Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Edu Lopes
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Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#1 Mensagem por Edu Lopes » Ter Jul 15, 2008 11:11 am

Ia colocar no "NOTÍCIAS" mas acho importante um tópico próprio para essa notícia.
Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

O comando da Marinha decidiu reivindicar da cúpula do governo o repasse da fatia dos royalties do petróleo que cabe à Força Naval, acumulada em R$ 3,159 bilhões até 2007, informou a colunista Eliane Cantanhêde na edição de hoje da Folha. A íntegra da reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.

A estimativa para este ano é de que mais R$ 1,7 bilhão deveriam ir para os cofres da Força Naval. Segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, a sua intenção é convencer o governo de que a Marinha precisa estar preparada para a fiscalização dos novos campos de petróleo da camada pré-sal.

Mais de 80% do petróleo brasileiro tem origem na área marítima, e a Marinha avalia em cerca de 15% a sua parte dos royalties, que acaba retida por contingenciamento. Ou seja, a Marinha tem direito mas, por uma questão de contenção de gastos, acaba não recebendo. Independentemente dos royalties, o Orçamento inicial da Marinha para este ano era de R$ 2,6 bilhões, considerado "ideal para avançar no reaparelhamento da Força", como disse o comandante. Foi aprovado R$ 1,976 bilhão e liberado, até agora, R$ 1,521 bilhão.

A Marinha ainda decidiu negociar com a cúpula do governo a duplicação da frota de 27 navios-patrulha, a um custo estimado em R$ 2,16 bilhões. O comandante, porém, descartou qualquer conexão entre a duplicação dos navios-patrulha com a decisão do governo dos Estados Unidos de reativar a Quarta Frota Naval, destinada ao Atlântico Sul e ao Caribe. Também está nos planos da Marinha intensificar as negociações com a ONU (Organização das Nações Unidas) para ampliar o território marítimo brasileiro.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 2470.shtml




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brisa

Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#2 Mensagem por brisa » Ter Jul 15, 2008 11:23 am

Gostaria de saber, ate que ponto a marinha tem poder político para precionar o governo, e consequentemente a equipe economica, para fazer valer os seus direitos.

sds




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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#3 Mensagem por talharim » Ter Jul 15, 2008 11:37 am

A Marinha teri amais "poder político" se a capital ainda ficasse ao alcance de seus canhões 8-]

Agora poderia apenas se restingir a um convite para algum político tomar um chazinho em Iperó no Aramar. 8-]




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
brisa

Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#4 Mensagem por brisa » Ter Jul 15, 2008 11:42 am

Ou pressionar a turma do planalto desafinando os instrumentos da Banda dos Fuzileiros Navais no desfile de 7 de setembro :mrgreen:




WalterGaudério
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#5 Mensagem por WalterGaudério » Ter Jul 15, 2008 12:15 pm

SEnhores, a liberação dos Royalties do Petróleo para a MB está mais próxima do que nunca. estas declarações fazem parte da pressão final sobre o governo.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#6 Mensagem por joao fernando » Ter Jul 15, 2008 2:06 pm

Bem, em ARAMAR tem polonio não? Um chá com polonio não resolve?




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#7 Mensagem por LEO » Ter Jul 15, 2008 2:21 pm

cicloneprojekt escreveu:SEnhores, a liberação dos Royalties do Petróleo para a MB está mais próxima do que nunca. estas declarações fazem parte da pressão final sobre o governo.

Muito bom. :D




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http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43

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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#8 Mensagem por Tigershark » Ter Jul 15, 2008 2:52 pm

Bom demais!Com esse dinheiro liberado e empregado sómente no PRM as coisas vão ficar muito boas para a MB!




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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#9 Mensagem por Immortal Horgh » Ter Jul 15, 2008 3:22 pm

cicloneprojekt escreveu:SEnhores, a liberação dos Royalties do Petróleo para a MB está mais próxima do que nunca. estas declarações fazem parte da pressão final sobre o governo.

