim do mundo, mas suas causas estão muito próximas de nós por causa do velho padrão energético que o mundo pós-moderno herdou da sociedade industrial.
Infelizmente, no Brasil, quem pensa nos interesses nacionais de longo prazo são os militares. A maioria dos políticos olha para os interesses de curtíssimo prazo, às vezes os do passado
Por Luiz Carlos Azedo
Quando as tropas de Gengis Kan atravessaram o Cáucaso, a Alânia era uma nação em formação, graças à Rota da Seda. O povo de Jas (ossetas), porém, foi expulso das margens do Rio Don — a eterna linha divisória entre a Europa e a Ásia —, para as montanhas do Cáucaso, na fronteira da Rússia com a Geórgia. Essa é a origem das Ossétias do Norte (RU) e do Sul (GEO), repúblicas autônomas da antiga União Soviética criadas por Stálin. Georgiano descendente de ossetas, julgava ter encontrado a fórmula para resolver os conflitos étnicos e a questão das nacionalidades do antigo Império de Pedro, o Grande, e Catarina da Rússia.
Volatilização
Com o fim espetacular e inesperado da União Soviética, a Ossétia do Norte manteve seu status na Federação Russa, mas a Geórgia nunca aceitou a autonomia da Ossétia do Sul. Desde então, a região é um foco de tensões, que agora resultaram numa guerra que desestabiliza a geopolítica da Europa. Quem imaginaria, há 50 anos, a Geórgia em guerra com a Rússia? O Império Soviético parecia inabalável, sobre o tripé Rússia-Ucrânia-Geórgia, as repúblicas asiáticas e os países do Leste Europeu, inclusive a antiga Alemanha Oriental.
A Guerra Fria, apesar do conflito sino-soviético, durante 40 anos, rumou noutra direção. Primeiro foi a Revolução Cubana, depois o colapso do colonialismo na África, a derrota norte-americana no Vietnã, os aiatolás do Irã no poder e a democratização da América Latina. A partir da década de 1990, porém, o jogo virou completamente. Os soviéticos foram volatilizados, o antigo regime comunista virou um folclore que ainda atrai turistas. A Alemanha voltou a ser uma só, a Estônia, Lituânia e Letônia se tornaram independentes, Ieltsin dissolveu a União Soviética. A Iugoslávia implodiu em guerras civis nos Bálcãs, berço de duas guerras mundiais. As fronteiras da Conferência de Yalta, desenhadas pelos vitoriosos na II Guerra Mundial, foram descongeladas e os países do Leste Europeu ingressaram na Comunidade Européia. Cuba e Coréia do Norte pagam o preço do dogmatismo; a China do massacre da Paz Celestial resultou num “capitalismo de Estado” que ninguém sabe ainda aonde vai, mas que o mundo observa de bem perto nestas Olimpíadas de Pequim.
O que será?
Quem dá as cartas no “grande jogo” das potências ocidentais no Oriente são os Estados Unidos: um pé no Afeganistão, outro no Iraque, a mão peluda na Bósnia e outra, de gato, na Geórgia. O olho ianque da direita vigia a Rússia, que tenta se reerguer com potência energética da Europa; o da esquerda, a China, cuja influência cresce na Ásia e na África. Onde entra o Brasil nessa história? Fica de fora, na arquibancada da Rodada de Doha, onde a diplomacia brasileira apostou todas as fichas, em busca de um acordo multilateral mais favorável aos emergentes no mercado globalizado.
E daqui a 50 anos, o que será? Seremos uma grande potência energética, com petróleo em abundância na plataforma continental, grandes hidrelétricas e minerais estratégicos na Amazônia, num cenário de esgotamento de reservas mundiais. O futuro da América Latina, porém, ainda é uma incógnita, devido às contradições crescentes no subcontinente, como a ameaça separatista na Bolívia, a presença militar norte-americana na Colômbia, a belicosidade da Venezuela de Chávez, os ressentimentos do Paraguai, sem falar do narcotráfico.
Infelizmente, no Brasil, quem pensa nos interesses nacionais de longo prazo são, principalmente, os militares. A maioria dos políticos olha para os interesses de curtíssimo prazo, às vezes os do passado. Essa é a diferença, por exemplo, entre a polêmica criada pelo comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro, sobre os riscos à soberania na reserva Raposa-Serra do Sol, e o debate patrocinado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a Lei de Anistia. A guerra na Ossétia do Sul é um conflito no fim do mundo, mas suas causas estão muito próximas de nós por causa do velho padrão energético que o mundo pós-moderno herdou da sociedade industrial.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Acordo vai garantir recursos para desenvolver região do Alto Solimões
Agência Brasil / Manaus - O governo do Amazonas e o Banco Mundial firmaram um acordo de financiamento para garantir a realização do projeto de desenvolvimento da região do Alto Solimões. Os recursos totalizam US$ 35 milhões e serão aplicados nos próximos quatro anos em obras de saneamento, desenvolvimento sustentável e saúde nos nove municípios da região. Juntas, essas cidades ocupam 213 mil quilômetros quadrados, com uma população próxima de 230 mil habitantes, vivendo nas áreas urbana e rural e em quase 150 aldeias indígenas.
O acordo, firmado ontem (12) em Tabatinga, é resultado de quatro anos de negociações, consultas e estudos de órgãos dos governos federal e do Amazonas, da sociedade civil e do banco. A idéia de investir no Alto Solimões surgiu em 2002, quando uma pesquisa do governo amazonense identificou a área como a região com os mais elevados índices de pobreza e de vulnerabilidade a doenças, além de concentrar os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Amazonas.
Apesar desses fatores, a região é rica em recursos naturais, abriga grandes áreas de floresta preservada e vasta diversidade de peixes. O Alto Solimões é considerado estratégico pelo governo federal por estar localizado na tríplice fronteira - Brasil, Colômbia e Peru.
Segundo o secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, o desenvolvimento da região permitirá, por exemplo, o fim do comércio ilegal de peixes, entre Tabatinga e Colômbia. O secretário antecipa que uma das medidas para desenvolver a região será a implantação de um sistema pesqueiro que organize a atividade no local. De acordo com ele, porém, não é possível saber a quantidade exata de peixe contrabandeado.
"É difícil precisar isso. Ainda assim, pelo que estamos observando, das 130 toneladas de peixe pescadas por mês, cerca de 100 [toneladas] são contrabandeadas".
Um engenheiro da Sepror já está em Tabatinga para identificar os problemas relacionados à atividade pesqueira e para treinar os profissionais que irão atuar na região. Na região o contrabando de peixes para a Colômbia é aberto.
“É preciso criar as oportunidades para que o pescador brasileiro possa trabalhar de forma regular. A idéia é que a região tenha um conselho gestor da atividade pesqueira que seja formado por associações e conselhos de pesca locais, com apoio técnico da Sepror e da prefeitura", acrescenta Bezerra.
Agência Brasil / Manaus - O governo do Amazonas e o Banco Mundial firmaram um acordo de financiamento para garantir a realização do projeto de desenvolvimento da região do Alto Solimões. Os recursos totalizam US$ 35 milhões e serão aplicados nos próximos quatro anos em obras de saneamento, desenvolvimento sustentável e saúde nos nove municípios da região. Juntas, essas cidades ocupam 213 mil quilômetros quadrados, com uma população próxima de 230 mil habitantes, vivendo nas áreas urbana e rural e em quase 150 aldeias indígenas.
