Noticias de Portugal

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Re: Noticias de Portugal

#91 Mensagem por Paisano » Sex Mai 30, 2008 9:28 am

O Soultrain foi cooptado pelo capitalismo financeiro internacional. :shock:




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Re: Noticias de Portugal

#92 Mensagem por P44 » Sex Mai 30, 2008 9:40 am

soultrain escreveu:Como é que podem pensar isso de mim????

Eu infiltrei-me no circulo da Grande Burguesia, para poder contar tudo aos meus camaradas proletariados. Eles ao principio desconfiáram das mãos calejadas, mas eu disse que era do golf e eles engoliram.
isso é uma perfeita mentira pois toda a gente sabe que os calos são de passar os dias a contar maços de notas, antes de os colocares no cofre.... :lol: :lol: :lol:
soultrain escreveu: O petróleo está a subir e manterá esta tendência, já que o crescimento das novas descobertas é muito inferior ao crescimento da procura. Junte-se a isto a expeculação normal, a alteração da carteira da maioria dos grandes fundos devido à crise do sub-prime, que agora apostam nas commodities e aqui está um valor cada vez maior. Mas o maior problema é a falta de refinação.

Na minha analise, isto tudo começou com o binómio 911/GWB, foi o pior que podia ter acontecido ao mundo.

A crise do sub-prime, não é a causa em si, mas o reflexo da economia americana, completamente desgastada com a guerra. Neste momento desapareceram 210 Biliões de dólares da economia global, é um rombo enorme. Os Bancos não conseguem desde Outrubro securizar nenhum investimento, isto quer dizer que não conseguem obter dinheiro no mercado, para depois poderem fazer retalho, a sua função.

Foi defendido por diversas pessoas, e não só de esquerda, uma nova ordem mundial, é sobre isso o novo livro de Almeida Santos, que sairá em breve.

Foi consenso, mais ao menos alargado, que a globalização não serve, nem o comunismo, nem o liberalismo económico são sistemas que nos sirvam, assim como houve a queda do comunismo, apresenta-se agora a queda do liberalismo económico.

[[]]'s

[001] realmente o futuro tá negro....




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Re: Noticias de Portugal

#93 Mensagem por P44 » Sex Mai 30, 2008 11:12 am

PR: Portugal é uma sociedade de "profundas desigualdades sociais" - Cavaco Silva

30 de Maio de 2008, 13:24

Lisboa, 30 Mai (Lusa) - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje, em Lisboa, que Portugal é "identificado como uma sociedade de profundas desigualdades sociais".

Falando na abertura do Congresso Internacional de Inovação Social, Cavaco Silva considerou como "experiência inesquecível" a sua participação nas jornadas do Roteiro para a Inclusão Social e que serviu para alertar a sociedade portuguesa para as "situações de pobreza e exclusão social que ainda abundam no país e que a todos devem envergonhar".

Cavaco Silva dissertou igualmente sobre o envelhecimento associado à pressão para a inactividade precoce, em especial a resultante do "recurso a reformas antecipadas ou desemprego de milhares de trabalhadores que não são muito novos para serem aposentados, mas já demasiado idosos para retomarem uma actividade profissional".

"O desperdício de capital humano é manifesto, mas a indignidade e a falta de respeito pela pessoa humana que ele revela torna-se intolerável", declarou.

Afirmando que "para novos problemas" são necessárias "novas soluções", Cavaco Silva disse que "os estudos das instituições europeias, recentemente divulgados, colocam Portugal entre os Estados-membros onde as desigualdades de distribuição de rendimento e o risco de pobreza são mais elevados".

O Chefe de Estado disse que "a cultura do conformismo e da resignação prejudica a inovação" e transmitiu apoio aos organizadores do congresso, manifestando esperança que ajudem a construir um "Portugal socialmente mais justo e solidário, com maior equidade e maior dinamismo na senda do futuro".

SRS.

Lusa/fim
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/e80 ... 04143.html




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Re: Noticias de Portugal

#94 Mensagem por P44 » Qui Jun 05, 2008 11:54 am

Amy Winehouse no Rock in Rio faz sucesso no YouTube
Imagens da actuação são os vídeos de música mais vistos da semana

veja aqui
http://diario.iol.pt/musica/amy-winehou ... -4060.html




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Re: Noticias de Portugal

#95 Mensagem por Tigershark » Qui Jun 05, 2008 12:06 pm

P44 escreveu:
PR: Portugal é uma sociedade de "profundas desigualdades sociais" - Cavaco Silva

30 de Maio de 2008, 13:24

Lisboa, 30 Mai (Lusa) - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje, em Lisboa, que Portugal é "identificado como uma sociedade de profundas desigualdades sociais".

Falando na abertura do Congresso Internacional de Inovação Social, Cavaco Silva considerou como "experiência inesquecível" a sua participação nas jornadas do Roteiro para a Inclusão Social e que serviu para alertar a sociedade portuguesa para as "situações de pobreza e exclusão social que ainda abundam no país e que a todos devem envergonhar".

Cavaco Silva dissertou igualmente sobre o envelhecimento associado à pressão para a inactividade precoce, em especial a resultante do "recurso a reformas antecipadas ou desemprego de milhares de trabalhadores que não são muito novos para serem aposentados, mas já demasiado idosos para retomarem uma actividade profissional".

"O desperdício de capital humano é manifesto, mas a indignidade e a falta de respeito pela pessoa humana que ele revela torna-se intolerável", declarou.

Afirmando que "para novos problemas" são necessárias "novas soluções", Cavaco Silva disse que "os estudos das instituições europeias, recentemente divulgados, colocam Portugal entre os Estados-membros onde as desigualdades de distribuição de rendimento e o risco de pobreza são mais elevados".

