Georgia X Rússia

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lobo_guara
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Re: Georgia X Rússia

#496 Mensagem por lobo_guara » Seg Ago 11, 2008 6:26 pm

pt escreveu:
Julgar a russia de genocidio quando os EUA mandaram 2 bombas atomicas no japão é demais pra minha cabeça
Pois talvez fosse melhor preparar a sua cabeça para entender melhor as coisas.
Mais genocidio por parte dos americanos que o bombardeamento de Hiroshima, foi o bombardeamento de Dresden. Os americanos não são santos nem estão isentos de criticas.
Eu mesmo critiquei a invasão do Iraque e a ridicula associação entre Saddam e o 11 de Setembro, mas temos que ter capacidade para pesar as coisas.

Quantos morreram na batalha pela captura de Berlim ?
Quantos morreram nos Gulag de Stalin?

Todas as grandes potências praticaram algum tipo de genocidio, não podemos negar isso.

O problema com os russos é que no caso russo, o genocídio é o procedimento standard. No caso americano, é um excepção.

É por isso que as comparações, sempre as mesmas e estafadas comparações não fazem sentido e não são intelectualmente honestas.
Por favor senhores, um aparte na discussão:
Prezado Pt, afirmar que o genocídio é o procedimento standard dos russos e no caso americano uma exceção é muita condescendência ao modus operantis Ianque, bem nota-se que é doce viver na velha Europa ocidental. Vejamo se tal afirmação manteria-se considerando por exemplo a postura Ianque em realção aos seus "amigos" latino-americanos quando foram sujeitados a ditaduras sanguinárias apoiadas pelos EUA duranta os anos 60 - 80 a exemplo daquelas implntadas na Argentina ou no Chile (para ficar nas piores ou melhores - dependendo do ponto de vista), isto sem mencionar na famigerada política do porrete "big stick" dispensada aos seus vizinhos latinos, o México que o diga, pois como se diz por lá tão longe de deus e tão perto dos Estados Unidos. Ou então melhor vejamos se esta afirmativa assenta-se ao tratamento americano dispensado para os seus parceiros da Indochina.... bem parece que não. Aliás atualmente quantas ditaduras os EUA andam a dar apoio e legitimidade na África? E as suas últimas ações no Oriente Próximo como poderiam ser classificadas? Qual o número total de baixas cívis de fato ocorreram no Iraque? E sobre as prisões de Abu Graib e Guantanamo.... Bem ficamos por aí. Concordo com uma coisa os Russos não tem nada, nada de santos muito embora possam ser chamados de salvadores de uma certa viúva rica e indefesa que vivia a oeste dos Urais numa determinada oportunidade a uns 60 e poucos anos atrás, ao tempo em que os cowboys americanos lutavam contra o tempo e suas próprias limitações afim de pousar de herói ao menos no momento da fotografia.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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EDSON
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Re: Georgia X Rússia

#497 Mensagem por EDSON » Seg Ago 11, 2008 6:32 pm

10/08/2008
Conflito na Geórgia dá uma lição sobre a dependência americana da Rússia

Helene Cooper

Washington - A imagem do presidente Bush sorrindo e conversando com o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir V. Putin, nas arquibancadas das Olimpíadas de Pequim mesmo enquanto as aeronaves russas bombardeavam a Geórgia, define a realidade da política norte-americana em relação à Rússia. Enquanto os EUA consideram a Geórgia seu maior aliado no bloco dos antigos países soviéticos, Washington precisa tanto da Rússia em assuntos maiores como o Irã, para arriscar tudo isso em defesa da Geórgia.

Autoridades do Departamento de Estado deixaram claro no sábado que de nenhuma maneira os Estados Unidos iriam intervir militarmente.

Bush usou uma linguagem dura, pedindo que a Rússia parasse com os
bombardeios. E a secretária de Estado Condoleezza Rice demandou que a Rússia "respeitasse a integridade territorial da Geórgia".