O acordo, firmado ontem (12) em Tabatinga, é resultado de quatro anos de negociações, consultas e estudos de órgãos dos governos federal e do Amazonas, da sociedade civil e do banco. A idéia de investir no Alto Solimões surgiu em 2002, quando uma pesquisa do governo amazonense identificou a área como a região com os mais elevados índices de pobreza e de vulnerabilidade a doenças, além de concentrar os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Amazonas.
Apesar desses fatores, a região é rica em recursos naturais, abriga grandes áreas de floresta preservada e vasta diversidade de peixes. O Alto Solimões é considerado estratégico pelo governo federal por estar localizado na tríplice fronteira - Brasil, Colômbia e Peru.
Segundo o secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, o desenvolvimento da região permitirá, por exemplo, o fim do comércio ilegal de peixes, entre Tabatinga e Colômbia. O secretário antecipa que uma das medidas para desenvolver a região será a implantação de um sistema pesqueiro que organize a atividade no local. De acordo com ele, porém, não é possível saber a quantidade exata de peixe contrabandeado.
"É difícil precisar isso. Ainda assim, pelo que estamos observando, das 130 toneladas de peixe pescadas por mês, cerca de 100 [toneladas] são contrabandeadas".
Um engenheiro da Sepror já está em Tabatinga para identificar os problemas relacionados à atividade pesqueira e para treinar os profissionais que irão atuar na região. Na região o contrabando de peixes para a Colômbia é aberto.
“É preciso criar as oportunidades para que o pescador brasileiro possa trabalhar de forma regular. A idéia é que a região tenha um conselho gestor da atividade pesqueira que seja formado por associações e conselhos de pesca locais, com apoio técnico da Sepror e da prefeitura", acrescenta Bezerra.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Discurso ministro Nelson Jobim, na cerimônia de promoção dos oficiais generais13/08/2008 - 09h42 Nelson Jobim
Participar de mais uma solenidade de apresentação e de cumprimentos aos recém promovidos oficiais generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ao Comandante Supremo das Forças Armadas é sempre um prazer para esse cidadão brasileiro que aprendeu respeitar e admirar os militares.
Senhor Presidente, acabo de chegar da Amazônia onde o Ministério da Defesa está realizando a Operação Poraquê, um exercício combinado envolvendo as três Forças onde podemos mais uma vez verificar o profissionalismo, a versatilidade, a competência, a criatividade e a capacidade de superar obstáculos do militar brasileiro.
Voltei feliz como cidadão e muito orgulhoso, senhor presidente, como ministro do seu governo. Acredito, senhor presidente, não há motivos para temer nenhuma ameaça à Amazônia. Nossos soldados estão prontos para defendê-la.
Apesar de termos algumas deficiências logísticas, todos os objetivos estão sendo conquistados. A qualidade do pessoal está a todo momento superando as nossas deficiências as quais superaremos com o trabalho desenvolvido por vossa excelência e com o Plano Estratégico Nacional de Defesa.
Senhores oficiais promovidos, penso que a carreira dos senhores é uma seqüência de desafios cada vez maiores. Cada um dos senhores chegou até aqui com a marca da excelência profissional.
A longa trajetória, iniciada nos bancos das escolas militares, foi avaliada em todos os passos e só os bons chegaram até aqui. Eu sei o senhor presidente o sabe, e os senhores também sabem que somente os melhores entre os melhores têm a honra de participar dessa cerimônia.
Queremos que os senhores prossigam na carreira com muito entusiasmo, espírito público e mesma vontade de continuar colaborando com o desenvolvimento do Brasil.
Sabemos aqui das enormes dificuldades que irão encontrar no exercício dos novos cargos para os quais foram designados.
Mas sabemos também do esforço que o governo tem feito para atender as justas demandas das Forças Armadas, que ao fim e ao cabo são demandas do Estado brasileiro.
O presidente Lula, o Almirante Moura Neto, o General Enzo, o Brigadeiro Saito e eu temos consciência de que a tarefa não tem sido fácil e nem será concluída com a presteza desejada por todos nós.
É uma tarefa que exige perseverança, firmeza de atitudes, clareza de objetivos e ferrenha vontade política de fazer acontecer tudo aquilo que deve ser feito.
Tenho certeza de que continuamos buscando inserir as questões da Defesa na agenda nacional. Foi exatamente uma determinação do presidente Lula, tendo constatado que as questões de defesa não estavam na agenda nacional.
Quando assumi o ministério, foi a primeira determinação do presidente, que isso era uma questão nacional e, portanto é uma questão da agenda de defesa voltar a ser uma agenda da sociedade brasileira e não exclusivamente uma agenda militar.
Mas sim uma agenda de um país que cresce e uma agenda de um país que pensa grande, como o presidente da República.
O Plano Estratégico de Defesa Nacional vem sendo discutido com profundidade e deveremos concluí-lo logo.
Tem sido fundamental a participação dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica por terem entendido a importância, a seriedade do estudo e o alcance do plano.
Senhores oficiais generais promovidos, o governo do presidente Lula reconhece que foram muitos anos sem receber a atenção que os senhores merecem e que as Forças Armadas merecem.
O aparelhamento que desejamos somente será possível com um parque industrial de material de defesa atualizado, competitivo e disposto a colaborar nesse imenso esforço governamental e de desenvolver aceleradamente o Brasil.
Não podemos continuar na dependência quase completa do material importado. Temos avançado muito nas conversações com a iniciativa privada nacional e internacional.
Mas temos que continuar ampliando o mercado regional para os nossos materiais de defesa. A autonomia depende exatamente da capacitação nacional dos insumos militares necessários à defesa do país.
Lembrando bem que essa autonomia e essa indústria de defesa é uma indústria dual, ou seja, produz efetivamente pesquisas que servem a atuação militar, mas também a atuação civil fundamentalmente.
Vejam o caso do desenvolvimento no Brasil da indústria aeronáutica.
Nasceu ela no CTA, nasceu ela dos braços da Aeronáutica e acabou sendo uma grande indústria de postura nacional de natureza civil, mas nasceu exatamente da tecnologia, da pesquisa e do devoto dos oficiais generais e dos oficiais das Forças Armadas, e fundamentalmente no caso da Força Aérea.
O momento da promoção é sempre um momento de muita reflexão. Ele trás alegria e juntos com elas um enorme acréscimo de responsabilidades e preocupações.
A autoridade que lhes é concedida vai exigir muita sabedoria, prudência, sacrifício, lealdade, dedicação, perseverança e noção exata do cumprimento da missão.
A característica fundamental, senhor presidente, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, dos militares brasileiros é exatamente a perspectiva dos seus oficiais generais de que não tem necessidade individualmente de produzir biografias.
Tem necessidade sim de produzir trabalho em dedicação à biografia de sua Força. Não há no nosso exemplo, senhor presidente, neste momento, nenhum oficial general que pretenda ser ele o grande chefe, quer ele sim servir com a capacidade individual de cada um a própria força e a força ao país.
