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Re: NOTÍCIAS
Galera, estava eu junto ao balcão de uma papelaria, quando um pilha de papel, com o emblema da "RAFAEL", chamou a minha atenção, a primeira folha falava sobre a oferta de transferência de tecnologia sobre controle remoto de sistema de armas para Veículos de transporte de tropas, da RAFAEL para a empresa brasileira GESPI, tentei continuar a leitura, mas fui interceptado por uma pessoal que se identificou como "do Exercíto", tentei conversar, mas não houve retorno.
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Re: NOTÍCIAS
agora que pensei um pouco que reparei:
não é um tanto sugestivo um relatorio deste aparecer do nada,a pessoa que o está portando deixalo solto assim a ponto de uma pessoa conseguir ler e o pior para uma pessoa intereçada em defesa, lembrando que não devemos passar de 5.000 em um pais com 180 milhoes de pessoas.
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não é um tanto sugestivo um relatorio deste aparecer do nada,a pessoa que o está portando deixalo solto assim a ponto de uma pessoa conseguir ler e o pior para uma pessoa intereçada em defesa, lembrando que não devemos passar de 5.000 em um pais com 180 milhoes de pessoas.
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- Skyway
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Re: NOTÍCIAS
Acho que primeiro deveriamos nos perguntar...Se esses docmentos tem alguma relevância, como alguem deixa isso solto em um balcão de papelaria?
Não poderia ser um documento antigo?
E assumindo como sendo relevante, atual e o cara foi descuidado por assumir que difícilmente alguem se interessaria em ler isso, não teria sido "sorte" um amigo forista estar presente ao lado dele?
São coisas mais fáceis de acontecer na minha opinião..
Não poderia ser um documento antigo?
E assumindo como sendo relevante, atual e o cara foi descuidado por assumir que difícilmente alguem se interessaria em ler isso, não teria sido "sorte" um amigo forista estar presente ao lado dele?
São coisas mais fáceis de acontecer na minha opinião..

AD ASTRA PER ASPERA
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Re: NOTÍCIAS
Galera, o documento esta voltando do encadernamento, a pessoa colocou tudo dentro de um envelope, o mais rápido possível.
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Re: NOTÍCIAS
Rússia diz responder militarmente se EUA instalarem escudo antimísseis
Efe, em Moscou
A Rússia divulgou nesta terça-feira que responderá com medidas militares se os Estados Unidos instalarem o sistema de Defesa Nacional contra Mísseis americano perto das fronteiras russas no Leste Europeu.
"Se em frente a nossas fronteiras começar o desdobramento real do sistema estratégico de defesa antimísseis dos Estados Unidos, seremos obrigados a reagir com métodos militares e técnicos, e não diplomáticos", afirmou o Ministério de Exteriores russo.
A Chancelaria russa disse que a assinatura de um acordo entre Washington e Praga para instalar um radar em território tcheco "não aumenta a segurança da República Tcheca, nem da Europa em geral".
De acordo com a Rússia, "não resta dúvida" de que a aproximação de componentes do arsenal estratégico americano a território do país "pode ser empregado para enfraquecer o potencial russo de dissuasão".
"Está claro que, nesta situação, a parte russa tomará medidas adequadas para compensar as ameaças potenciais à sua segurança nacional. Mas não somos nós que escolhemos isso", aponta o comunicado divulgado no site do ministério.
A nota especifica que a Rússia será obrigada a tomar medidas de resposta se os acordos entre Washington e Praga forem ratificados, apesar da forte oposição ao escudo antimísseis do Pentágono existente entre a sociedade --conforme constatam as pesquisas-- e o Parlamento tcheco.
Além disso, reafirma a rejeição de Moscou ao sistema antimísseis americano, ao afirmar que "é capaz de dinamitar a estabilidade e a segurança não só em escala européia, mas global".
"Qualquer que seja o desenvolvimento da situação, partiremos antes de tudo da necessidade de garantir devidamente a segurança de nosso Estado", divulga o comunicado.
Proposta
A Rússia lamentou também que os EUA tenham "ignorado de fato" a proposta alternativa russa de criar, conjuntamente, "um sistema coletivo de segurança para as ameaças de ataques com mísseis".