O Chefe de Estado disse que "a cultura do conformismo e da resignação prejudica a inovação" e transmitiu apoio aos organizadores do congresso, manifestando esperança que ajudem a construir um "Portugal socialmente mais justo e solidário, com maior equidade e maior dinamismo na senda do futuro".

SRS.

Lusa/fim
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/e80 ... 04143.html

Nada diferente do nosso dia-a-dia por aqui,P44.......




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Re: Noticias de Portugal

#96 Mensagem por P44 » Sex Jun 06, 2008 5:21 am

http://dn.sapo.pt/2008/06/06/dnbolsa/po ... ou_ue.html

"Portugal não beneficiou da UE"

ILÍDIA PINTO

Entrevista. O histórico presidente da AEP, Ludgero Marques, diz-se frustrado por Portugal não ter "usufruído das vantagens da democracia e da integração europeia". Por isso, não se sente bem num país que está praticamente na cauda da Europa. E lamenta que políticos e empresários não saibam falar a mesma linguagem

Ao fim de 23 anos, despede-se da AEP. Que mensagem deixa aos empresários?

(suspiro) Tenho de ser contido... De persistência. Os empresários têm diferentes dimensões e estilos, e como o nosso país não foi capaz de ajudar todos da mesma forma, os mais habilitados, internacionalizados e endinheirados são os que têm possibilidades de aproveitar as poucas oportunidades que existem. Quero dizer aos que sempre lutaram que podem vencer se forem persistentes.

Porque tem de ser contido?

Porque não me sinto bem num país que está praticamente na cauda da Europa. Sinto-me um pouco frustrado por, ao fim destes 34 anos de democracia boa - nem todas o são -, não ter usufruído das vantagens que a democracia nos deu e que a integração europeia nos quis dar. Por isso tenho de me conter.

Pelo contrário, deve criticar.

Vivemos numa situação de tanta dificuldade e há tanto potencial de instabilidade que não devemos concorrer para mais instabilidade.

Ou não quer incomodar o seu sucessor?

Não quero, nem vou incomodar. Apetece-me muitas vezes ir mais longe nas minhas apreciações mas acho que não o devo fazer. Devo dar as oportunidades todas que o País necessita para se equilibrar.

Que conselho dá aos empresários para ultrapassarem a crise?

É muito difícil dar conselho a um empresário que vive condicionado a toda a política nacional de restrições e muitas vezes de incompreensão que os governantes têm pelos fazedores da economia. Não é pelos utilizadores da economia, é pelos fazedores.

O que os distingue?

Os fazedores da economia estabeleceram empresas, criaram emprego e têm sido úteis. Os utilizadores são os que estão à espera das oportunidades e vivem também de certos momentos de especulação. Mas é para estes fazedores de dinheiro, que estão já numa área mais desenvolvida, que o Governo olha.

Refere-se à banca?

À banca e a toda a especulação que existe no País desde as telecoms, as galps, às grandes empresas e construtores. Que não quero criticar porque fazem o seu trabalho e devem fazê-lo bem. Só acho que o Governo não pode pensar que a salvação reside aí. Pelo contrário, está nos outros 98% de empresas que estão a criar emprego. Ainda hoje recebi um empresário de mobiliário, aflito, porque não sabia o que fazer à empresa e aos 28 trabalhadores. Está em dificuldades e não sabe o que fazer. Há tantos assim. Não há ninguém que fale neles. Só mais tarde, quando a empresa acaba e se manifestam para que o patrão não venda nada enquanto não pagar os salários.

António Borges criticou o apoio do Estado à fábrica da Ikea, sendo o mobiliário um sector que Portugal domina. Considerou que devíamos apoiar investimento estrangeiro que tivesse efeito reprodutor em termos de inovação.

Sempre disse que em vez de apoiar esse projecto em plena Capital do Móvel, o Governo devia apoiar fortemente a associação de 40 ou 50 pequenos e médios empresários da zona para que fizessem cá a nossa "Ikea". Espero que a AEP, com nova direcção, ponha esse projecto em andamento e tenha um resultado mais positivo junto dos ministros.

É difícil o contacto com os ministros?

Não, o que é difícil é a recepção das ideias. Sermos verdadeiramente ouvidos. Foi uma grande desilusão verificar que havia o medo de tratar de forma diferente uma associação com a dimensão da AEP, apesar de termos trabalho feito.

E os empresários, são ouvidos?

Os governantes e políticos não gostam de comunicar com quem não tem um vocabulário correcto. Infelizmente, temos uma educação e formação extraordinariamente baixas. Somos o país mais baixo da Europa.

A classe política está desenquadrada da realidade do País?

Eu acho que está. São poucas as excepções.

Mas os ministros visitam as empresas.

Sim, mas não olham, não vêem de facto. Os ministros trabalham muito, sete dias por semana. Sacrificam família e amigos. Não têm é a linguagem da indústria nem fizeram com que o País adquirisse a deles. Não sou capaz de indicar quem fizesse melhor. Queria era que entendessem a necessidade de evoluirmos efectivamente e não para a estatística.