O que Putin fez? Primeiro, ele repudiou o presidente Nicolas Sarkozy da França em Pequim, recusando-se a mudar de posição quando Sarkozy tentou dissuadir a Rússia de sua operação militar. "Foi um encontro muito, muito difícil", disse um oficial ocidental depois. "Putin dizia: 'Nós vamos fazer eles pagarem. Vamos fazer justiça'".

Putin, então, voou de Pequim para uma região que faz fronteira com a Ossétia do Sul, chegando depois do anúncio de que a Geórgia estava retirando suas tropas para fora da capital do território separatista. Ele apareceu ostensivamente para coordenar a assistência aos refugiados que fugiram da Ossétia do Sul para a Rússia, mas a mensagem russa era clara: essa é nossa esfera de influência; os outros devem ficar de fora.

"Pela primeira vez desde a queda da União Soviética, o que os russos fizeram foi tomar uma ação militar decisiva e impor uma realidade militar", disse George Friedman, chefe executivo da empresa de inteligência e análise geopolítica Stratfor. "Eles fizeram isso de forma unilateral, e todos os outros países que contam com o Ocidente para intimidar russos agora foram forçados a considerar o que acabou de acontecer".

Oficiais do governo Bush reconhecem que o mundo, e os Estados Unidos em particular, têm pouca influência sobre as ações russas.

"Não há possibilidade de colocar a Otan ou a comunidade internacional dentro disso", disse um oficial sênior do Departamento de Estado durante uma teleconferência com repórteres. "Não há nenhuma chance. Não existe um perigo de conflito regional em nossa mente".

O conflito emergente na Geórgia desencadeou uma onda de diplomacia. Rice e outros oficiais do Departamento de Estado e do Pentágono falaram ao telefone com o ministro de relações exteriores russo, Sergey V. Lavrov, e com outras autoridades russas, assim como com oficiais da Geórgia, incentivando os dois lados a retomarem as conversações de paz.

A União Européia - e a Alemanha em particular, com seus fortes laços com a Rússia - pediu para que ambos os lados recuem e agendem reuniões para divulgar suas preocupações. Nas Nações Unidas, membros do Conselho de Segurança encontraram-se informalmente para discutir uma possível resposta, mas um diplomata do Conselho disse que há dúvidas de que eles possam fazer alguma coisa, uma vez que a Rússia e a China têm poder de veto no Conselho.

"Estrategicamente, os russos têm enviado sinais de que realmente querem exercitar sua força, e que estão chateados por causa de Kosovo", disse o diplomata. Ele se referia ao revanchismo russo contra o Ocidente por ter reconhecido a independência de Kosovo em relação à Sérvia no começo desse ano.

De fato, a decisão dos Estados Unidos e da Europa em reconhecer Kosovo pode ter aberto o caminho para a decisão relâmpago da Rússia de enviar tropas para apoiar os separatistas da Ossétia do Sul. Durante uma reunião sobre Kosovo em Bruxelas esse ano, Lavrov, o ministro do exterior, alertou Rice e os diplomatas europeus que se eles reconhecessem Kosovo, estariam abrindo um precedente para que a Ossétia do Sul e outras províncias separatistas. Com a mesma facilidade que o Ocidente poderia encorajar o antigo território russo em direção à independência e para fora da esfera de influência da Rússia, os russos advertiram que eles também poderiam encorajar as regiões separatistas pró-russas como a Ossétia do Sul a fazerem o mesmo.

Para o governo Bush, a escolha agora é saber se vale à pena apoiar a Geórgia - que, mais do que qualquer outra antiga república soviética, aliou-se aos Estados Unidos - na questão da Ossétia do Sul, contrariando a Rússia numa época em conseguir o apoio russo para conter as ambições nucleares do Irã está no topo da agenda da política estrangeira dos EUA.