Não há instrumento, nem aparelho de desenvolvimento individual é isto sim um ambiente da demonstração de que o individuo tem a capacidade de servir ao país e servir a pátria.
Quero em nome do Senhor presidente da República e em meu nome cumprimentar cada um dos senhores pelos méritos pessoais e profissionais reconhecidos pelo Alto Comando de suas forças e não posso deixar de estender o cumprimento a suas esposas, aos familiares e aos amigos pela compreensão, paciência, amor e permanente apoio na caminhada.
Felicidades a todos e muito obrigado. E como eu venho da Amazônia: Selva!
"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"
Fonte: http://www.inforel.org
Participar de mais uma solenidade de apresentação e de cumprimentos aos recém promovidos oficiais generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ao Comandante Supremo das Forças Armadas é sempre um prazer para esse cidadão brasileiro que aprendeu respeitar e admirar os militares.
Senhor Presidente, acabo de chegar da Amazônia onde o Ministério da Defesa está realizando a Operação Poraquê, um exercício combinado envolvendo as três Forças onde podemos mais uma vez verificar o profissionalismo, a versatilidade, a competência, a criatividade e a capacidade de superar obstáculos do militar brasileiro.
Voltei feliz como cidadão e muito orgulhoso, senhor presidente, como ministro do seu governo. Acredito, senhor presidente, não há motivos para temer nenhuma ameaça à Amazônia. Nossos soldados estão prontos para defendê-la.
Apesar de termos algumas deficiências logísticas, todos os objetivos estão sendo conquistados. A qualidade do pessoal está a todo momento superando as nossas deficiências as quais superaremos com o trabalho desenvolvido por vossa excelência e com o Plano Estratégico Nacional de Defesa.
Senhores oficiais promovidos, penso que a carreira dos senhores é uma seqüência de desafios cada vez maiores. Cada um dos senhores chegou até aqui com a marca da excelência profissional.
A longa trajetória, iniciada nos bancos das escolas militares, foi avaliada em todos os passos e só os bons chegaram até aqui. Eu sei o senhor presidente o sabe, e os senhores também sabem que somente os melhores entre os melhores têm a honra de participar dessa cerimônia.
Queremos que os senhores prossigam na carreira com muito entusiasmo, espírito público e mesma vontade de continuar colaborando com o desenvolvimento do Brasil.
Sabemos aqui das enormes dificuldades que irão encontrar no exercício dos novos cargos para os quais foram designados.
Mas sabemos também do esforço que o governo tem feito para atender as justas demandas das Forças Armadas, que ao fim e ao cabo são demandas do Estado brasileiro.
O presidente Lula, o Almirante Moura Neto, o General Enzo, o Brigadeiro Saito e eu temos consciência de que a tarefa não tem sido fácil e nem será concluída com a presteza desejada por todos nós.
É uma tarefa que exige perseverança, firmeza de atitudes, clareza de objetivos e ferrenha vontade política de fazer acontecer tudo aquilo que deve ser feito.
Tenho certeza de que continuamos buscando inserir as questões da Defesa na agenda nacional. Foi exatamente uma determinação do presidente Lula, tendo constatado que as questões de defesa não estavam na agenda nacional.
Quando assumi o ministério, foi a primeira determinação do presidente, que isso era uma questão nacional e, portanto é uma questão da agenda de defesa voltar a ser uma agenda da sociedade brasileira e não exclusivamente uma agenda militar.
Mas sim uma agenda de um país que cresce e uma agenda de um país que pensa grande, como o presidente da República.
O Plano Estratégico de Defesa Nacional vem sendo discutido com profundidade e deveremos concluí-lo logo.
Tem sido fundamental a participação dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica por terem entendido a importância, a seriedade do estudo e o alcance do plano.
Senhores oficiais generais promovidos, o governo do presidente Lula reconhece que foram muitos anos sem receber a atenção que os senhores merecem e que as Forças Armadas merecem.
O aparelhamento que desejamos somente será possível com um parque industrial de material de defesa atualizado, competitivo e disposto a colaborar nesse imenso esforço governamental e de desenvolver aceleradamente o Brasil.
Não podemos continuar na dependência quase completa do material importado. Temos avançado muito nas conversações com a iniciativa privada nacional e internacional.
Mas temos que continuar ampliando o mercado regional para os nossos materiais de defesa. A autonomia depende exatamente da capacitação nacional dos insumos militares necessários à defesa do país.
Lembrando bem que essa autonomia e essa indústria de defesa é uma indústria dual, ou seja, produz efetivamente pesquisas que servem a atuação militar, mas também a atuação civil fundamentalmente.
Vejam o caso do desenvolvimento no Brasil da indústria aeronáutica.
Nasceu ela no CTA, nasceu ela dos braços da Aeronáutica e acabou sendo uma grande indústria de postura nacional de natureza civil, mas nasceu exatamente da tecnologia, da pesquisa e do devoto dos oficiais generais e dos oficiais das Forças Armadas, e fundamentalmente no caso da Força Aérea.
O momento da promoção é sempre um momento de muita reflexão. Ele trás alegria e juntos com elas um enorme acréscimo de responsabilidades e preocupações.
A autoridade que lhes é concedida vai exigir muita sabedoria, prudência, sacrifício, lealdade, dedicação, perseverança e noção exata do cumprimento da missão.
A característica fundamental, senhor presidente, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, dos militares brasileiros é exatamente a perspectiva dos seus oficiais generais de que não tem necessidade individualmente de produzir biografias.
Tem necessidade sim de produzir trabalho em dedicação à biografia de sua Força. Não há no nosso exemplo, senhor presidente, neste momento, nenhum oficial general que pretenda ser ele o grande chefe, quer ele sim servir com a capacidade individual de cada um a própria força e a força ao país.
Não há instrumento, nem aparelho de desenvolvimento individual é isto sim um ambiente da demonstração de que o individuo tem a capacidade de servir ao país e servir a pátria.
Quero em nome do Senhor presidente da República e em meu nome cumprimentar cada um dos senhores pelos méritos pessoais e profissionais reconhecidos pelo Alto Comando de suas forças e não posso deixar de estender o cumprimento a suas esposas, aos familiares e aos amigos pela compreensão, paciência, amor e permanente apoio na caminhada.
Felicidades a todos e muito obrigado. E como eu venho da Amazônia: Selva!
"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"
Fonte: http://www.inforel.org
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
E daí que não tá satisfeita???RAPOSA SERRA DO SOL
Relator da ONU visita reserva
A Organização das Nações Unidas (ONU) vai enviar seu relator especial para os direitos
indígenas, o norte-americano James Anaya, à reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, para avaliar a
situação dos índios na região. Em Genebra, a entidade já alertou o governo brasileiro de que não está
satisfeita com a situação e cobrou resultados na proteção dos direitos dos povos indígenas. Hoje, Anaya
participará de encontros, em Brasília, com integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), com
membros do Ministério da Justiça e, possivelmente, com o ministro das Relações Exteriores, Celso
Amorim.
Professor de direito internacional nos Estados Unidos, Anaya acaba de ser eleito ao posto e
escolheu o Brasil como primeiro destino por considerar grave o caso da reserva Raposa Serra do Sol.