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Re: Noticias de Portugal

#97 Mensagem por Paisano » Sáb Jun 07, 2008 12:24 am

Olha... :roll:

Não querendo ser provocador, mas sendo assim mesmo:

Pelo visto está se aproximando o dia em que uma certa povíncia rebelde irá pedir a reanexação ao Brasil. 8-]




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Re: Noticias de Portugal

#98 Mensagem por Tigershark » Ter Jun 10, 2008 11:13 am

10/06/2008 - 06h00
Mulheres brasileiras em Portugal sofrem com a discriminação e têm dificuldade para alugar apartamentoFernando Moura
Especial para o UOL
Em Lisboa

"A discriminação em Portugal é um fato", diz energicamente Paula Toste quando questionada pelo UOL sobre a forma como foi tratada quando viveu na capital portuguesa Lisboa por duas vezes. "Sentia a discriminação pelo sotaque, era começar a falar que já olhavam de outra maneira. O fato de eu ser do Brasil era pior devido à péssima fama das brasileiras que vão para a Europa se prostituir."

Como Paula, outras mulheres brasileiras que decidem emigrar para Portugal queixam-se cada vez mais de discriminação e do preconceito por parte dos portugueses em diferentes momentos da sua vida, mas principalmente na hora de arranjar casa para morar.

Mas o UOL apurou também que elas sofrem ainda insultos ou diferenciação salarial no trabalho, abusos de autoridade das forças de segurança e incorreto atendimento nos serviços públicos pelas situações do cotidiano. Estes fatos são os que mais queixas de discriminação racial geram neste país da Europa.

Números do preconceito
45,3% dos brasileiros que vivem em Portugal que foram entrevistados para a pesquisa "Imigração Brasileira em Portugal" responderam ter visto "bastantes" casos de discriminação da parte dos portugueses em relação aos brasileiros. Considerando conjuntamente os que assinalam terem visto "bastantes" casos e "alguns" casos, esse número sobe para 71,9% dos consultados
Um estudo apresentado em julho de 2007 pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), intitulado "Imigração Brasileira em Portugal" e coordenada pelo professor Jorge Malheiros, revelou que o 45,3% dos entrevistados consideram ter visto "bastantes" casos de discriminação da parte dos portugueses em relação aos brasileiros. Considerando conjuntamente os que assinalam "bastantes" casos e "alguns" casos, esse número sobe para 71,9%.

Apenas 19,3% dos entrevistados disseram nunca ter visto "nenhuma" situação dessas. Além disso, o relatório revela que 34,5% dos brasileiros entrevistados declararam ter tido conflitos com cidadãos portugueses pelo fato de serem brasileiros, mas 65,3% afirmam nunca ter tido esse problema.

A pesquisa ouviu 400 brasileiros que vivem em Portugal, sendo 255 homens e 145 mulheres. O levantamento foi feito a partir de entrevistas diretas, pessoais, que duraram cerca de 25 minutos e foram realizadas na residência dos entrevistados ou em locais públicos, de acordo com um questionário previamente elaborado.

Paula é luso-descendente. Nasceu no Rio de Janeiro e nos últimos anos esteve por duas vezes vivendo em Portugal, "uma porque ganhei uma bolsa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português; outra, a procura de uma nova experiência profissional", conta ela, que diz se sentir à vontade para comentar o assunto pelo fato de a sua origem ser portuguesa, o que reforça o seu desgosto. "O meu pai emigrou dos Açores para o Brasil".

Sensivelmente magoada pela sua experiência européia, ela diz que trabalhou 9 meses em uma dependência do MNE e foi bem recebida, mas não se cansa de afirmar que a discriminação em Portugal existe e é visível, sobretudo para os imigrantes que não estão legais.

Paula, que é graduada em Comunicação Social por uma universidade do Rio de Janeiro, diz que não quer voltar mais ao país. "Portugal para mim só de passeio para matar as saudades dos familiares e amigos, que vivem nas Ilhas dos Açores. Viver ali novamente, nem pensar! Só voltaria a morar em Portugal se por acaso estivesse trabalhando em uma empresa do Brasil e fosse transferida. Mesmo assim, só iria se eu não tivesse opção de escolha!"

Discriminação por telefone
"As brasileiras começam a ser discriminadas já quando telefonam para pedir informações sobre aluguel de apartamentos", conta Paula. "Uma amiga brasileira ligou perguntando o preço e a dona do apartamento disse que já tinha sido ocupado. Logo pediu para uma amiga portuguesa ligar e a mesma mulher disse o valor do aluguel e informou que ainda estava disponível. Ou seja, por causa do sotaque e percebendo que era brasileira foram negadas as informações."

Aline também migrou do Rio de Janeiro. Preferindo não divulgar o seu sobrenome, ela disse ao UOL que quando chegou a Aveiro, cidade no centro do país, procurou um apartamento para viver enquanto estudava. "Telefonei para várias pessoas. Uma senhora me disse que não queria brasileiras no apartamento dela. Expliquei que estava na Universidade de Aveiro e ela falou que já tinha ouvido essa história antes e encerrou a conversa. Outra senhora me convidou para visitar o apartamento só para saber como eu era, pois já tinha negado a uma outra pela 'aparência duvidosa'."

Para esta estudante, o preconceito se torna mais agressivo por ser quase declarado. Mas ela ressalta que não é só com os brasileiros que isso ocorre. "Também discriminam mães solteiras, pessoas que vão morar junto sem se casar. São coisas já ultrapassadas em outros países e que em Portugal são ainda importantes."

Problema é pior na periferia
O ACIDI é um instituto público integrado na administração indireta do Estado, que tem como missão colaborar na concepção, execução e avaliação das políticas públicas relevantes para a integração dos imigrantes. O relatório do organismo sublima que os casos de "discriminação" estão se acentuando nos locais com maior concentração de imigrantes brasileiros, situados na periferia da capital portuguesa.