Um diplomata das Nações Unidas disse em tom de brincadeira no sábado que "se alguém chegasse para os russos e dissesse: 'OK, Kosovo pelo Irã', teríamos um acordo."

Isso pode ser uma hipérbole, mas há um sentimento crescente entre alguns oficiais do governo Bush de que talvez os Estados Unidos não possam ter tudo, e tenham de eleger prioridades, particularmente no que diz respeito à Rússia.

O forte apoio do governo Bush à Geórgia - incluindo o treinamento dos militares do país e o apoio de armas - veio, em parte, como uma recompensa por sua ajuda aos EUA no Iraque. Os Estados Unidos sustentaram a Geórgia como um sinal de democracia na antiga União Soviética, ela deveria ser um exemplo para outras ex-repúblicas soviéticas em relação aos benefícios de apoiar o Ocidente.

Mas isso, junto com as ações dos EUA e da Europa em Kosovo, deixaram a Rússia se sentindo ameaçada, encurralada e cada vez mais convencida de que deveria tomar medidas agressivas para restaurar seu poder, dignidade e influência numa região que ela considera como um quintal estratégico, dizem os especialistas em política internacional.

A agressividade emergente da Rússia está sincronizada com a preocupação dos Estados Unidos em relação ao Iraque e ao Afeganistão, e com o confronto iminente com o Irã. Com essas considerações na balança, significa que Moscou está sentada no assento do motorista, reconhecem oficiais do governo.

"Nos colocamos numa posição de acordo com a qual não temos o para fazer nada globalmente", disse Friedman da Stratfor. "Poderíamos pensar que sob essas circunstâncias, deveríamos ficar quietos."

Um oficial sênior do governo riu quando ouviu a citação. "Bem, talvez
estejamos aprendendo a ficar quietos agora", disse. Ele pediu para que
seu nome não fosse divulgado porque não está autorizado a falar
publicamente sobre o assunto.

Tradução: Eloise De Vylder

Visite o site do The New York Times




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Re: Georgia X Rússia

#498 Mensagem por vmonteiro » Seg Ago 11, 2008 6:35 pm

P44 escreveu:
vmonteiro escreveu:Pra mim parece claro que os EUA vão utilizar essa oportunidade para cutucar a Russia, como fazia em tempos de guerra fria.

Pra ela é simples, o territorio não tem americanos, o sangue derramado é de ums poucos "sei-la quem", ela tem um forte aliado na Turquia que ao contrário de que muitos pensam não esta ocupada com os PKK, isso é brincadeira pra força Turca.

Os Georgianos ja perceberam que a Russia ainda não entrou com equipamento de ponta, ate que isso ocorra podem utilizar-se de alguma vantagem tecnologica fornecida pelos EUA (Turquia ou Isarel).

por acaso até tem, cerca de 1000 "conselheiros militares" dos EUA :roll:

Desculpe nao fui claro suficiente, me refiria a civis, a velha pratica america ne sujar solo de outros.




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soultrain
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Re: Georgia X Rússia

#499 Mensagem por soultrain » Seg Ago 11, 2008 6:36 pm

Olha o santo e honesto lobbysta pago pelo Presidente Georgiano:
Randy Scheunemann

Randy Scheunemann was the President of the Committee for the Liberation of Iraq, which was created by the Project for the New American Century (PNAC), of which he is a board member. He was Trent Lott's National Security Aide and was an advisor to U.S. Defense Secretary Donald Rumsfeld on Iraq. He is 2008 U.S. presidential campaign|2008 Presidential candidate John McCain's foreign-policy aide.[1]

Scheunemann has been criticized for his close association with Ahmad Chalabi during the George W. Bush administration's campaign to generate public support for the 2003 invasion of Iraq.[2]

In mid-July 2008, the Sunday Times of London linked Scheunemann to Stephen Payne, a lobbyist covertly filmed as he offered to arrange meetings with Vice President Dick Cheney, Secretary of State Condoleezza Rice, and others, in exchange for donations to the George W. Bush Presidential Library. Payne said Scheunemann had been "working with me on my payroll for five of the last eight years".