Pq a ONU não vai na OPEP bater queixo reclamando do preço do petróleo. Seria mais proveitoso e eu tb não tô satisfeito com ele não.
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
É muita cara de pau. Mas é coisa ajeitada aqui de dentro mesmo.cesarw escreveu:E daí que não tá satisfeita???RAPOSA SERRA DO SOL
Relator da ONU visita reserva
A Organização das Nações Unidas (ONU) vai enviar seu relator especial para os direitos
indígenas, o norte-americano James Anaya, à reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, para avaliar a
situação dos índios na região. Em Genebra, a entidade já alertou o governo brasileiro de que não está
satisfeita com a situação e cobrou resultados na proteção dos direitos dos povos indígenas. Hoje, Anaya
participará de encontros, em Brasília, com integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), com
membros do Ministério da Justiça e, possivelmente, com o ministro das Relações Exteriores, Celso
Amorim.
Professor de direito internacional nos Estados Unidos, Anaya acaba de ser eleito ao posto e
escolheu o Brasil como primeiro destino por considerar grave o caso da reserva Raposa Serra do Sol.
Pq a ONU não vai na OPEP bater queixo reclamando do preço do petróleo. Seria mais proveitoso e eu tb não tô satisfeito com ele não.
Se "bobeá" o factóide do Genro tá pedindo uma visita dessa.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Sempre falo isto, o povo fica se iludindo com uma invasão dos marines quando na verdade, as coisas vão acontecendo de papel passado, timbrado e reconhecido em cartório...com total aval das autoridades brasileiras...jauro escreveu:
É muita cara de pau. Mas é coisa ajeitada aqui de dentro mesmo.
Se "bobeá" o factóide do Genro tá pedindo uma visita dessa.
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Brasil pode perder parte da Amazônia
Visita de relator da ONU para avaliar situação dos índios da reserva Raposa Serra do Sol ocorre
às vésperas de julgamento da questão pelo STF
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) criticou duramente o envio, pela Organização das Nações Unidas
(ONU), de seu relator especial para direitos indígenas, o norte-americano James Anaya, para avaliar a
situação dos índios da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima e na região de Dourados, em Mato
Grosso do Sul.
Na avaliação de Mozarildo, a visita do observador da ONU caracteriza claramente um atentado
contra a soberania do país, sobretudo pela proximidade de julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), da constitucionalidade da homologação da reserva Raposa Serra do Sol.
– Estamos agora à beira de a ONU declarar aquela reserva indígena, na fronteira do nosso
estado de Roraima com a Venezuela e a Guiana, um país autônomo. Será a primeira vez que vão fazer
isso? Por acaso não fizeram isso em Kosovo e agora na Ossétia do Sul? Isso acontece pelo mundo todo.
Não será novidade fazer de novo – alertou.
Para o senador, o verdadeiro interesse das potências estrangeiras que comandam a ONU não é
a garantia de boas condições de vida aos índios brasileiros, mas, sim, os minérios de terceira geração,
como urânio, nióbio e titânio, que existem em grandes quantidades nas áreas indígenas.
Augusto Botelho (PT-RR) apoiou as preocupações de Mozarildo em relação à soberania do
Brasil sobre a Amazônia.
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Espero que o SUPREMO ignore a presença deste cidadão, (o norte-americano James Anaya).
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
depois eu falo que americano não presta, todo mundo dá chilique. pra defesa da amazônia, 100 nukesbr por acionamento por altura, 50 kilotons cada. depois a miniaturização das ogivas e os mísseis.
Nem petista, nem tucano, sou nacionalista!
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Depois de muito ler hoje achei que já podia postar aqui.
Ao contrário do que erroneamente é ensinado nas nossas escolas os países europeus não devastaram suas florestas, muitos deles nunca tiveram florestas para serem devastadas e todos eles nunca tiveram florestas tropicais logo seria impossivel para eles devastarem uma coisa que nunca tiveram.
A maioria dos países europeus são planicies cercadas por montanhas e com muita floresta, a Inglaterra é um exemplo, grandes planicies cheias de colinas, na Inglaterra sim existiu um grande desmatamento, mas isso desde tempos pré-historicos, quando os Romanos chegaram lá ela já sofria esse desmatamento, hoje 12% do territorio do Reino Unido é de floresta.
A Alemanha por outro lado é um país com muitas planicies (35% do país), mas também com muitas florestas (31% do país é floresta).
A Espanha onde 32% do país é floresta é outro exemplo.
Considerando os aspectos geograficos desses países essas porcentagens são naturais os EUA tem 33% do seu territorio coberto por florestas e eles não foram um dos países que mais usaram dela, o Brasil por exemplo tem 55% do seu territorio coberto por florestas, mas vivemos em uma região tropical onde seria anti-natural não termos florestas e por ano estamos uma área gigante de floresta, sem que o retorno financeiro compense as perdas que isso proporcionara no futuro.
Eu 13 paginas desse tópico e umas 90 do fórum como um todo, então se alguma coisa que eu disser agora for besteira eu irei editar depois de completar a leitura do tópico.
Muito se fala de uma invasão americana/estrangeira na Amazonia, minha duvida é porque?
A maior bacia hidrografica do mundo de fato é no Brasil, mas isso não quer dizer que somos o país com as maiores reservas de água do mundo, esse titulo pertence ao Canadá, vizinho dos EUA com 10% de toda água doce do planeta, EUA e Canadá dividem o controle sobre os Grandes Lagos, os maiores lagos de água doce do planeta.
E a ideia que os EUA querem a Amazonia para roubar água é absurda, explico abaixo o porque.
Vamos seguir do pensamento que o Brasil tem as maiores reservas de água do mundo, isso esta incorreto, mas vamos continuar dai, mesmo tendo as maiores reservado do mundo temos seca no Nordeste isso não é estranho?
Ao invés de ficar com preocupação de algum país vir aqui tomar nossa água deviamos é fazer com que todos os brasileiros tenham acesso a ela.
E seria absurdamente caro e ineficiente para os EUA ou qualquer país do mundo atacar o Brasil (Guerras não costumam sair de graça) para tomar a água da gente, de fato seria absurdamente mais caro pegar a água aqui e levar ate lá do que do que simplesmente dessalinizar a água do oceano e enviar diretamente para consumo.
Oh Wait!
Eles já fazem isso.
O consumo diario de água por pessoa nos EUA é calculado em 200L, 200Lx300.000.000 = 60.000.000.000L por dia (60 Bilhões de litros por dia) por dia apenas para as residencias, considere que as industrias gastem o mesmo valor e chegamos a 120.000.000.000L por dia (Cento e vinte bilhões de litros de água por dia).
Considerando que os maiores supertroleiro construidos transportavam em média 500 mil toneladas precisaria de 240.000 deles para abastecer os EUA por um dia, cada Petroleiro desse porte tem +-400m então eles iriam cobrir em linha reta uma área de 96.000KM.
Bom vamos olhar no mapa qual a distancia do Amazonas ate uma grande cidade Americana que seria onde a água seria recebida.
Esse valor seria o suficiente para os petroleiros darem 2,5x voltas na Terra.
