orestespf escreveu:Plinio Jr escreveu:
S/ problemas Orestes....
Para aquilo que a FAB pretende fazer com estes helis ou para o que cogita-se o que poderia ser, ao meu ver, temos vetores capazes de faze-lo no momento.
Seria para transporte de soldados ou C-SAR ?? Já temos os BH para isto, que poderiam ser complementados por exemplo, com a grana que será gasta na aquisição destes vetores de ataque.
Seria para COIN / ataque a guerrilheiros/traficantes entrando em nossas fronteiras ??
Temos o A-29 para isto, aliás, fora projetado para isto....
SEAD ??
A introdução dos MAR-1 em serviço, teriamos os A-1s e F-5s aptos para tal função.
Dentro das hipotéticas possibilidades de atuação deste heli de ataque, já temos vetores capacitados para estas missões, ou seja, este dinheiro poderia ser injetado em outras prioridades da FAB...Quais ??
- Compra de armamentos para atual aviação de combate da FAB, mísseis e bombas para diversos fins, pods para aquisição de alvos, pods para ECM, sei a FAB comprou alguns deles...mas sempre é bom ter um pouco mais..
- O que temos em termos de SAM´s hj em operação ??
Não temos nada que realmente imponha respeito, somente Iglas...que ao meu ver, são insuficientes, o ZeRo4 deu uma ótima sugestão para compra de de sistemas Pantsir .
- Com esta verba, poderia tbm compra outro lote de Black Hamks para substituir os cansados Sapões que estão em operação.
Tudo o que citei acima, ao meu ver, são muito mais prioridade que a compra destes helis de ataque e sequer citei o famigerado FX e o início/término das modernizações de A-1/F-5s respectivamente....
Sinceramente Orestes, até o presente momento, nem na FAB e muito menos aqui no DB, consegui ver justificativa plausível para aquisição destes vetores.
Um grande abraço
Olá Plínio,
agora gostei, você apresentou vários argumentos e coerentes. A verdade é que não posso abrir o bico com os detalhes, mas dou uma pista central: a grana para os hélis não é do orçamento da FAB, portanto não tem nada comprometido com "aventuras". Digamos que a grana é um extra do Governo, assim fiquei sabendo, e que iria para o EB, mas a idéia se mostrou bem mais cara do que pra FAB. Digamos (novamente) que ficou decidido que o País precisava adquirir algumas doutrinas e que naturalmente não possuía, uma delas passa pelos hélis de ataque. Observe que se trata de doutrina para o País (ligada a parte do documento que postei agora a pouco e sobre um novo que está sendo elaborado e em fase de finalização) e não para uma dada Força em particular. "Alguém" deveria absorvê-la e depois repassá-la se fosse o caso. Ficou definido que seria a FAB a primeira das Forças, o restante vem depois.
Como o assunto é estratégico, não é de domínio público, não é aberto. Como tive portas abertas recentemente, tive a oportunidade de ver muita coisa. Posso dizer que as pessoas envolvidas são sérias, algo muito bom está sendo feito, mas o impacto real será praticamente transparente para o cidadão comum, ou seja, as coisas acontecerão, mas poucos perceberão. Isso é típico de ambiente militar, nada de mais.
Assim sendo, analisar os hélis de ataque pra FAB de forma isolada é realmente encontrar aparentes contradições, mas quando analisamos um sistema de defesa para o país, não, definitivamente não existe contradição nenhuma, não existe desperdício de dinheiro, não está se usando mal a grana. O que está sendo feito é uma espécie de operação global, buscando uma única Força Armada, mas segmentada em três partes, poder terrestre, poder naval e poder aeroespacial. Assim sendo, não importa quem opera, mas que se opere algo que não se tem, desde que traga ganhos em termos de doutrinas e em plenas condições para um efetivo sistema defensivo.
Então, por que a FAB e não o EB? Porque o objetivo é ter certas doutrinas, mas sem jogar grana pelo ralo e com a FAB, nesta fase inicial, os custos se mostraram muito menores. O EB terá seus hélis de ataque também, já disse isso aqui várias vezes, mas digamos que é secundário no momento, pois o EB (bem como a MB) estão encarregados de "outras missões" do mesmo porte que esta da FAB com seus hélis de ataque.
Alguns ainda poderão dizer que tudo isso não passa de fachada para maquiar a tentativa do Governo em melhorar as relações com os russos, etc. Bem, ninguém falou oficialmente que o Mi-35 ganhou a disputa (rsrsrs), pode dar Mangusta, logo este argumento pode falhar. Mas esta questão é de outra natureza, não tem ligação com assuntos militares, FFAA e MD, aí eu não quero entrar nela.
Abração,
Orestes