Jin Jones escreveu:Cada vez mais nos discursos de autoridades americanas, vemos uma babação de ovo do BR, que a muito tempo eu não via, isso pode facilitar as coisas, se a FAB for querer um FX MADE IN USA.
Fala-se a muito tempo que o FX já está amarrado com o FR ( eu também acredito nisso ), mas até aonde o lobby FR iria suportar, se caso os EUA decidam investir forte na parceria comercial BR/EUA.
Nas compras mais recentes, a MB está claramente pendendo para os EUA, mas flerta com projetos navais franceses, que não tem nenhuma tradição como fornecedor da MB.
Os acordos e tratados estão sendo feitos por políticos amadores que muitas vezes nem consultam as FA antes de assinar algum documento.
É por isso, e outras razões que eu não levo a sério os tratados assinados com os FR e Russos, não que isso signifique nenhuma compra dessas nações, que pode vir a acontecer, mas não vai ser po causa de algum acordo assinado, e sim por decisão soberana da força que vai opera-la.
Os políticos insistem na tese de transferência de tecnologia ( utopia ), e é justamente o que está atravancado a decisão do FX, porque nenhuma das propostas, abrangem isso com clareza.
A FAB devia por um ponto final nesse circo e dar por encerrado o assunto e fazer a compra que melhor sirva para a defesa da nação, sem essa papagaiada de transferência e de prod. local.
Como estamos em pleno recebimento de F-5M e A1-M, a FAB não deve ter pressa em escolher o novo vetor, e vai resolver com calma sem lavar em conta o que os políticos estão tagarelando nos bastidores.
Jin
Jin, permita-me discordar de sua análise. Tentarei expor meu ponto de vista:
1) Os EUA estão flertando mais com o Brasil por um motivo óbvio, interesses comerciais. Estamos falando em bilhões de dólares no reaparelhamento das FFAA. Eles fazem de tudo para melar as negociações com a França e só não criticam a nossa compra de subs franceses porque não têm e porque é provável que os sistemas usados no Scorpene (pra nós) sejam americanos.
2) A pressão americana é para uma forte parceria comercial com o Brasil e não para nos repassar tecnologias e conhecimentos, deste assunto eles passam longe. Por outro lado, se nós somos interessantes do ponto de vista comercial para os americanos, então não é venda de equipamentos militares que vai mudar isso. O que eles querem é nos oferecer mundos e fundos para que não tenhamos acessos a tecnologias de ponta. Só isso, pois de bonzinhos eles (e vários outros) não têm nada.
3) A MB não está pendendo para o lado americano, longe disso, ela está seguindo um princípio básico para aquisição de equipamentos: comprar um meio que esteja 100% operacional no país de origem e que já tenha sido testado em combate real e com grandes vantagens. No caso dos hélis os motivos foram óbvios.
4) De onde você tirou que "os acordos e tratados estão sendo feitos por políticos amadores que muitas vezes nem consultam as FA antes de assinar algum documento"? Além de ser uma acusação meio grave, e que acredito, você não tem nada que prove isso, apenas uma opinião pessoal e que respeito, acho sua conclusão (dada em seguida) pra lá de estranha e sem sentido, me pareceu um pouco de descaso com os franceses e russos, mas tudo bem.
5) Transferência de tecnologia não é utopia, está longe de ser, o que não existe é comprarmos 12 ou 24 caças e termos tecnologias transferidas a preço de banana, como sugere o senhor ministro NJ. Veja o que os franceses fizeram na história recente em termos de transferência de tecnologias, comece a analisar do "Mirage israelense" pra cá, veja o que os russos fizeram por aí também. Mas se olhar os americanos, não verá absolutamente nada, se pensa neles, tudo bem, transferência de tecnologia é utopia realmente.
6) A FAB não está fazendo circo algum, está sendo até profissional em excesso. É bom lembrar que o FX-1 foi cancelado justamente pelo atual Governo e isto porque este não ficou satisfeito com a escolha da FAB que não contemplava o produto da Embraer. Agora a FAB quer ter certeza que o equipamento escolhido por ela terá aprovação do Governo e que este não vá impor suas vontades, seus mandos e desmandos. Se vai dar certo são outros quinhentos, mas...
Abração,
Orestes