Considerando uma largura de 30m para um Petroleiro e seus 400m então eles ocuparia uma área de 30*400=12.000m²*240.000 = 2.880.000KM², uma área maior que toda a Argentina.
Será que seria economicamente e tecnologicamente viavel fazer isso?
Para manter o abastecimento de água nos EUA por um dia?
Um Superpetroleiro novo custa US$120.000.000 x 240.000 = US$28.800.000.000.000
Duas vezes o PIB americano.
Acho que se gastar US$1.000.000.000.000 dá para construir centenas de usinas de dessalinização que resolveriam o problema.
Tendo um artigo de um jornal americano sobre a construção de uma estação de tratamento como fonte.
A January 17, 2008 article in the Wall. St. Journal states, "In November, Connecticut-based Poseidon Resources Corp. won a key regulatory approval to build a [US]$300 million water-desalination plant in Carlsbad, north of San Diego. The facility would be the largest in the Western Hemisphere, producing 50 million [U.S.] gallons [190,000 m³] of drinking water a day, enough to supply about 100,000 homes... Improved technology has cut the cost of desalination in half in the past decade, making it more competitive... Poseidon plans to sell the water for about [US]$950 per acre-foot [1200 m³]. That compares with an average [US]$700 an acre-foot [1200 m³] that local agencies now pay for water." [4] $1,000 per acre-foot works out to $3.06 for 1,000 gallons, which is the unit of water measurement that residential water users are accustomed to being billed in. [5]
Considerando que 190.000m³ de água é = a 190.000.000L (Cento e noventa mil litros de água).
Uma usina custa US$300.000.000
E nos temos US$1.000.000.000.000 para resolver o problema, vamos ver usando regra de 3 o quanto seria gerado se investisse em dessanilinzação ao invés de investir em SuperTanques cruzando o planeta.
190.000.000 - 300.000.000
X - 1.000.000.000.000
300.000.000X
190.000.000.000.000.000.000
X= 190.000.000.000.000.000.000/300.000.000 = 633.333.333.333L por dia.
Seicentos e trinta e três bilhões, trezentos e trinta e três milhões, trezentos e trinta e três mil e trezentos e trinta e três litros de água por dia.
5x o consumo diario dos EUA e muito provavelmente um valor mais do que o suficiente para todo o resto do planeta.
O que é mais facil construir 240.000 supercargueiros ou dessalinizar a água no caso de necessidade?
Outro erro é achar que os EUA invadiriam o Brasil para roubar os tesouros da Amazonia.
Segundo levantamento feito pela ONU e já feito algumas vezes pelo governo brasileiro, a extração de todos os recursos naturais da Amazonia (Arvores, ouro, madeira, ferro, petróleo, peles, etc...) renderiam o valor de US$1.500.000.000.000 (Um trilhão e meio de dólares).
Como comparação o PIB dos EUA são de US$14.000.000.000.000 (Quatorze trilhões de dólares), quase 10x o valor que seria extraido da Amazonia, o PIB brasileiro é de US$1.800.000.000.000 (Um trilhão e oitocentos bilhões de dólares) o que já é um valor maior do que o que resultaria na extração de toda a Amazonia.
O PIB da cidade de New York que não tem nenhuma floresta é de US$1.000.000.000.000 (Um trilhão de dólares).
Uma possivel invasão motivada por petróleo também estaria longe de acontecer, os EUA tem reservas maiores que as nossas (Mesmo com as recentes descobertas estariamos bem atrás deles, mas passariamos o México) e a economia deles se baseia no que é produzido através do Petróleo (energia que alimentas industrias e bancos deles) e não na extração ou refino desse.
As maiores reservas comprovadad de Petróleo do mundo são da Arabia Saudita, 260.000.000.000 de barris de Petróleo, a valores atuais toda essa reservas valem se fossem extraidas hoje US$29.900.000.000.000 (Vinte e nove trilhões de dólares), isso representa o PIB americano em 2 anos e então adeus reservas sauditas.
As reservas brasileiras depois das novas descobertas são calculadas em 8 bilhões de barris de petróleo, os EUA tem reservas calculadas em 21 bilhões de barris, a guerra no Iraque + Afeganistão custou aos EUA US$1.850.000.000.000 segundo alguns os EUA fizeram isso para ter acesso ao petróleo Iraquiano e suas reservas de 115 bilhões de barris de petróleo (Em valores atuais US$13.225.000.000.000 ou 90% do PIB americano), digamos que uma guerra contra o Brasil custasse o dobro do que a guerra contra o Iraque e Afeganistão, nossas reservas são de 8 bilhões de barris o que em valores atuais equivalem a US$920.000.000.000 menos de 10% do PIB americano, se soma isso aos valores que podem ser retirados da Amazonia US$1.500.000.000.000 e os EUA estariam levando prejuizo, entrariam em uma guerra onde gastariam mais do que poderiam tirar daqui.
Só um detalhe a Espanha que tinha enormes colonias aqui e que comandou o Brasil por um tempo conseguiu extrair daqui em moeda atual US$2.000.000.000.000 (Dois trilhões de dólares), atualmente somente os bancos americanos ganham o dobro disso por ano.
O Wal Mart sozinho fatura 20% disso por ano, ou seja em 5 anos o Wal Mart fatura o mesmo que a Espanha extraiu durante todo o tempo em que teve colonias, 70% do faturamento do Wal Mart vem dos EUA, ou seja uma só empresa americana fatura apenas nos EUA em 10 anos quase o dobro do que foi retirado de toda a America Espanhola e Africa em mais de 500 anos.
A economia brasileira tem 65.8% da sua base no setor de serviços, 5.5% na Agricultura e 28.7% nas industrias e tem um PIB de US$1.800.000.000.000, os EUA tem sua economia baseada no setor de serviços com 78.5%, Agricultura 0.9% e 20.6% na Industria e um PIB de US$14.000.000.000.000, as nações ricas europeias vão pelo mesmo caminho com 70% ou mais de sua economia baseada no setor de serviços, o Japão tem 73% da sua economia baseada em serviços.
O Brasil esta indo no caminho certo, mas enquanto achar que extrativismo é a solução economica certa, enquanto muitas pessoas acharem que o Brasil precisa de fabricas aqui, ou que para crescer temos que destruir a floresta igual os europeus fizeram a 600 anos o país não vai crescer, o tempo do extrativismo passou, o tempo das industrias passou, hoje se vive de conhecimento e nisso o Brasil não investe como deveria, fica tentando ganhar com as industrias, ganhar com a agricultura e mesmo tento 65% da economia baseada em serviços, tenta ignorar ou desprezar esse setor.
Ao contrário do que erroneamente é ensinado nas nossas escolas os países europeus não devastaram suas florestas, muitos deles nunca tiveram florestas para serem devastadas e todos eles nunca tiveram florestas tropicais logo seria impossivel para eles devastarem uma coisa que nunca tiveram.
A maioria dos países europeus são planicies cercadas por montanhas e com muita floresta, a Inglaterra é um exemplo, grandes planicies cheias de colinas, na Inglaterra sim existiu um grande desmatamento, mas isso desde tempos pré-historicos, quando os Romanos chegaram lá ela já sofria esse desmatamento, hoje 12% do territorio do Reino Unido é de floresta.