Além disso, denunciou que Washington retirou suas propostas de "medidas de transparência e controle" que tinha oferecido à Rússia anteriormente, para convencer o país de que o escudo antimísseis não será dirigido contra território russo.
"Observaremos atentamente como a situação evolui, e seguiremos abertos a um diálogo construtivo tanto sobre o sistema antimísseis, quanto sobre toda a problemática da segurança estratégica, mas sempre em pé de igualdade", especifica a nota.
O acordo entre Praga e Washington foi assinado em meio à incerteza sobre outro tratado similar entre EUA e Polônia, país no qual o Pentágono pretende instalar uma base com vários mísseis, a fim de se defender de um eventual ataque balístico.
A Polônia diz ser insuficiente a ajuda militar oferecida em troca pelos EUA, enquanto a Lituânia já se prontificou a estudar uma eventual proposta de Washington caso as negociações com Varsóvia fracassem.
Os planos americanos incluem a instalação de um sistema de radar em território tcheco e de uma base de dez foguetes interceptores na Polônia para neutralizar eventuais ataques com mísseis de países como o Irã.
A Rússia rejeita taxativamente estes planos, porque afirma que o escudo antimísseis instalado perto das fronteiras russas será voltado contra o potencial militar do país, e advertiu de que apontará seus mísseis nucleares às nações que abrigarem essas instalações.
"Estes países devem entender que as instalações de defesa antimísseis são componentes do sistema estratégico de contenção americano, e tais elementos são, por definição, alvos" para as Forças Armadas da Rússia, disse hoje o conhecido analista político próximo ao Kremlin Vyacheslav Nikonov.
Efe, em Moscou
A Rússia divulgou nesta terça-feira que responderá com medidas militares se os Estados Unidos instalarem o sistema de Defesa Nacional contra Mísseis americano perto das fronteiras russas no Leste Europeu.
"Se em frente a nossas fronteiras começar o desdobramento real do sistema estratégico de defesa antimísseis dos Estados Unidos, seremos obrigados a reagir com métodos militares e técnicos, e não diplomáticos", afirmou o Ministério de Exteriores russo.
A Chancelaria russa disse que a assinatura de um acordo entre Washington e Praga para instalar um radar em território tcheco "não aumenta a segurança da República Tcheca, nem da Europa em geral".
De acordo com a Rússia, "não resta dúvida" de que a aproximação de componentes do arsenal estratégico americano a território do país "pode ser empregado para enfraquecer o potencial russo de dissuasão".
"Está claro que, nesta situação, a parte russa tomará medidas adequadas para compensar as ameaças potenciais à sua segurança nacional. Mas não somos nós que escolhemos isso", aponta o comunicado divulgado no site do ministério.
A nota especifica que a Rússia será obrigada a tomar medidas de resposta se os acordos entre Washington e Praga forem ratificados, apesar da forte oposição ao escudo antimísseis do Pentágono existente entre a sociedade --conforme constatam as pesquisas-- e o Parlamento tcheco.
Além disso, reafirma a rejeição de Moscou ao sistema antimísseis americano, ao afirmar que "é capaz de dinamitar a estabilidade e a segurança não só em escala européia, mas global".
"Qualquer que seja o desenvolvimento da situação, partiremos antes de tudo da necessidade de garantir devidamente a segurança de nosso Estado", divulga o comunicado.
Proposta
A Rússia lamentou também que os EUA tenham "ignorado de fato" a proposta alternativa russa de criar, conjuntamente, "um sistema coletivo de segurança para as ameaças de ataques com mísseis".
Além disso, denunciou que Washington retirou suas propostas de "medidas de transparência e controle" que tinha oferecido à Rússia anteriormente, para convencer o país de que o escudo antimísseis não será dirigido contra território russo.
"Observaremos atentamente como a situação evolui, e seguiremos abertos a um diálogo construtivo tanto sobre o sistema antimísseis, quanto sobre toda a problemática da segurança estratégica, mas sempre em pé de igualdade", especifica a nota.
O acordo entre Praga e Washington foi assinado em meio à incerteza sobre outro tratado similar entre EUA e Polônia, país no qual o Pentágono pretende instalar uma base com vários mísseis, a fim de se defender de um eventual ataque balístico.
