Plinio Jr escreveu:orestespf escreveu:
Bem, amigo Plínio, você disse em suas entrelinhas que hélis de ataque pra FAB é invenção, ok, respeito, mas também sugeriu algo que não sei se foi intencional: a prioridades das compras da FAB. O que temos observados é algo muito simples, que "contagia" as três Forças, ou seja, primeiro as compras de prateleira, isto é, o que não será produzido no País. Esta é a lógica por trás das atuais compras, gostemos ou não.
Como as compras agora serão diretas, sem licitação ou concorrência, vemos que as mais "simples", isto é, as compras de prateleira, estão sendo realizadas de uma vez. Já as compras de maior porte, maior valor agregado, maiores custos, etc., estão sendo programadas para o momento devido.
Acho que o caminho é mesmo este, as Forças estão corretas agindo assim, pelo menos estão comprando algo, e novo. Assim sendo, aguardemos as próximas compras (de prateleira???).
Grande abraço,
Orestes
Orestes, até entendo que as compras de ¨prateleira¨ são as de volume financeiro menos significativo do que por exemplo, compras com um maior volume (ex.caças), mas é aquele negócio, de grão em grão, a galinha enche o papo....como disse antes, tem muita coisa a ser feita para depois, partir para invenções/inovações...o arroz com feijão em primeiro lugar.
Citaram que a FA israelense opera AH-64 Apaches e AH-1 Cobras, verdade, mas dêem uma olhada no ¨restante¨ da força..., + de 250 F-16s de vários modelos, + 100 F-15s de vários modelos, todos estes caças muito bem equipados e armados, estão no projeto F-35, SAM´s de vários tipos para defesa de bases e locais estratégicos e por aí vai...ou seja, fizeram a lição de casa e podem perfeitamente dar-se ao luxo de partir para inovações e ¨algo diferente¨para força.
Entendo que eles conseguiram boa parte disto com ajuda americana, mas mesmo assim, ainda mostraram organização e responsabilidade, exatamente o que cobramos da FAB...
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Perfeito, Plínio, perfeito. Mas como você mesmo disse, existe a ajuda americana para Israel, que na verdade eu nem chamo de ajuda, mas de custeio mesmo das Forças deste país.
Por estas bandas o cobertor é pra lá de curto, é muito difícil explicar para a população que é preciso gastar cerca de 24 bi dólares por 120 caças. Isto mesmo, seja qual for o caça escolhido, temos que avaliar o preço unitário por volta de 200 mi dólares cada um, pois não se trata apenas do caça em si, e o "extra" é muito mais caro.
Tá certo que a grana será paga em 30 anos ou mais, mas viriam argumentos do tipo infra-estrutura, social, etc., então... Além disso, um caça para se manter operacional e efetivo deve ser modernizado a cada 10 anos em média, então não se trata apenas do valor estimado por mim, é muito maior. E olha que estamos falando apenas de caças pra FAB.
Se considerarmos apenas a "troca" dos atuais meios para as três Forças por modelos mais novos, podemos estar falando de cerca de 200 bi dólares, fora o processo de modernização ao longo dos anos. É muita grana para um país como o Brasil.
Portanto, acredito eu, estamos em um bom caminho ao darmos prioridades para os equipamentos adquiridos através das compras de prateira, deixando os "grandes programas" para o momento adequado. É péssimo ter que dizer isso, é péssimo ter consciência que as coisas funcionam assim neste país, mas é o que temos, é o que podemos fazer de imediato. É bom lembrarmos o óbvio, prioridades só são adotadas quando o cobertor é curto, e este é o nosso caso.
Abração,
Orestes