A Alemanha por outro lado é um país com muitas planicies (35% do país), mas também com muitas florestas (31% do país é floresta).
A Espanha onde 32% do país é floresta é outro exemplo.
Considerando os aspectos geograficos desses países essas porcentagens são naturais os EUA tem 33% do seu territorio coberto por florestas e eles não foram um dos países que mais usaram dela, o Brasil por exemplo tem 55% do seu territorio coberto por florestas, mas vivemos em uma região tropical onde seria anti-natural não termos florestas e por ano estamos uma área gigante de floresta, sem que o retorno financeiro compense as perdas que isso proporcionara no futuro.
Eu 13 paginas desse tópico e umas 90 do fórum como um todo, então se alguma coisa que eu disser agora for besteira eu irei editar depois de completar a leitura do tópico.
Muito se fala de uma invasão americana/estrangeira na Amazonia, minha duvida é porque?
A maior bacia hidrografica do mundo de fato é no Brasil, mas isso não quer dizer que somos o país com as maiores reservas de água do mundo, esse titulo pertence ao Canadá, vizinho dos EUA com 10% de toda água doce do planeta, EUA e Canadá dividem o controle sobre os Grandes Lagos, os maiores lagos de água doce do planeta.
E a ideia que os EUA querem a Amazonia para roubar água é absurda, explico abaixo o porque.
Vamos seguir do pensamento que o Brasil tem as maiores reservas de água do mundo, isso esta incorreto, mas vamos continuar dai, mesmo tendo as maiores reservado do mundo temos seca no Nordeste isso não é estranho?
Ao invés de ficar com preocupação de algum país vir aqui tomar nossa água deviamos é fazer com que todos os brasileiros tenham acesso a ela.
E seria absurdamente caro e ineficiente para os EUA ou qualquer país do mundo atacar o Brasil (Guerras não costumam sair de graça) para tomar a água da gente, de fato seria absurdamente mais caro pegar a água aqui e levar ate lá do que do que simplesmente dessalinizar a água do oceano e enviar diretamente para consumo.
Oh Wait!
Eles já fazem isso.
O consumo diario de água por pessoa nos EUA é calculado em 200L, 200Lx300.000.000 = 60.000.000.000L por dia (60 Bilhões de litros por dia) por dia apenas para as residencias, considere que as industrias gastem o mesmo valor e chegamos a 120.000.000.000L por dia (Cento e vinte bilhões de litros de água por dia).
Considerando que os maiores supertroleiro construidos transportavam em média 500 mil toneladas precisaria de 240.000 deles para abastecer os EUA por um dia, cada Petroleiro desse porte tem +-400m então eles iriam cobrir em linha reta uma área de 96.000KM.
Bom vamos olhar no mapa qual a distancia do Amazonas ate uma grande cidade Americana que seria onde a água seria recebida.
Esse valor seria o suficiente para os petroleiros darem 2,5x voltas na Terra.
Considerando uma largura de 30m para um Petroleiro e seus 400m então eles ocuparia uma área de 30*400=12.000m²*240.000 = 2.880.000KM², uma área maior que toda a Argentina.
Será que seria economicamente e tecnologicamente viavel fazer isso?
Para manter o abastecimento de água nos EUA por um dia?
Um Superpetroleiro novo custa US$120.000.000 x 240.000 = US$28.800.000.000.000
Duas vezes o PIB americano.
Acho que se gastar US$1.000.000.000.000 dá para construir centenas de usinas de dessalinização que resolveriam o problema.
Tendo um artigo de um jornal americano sobre a construção de uma estação de tratamento como fonte.
A January 17, 2008 article in the Wall. St. Journal states, "In November, Connecticut-based Poseidon Resources Corp. won a key regulatory approval to build a [US]$300 million water-desalination plant in Carlsbad, north of San Diego. The facility would be the largest in the Western Hemisphere, producing 50 million [U.S.] gallons [190,000 m³] of drinking water a day, enough to supply about 100,000 homes... Improved technology has cut the cost of desalination in half in the past decade, making it more competitive... Poseidon plans to sell the water for about [US]$950 per acre-foot [1200 m³]. That compares with an average [US]$700 an acre-foot [1200 m³] that local agencies now pay for water." [4] $1,000 per acre-foot works out to $3.06 for 1,000 gallons, which is the unit of water measurement that residential water users are accustomed to being billed in. [5]
Considerando que 190.000m³ de água é = a 190.000.000L (Cento e noventa mil litros de água).
Uma usina custa US$300.000.000
E nos temos US$1.000.000.000.000 para resolver o problema, vamos ver usando regra de 3 o quanto seria gerado se investisse em dessanilinzação ao invés de investir em SuperTanques cruzando o planeta.
190.000.000 - 300.000.000
X - 1.000.000.000.000
300.000.000X
190.000.000.000.000.000.000
X= 190.000.000.000.000.000.000/300.000.000 = 633.333.333.333L por dia.
Seicentos e trinta e três bilhões, trezentos e trinta e três milhões, trezentos e trinta e três mil e trezentos e trinta e três litros de água por dia.
5x o consumo diario dos EUA e muito provavelmente um valor mais do que o suficiente para todo o resto do planeta.
O que é mais facil construir 240.000 supercargueiros ou dessalinizar a água no caso de necessidade?
Outro erro é achar que os EUA invadiriam o Brasil para roubar os tesouros da Amazonia.
Segundo levantamento feito pela ONU e já feito algumas vezes pelo governo brasileiro, a extração de todos os recursos naturais da Amazonia (Arvores, ouro, madeira, ferro, petróleo, peles, etc...) renderiam o valor de US$1.500.000.000.000 (Um trilhão e meio de dólares).
Como comparação o PIB dos EUA são de US$14.000.000.000.000 (Quatorze trilhões de dólares), quase 10x o valor que seria extraido da Amazonia, o PIB brasileiro é de US$1.800.000.000.000 (Um trilhão e oitocentos bilhões de dólares) o que já é um valor maior do que o que resultaria na extração de toda a Amazonia.
O PIB da cidade de New York que não tem nenhuma floresta é de US$1.000.000.000.000 (Um trilhão de dólares).
Uma possivel invasão motivada por petróleo também estaria longe de acontecer, os EUA tem reservas maiores que as nossas (Mesmo com as recentes descobertas estariamos bem atrás deles, mas passariamos o México) e a economia deles se baseia no que é produzido através do Petróleo (energia que alimentas industrias e bancos deles) e não na extração ou refino desse.
As maiores reservas comprovadad de Petróleo do mundo são da Arabia Saudita, 260.000.000.000 de barris de Petróleo, a valores atuais toda essa reservas valem se fossem extraidas hoje US$29.900.000.000.000 (Vinte e nove trilhões de dólares), isso representa o PIB americano em 2 anos e então adeus reservas sauditas.