A Polônia diz ser insuficiente a ajuda militar oferecida em troca pelos EUA, enquanto a Lituânia já se prontificou a estudar uma eventual proposta de Washington caso as negociações com Varsóvia fracassem.
Os planos americanos incluem a instalação de um sistema de radar em território tcheco e de uma base de dez foguetes interceptores na Polônia para neutralizar eventuais ataques com mísseis de países como o Irã.
A Rússia rejeita taxativamente estes planos, porque afirma que o escudo antimísseis instalado perto das fronteiras russas será voltado contra o potencial militar do país, e advertiu de que apontará seus mísseis nucleares às nações que abrigarem essas instalações.
"Estes países devem entender que as instalações de defesa antimísseis são componentes do sistema estratégico de contenção americano, e tais elementos são, por definição, alvos" para as Forças Armadas da Rússia, disse hoje o conhecido analista político próximo ao Kremlin Vyacheslav Nikonov.
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Si vis pacem, para bellum.
"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein
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- joao fernando
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Re: NOTÍCIAS
Opa, eu ainda quero ver o urso dar um pau na aguia.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: NOTÍCIAS
O Globo:
Uma política para a indústria bélica
RUBENS BARBOSA
O relatório sobre os gastos militares no mundo no período 2006/7 foi divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisa da Paz (SIPRI), de Estocolmo. Segundo esse trabalho, os gastos militares globais cresceram 45% nos últimos dez anos. Em 2007, o gasto total subiu a US$1,34 trilhão, representando 2,5% do PIB mundial. O Brasil está em 12º lugar, aparecendo com 1% das despesas militares do mundo. O orçamento com a Defesa corresponde a 1,9% do PIB, e é destinado, sobretudo, às aposentadorias e pensões dos militares, não nas compras de armamento. Na América Latina, Chile, Peru, Venezuela gastam mais em Defesa do que o Brasil.
A defesa de nossas fronteiras, em especial na região amazônica e nas plataformas de produção e de perfuração em nosso mar territorial, tornou-se urgente e passou a ser uma questão de segurança nacional. Há hoje uma perigosa redução da capacidade do sistema de defesa nacional. A baixa capacidade dissuasória das Forcas Armadas pode redundar na fragilização de nossa política externa.
Em artigo recém-publicado no segundo número da revista "Interesse Nacional" ("A política de defesa nacional"), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aborda, de forma adequada e oportuna, entre outros temas, a necessidade de fortalecimento da indústria nacional de material bélico.
"O Brasil não pode mais aceitar a condição de, na melhor das hipóteses, produzir sob licença material desenvolvido em outros países. O domínio da tecnologia é um objetivo consistente com manutenção da capacidade dissuasória. A capacitação tecnológica nacional constitui requisito para a aquisição de equipamentos.
"Embora a ação estatal seja imprescindível à sobrevivência da indústria de defesa, o setor privado tem importante papel a desempenhar. As possibilidades de derivação das tecnologias de uso militar para o emprego civil tornam importante a participação do setor privado. A interação entre institutos governamentais e privados, militares e civis, já existe. Os institutos militares desenvolvem, sozinhos ou em parcerias com instituições de pesquisa públicas e de empresas privadas, projetos de armamentos e equipamentos diversos.
"O governo brasileiro deverá ter papel ativo nesse processo de consolidação da indústria nacional de defesa. Poder-se-ão definir procedimentos especiais de compras públicas para privilegiar o fornecedor nacional comprometido com programas de modernização tecnológica. Poderão ser criados, até mesmo, instrumentos de participação governamental direta na gestão das empresas estratégicas do setor, como ações especiais do tipo golden share."
Assim, o potencial é enorme. O fortalecimento da produção nacional não só poderá atender ao mercado interno, mas também ao sul-americano e de outras regiões em desenvolvimento. Além da fabricação de novos equipamentos, também o mercado de reposição poderia ser adequadamente explorado. Problemas de falta de peças e assistência afetaram, por exemplo, a operação dos veículos Cascavel e Urutu no Exército e nos Fuzileiros Navais no Brasil. Algo, no entanto, foi feito com a criação, pelo Exército, do Arsenal de Guerra de São Paulo para a revitalização desses veículos, incluindo os que estão operando no Haiti.