Conflito de valores
"Por um lado, os portugueses adoram a cultura brasileira, a música, literatura, telenovelas, futebol, passar férias no nordeste do país, o bom humor, a alegria. Mas por outro, sentem-se incomodados com a grande presença de brasileiros em Portugal, pela disputa por empregos ou pelos problemas da prostituição e dos casos de contravenção, e ainda da clandestinidade", explica Marcos Gaspar, sociólogo luso-brasileiro

leia mais
Em contrapartida, o espaço caracterizado pelo maior cosmopolitismo e pela freqüência mais elevada de contatos interétnicos - que seria a capital Lisboa - registra a maior porcentagem de respostas no conjunto das categorias "pouco e nenhum caso de discriminação" e claramente a menor na categoria "bastantes casos de discriminação".

No contexto da União Européia, um inquérito realizado pelo Observatório Europeu dos Fenômenos Racistas e Xenófobos, entre 2002 e 2005, a 1.619 imigrantes cabo-verdianos, guineenses, brasileiros e ucranianos residentes em Portugal revela que a maior taxa de discriminação se incidia na compra ou aluguel de um imóvel ou no pedido de um crédito bancário (42%) e no emprego (32%).

O último relatório de atividades da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) informa que, entre setembro de 2005 e dezembro de 2006, as grandes áreas de denúncias foram a laboral, forças de segurança e Estado, que representavam quase metade das 85 queixas apresentadas por particulares e associações.

Neste contexto, Manuel Correia, fundador da Frente Anti-Racista Portuguesa, alertou para as formas "sutis" de discriminação racial, que considera que têm grande peso. "São formas de discriminação disfarçadas para diminuir o outro, mas nem sempre se pode provar que se está a discriminar", avalia.

Correia admite que se criam situações de "desencorajamento ao aluguel" de casas aos africanos e brasileiros, de "incorreto atendimento nos estabelecimentos públicos", a falta de promoção de carreiras, os baixos vencimentos e "as expressões injuriosas" das chefias no posto de trabalho e a "desproporcionalidade do uso da força da polícia junto da comunidade negra".

"Brasileiros fazem bagunça"
"Na minha opinião, os portugueses que alugam casas criam um preconceito em relação aos brasileiros e resolvem ignorá-los à sua maneira", diz Flavia Santos, uma bolsista de investigação brasileira que está estudando na Universidade Nova de Lisboa.

Flavia contou ao UOL que em uma das ligações que fez durante a procura de apartamento, uma senhora perguntou a ela de onde era. Quando disse que era do Brasil, a senhora falou que não alugava quartos a brasileiros. "Perguntei a ela o motivo e ela me disse: 'já tivemos experiência antes e sabemos como são os brasileiros. Gostam de pôr a música nas alturas e fazem bagunça'. As palavras dela apenas confirmaram o que eu já sabia."

A estudante disse que é difícil fazer comparações, mas pensando em experiências que teve em Lisboa e em Londres, na Inglaterra, percebe que a situação em Portugal é mesmo mais grave. "Em Londres, consegui arrumar um quarto no mesmo dia em que cheguei. Portugal é um país provinciano. A maioria da população é idosa e isso dificulta a negociação e vem se somar à barreira do preconceito que têm com brasileiros e com africanos. Ao final disto tudo, acabei por arranjar um quarto em uma casa que divido com outros brasileiros."

Ana Paula Bittencourt atualmente trabalha em uma clínica médica para poder custear o curso de mestrado em uma universidade de Lisboa. Ela diz que na chegada ao país foi mais difícil o convívio porque sentia muito as diferenças. "Agora já não ligo muito. Acho que o pior era uma certa desconfiança do que você está fazendo por aqui", diz ela.

O crescimento da imigração
Na última década, Portugal passou de um país tradicionalmente de emigração para transformar-se em um país de imigração. Deixou de ser um país "exportador" de mão-de-obra e se transformou também em "importador". O aumento da imigração se deve, fundamentalmente, à sua entrada na União Européia e com esta chegada de emigrantes provenientes da América do Sul (principalmente do Brasil) e dos países do leste europeu (Ucrânia, Moldávia, Roménia e Rússia).
Hoje em dia se considera que 10% da população do país - que já atinge os 11 milhões de pessoas - é de origem estrangeira. E isso fez com que o fenômeno que sempre tinha sido externo se transformasse em um tema da agenda governamental, política e social do país
A estudante diz que na primeira casa que alugou o dono mal falava com ela. "Só ficamos amigos depois que ele percebeu que eu não vim para cá para 'tentar a vida' [prostituir-se]. Quando saí de lá, o proprietário da casa onde moro atualmente comentou que se não tivéssemos um amigo em comum ele não alugaria a casa para uma brasileira."

A jovem que emigrou de Joaçaba (Santa Catarina) sente que a discriminação com os negros e imigrantes do leste europeu é muito maior que com brasileiros. "Tenho a idéia de que o pensamento aqui é que existem muitos brasileiros 'gente boa', que são simpáticos e trabalhadores. E trabalham naquilo que os portugueses não querem trabalhar. Mas com os negros isso não acontece. Nenhum se salva."

Conflito interno entre portugueses
Para o sociólogo carioca Marcos de Oliveira Gaspar - filho de um cidadão português emigrado para o Brasil na década de 1950 - e que chegou a Lisboa em maio de 2001 por meio de uma bolsa do Ministério dos Negócios Estrangeiros Português (MNE), a discriminação com os brasileiros é um conflito interno entre os portugueses.