As reservas brasileiras depois das novas descobertas são calculadas em 8 bilhões de barris de petróleo, os EUA tem reservas calculadas em 21 bilhões de barris, a guerra no Iraque + Afeganistão custou aos EUA US$1.850.000.000.000 segundo alguns os EUA fizeram isso para ter acesso ao petróleo Iraquiano e suas reservas de 115 bilhões de barris de petróleo (Em valores atuais US$13.225.000.000.000 ou 90% do PIB americano), digamos que uma guerra contra o Brasil custasse o dobro do que a guerra contra o Iraque e Afeganistão, nossas reservas são de 8 bilhões de barris o que em valores atuais equivalem a US$920.000.000.000 menos de 10% do PIB americano, se soma isso aos valores que podem ser retirados da Amazonia US$1.500.000.000.000 e os EUA estariam levando prejuizo, entrariam em uma guerra onde gastariam mais do que poderiam tirar daqui.
Só um detalhe a Espanha que tinha enormes colonias aqui e que comandou o Brasil por um tempo conseguiu extrair daqui em moeda atual US$2.000.000.000.000 (Dois trilhões de dólares), atualmente somente os bancos americanos ganham o dobro disso por ano.
O Wal Mart sozinho fatura 20% disso por ano, ou seja em 5 anos o Wal Mart fatura o mesmo que a Espanha extraiu durante todo o tempo em que teve colonias, 70% do faturamento do Wal Mart vem dos EUA, ou seja uma só empresa americana fatura apenas nos EUA em 10 anos quase o dobro do que foi retirado de toda a America Espanhola e Africa em mais de 500 anos.
A economia brasileira tem 65.8% da sua base no setor de serviços, 5.5% na Agricultura e 28.7% nas industrias e tem um PIB de US$1.800.000.000.000, os EUA tem sua economia baseada no setor de serviços com 78.5%, Agricultura 0.9% e 20.6% na Industria e um PIB de US$14.000.000.000.000, as nações ricas europeias vão pelo mesmo caminho com 70% ou mais de sua economia baseada no setor de serviços, o Japão tem 73% da sua economia baseada em serviços.
O Brasil esta indo no caminho certo, mas enquanto achar que extrativismo é a solução economica certa, enquanto muitas pessoas acharem que o Brasil precisa de fabricas aqui, ou que para crescer temos que destruir a floresta igual os europeus fizeram a 600 anos o país não vai crescer, o tempo do extrativismo passou, o tempo das industrias passou, hoje se vive de conhecimento e nisso o Brasil não investe como deveria, fica tentando ganhar com as industrias, ganhar com a agricultura e mesmo tento 65% da economia baseada em serviços, tenta ignorar ou desprezar esse setor.
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Desculpe, mas vou discordar dos seus complexos argumentos. Poderia tentar fazê-lo ponto a ponto, mas não tenho tempo, paciência e talvez nem mesmo capacidade para uma réplica eficaz em todos eles.
Apenas me permita opinar que as coisas não seguem a lógica que o amigo colocou.
Nos EUA de hoje a guerra hoje é terceirizada, é um empreendimento, há até um exército de mercenários sob o nome daquela empresa, como é, Halliburton, operando no Iraque, na Colômbia e sabe Deus onde mais.
Então vejo que no mundo corporativo, de economia utopicamente globalizada, o interesse das empresas prevalece sobre o das nações, da política, do cidadão.
Bem, agora onde eu queria chegar.
Não importa quais sejam os perigos para o Brasil:
1) aquecimento global
2) desmatamento
3) índios
4) água
5) agricultura, produção de alimentos
6) minérios preciosos
7) minérios estratégicos
8) energia, etc etc sei lá
Devemos sempre lembrar o que aconteceu no Iraque: o Colin Powell foi lá e mentiu sobre as armas de destruição em massa, o Sadam foi dependurado e todo mundo bateu palmas.
Abraço
Apenas me permita opinar que as coisas não seguem a lógica que o amigo colocou.
Nos EUA de hoje a guerra hoje é terceirizada, é um empreendimento, há até um exército de mercenários sob o nome daquela empresa, como é, Halliburton, operando no Iraque, na Colômbia e sabe Deus onde mais.
Então vejo que no mundo corporativo, de economia utopicamente globalizada, o interesse das empresas prevalece sobre o das nações, da política, do cidadão.
Bem, agora onde eu queria chegar.
Não importa quais sejam os perigos para o Brasil:
1) aquecimento global
2) desmatamento
3) índios
4) água
5) agricultura, produção de alimentos
6) minérios preciosos
7) minérios estratégicos
8) energia, etc etc sei lá
Devemos sempre lembrar o que aconteceu no Iraque: o Colin Powell foi lá e mentiu sobre as armas de destruição em massa, o Sadam foi dependurado e todo mundo bateu palmas.
Abraço
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Halliburton Energy Services o faturamento dela foi de US$15.000.000.000 quase 1000x menos que o PIB Americano, 100x menor que o PIB brasileiro, oficialmente o negocio dela é Energia, sendo que ela explora reservas de petróleo, mesmo que o negocio dela fosse guerras, ela teria um peso pequeno na economia dos EUA ou mesmo no orçamento militar desse país.GustavoB escreveu:Desculpe, mas vou discordar dos seus complexos argumentos. Poderia tentar fazê-lo ponto a ponto, mas não tenho tempo, paciência e talvez nem mesmo capacidade para uma réplica eficaz em todos eles.
Apenas me permita opinar que as coisas não seguem a lógica que o amigo colocou.
Nos EUA de hoje a guerra hoje é terceirizada, é um empreendimento, há até um exército de mercenários sob o nome daquela empresa, como é, Halliburton, operando no Iraque, na Colômbia e sabe Deus onde mais.
Sim e isso acontece no mundo inteiro pelo menos desde o tempo da CIA das Indias Orientais.GustavoB escreveu: Então vejo que no mundo corporativo, de economia utopicamente globalizada, o interesse das empresas prevalece sobre o das nações, da política, do cidadão.
O Colin Powell mentiu, a imprensa descobriu, as agencias americanas falaram que ele mentiu e os EUA admitiram que mentiram, mas a guerra já tinha sido feita, a questão é que para o Bush, Saddam era uma questão pessoal, para ele a guerra iria acontecer de qualquer jeito, as armas foram uma desculpa, mas ele usaria qualquer coisa para fazer a guerra contra Saddam, ou não usaria desculpa nenhuma e faria a guerra do mesmo jeito.GustavoB escreveu: Bem, agora onde eu queria chegar.
Não importa quais sejam os perigos para o Brasil:
1) aquecimento global
2) desmatamento
3) índios
4) água
5) agricultura, produção de alimentos
6) minérios preciosos
7) minérios estratégicos
8) energia, etc etc sei lá
Devemos sempre lembrar o que aconteceu no Iraque: o Colin Powell foi lá e mentiu sobre as armas de destruição em massa, o Sadam foi dependurado e todo mundo bateu palmas.
Abraço
Agora porque os Americanos iriam entrar em guerra contra o Brasil?
Não existe razão economica, ideologica, cultural ou militar para isso.
A defesa da Amazonia é necessária?
Não nem um pouco
Agora defender a Amazonia tendo como inimigo os EUA é loucura, se alguém fosse invandir a Amazonia não seria os EUA, mais facil um governante latino populista tentar isso do que os EUA, afinal uma invasão dos EUA na Amazonia seria diferente da estrategia de combate deles que funciona muito bem, manda a força áerea planificar a área, desembarca soldados e material na região da costa e com o apoio áereo se avança ate tomar cidades importantes ate a renuncia do governo ou a rendição.