Bio

"Randy Scheunemann founded Orion Strategies LLC in 2001 to provide strategic planning, communications, policy, and government affairs consulting services to corporate, government, foundation and private clients. As President and Managing Partner, he and his team develop strategies, provide counsel and implement action plans specifically tailored to individual client needs."

"Before launching Orion Strategies, Mr. Scheunemann served as President of Alexandria, Virginia-based Mercury Group, Inc. where he supervised and directed all operations of the $3 million consulting and communications company."

"From 1999-2000, Scheunemann served as Defense and Foreign Policy Coordinator for the John McCain/"McCain 2000" presidential campaign where he appeared throughout the U.S. as a campaign spokesperson on national security issues. During 1996, Mr. Scheunemann was a senior adviser to Republican Presidential Candidate Bob Dole. He served on the 1996 Republican Platform Committee and wrote major portions of the foreign policy, defense and intelligence planks."

"Prior to joining the private sector, Mr. Scheunemann served as National Security Adviser to Senate Republican and Majority Leaders Bob Dole and Trent Lott from 1993-99. As a senior adviser, he developed, coordinated and implemented policy for the Majority Leader and Republican Senators on all foreign policy, arms control, national security and intelligence issues."

"Mr. Scheunemann was involved in Senate deliberations concerning the use of American military power in Somalia, the Korean peninsula, Iraq, Haiti and Bosnia. He also served as coordinator for Senate Republican policy on United Nations reform, Congressional-Executive war powers, NATO enlargement, global climate change, economic sanctions, ballistic missile defense and technology transfers to China. He has traveled to over 80 countries to examine U.S. policies and programs."

"From 1986-1993, Mr. Scheunemann served on the staffs of the Senate Foreign Relations Committee, the House Foreign Affairs Committee, and the House Republican Policy Committee. Mr. Scheunemann has authored articles for The Wall Street Journal, The New York Times, The Washington Post, Foreign Policy and other national publications. He has served as guest lecturer on foreign policy and security issues for the Foreign Service Institute, the National Defense University, the Defense Trade Advisory Group, the Republican National Committee's Team 100, the Institute for Foreign Policy Analysis, American University and the U.S. Information Agency. Mr. Scheunemann serves on the Board of Directors of the U.S. Committee on NATO, as a consultant to the Office of the Secretary of Defense and as Treasurer of The Project on Transitional Democracies."

Fico feliz por saber que o PT tem razão, só há bons e maus, os maus são aqueles que a imprensa fala mal (temos que acima de tudo acreditar na imprensa). Os maus são corruptos, mentirosos e rosnam, são reconhecidos precisamente pelo rosnar característico, se não rosnar são bons... Já me esquecia, os maus cheiram mal e normalmente têm bafo a álcool.

[[]]'s





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
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Re: Georgia X Rússia

#500 Mensagem por EDSON » Seg Ago 11, 2008 6:39 pm

Os russos não burros adivinhem quem eles colocaram na ponta da ofensiva.

http://www.militaryphotos.net/forums/sh ... 8&page=611

Só em saber que eles vem por ai os georginaos bateram em retirada. É só perguntar o que eles fizeram na Guerra de indepência de Abkházia.




kurgan
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Re: Georgia X Rússia

#501 Mensagem por kurgan » Seg Ago 11, 2008 6:40 pm

11/08/2008 - 18h25
Geórgia pede ajuda contra "invasão" russa

Por Matt Robinson

TBILISI (Reuters) - A Geórgia pediu na segunda-feira uma intervenção internacional e recuou suas forças para proteger a capital, enquanto tropas russas ignoravam os apelos ocidentais e continuavam avançando.