Vale lembrar que, no fim dos anos 70 e início dos 80, o Brasil estava entre os principais fornecedores de material bélico no mundo. O governo de Saddam Houssein comprou 364 unidades do Cascavel e do Urutu. Quinze anos após a decretação da falência da Engesa e após três campanhas militares, os veículos blindados de rodas Cascavel voltaram a rodar no Iraque. Esses veículos foram reformados pela empresa Anham Inc., de capital saudita, americano e jordaniano. No dia 8 de janeiro de 2008, 35 veículos Cascavel foram incorporados ao Exército do Iraque e serão utilizados em check points e patrulhas. Nas palavras de um oficial norte-americano, "restituirão o orgulho às Forças iraquianas".
As grandes transformações por que passam a América do Sul e, em especial, o Brasil estão a exigir da sociedade, do governo e do setor privado uma nova atitude em relação ao desenvolvimento de uma indústria de material bélico autônoma e à altura dos desafios que o Brasil passou a enfrentar, com a perspectiva de um papel mais relevante no cenário mundial.
O governo promete fazer sua parte. Com a palavra o setor privado.
RUBENS BARBOSA é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Uma política para a indústria bélica
RUBENS BARBOSA
O relatório sobre os gastos militares no mundo no período 2006/7 foi divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisa da Paz (SIPRI), de Estocolmo. Segundo esse trabalho, os gastos militares globais cresceram 45% nos últimos dez anos. Em 2007, o gasto total subiu a US$1,34 trilhão, representando 2,5% do PIB mundial. O Brasil está em 12º lugar, aparecendo com 1% das despesas militares do mundo. O orçamento com a Defesa corresponde a 1,9% do PIB, e é destinado, sobretudo, às aposentadorias e pensões dos militares, não nas compras de armamento. Na América Latina, Chile, Peru, Venezuela gastam mais em Defesa do que o Brasil.
A defesa de nossas fronteiras, em especial na região amazônica e nas plataformas de produção e de perfuração em nosso mar territorial, tornou-se urgente e passou a ser uma questão de segurança nacional. Há hoje uma perigosa redução da capacidade do sistema de defesa nacional. A baixa capacidade dissuasória das Forcas Armadas pode redundar na fragilização de nossa política externa.
Em artigo recém-publicado no segundo número da revista "Interesse Nacional" ("A política de defesa nacional"), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aborda, de forma adequada e oportuna, entre outros temas, a necessidade de fortalecimento da indústria nacional de material bélico.
"O Brasil não pode mais aceitar a condição de, na melhor das hipóteses, produzir sob licença material desenvolvido em outros países. O domínio da tecnologia é um objetivo consistente com manutenção da capacidade dissuasória. A capacitação tecnológica nacional constitui requisito para a aquisição de equipamentos.
"Embora a ação estatal seja imprescindível à sobrevivência da indústria de defesa, o setor privado tem importante papel a desempenhar. As possibilidades de derivação das tecnologias de uso militar para o emprego civil tornam importante a participação do setor privado. A interação entre institutos governamentais e privados, militares e civis, já existe. Os institutos militares desenvolvem, sozinhos ou em parcerias com instituições de pesquisa públicas e de empresas privadas, projetos de armamentos e equipamentos diversos.
"O governo brasileiro deverá ter papel ativo nesse processo de consolidação da indústria nacional de defesa. Poder-se-ão definir procedimentos especiais de compras públicas para privilegiar o fornecedor nacional comprometido com programas de modernização tecnológica. Poderão ser criados, até mesmo, instrumentos de participação governamental direta na gestão das empresas estratégicas do setor, como ações especiais do tipo golden share."
Assim, o potencial é enorme. O fortalecimento da produção nacional não só poderá atender ao mercado interno, mas também ao sul-americano e de outras regiões em desenvolvimento. Além da fabricação de novos equipamentos, também o mercado de reposição poderia ser adequadamente explorado. Problemas de falta de peças e assistência afetaram, por exemplo, a operação dos veículos Cascavel e Urutu no Exército e nos Fuzileiros Navais no Brasil. Algo, no entanto, foi feito com a criação, pelo Exército, do Arsenal de Guerra de São Paulo para a revitalização desses veículos, incluindo os que estão operando no Haiti.