O importante não é liberar somente os atrasados, mas parar com a retenção posterior. Imaginem o que a MB conseguirá fazer com pelo menos R$ 2 bilhões a mais por ano :twisted: :twisted:



[ ]s




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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#10 Mensagem por FABIO » Ter Jul 15, 2008 5:32 pm

liberação dos royalties para MB só acredito quando acontecer,nesses governantes
não se pode confiar. :evil:




luisabs
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#11 Mensagem por luisabs » Ter Jul 15, 2008 7:41 pm

FABIO escreveu:liberação dos royalties para MB só acredito quando acontecer,nesses governantes
não se pode confiar. :evil:
Falou e disse Fabio!




RenaN
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#12 Mensagem por RenaN » Qua Jul 16, 2008 9:32 pm

O Marino falou lá nas Aéreas que o SUB sai em dezembro. Será que foi liberado? 8-]




[<o>]
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#13 Mensagem por Marino » Qua Jul 16, 2008 9:33 pm

Não. O sub é acordo Governo a Governo.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
RenaN
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#14 Mensagem por RenaN » Qua Jul 16, 2008 10:04 pm

Marino escreveu:Não. O sub é acordo Governo a Governo.
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GustavoB
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Re: Marinha reivindica repasse de royalties do petróleo

#15 Mensagem por GustavoB » Qua Set 17, 2008 11:59 am

Royalties: quase 80% é contingenciado

Ainda não se tem certeza sobre o valor que o governo federal arrecadará pela exploração das novas reservas de petróleo acumuladas na camada do pré-sal. Ainda assim, os estados já se digladiam pela maior fatia dos royalties. Enquanto isso, 60% dos recursos globais autorizados em orçamento para este ano oriundos da fonte de “compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural” ainda não foram aplicados pelos governos federal e estaduais. Dos R$ 24 bilhões previstos no orçamento para 2008 com recursos originados dessa fonte, apenas R$ 9,7 bilhões foram efetivamente gastos até agora, incluindo os chamados restos a pagar - dívidas de anos anteriores roladas para exercícios seguintes. Do montante previsto exclusivamente para uso do governo federal, R$ 8,9 bilhões, pouco mais de R$ 7 bilhões (79%) estão congelados na chamada reserva de contingência, que anualmente ajuda nas metas de superávit primário do governo federal (veja a tabela).
Além disso, da arrecadação global de royalties sob responsabilidade da União este ano (R$ 8,9 bilhões), apenas R$ 763 milhões foram desembolsados, o que representa somente 9% do total previsto em orçamento. A compensação financeira é restituída pelas empresas concessionárias ao orçamento da União por meio dos royalties – valores pagos sobre a produção bruta de petróleo – e das “participações especiais” – calculadas sobre a receita líquida trimestral dessa produção e só para uma produção de 30 mil barris por dia ou mais.
Dentre os baixos índices de gastos realizados com recursos adquiridos pelos royalties, destaca-se o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O órgão é responsável por administrar R$ 1,1 bilhão dos recursos originados da compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural, mas até agosto aplicou apenas R$ 1,2 milhão – o que não representa sequer 1% do orçamento global previsto para a pasta (veja tabela do MMA).
Do valor global administrado pelo órgão, R$ 9,6 milhões (1%) são efetivamente passíveis de execução com despesas do ministério, segundo informa a assessoria do MMA. O restante é enquadrado na reserva de contingência. Os recursos são utilizados no desenvolvimento de estudos, pesquisas e projetos relacionados com a preservação do meio ambiente e a recuperação de danos ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo.
Em seguida, o menor percentual de execução está a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que neste ano desembolsou somente 23% do R$ 1,4 bilhão autorizado em seu orçamento (veja tabela do MCT). Segundo a assessoria do MCT, parte do orçamento ainda está em processo de elaboração de edital para ser liberado. “Os editais serão lançados em breve pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), mas todos os recursos serão aplicados até 2010, conforme projetado, em março deste ano, pelo Conselho Gestor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, explica a assessoria em nota.