"Como pode um povo discriminar os brasileiros e participar de forma tão intensa de um festival como o Rock'n Rio/Lisboa, com diversos artistas brasileiros. Acho que os brasileiros entraram em um processo de discriminação que é um fenômeno europeu, em decorrência da globalização econômica que, por conseqüência, atrai cidadãos de outros continentes que sofrem com as freqüentes crises econômicas, políticas e sociais das últimas três décadas."

Gaspar estudou o fenômeno da imigração em uma universidade de Lisboa e afirma que na hora de alugar uma casa, os portugueses irão preferir sempre um cidadão português. "No Brasil também é mais fácil alugar uma casa para um brasileiro do que a um estrangeiro. Fica mais fácil de resolver a documentação e confiar. No meu caso, que aluguei um apartamento com um amigo argentino, acabei tendo a preferência em relação a uns italianos. Mas claro que o fato de os dois sermos filhos de portugueses ajudou."

Liliana é um exemplo de brasileira que nunca sentiu o preconceito por ser do Brasil, mas sim por ser simplesmente imigrante. Ela migrou para Lisboa em 2002 e trabalha para um órgão do governo. "Eu me sinto discriminada por ser imigrante e não por se brasileira", afirma. "Como não posso ter Bilhete de Identidade, também não posso comprar uma casa ou pedir um empréstimo. Não posso nem ter cartão de descontos da Fnac porque não tenho documento português".

Mas o sociólogo diz acreditar que se não houvesse essa forte imigração para Portugal, os brasileiros continuariam sendo muito bem recebidos. "Como ocorreu até o final da década de 1980, coincidência ou não, o período que Portugal entra na Comunidade Européia e o Brasil vive sua pior crise econômica."




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Re: Noticias de Portugal

#99 Mensagem por P44 » Qua Jun 11, 2008 4:40 am


Bloqueio seca bombas e esvazia hipers
01h17m

Virgínia Alves

O quadro da paralisação já não se limita a camiões parados nas estradas portuguesas e espanholas, nas prateleiras dos hipers começam a faltar produtos e nas bombas de gasolina surgem cartazes de "esgotado".
O impacto da paralisação dos transportadores de mercadorias está a afectar vários sectores. O Grupo Jerónimo Martins conseguiu que alguns dos seus camiões partissem dos armazéns em direcção às lojas com escolta policial, "mas são insuficientes para abastecer as lojas e os fornecedores também não o conseguem fazer", disse ao JN, Frederico Machado, um dos responsáveis desse grupo.
Ontem começavam a faltar o peixe, a carne e os vegetais, os "produtos menos perecíveis ainda existem em armazém, mas por alguns dias", admitiu.

O grupo Os Mosqueteiros também começa a ficar preocupado, dizendo que se "o bloqueio continuar por mais dois ou três dias, vai começar a notar-se".

Quem soma já prejuízos de milhares de euros são os produtores de leite. "Cerca de meia dúzia optaram por destruir 10 mil litros de leite, porque não conseguiram fazer o transporte", afirmou Fernando Cardoso, da Federação dos Produtores de Leite, acrescentando que no Norte do país a "recolha está a ser feita com toda a normalidade".

Normalidade a Norte que também se faz sentir nos postos de combustíveis. "Em Braga estão a ser abastecidos. Postos sem combustíveis só no Algarve, na zona de Lisboa e alguns casos no Centro", adiantou Augusto Cybron, da associação de revendedores.

Enquanto aguardam uma conclusão em Portugal, todos salientam a paralisação em Espanha, que representará dificuldades para Portugal, pelos muitos produtos importados diariamente. Em Barcelona foi activado o Plano Básico de Emergências Municipais, para garantir o abastecimento prioritário. Em várias cidades os bens começam a escassear.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... _id=956579

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Protesto dos camionistas continua firme

01h17m
pedro olavo simões

No meio de entendimentos e desentendimentos entre os líderes, a paralisação de transportadores rodoviários ficou, terça-feira, manchada pelo atropelamento mortal, em Alcanena, de um motorista envolvido no piquete.
O Dia de Portugal teria sido calmo, em relação à véspera, se não tivesse ocorrido esse incidente mortal, de algum modo similar a outro verificado junto ao mercado abastecedor de Granada (Espanha). Há já problemas decorrentes do protesto, como falta de bens alimentares perecíveis e de combustíveis, mas o bloqueio propriamente dito, mais intenso no Sul do que no Norte, foi algo indefinido, após um cancelamento cancelado.

Confuso, é certo, mas aproximado da realidade. Anteontem à noite, a comissão de transportadores que liderava o protesto esteve reunida com responsáveis da associação do sector (ANTRAM), decidindo voltar à normalidade. "Ao percebermos o que estava a ser negociado com o Governo, verificámos que havia coisas boas", diz Jorge Lemos, empresário de Mangualde, explicando que o processo negocial "merecia o voto de confiança da comissão".
Ora, o choque deu-se entre os que protestavam. Os que estavam no terreno não concordaram com a comissão informal que os representava, insistindo em continuar o protesto. Desautorizada, a comissão deu por finda a própria existência, pelo que tudo ficou na mesma. Há casos, até, em que a paralisação é incontornável: nos atulhados parques de pesados, basta um camião sem motorista (muitos foram para casa, por ser feriado) para travar os restantes.

Tudo indicava, à hora de fecho desta edição, que hoje, dia em que são retomadas as negociações entre a ANTRAM e o Executivo, o protesto volte a subir de tom. "Há empresas que não aderiram ontem (anteontem), mas estão a preparar-se para aderir amanhã", diz-nos Jorge Lemos, lembrando que a paralisação em Espanha, ainda mais firme, também contribui para impedir a normalização.