"O Exército georgiano está recuando para defender a capital. O governo busca urgentemente uma intervenção internacional para evitar a queda da Geórgia", disse o governo em nota.
O presidente Mikheil Saakashvili disse que as forças russas assumiram o controle da principal rota leste-oeste, o que na prática significou dividir o país em dois. Ele pediu aos seus cidadãos que fiquem em casa e não entrem em pânico.

Moscou ignorou o apelo de cessar-fogo feito pelo G7, grupo dos maiores países industrializados, e disse que a Geórgia, descumprindo a promessa de trégua, continuava bombardeando a região separatista da Ossétia do Sul, onde o conflito começou, na quinta-feira.

O clima na capital Tbilisi é de intranquilidade. Pela primeira vez em quatro noites, as ruas ficaram vazias, sem manifestações em prol do governo. O Parlamento realizará uma sessão de emergência na terça-feira.

"Estamos trabalhando com a comunidade internacional, mas tudo o que temos até agora são palavras, declarações, apoio moral e ajuda humanitária", disse Saakashvili pela TV.
"Mas precisamos de mais: queremos que contenham este bárbaro agressor. A situação na Geórgia é extremamente difícil, já que a Rússia está usando todos os seus recursos para ocupar o país", acrescentou, referindo-se à ocupação da rodovia.

Uma testemunha da Reuters viu helicópteros georgianos bombardeando alvos perto de Tskhinvali, a capital da Ossétia do Sul. Um outro jornalista ouviu bombardeios numa estrada ao norte da dilapidada cidade.

MERCADOS ABALADOS

O conflito afeta o mercado do petróleo porque pela Geórgia passa um importante duto que abastece o Ocidente. A situação também alarmou os investidores na Rússia e despertou temores de uma guerra mais ampla nesta região vizinha a Irã, Turquia e Rússia.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que preside a União Européia neste semestre, embarca na terça-feira para Moscou e talvez Tbilisi para tentar uma mediação, embora os russos não pareçam dispostos a concessões.

As tropas de Moscou avançaram 40 quilômetros pelo território de uma outra região separatista da Geórgia, chamada Abkházia, e capturaram a cidade georgiana de Senaki. O ministério russo de Defesa disse que suas forças já se retiraram da cidade após "eliminar" a possibilidade de bombardeios contra a Ossétia do Sul.

As autoridades russas dizem não ter a intenção de ocupar nenhum território além das repúblicas separatistas sob sua proteção.

Mas uma autoridade georgiana posteriormente disse que as tropas russas ocuparam a cidade georgiana de Gori, a cerca de 40 quilômetros da Ossétia do Sul.

Correspondentes da Reuters não viram sinais de presença militar russa na cidade, embora tenham visto uma coluna de caminhões militares georgianos deixando Gori na direção de Tbilisi.
O influente parlamentar Nika Rurua afirmou posteriormente que as forças russas estão posicionadas nos arredores de Gori.

O premiê da Geórgia afirmou que tropas russas haviam entrado no porto de Poti, no mar Negro, mas a Rússia negou a informação.

RUAS VAZIAS

O conflito começou repentinamente na quinta-feira, quando o governo georgiano enviou tropas para retomar o controle da Ossétia do Sul, uma região etnicamente diversa da Geórgia, que na prática já goza de autonomia desde a década de 1990, mas sem reconhecimento internacional.

Moscou reagiu com um contra-ataque das suas forças, muito mais numerosas, e no domingo já havia expulsado as tropas adversárias de Tskhinvali, a devastada capital local. A Rússia diz que 1.600 pessoas morreram nos confrontos e que há milhares de desabrigados -- cifras impossíveis de verificar de forma independente.

Saakashvili havia dito anteriormente que aceitara um plano da França para o fim das hostilidades, o envio de uma força de paz internacional e o retorno às posições prévias.

Na segunda-feira, ainda sob bombardeio georgiano, mulheres e crianças choravam ao ver os estragos provocados pelos bombardeios. Caminhões russos distribuíam água e comida.