Dentre as ações do MCT com base nos recursos arrecadados por royalties estão as atividades de pesquisa, de qualificação de recursos humanos, diagnóstico das necessidades e prognóstico das oportunidades para a indústria do petróleo. Os recursos do ministério devem, ainda, financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados ao setor do petróleo e do gás natural.
O Ministério da Defesa também desembolsou pouco este ano com verba originada da fonte de compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural. Somente 20% do total de R$ 1,7 bilhão foi gasto pela pasta (veja tabela da Defesa). A Marinha do Brasil, responsável pela execução do orçamento levantado pelos royalties do petróleo destinados à Defesa, justifica que o montante disponível para o ministério é composto por R$ 706 milhões da reserva de contingência e por R$ 994 milhões de Orçamento de Custeio e Capital (OCC), que incluí as despesas do dia-a-dia do órgão. “Do montante passível de empenho, a Marinhas do Brasil efetivamente gastou cerca 45% (R$ 297,03 milhões)”, justifica o ministério.
A Marinha esclarece, ainda, que a limitação nos gastos se dá, principalmente, pelo contingenciamento aplicado ao Ministério da Defesa. Segundo o ministério, o orçamento é utilizado para atender aos encargos de fiscalização e proteção das áreas de produção do petróleo. Além disso, com esses recursos a Marinha custeia a manutenção, reaparelhamento e reparos de equipamentos, a aquisição de combustíveis e sobressalentes utilizados nas missões e a capacitação de pessoal.
Os royalties administrados diretamente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) totalizam R$ 4,5 bilhões em 2008. Desse total, apenas 2% foram efetivamente gastos. Segundo o MME, os recursos contemplam programas do próprio ministério, além de serem redistribuídos para outros órgãos vinculados, como a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, por exemplo, para onde há dotação de R$ 717,5 milhões. Desse montante, 88% estão contingenciados e somente 5% do valor global foram aplicados pela companhia até agora. Para a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis – ANP, o orçamento prevê R$ 3,2 bilhões, dos quais 99% estão destinados à reserva de contingência (veja tabela do MME).
O MME tem à disposição de seus programas, com recursos dos royalties, o total de R$ 670,4 milhões, tendo sido gasto pouco mais de 1% desse valor. A justificativa: R$ 661,2 milhões (99%) na reserva de contingência. De acordo com o ministério, os recursos são utilizados para o financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de levantamentos geológicos básicos no território nacional.
Além desses montantes, o MME é responsável também por emitir os empenhos referentes às “transferências constitucionais e as decorrentes de legislação específica”, que são as arrecadações repassadas aos estados e municípios. Do montante de R$ 15,2 bilhões, o ministério empenhou quase 100%, tendo sido repassados efetivamente R$ 6,6 bilhões às regiões beneficiárias. Vale lembrar que os repasses aos estados e municípios são feitos em parcelas mensais e que a execução do orçamento distribuído não é passível de acompanhamento pelo o Sistema de Administração Financeira do governo federal (Siafi).

Debate precipitado
De acordo com Roberto Piscitelli, economista e professor de finanças públicas da Universidade de Brasília, o governo tem colocado o “carro na frente dos bois”. O economista acredita que a aposta sobre o pré-sal é muito alta e precipitada. “Ainda não temos certeza da viabilidade da exploração no pré-sal”, afirma.
Além disso, Piscitelli lamenta que a discussão sobre o rateio dos royalties tenha se tornado de baixo nível. “A briga pela maior parte dos royalties só demonstra a pobreza de valores dos nossos líderes. Cada estado quer uma parte maior alegando que a região sofre pela exploração, mas se somos uma federação é preciso termos consciência de que a melhor distribuição é a descentralizada”, diz o economista.
Para Piscitelli, as arrecadações são resultado do apoio dos contribuintes nos mais de 50 anos de existência da Petrobrás e por isso deveriam ser bem aplicadas, ou ao menos aplicadas de fato. “O aspecto da baixa execução do orçamento é crônico e atinge quase toda a programação orçamentária, mesmo naquilo com que o governo efetivamente se compromete a gastar”, explica o professor.

Milton Júnior
Do Contas Abertas




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