Esperava-se para a madrugada de hoje, por exemplo, um regresso aos bloqueios no Porto, interrompidos no feriado. Nuno Salgado, porta-voz do movimento que levou a cabo, na semana passada, a "marcha cívica" que entupiu a Via de Cintura Interna, na Invicta, "o bloqueio vai reiniciar-se (...) nos mesmos pontos de segunda-feira, ou seja, no porto de Leixões e terminal TIR, em Matosinhos [Freixieiro, Perafita], e nas pedreiras de Entre-os-Rios e Penafiel".

Vários operadores entendem que as negociações poderão levar ao fim do bloqueio. Embora pouco transpire das reuniões de trabalho, presume-se que o Governo não faça concessões directas, mas facilite soluções alternativas, como a que passa pelo envolvimento dos concessionários de auto-estradas e por uma provável redução de portagens. Se o processo for inconclusivo, então, prepara-se um grande protesto para a próxima segunda-feira. E há quem preveja que, se por acaso o diálogo falhar, a própria ANTRAM possa pôr-se ao lado dos associados em revolta.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... _id=956578




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Re: Noticias de Portugal

#100 Mensagem por P44 » Qua Jun 11, 2008 5:31 am

11 Junho 2008 - 00h30

Dia de Portugal: Protestos nas comemorações em Viana do Castelo

Cavaco foge de apupos a Sócrates

Cavaco Silva distanciou-se dos protestos dirigidos ao chefe do Governo, José Sócrates, em Viana do Castelo. O Presidente da República e o primeiro-ministro não fizeram o trajecto a pé, entre a população que foi assistir às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.




Depois das cerimónias militares na praça da Agonia, José Sócrates avançou primeiro entre a multidão e ficou com a certeza de que os apupos eram mesmo para ele. 'Mentiroso, vai-te embora', gritaram alguns. Uma delegação do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) tentou entregar a Sócrates um manifesto de contestação à política do Governo, mas o primeiro-ministro ignorou-o com um sorriso.

Cerca de quinze minutos depois, Cavaco Silva passou pelos mesmos sindicalistas, os quais conseguiram parar o Presidente durante alguns segundos. Cavaco pediu ao assessor para recolher o manifesto que José Sócrates havia recusado.

Os apupos que Sócrates recebeu em Viana só foram atenuados por apoiantes do primeiro-ministro, que ficaram até ao fim, para deixarem palavras de apoio.

PARTIDOS CONTRA 'DIA DA RAÇA'

O PCP e o BE exigiram ontem que o Presidente da República explique aos portugueses o uso do termo 'dia da raça' para se referir ao 10 de Junho, no discurso proferido na segunda-feira em Viana do Castelo.

'É tão mais grave quanto quem faz esta afirmação é o mais alto responsável da hierarquia do Estado português', afirmou Jorge Cordeiro, membro da comissão política do PCP, para quem esta é 'uma expressão pouco compatível com os valores de Abril e com o regime democrático'. O BE manifestou , em comunicado, 'perplexidade' com a expressão utilizada por Cavaco e defendeu que o Presidente recuperou a 'terminologia racista e segregadora do Estado Novo'. n J. F.

CONDECORADAS 39 PERSONALIDADES

O ex-líder do PSD Marques Mendes disse ter sido totalmente 'surpreendido' pela escolha do Presidente da República para integrar a lista das 39 personalidades condecoradas. O antigo guarda-redes do FC Porto, Vítor Baía, manifestou 'grande orgulho e honra' na condecoração com a Oficial Ordem do Infante D. Henrique. 'Vale a pena ser sério e ter lutado por aquilo que achei ser o melhor para mim e pelas cores que sempre defendi', disse Vítor Baía. n

CAVACO DIXIT

'Um país onde as instituições não sejam fiáveis, que não cresça e não inove dificilmente pode aspirar a uma intervenção relevante no plano externo.'

'É sabida a escassez de recursos naturais. Há um tipo de recursos que, porventura, não estaremos a utilizar tão bem como deveríamos.'

'Não possuindo os meios de que outros dispõem seria grave ignorar ou desprezar aqueles que temos realmente e que todos nos reconhecem.'



Manuela Teixeira

correio da manhã




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Re: Noticias de Portugal

#101 Mensagem por P44 » Qua Jun 11, 2008 7:27 am

Quarta Feira, 11.06.2008
Economia
Paralisação dos transportes continua
País pode parar se o bloqueio se prolongar por mais um ou dois dias

2008-06-11 09:56:32

Lisboa – Segundo dados fornecidos pela ANAREC (Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis), muitos postos de abastecimento já se encontram sem combustíveis e caso os camionistas mantenham a paralisação por um período de um a dois dias, Portugal corre sérios riscos de parar.

Nesta altura, os combustíveis já acabaram em muitos postos de abastecimento um pouco por todo o país, sobretudo no Algarve e na zona da Grande Lisboa avançou a ANAREC, em comunicado.

A associação de Revendedores admite que, mesmo depois de os camiões começarem a circular, não é apenas num dia que a situação vai normalizar. São já muitos os serviços que estão em risco de paralisar devido ao bloqueio.

Segundo fonte oficial dos Aeroportos de Portugal, ANA, o aeroporto da Portela, o mais importante do País, só tem combustível para mais um dia.

Relativamente ao abastecimento dos hipermercados, Frederico Machado, um dos responsáveis do grupo. Jerónimo Martins afirmou que ontem começavam a faltar o peixe, a carne e os vegetais, os «produtos menos perecíveis ainda existem em armazém, mas por alguns dias».