Uma idosa contou como se escondeu com um neto de 7 anos num porão durante os bombardeios: "Meu neto gritava: 'Tio Putin, por favor nos ajude, por favor nos ajude para que os georgianos não me matem!' Foi um pesadelo, (mas) graças a Deus os russos chegaram e está melhorando."

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, criticou os EUA por ajudarem as tropas georgianas a deixarem o Iraque às pressas, e afirmou que o Ocidente está confundindo vítimas com agressores -- uma referência ao decidido apoio ocidental à Geórgia.

"É claro que (os norte-americanos) tiveram de enforcar (o ex-ditador iraquiano) Saddam Hussein por destruir várias aldeias xiitas. Mas os atuais governantes georgianos, que em uma hora simplesmente varreram dez aldeias ossétias da face da Terra, os governantes georgianos que usaram tanques para atropelar crianças e idosos, que jogaram civis em porões e os queimaram -- esses são os atores a serem protegidos", disse Putin.

A Rússia diz ter perdido 4 aviões e 18 soldados desde o início do conflito, havendo ainda 14 militares desaparecidos e 52 feridos.

Na manhã de segunda-feira, a Bolsa de Moscou entrou em pânico e caiu ao seu menor nível em dois anos. Ela recuperou parte das perdas depois de o presidente Dmitry Medvedev declarar que a guerra já pode estar terminando.

(Reportagem adicional de Tanya Mosolova e Guy Faulconbridge em Moscou, Dmitry Solovyov em Buron, Denis Sinyakov em Tskhinvali, James Kilner em Tbilisi e Margarita Antidze em Gori)




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Re: Georgia X Rússia

#502 Mensagem por lobo_guara » Seg Ago 11, 2008 6:53 pm

kurgan escreveu:11/08/2008 - 18h25
Geórgia pede ajuda contra "invasão" russa

Por Matt Robinson

TBILISI (Reuters) - A Geórgia pediu na segunda-feira uma intervenção internacional e recuou suas forças para proteger a capital, enquanto tropas russas ignoravam os apelos ocidentais e continuavam avançando.

"O Exército georgiano está recuando para defender a capital. O governo busca urgentemente uma intervenção internacional para evitar a queda da Geórgia", disse o governo em nota.
O presidente Mikheil Saakashvili disse que as forças russas assumiram o controle da principal rota leste-oeste, o que na prática significou dividir o país em dois. Ele pediu aos seus cidadãos que fiquem em casa e não entrem em pânico.

Moscou ignorou o apelo de cessar-fogo feito pelo G7, grupo dos maiores países industrializados, e disse que a Geórgia, descumprindo a promessa de trégua, continuava bombardeando a região separatista da Ossétia do Sul, onde o conflito começou, na quinta-feira.

O clima na capital Tbilisi é de intranquilidade. Pela primeira vez em quatro noites, as ruas ficaram vazias, sem manifestações em prol do governo. O Parlamento realizará uma sessão de emergência na terça-feira.

"Estamos trabalhando com a comunidade internacional, mas tudo o que temos até agora são palavras, declarações, apoio moral e ajuda humanitária", disse Saakashvili pela TV.
"Mas precisamos de mais: queremos que contenham este bárbaro agressor. A situação na Geórgia é extremamente difícil, já que a Rússia está usando todos os seus recursos para ocupar o país", acrescentou, referindo-se à ocupação da rodovia.

Uma testemunha da Reuters viu helicópteros georgianos bombardeando alvos perto de Tskhinvali, a capital da Ossétia do Sul. Um outro jornalista ouviu bombardeios numa estrada ao norte da dilapidada cidade.

MERCADOS ABALADOS

O conflito afeta o mercado do petróleo porque pela Geórgia passa um importante duto que abastece o Ocidente. A situação também alarmou os investidores na Rússia e despertou temores de uma guerra mais ampla nesta região vizinha a Irã, Turquia e Rússia.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que preside a União Européia neste semestre, embarca na terça-feira para Moscou e talvez Tbilisi para tentar uma mediação, embora os russos não pareçam dispostos a concessões.