Vale lembrar que, no fim dos anos 70 e início dos 80, o Brasil estava entre os principais fornecedores de material bélico no mundo. O governo de Saddam Houssein comprou 364 unidades do Cascavel e do Urutu. Quinze anos após a decretação da falência da Engesa e após três campanhas militares, os veículos blindados de rodas Cascavel voltaram a rodar no Iraque. Esses veículos foram reformados pela empresa Anham Inc., de capital saudita, americano e jordaniano. No dia 8 de janeiro de 2008, 35 veículos Cascavel foram incorporados ao Exército do Iraque e serão utilizados em check points e patrulhas. Nas palavras de um oficial norte-americano, "restituirão o orgulho às Forças iraquianas".
As grandes transformações por que passam a América do Sul e, em especial, o Brasil estão a exigir da sociedade, do governo e do setor privado uma nova atitude em relação ao desenvolvimento de uma indústria de material bélico autônoma e à altura dos desafios que o Brasil passou a enfrentar, com a perspectiva de um papel mais relevante no cenário mundial.
O governo promete fazer sua parte. Com a palavra o setor privado.
RUBENS BARBOSA é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTÍCIAS
ESP:
Opinião
Política para a indústria de material bélico
Rubens Barbosa
O relatório sobre os gastos militares no mundo no período 2006-7 foi divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisa da Paz (Sipri), de Estocolmo. Segundo esse trabalho, os gastos militares globais cresceram 45% nos últimos dez anos. Em 2007, subiu a US$ 1,34 trilhão o gasto total, representando 2,5% do PIB mundial. As guerras no Afeganistão e no Iraque, o aumento das despesas com a defesa da Rússia e da China e a participação em forças de paz estão entre os principais fatores que explicam esse crescimento.
O Brasil está em 12º lugar, com 1% das despesas militares do mundo. O orçamento da Defesa corresponde a 1,9% do PIB, destinado, sobretudo, a aposentadorias e pensões dos militares, não à compra de armamento. Na América Latina, Chile, Peru e Venezuela gastam mais em defesa que o Brasil.
A crescente projeção externa do Brasil e seu envolvimento com forças de paz, como no Haiti, aumentam as responsabilidades e demandam respostas rápidas.
O papel que o Brasil pode desempenhar em nosso entorno geográfico imediato, com crescentes sinais de instabilidade política e militar e com ameaças à integridade territorial representadas pela intensidade dos crimes transnacionais, como o contrabando de armas e o tráfico de drogas, colocam grandes desafios para as nossas Forças Armadas.
A defesa de nossas fronteiras, em especial, na região amazônica, e das plataformas de produção e de perfuração em nosso mar territorial, tornou-se urgente e passou a ser uma questão de segurança nacional. Há hoje uma perigosa redução da capacidade do nosso sistema de defesa nacional. A baixa capacidade dissuasória das Forças Armadas pode redundar na fragilização de nossa política externa.
Em artigo recém-publicado no segundo número da revista Interesse Nacional - A Política de Defesa Nacional -, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aborda, de forma adequada e oportuna, entre outros temas, a necessidade de fortalecimento da indústria nacional de material bélico: "O Brasil não pode mais aceitar a condição de, na melhor das hipóteses, produzir, sob licença, material desenvolvido em outros países. O domínio da tecnologia é um objetivo consistente com a manutenção da capacidade dissuasória. A capacitação tecnológica nacional constitui requisito para a aquisição de equipamentos.
Embora a ação estatal seja imprescindível à sobrevivência da indústria de Defesa, o setor privado tem importante papel a desempenhar. As possibilidades de derivação das tecnologias de uso militar para o emprego civil tornam importante a participação do setor privado. A interação entre institutos governamentais e privados, militares e civis, já existe. Os institutos militares desenvolvem, sozinhos ou em parcerias com instituições de pesquisa públicas e de empresas privadas, projetos de armamentos e equipamentos diversos.
No entanto, as iniciativas nem sempre conseguem os resultados desejados, seja pela falta de uma moldura institucional para dar forma à cooperação, seja devido às incertezas orçamentárias, seja pelo distanciamento entre os atores.