Fernando Cardoso, da federação dos produtores de Leite avançou que os produtores de leite já perderam milhares de euros «Cerca de meia dúzia optaram por destruir 10 mil litros de leite, porque não conseguiram fazer o transporte», afirmou.

Os camionistas afirmam-se dispostos a manter os bloqueios até que o Governo ceda nas suas reivindicações, designadamente: gasóleo profissional, diminuição do ISP e outros benefícios fiscais.

Por outro lado, o corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP) está a escoltar grupos de camiões-cisternas, no total cerca de 40, que se dirigem a Lisboa e Setúbal, disse à agência Lusa Hipólito Cunha, porta-voz daquela força de segurança: «São cerca de 40 camiões, que seguem em grupos de 10, escoltados pela PSP», adiantou a mesma fonte.

(c) PNN Portuguese News Network
http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=16010




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Re: Noticias de Portugal

#102 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jun 11, 2008 7:37 am

Tigershark escreveu:10/06/2008 - 06h00
Mulheres brasileiras em Portugal sofrem com a discriminação e têm dificuldade para alugar apartamentoFernando Moura
Especial para o UOL
Em Lisboa
Infelizmente há muito boa pessoa a pagar pelas acções de certas pessoas. Posso dizer que a minha "ex" nunca teve problema em arranjar casa, por isso o fenómeno não é assim tão mau como se prevê na noticia, mas volto a afirmar, se este fenómeno existe, é culpa de certas e determinadas pessoas.

A moradia que habito, esteve para ser de um rapaz de Lisboa e de um casal brasileiro, no entanto acabou nas minhas mãos, sabem porquê? Porque eu sou filho da terra, toda a gente conhece os meus pais, os meus avós e entre um casal estrangeiro e um tipo de Lisboa, os meus senhorios preferiram alugar-me a casa. É assim que funciona em Portugal.

Posso dizer-vos também que Lisboa e o Porto não é Portugal, o meu país é muito mais do que duas cidades. Se as pessoas em questão saissem dessas cidades e corressem o país encontravam pessoas à antiga, pessoas como eu, somos desconfiados, não sorrio para estranhos, mas assim que conheço a pessoa abro a casa, convido para patuscadas, etc.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Noticias de Portugal

#103 Mensagem por P44 » Qua Jun 11, 2008 9:27 am

Protesto dos camionistas

Aeroporto de Lisboa está sem combustível

Já não há combustível no Aeroporto da Portela para abastecer aviões comerciais. A ANA, aeroportos de Portugal, confirmou, há pouco à SIC, que existe combustível, mas apenas para voos de emergência, de estado e militares.

Estes stocks foram ontem abastecidos através de cerca 20 camiões cisterna, que tiveram de ser escoltados pela GNR.

Até ao momento não há registo de qualquer cancelamento de voos devido a esta situação.

"Não estamos a ter capacidade para reabastecer qualquer avião à excepção dos de emergência, militares e de Estado", disse à agência Lusa o porta-voz da ANA, Rui Oliveira, sublinhando não haver até ao momento registo do cancelamento de qualquer voo.

O responsável da empresa lembrou que as companhias aéreas foram alertadas segunda-feira para esta situação, consequência da paralisação dos transportadores que está a impedir o abastecimento de combustível ao aeroporto da capital, e por isso estão a abastecer em outros aeroportos.

É o caso dos aviões da TAP que estão a abastecer nos pontos de origem, no caso do médio curso, e a fazer escalas técnicas em aeroportos como o do Porto ou Funchal no caso das ligações de longo curso, segundo disse à Lusa fonte da transportadora nacional.

"No médio curso a TAP opta por fazer abastecimentos no exterior, no longo curso a avaliação e a escolha dos locais de abastecimento é feita caso a caso", disse à Lusa, Isabel Palma do gabinete de comunicação da TAP.

A responsável apontou o caso de dois voos que partiram hoje de manhã para Brasília e Rio de Janeiro, Brasil, e abasteceram no Porto, apontando ainda o caso de outra ligação com S. Salvador, cujo abastecimento está previsto para o Funchal "por se localizar na sua rota".

Admitindo que esta situação esteja a causar atrasos nas ligações aéreas, a responsável da TAP afirmou, no entanto, que nenhuma ligação foi cancelada até ao momento.

O aeroporto de Lisboa, onde a TAP tem a sua base operacional, é abastecido diariamente por cerca de 60 camiões cisterna, a partir de Aveiras, e tem reservas para três dias.

Na noite de terça-feira, chegaram ao aeroporto apenas 12 camiões cisterna, o que segundo Rui Oliveira deu apenas para repor as reservas.

Segundo o porta-voz da ANA, não há quaisquer problemas de abastecimento nos aeroportos do Porto e Faro

A TAP, no caso de voos de médio curso, os aviões chegam a Portugal já abastecidos. Ou seja, colocam combustível no estrangeiro. Nos de longo curso, o abastecimento tem sido feito, sobretudo, no Porto.
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... stivel.htm




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Re: Noticias de Portugal

#104 Mensagem por P44 » Qua Jun 11, 2008 10:31 am

Combustíveis

Gasóleo e gasolina começam a escassear na região Centro e Algarve
11.06.2008 - 13h32 Lusa

O gasóleo e a gasolina começam a escassear em alguns postos de abastecimento da Região Centro. No Algarve, há postos sem combustível em Portimão, Lagos, Lagoa e Silves. Os transportadores de passageiros admitem rupturas a "qualquer momento”.

Em Viseu os automobilistas estão a encher o depósito dos seus carros. "Hoje houve mais pessoas a abastecer quando foram para o trabalho. Clientes que habitualmente metiam só cinco ou dez euros de cada vez, meteram muito mais, e houve mais gente do que é normal a atestar", contou Marcelino Santos, funcionário das bombas da Galp de Vila Chã de Sá.