As tropas de Moscou avançaram 40 quilômetros pelo território de uma outra região separatista da Geórgia, chamada Abkházia, e capturaram a cidade georgiana de Senaki. O ministério russo de Defesa disse que suas forças já se retiraram da cidade após "eliminar" a possibilidade de bombardeios contra a Ossétia do Sul.

As autoridades russas dizem não ter a intenção de ocupar nenhum território além das repúblicas separatistas sob sua proteção.

Mas uma autoridade georgiana posteriormente disse que as tropas russas ocuparam a cidade georgiana de Gori, a cerca de 40 quilômetros da Ossétia do Sul.

Correspondentes da Reuters não viram sinais de presença militar russa na cidade, embora tenham visto uma coluna de caminhões militares georgianos deixando Gori na direção de Tbilisi.
O influente parlamentar Nika Rurua afirmou posteriormente que as forças russas estão posicionadas nos arredores de Gori.

O premiê da Geórgia afirmou que tropas russas haviam entrado no porto de Poti, no mar Negro, mas a Rússia negou a informação.

RUAS VAZIAS

O conflito começou repentinamente na quinta-feira, quando o governo georgiano enviou tropas para retomar o controle da Ossétia do Sul, uma região etnicamente diversa da Geórgia, que na prática já goza de autonomia desde a década de 1990, mas sem reconhecimento internacional.

Moscou reagiu com um contra-ataque das suas forças, muito mais numerosas, e no domingo já havia expulsado as tropas adversárias de Tskhinvali, a devastada capital local. A Rússia diz que 1.600 pessoas morreram nos confrontos e que há milhares de desabrigados -- cifras impossíveis de verificar de forma independente.

Saakashvili havia dito anteriormente que aceitara um plano da França para o fim das hostilidades, o envio de uma força de paz internacional e o retorno às posições prévias.

Na segunda-feira, ainda sob bombardeio georgiano, mulheres e crianças choravam ao ver os estragos provocados pelos bombardeios. Caminhões russos distribuíam água e comida.

Uma idosa contou como se escondeu com um neto de 7 anos num porão durante os bombardeios: "Meu neto gritava: 'Tio Putin, por favor nos ajude, por favor nos ajude para que os georgianos não me matem!' Foi um pesadelo, (mas) graças a Deus os russos chegaram e está melhorando."

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, criticou os EUA por ajudarem as tropas georgianas a deixarem o Iraque às pressas, e afirmou que o Ocidente está confundindo vítimas com agressores -- uma referência ao decidido apoio ocidental à Geórgia.

"É claro que (os norte-americanos) tiveram de enforcar (o ex-ditador iraquiano) Saddam Hussein por destruir várias aldeias xiitas. Mas os atuais governantes georgianos, que em uma hora simplesmente varreram dez aldeias ossétias da face da Terra, os governantes georgianos que usaram tanques para atropelar crianças e idosos, que jogaram civis em porões e os queimaram -- esses são os atores a serem protegidos", disse Putin.
A Rússia diz ter perdido 4 aviões e 18 soldados desde o início do conflito, havendo ainda 14 militares desaparecidos e 52 feridos.

Na manhã de segunda-feira, a Bolsa de Moscou entrou em pânico e caiu ao seu menor nível em dois anos. Ela recuperou parte das perdas depois de o presidente Dmitry Medvedev declarar que a guerra já pode estar terminando.

(Reportagem adicional de Tanya Mosolova e Guy Faulconbridge em Moscou, Dmitry Solovyov em Buron, Denis Sinyakov em Tskhinvali, James Kilner em Tbilisi e Margarita Antidze em Gori)
Definitivamente parece-me haver muita contradição no tal "genocídio" que estaria sendo patrocinado pelos russos segundo a visão de alguns...