Se eles fossem lutar contra o Brasil seria assim, agora já imaginou uma invasão na Amazonia?
Manda para-quedistas saltar na floresta a 3000KM da Capital para fazer o que?
Dominar a floresta?
E para fazer o que?
Extrair água (O que já mostrei ser impossivel)?
Ou para extrair minerios (O que economicamente seria uma burrice)?
As empresas que dominam a economia americana são os bancos, para eles, assim como para a economia americana no geral a melhor coisa que pode acontecer é o Brasil crescer e se desenvolver, porque eles vão comprar ações dessas empresas e com isso ganhar dinheiro sem se esforçar, ou vão ter mais brasileiros com dinheiro para comprar coisas fabricadas ou patenteadas por empresas americanas.
Os investimentos brasileiros na proteção da Amazonia são ridiculos em termos de valores (Olha o tamanho da Floresta e olha quantos soldados tem lá e os equipamentos) a Marinha deveria ter uma presença algumas x maior, a força áerea também o exercito é o unico que tem uma boa presença lá e mesmo assim é insuficiente.
Como li em outro tópico aqui, todo mundo sabe por onde as drogas entram no país, todo mundo sabe como resolver o problema, mas ninguém faz, todo mundo sabe que fazendeiros destroem milhões de hectares extraindo madeira ilegalmente em áreas que nem mesmo pertencem a eles, mas a midia só faz um aue quando uma pessoa compra uma área legalmente na Amazonia e diz que dá para comprar tudo lá por US$50.000.000.000 (O que é verdade todas as áreas de terreno que podem ser comprados no Amazonas valem isso) e que os ricos deveriam fazer isso como forma de preservar a floresta.
O que o pobre empresário em questão não sabia é que no Brasil o direito a propriedade é secundário então se ele compra um terreno gigante para preservar a floresta e alguém invadir ele para cortar arvore ate a justiça fazer alguma coisa não tem uma unica arvore em pé.
PS: Meu teclado é padrão americano então algumas vezes eu esqueço de colocar acentuação.
Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça
Manaus torna-se pólo da cocaína rumo ao exterior
Hermano Freitas
Na rota amazônica da cocaína por meio fluvial, a capital do Amazonas torna-se mais um pólo de distribuição da droga para o exterior. Segundo o general de brigada do Comando Militar da Amazônia, João Carlos de Jesus Corrêa, Manaus pode "se transformar em uma Medellín" em pouco tempo. O secretário de Inteligência do sistema de Segurança Pública do Amazonas, Thomaz Vasconcelos Dias, discorda da avaliação, mas reconhece no tráfico de drogas um dos maiores problemas de polícia do Estado. "As apreensões de cocaína em 2008 somaram mais de 500 kg e 60% dos presos que estão em cadeias amazonenses são traficantes", diz.
Para efeito de comparação, de acordo com um levantamento de 2007 da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, dos cerca de 100 mil presos que cumprem pena no Estado, pouco mais de 25 mil foram condenados por tráfico, ou seja, 25%. No Estado amazonense, o percentual dos presos por tráfico chega a 60%, de acordo com Vasconcelos Dias. Para o general Jesus Corrêa, a maior ameaça da cidade é se transformar em um grande centro de refino da pasta-base da coca oriunda da Colômbia.
"Os países estrangeiros não querem saber de cocaína para ser refinada em seu território, eles querem receber o produto pronto", diz. O secretário de inteligência nega que exista potencial de refino de cocaína em Manaus, mas diz que as rotas fluviais favorecem que a cidade seja uma "parada" do pó no caminho por mar para a Europa.
Rota fluvial
Como Terra noticiou no dia 22 de julho, a fiscalização por radares, satélites e aviões do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) fez com que o tráfico de drogas no Amazonas trocasse os pequenos aviões por barcos para infiltrar a droga no País. O secretário afirma que os criminosos se valem do conhecimento de território dos ribeirinhos e até de índios para driblar a fiscalização.
A extensão territorial da fronteira e a sua natureza geográfica de floresta equatorial, para o general Jesus Corrêa, são fatores que também contribuem para o problema. Para reprimir o tráfico, a Polícia Federal (PF) anunciou no último dia 5 o aumento do efetivo de pessoal e do número de bases fixas, principalmente nas regiões onde o tráfico internacional de drogas tem atuação mais forte. A ação é parte do projeto Direção Itinerante.
Será instalada em Santo Antônio do Içá, a 960 km de Manaus, a nova base da Operação Cobra (sigla de Colômbia-Brasil). A base estará posicionada na confluência dos rios Içá e Solimões, considerada uma das maiores passagens do tóxico em sua infiltração no País.
Redação Terra
Hermano Freitas
Na rota amazônica da cocaína por meio fluvial, a capital do Amazonas torna-se mais um pólo de distribuição da droga para o exterior. Segundo o general de brigada do Comando Militar da Amazônia, João Carlos de Jesus Corrêa, Manaus pode "se transformar em uma Medellín" em pouco tempo. O secretário de Inteligência do sistema de Segurança Pública do Amazonas, Thomaz Vasconcelos Dias, discorda da avaliação, mas reconhece no tráfico de drogas um dos maiores problemas de polícia do Estado. "As apreensões de cocaína em 2008 somaram mais de 500 kg e 60% dos presos que estão em cadeias amazonenses são traficantes", diz.
Para efeito de comparação, de acordo com um levantamento de 2007 da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, dos cerca de 100 mil presos que cumprem pena no Estado, pouco mais de 25 mil foram condenados por tráfico, ou seja, 25%. No Estado amazonense, o percentual dos presos por tráfico chega a 60%, de acordo com Vasconcelos Dias. Para o general Jesus Corrêa, a maior ameaça da cidade é se transformar em um grande centro de refino da pasta-base da coca oriunda da Colômbia.
"Os países estrangeiros não querem saber de cocaína para ser refinada em seu território, eles querem receber o produto pronto", diz. O secretário de inteligência nega que exista potencial de refino de cocaína em Manaus, mas diz que as rotas fluviais favorecem que a cidade seja uma "parada" do pó no caminho por mar para a Europa.
Rota fluvial
Como Terra noticiou no dia 22 de julho, a fiscalização por radares, satélites e aviões do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) fez com que o tráfico de drogas no Amazonas trocasse os pequenos aviões por barcos para infiltrar a droga no País. O secretário afirma que os criminosos se valem do conhecimento de território dos ribeirinhos e até de índios para driblar a fiscalização.
A extensão territorial da fronteira e a sua natureza geográfica de floresta equatorial, para o general Jesus Corrêa, são fatores que também contribuem para o problema. Para reprimir o tráfico, a Polícia Federal (PF) anunciou no último dia 5 o aumento do efetivo de pessoal e do número de bases fixas, principalmente nas regiões onde o tráfico internacional de drogas tem atuação mais forte. A ação é parte do projeto Direção Itinerante.
Será instalada em Santo Antônio do Içá, a 960 km de Manaus, a nova base da Operação Cobra (sigla de Colômbia-Brasil). A base estará posicionada na confluência dos rios Içá e Solimões, considerada uma das maiores passagens do tóxico em sua infiltração no País.
Redação Terra