O governo brasileiro deverá ter papel ativo nesse processo de consolidação da indústria nacional de Defesa. Poder-se-ão definir procedimentos especiais de compras públicas para privilegiar o fornecedor nacional comprometido com programas de modernização tecnológica. Poderão ser criados, até mesmo, instrumentos de participação governamental direta na gestão das empresas estratégicas do setor, como ações especiais do tipo Golden Share."
Assim, o potencial é enorme. O fortalecimento da produção nacional não só poderá atender ao mercado interno, mas também ao mercado sul-americano e de outras regiões em desenvolvimento. Além da fabricação de novos equipamentos, também o mercado de reposição poderia ser adequadamente explorado. Problemas de falta de peças e assistência já afetaram, por exemplo, a operação dos veículos Cascavel e Urutu no Exército e nos Fuzileiros Navais no Brasil. Algo, no entanto, foi feito como a criação do Arsenal de Guerra de São Paulo para a revitalização desses veículos, incluindo os que estão operando no Haiti.
No fim dos anos 70 e início dos 80, o Brasil estava entre os principais fornecedores de material bélico no mundo. O governo de Saddam Hussein comprou 364 unidades do Cascavel e do Urutu. Passados 15 anos da decretação da falência da Engesa e após três campanhas militares, os veículos blindados de rodas Cascavel voltaram a rodar no Iraque. Paralisados por falta de peças de reposição e pela retirada dos técnicos da Engesa a partir de 1985-86, esses veículos foram reformados pela empresa Anham Inc., de capital saudita, americano e jordaniano. Em janeiro de 2008, 35 veículos Cascavel foram incorporados ao Exército do Iraque e serão usados em check points e patrulhas. Nas palavras de um oficial norte-americano, "restituirão o orgulho às Forças iraquianas".
Os clientes da Engesa, durante vários anos, fizeram apelos ao governo brasileiro para que assumisse uma posição mais ativa e criasse uma estrutura para suprir peças de reposição e serviços aos veículos em operação em países com Líbia, Angola, Colômbia, Chipre, Chile, Zimbábue, Equador, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Gabão e Suriname. Não houve eco.
As grandes transformações por que passam a América do Sul e, em especial, o Brasil estão a exigir da sociedade como um todo, do governo e do setor privado, uma nova atitude em relação ao desenvolvimento de uma indústria de material bélico autônoma e à altura dos desafios que o País passou a enfrentar com a perspectiva de um papel de maior relevância no cenário mundial.
O governo promete fazer a sua parte. Com a palavra o setor privado.
Rubens Barbosa, consultor de negócios, é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp
Opinião
Política para a indústria de material bélico
Rubens Barbosa
O relatório sobre os gastos militares no mundo no período 2006-7 foi divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisa da Paz (Sipri), de Estocolmo. Segundo esse trabalho, os gastos militares globais cresceram 45% nos últimos dez anos. Em 2007, subiu a US$ 1,34 trilhão o gasto total, representando 2,5% do PIB mundial. As guerras no Afeganistão e no Iraque, o aumento das despesas com a defesa da Rússia e da China e a participação em forças de paz estão entre os principais fatores que explicam esse crescimento.
O Brasil está em 12º lugar, com 1% das despesas militares do mundo. O orçamento da Defesa corresponde a 1,9% do PIB, destinado, sobretudo, a aposentadorias e pensões dos militares, não à compra de armamento. Na América Latina, Chile, Peru e Venezuela gastam mais em defesa que o Brasil.
A crescente projeção externa do Brasil e seu envolvimento com forças de paz, como no Haiti, aumentam as responsabilidades e demandam respostas rápidas.
O papel que o Brasil pode desempenhar em nosso entorno geográfico imediato, com crescentes sinais de instabilidade política e militar e com ameaças à integridade territorial representadas pela intensidade dos crimes transnacionais, como o contrabando de armas e o tráfico de drogas, colocam grandes desafios para as nossas Forças Armadas.
A defesa de nossas fronteiras, em especial, na região amazônica, e das plataformas de produção e de perfuração em nosso mar territorial, tornou-se urgente e passou a ser uma questão de segurança nacional. Há hoje uma perigosa redução da capacidade do nosso sistema de defesa nacional. A baixa capacidade dissuasória das Forças Armadas pode redundar na fragilização de nossa política externa.