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Re: Georgia X Rússia

#503 Mensagem por vmonteiro » Seg Ago 11, 2008 7:05 pm

Wolfgang escreveu: Sim, Prepe o que estou dizendo é isso. Os EUA podem ser alvo de críticas, teses de doutorado e suas ações são analizadas diariamente. Mas o que a Rússia está fazendo é loucura e a mídia do Ocidente está quieta.
Veja você que em nota oficial a Rússia ameaça seriamente países soberamos por apenas criticar o modo como está sendo levada a questão. Isso é seríssimo!

Amigo desculpe mas vc esta enganado, loucura aqui foi cometida pelo presidente da Georgia e seus aliados, ele iniciaram o conflito derramando sangue osseta, uma area praticamente independente a mais de 10 anos, nao havia motivo rasoavel para invasao, a Russia agora nao pode dormir com o inimigo, seja Georgia ou qualquer outro que levantar-se contra, e uma guerra mate ou morra, esse cara ta varrido e ponto final.

A midia ocidental nao tem oque falar, isso porque as incurçoes e declaraçoes Russas sao respaldadas pela reciprocidade do ato exercido contra os ossetas e a toda estabilidade da regiao, que agora deve ser restabeleciada pela força predominante diretamente atingida Russia.

O maximo que a midia vai conseguir fazer e tentar inverter (como o senhor vem tentando fazer) os papeis de vitima acusando os Russos de atrocidades contra os coitados dos Georgeanos e seu fantoche pro ocidente.

Israel e USA vem a anos ameaçando o Ira com embargos rodadas da ONU e ataques militares, prometendo esmaga-los, isso tambem a midia nao fala, claro pq os iranianos sao Terroristas fanaticos que querem dominar o mundo e acabar com o sonho americano.

Ja sei a velha balança de 2 pesos e 2 medidas.




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Re: Georgia X Rússia

#504 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Ago 11, 2008 7:11 pm

Os georgianos vão recuar até a sede da OTAN e Washington.




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Re: Georgia X Rússia

#505 Mensagem por chm0d » Seg Ago 11, 2008 7:13 pm

Carlos Mathias escreveu:Os georgianos vão recuar até a sede da OTAN e Washington.
:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Georgia X Rússia

#506 Mensagem por vmonteiro » Seg Ago 11, 2008 7:13 pm

'Tio Putin, por favor nos ajude, por favor nos ajude para que os georgianos não me matem!'

Senhores tento acreditar nessa frase, mas ta dificil ehehehe




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Re: Georgia X Rússia

#507 Mensagem por Skyway » Seg Ago 11, 2008 7:14 pm

Os georgianos vão recuar até a sede da OTAN e Washington.
:lol: :lol:




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Re: Georgia X Rússia

#508 Mensagem por vmonteiro » Seg Ago 11, 2008 7:16 pm

Carlos Mathias escreveu:Os georgianos vão recuar até a sede da OTAN e Washington.
ehehehe
Ou vao pra embaixada americana na Georgia, igual no Vietnam, almenos a Russia so gasta 1 missil.




Senhores, sejamos razoáveis.
Carlos Mathias

Re: Georgia X Rússia

#509 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Ago 11, 2008 7:17 pm

Essa do "tio Putin" foi braba mesmo. Mas guerra é isso aí, a propaganda luta junto com as tropas.
Mas sei lá, não conheço a realidade de lá.




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Re: Georgia X Rússia

#510 Mensagem por kurgan » Seg Ago 11, 2008 7:19 pm

Bush exige a Rusia que acepte el alto el fuego

"Rusia ha invadido a un país soberano y ha amenazado a un vecino. Eso es inaceptable en el siglo XXI2, dijo Bush, quien advirtió a Moscú que si no revierte su curso, dañará "sustancialmente" sus relaciones con EE.UU. y el mundo.

http://www.lavanguardia.es/lv24h/200808 ... 67879.html




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