Em artigo recém-publicado no segundo número da revista Interesse Nacional - A Política de Defesa Nacional -, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aborda, de forma adequada e oportuna, entre outros temas, a necessidade de fortalecimento da indústria nacional de material bélico: "O Brasil não pode mais aceitar a condição de, na melhor das hipóteses, produzir, sob licença, material desenvolvido em outros países. O domínio da tecnologia é um objetivo consistente com a manutenção da capacidade dissuasória. A capacitação tecnológica nacional constitui requisito para a aquisição de equipamentos.
Embora a ação estatal seja imprescindível à sobrevivência da indústria de Defesa, o setor privado tem importante papel a desempenhar. As possibilidades de derivação das tecnologias de uso militar para o emprego civil tornam importante a participação do setor privado. A interação entre institutos governamentais e privados, militares e civis, já existe. Os institutos militares desenvolvem, sozinhos ou em parcerias com instituições de pesquisa públicas e de empresas privadas, projetos de armamentos e equipamentos diversos.
No entanto, as iniciativas nem sempre conseguem os resultados desejados, seja pela falta de uma moldura institucional para dar forma à cooperação, seja devido às incertezas orçamentárias, seja pelo distanciamento entre os atores.
O governo brasileiro deverá ter papel ativo nesse processo de consolidação da indústria nacional de Defesa. Poder-se-ão definir procedimentos especiais de compras públicas para privilegiar o fornecedor nacional comprometido com programas de modernização tecnológica. Poderão ser criados, até mesmo, instrumentos de participação governamental direta na gestão das empresas estratégicas do setor, como ações especiais do tipo Golden Share."
Assim, o potencial é enorme. O fortalecimento da produção nacional não só poderá atender ao mercado interno, mas também ao mercado sul-americano e de outras regiões em desenvolvimento. Além da fabricação de novos equipamentos, também o mercado de reposição poderia ser adequadamente explorado. Problemas de falta de peças e assistência já afetaram, por exemplo, a operação dos veículos Cascavel e Urutu no Exército e nos Fuzileiros Navais no Brasil. Algo, no entanto, foi feito como a criação do Arsenal de Guerra de São Paulo para a revitalização desses veículos, incluindo os que estão operando no Haiti.
No fim dos anos 70 e início dos 80, o Brasil estava entre os principais fornecedores de material bélico no mundo. O governo de Saddam Hussein comprou 364 unidades do Cascavel e do Urutu. Passados 15 anos da decretação da falência da Engesa e após três campanhas militares, os veículos blindados de rodas Cascavel voltaram a rodar no Iraque. Paralisados por falta de peças de reposição e pela retirada dos técnicos da Engesa a partir de 1985-86, esses veículos foram reformados pela empresa Anham Inc., de capital saudita, americano e jordaniano. Em janeiro de 2008, 35 veículos Cascavel foram incorporados ao Exército do Iraque e serão usados em check points e patrulhas. Nas palavras de um oficial norte-americano, "restituirão o orgulho às Forças iraquianas".
Os clientes da Engesa, durante vários anos, fizeram apelos ao governo brasileiro para que assumisse uma posição mais ativa e criasse uma estrutura para suprir peças de reposição e serviços aos veículos em operação em países com Líbia, Angola, Colômbia, Chipre, Chile, Zimbábue, Equador, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Gabão e Suriname. Não houve eco.
As grandes transformações por que passam a América do Sul e, em especial, o Brasil estão a exigir da sociedade como um todo, do governo e do setor privado, uma nova atitude em relação ao desenvolvimento de uma indústria de material bélico autônoma e à altura dos desafios que o País passou a enfrentar com a perspectiva de um papel de maior relevância no cenário mundial.
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Re: NOTÍCIAS
Agora é a hora da ação.A formulação de políticas é importante,mas sem a sua implementação efetiva é inócua.
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Re: NOTÍCIAS
se for tudo bem, o problema se é o FABIO!!!bruno mt escreveu:![]()
![]()
...será a ABIN?


A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: NOTÍCIAS
Eu não. Pelo menos não antes de viver bem a minha vida, porque depois todo mundo vai morrer mesmo.joao fernando escreveu:Opa, eu ainda quero ver o urso dar um pau na aguia.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
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Cuidado com os sintomas.
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