"Só vim atestar hoje porque ouvi nas notícias o que se estava a passar”, contou Maria Eugénia Simões, de Santa Comba Dão.

Em Coimbra, o tempo de espera dos automobilistas para abastecimento em alguns postos de combustível chegou aos 30 a 40 minutos e há filas com dezenas de veículos.

Desde o início da manhã existem filas na generalidade das bombas da cidade e mesmo em vilas do interior do distrito, como Lousã ou Arganil.

Na Pedrulha, a norte de Coimbra, as bombas da Galp não têm gasóleo normal desde ontem de manhã, enquanto o gasóleo GForce esgotou hoje de manhã. Estão encerradas as bombas do Continente, junto ao centro comercial Fórum Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego.

Nas gasolineiras da Guarda ainda não se registam quebras nos combustíveis.

Uma corrida anormal às bombas de gasolina marcou a manhã em Castelo Branco, com grandes filas na maior parte dos postos de abastecimento, onde o gasóleo e a gasolina de 95 octanas já faltam. Nas bombas do Jumbo, o gasóleo faltou esta manhã e a gasolina deve chegar até ao final do dia, se não houver reabastecimento, segundo fonte do estabelecimento.

Nas bombas Intermarché de Castelo Branco não há gasóleo e a gasolina de 95 octanas acabou na segunda-feira.

Na maior parte dos postos de abastecimento os depósitos estão a chegar aos níveis de segurança, o que leva os responsáveis a afirmar que se a paralisação continuar serão obrigados a encerrar.

Já na Figueira da Foz, o abastecimento de gasolina e gasóleo pode cessar hoje, dada a escassez de combustível nos cinco postos da cidade e a afluência crescente de automobilistas.

Em Leiria, as filas para os postos de combustíveis também são muito grandes e já levaram ao fim do gasóleo em pelo menos três locais, como o posto do Intermarché da Gândara dos Olivais, onde se pode ver um grande cartaz informando que o gasóleo está esgotado, exasperando os condutores que aí procuraram combustível mais barato.

E mesmo a Galp, junto ao hipermercado Continente, deverá deixar de ter combustível dentro de horas, como confirmaram as funcionárias do posto. "O gasóleo está mesmo a terminar e a gasolina já não chega a depois do almoço, tal é a quantidade de gente que aqui vem", explicou uma das funcionárias.

Na zona de Santarém, desde o início da manhã que alguns postos de abastecimento já não têm gasóleo e a gasolina também começava a escassear.

Postos "secos" e longas filas onde ainda há combustível no Algarve

Em Portimão, os postos de abastecimento começaram a "secar" ontem e hoje ao final da manhã não havia praticamente postos abertos.

Nas cidades vizinhas - Lagos, Lagoa e Silves -, o cenário é idêntico e os automobilistas tentam agora encontrar combustível nas pequenas localidades, mais afastadas do grande rebuliço.

No outro lado do Algarve, nas zonas fronteiriças do Sotavento, há uma "corrida" de espanhóis aos postos de abastecimento portugueses, por temerem também ficar impossibilitados de se deslocar de automóvel.

Na capital algarvia, a maior parte dos postos de abastecimento apresentam longas filas, prevendo-se que em algumas horas o combustível possa acabar devido ao fenómeno do "açambarcamento", disseram alguns revendedores.

Os automobilistas mostram-se revoltados com a situação, sobretudo com a inércia do Governo, que deveria tomar medidas urgentes, mas também com o "extremismo" dos camionistas, a quem acusam de "chantagem".

"Nós não temos culpa nenhuma disto e não temos que ser sacrificados", desabafava um automobilista presente numa das filas para abastecer, apesar de confessar que "claro" que gostaria de ver os preços baixar.

O sentimento geral é de desespero e, segundo disseram alguns automobilistas, há pessoas que estão a abastecer mesmo com os depósitos cheios de combustível, só com medo de ficar impossibilitados de circular. "Devia haver alguém a verificar isto, pois como as coisas estão quase seria de racionar o combustível", dizia outra automobilista, chocada com os efeitos que a crise está atingir e esperançada de que a paralisação termine.

Transportadores de passageiros admitem rupturas a "qualquer momento"

O presidente da associação de transportadores de passageiros (ANTROP), Cabaço Martins, admitiu hoje a possibilidade de rupturas no serviço "a qualquer momento", apelando ao Governo para que garanta o abastecimento de combustível ao sector.

"Neste momento não há rupturas [no transporte de passageiros], mas os problemas podem acontecer a qualquer momento, hoje ou amanhã [quinta-feira]", disse o presidente da Associação Nacional de Transportadores Pesados de Passageiros.

O responsável, que afirma estar em contacto e coordenação permanente com o Ministério das Obras Públicas, defendeu a necessidade de o Governo "ter consciência" de que o transporte de passageiros é "um serviço essencial", sendo por isso necessário garantir o abastecimento de combustíveis a este sector.

De acordo com Cabaço Martins, a ANTROP entregou ao Executivo um inventário dos postos de combustível necessários para o funcionamento dos transportes públicos, esperando agora que seja possível assegurar o seu abastecimento.

A Associação Nacional de Transportadores Pesados de Passageiros (ANTROP) congrega 121 empresas de transportes públicos, que representam uma frota de cerca de oito mil autocarros, principalmente em Lisboa e Porto.

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=57




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Re: Noticias de Portugal

#105 Mensagem por P44 » Ter Jun 17, 2008 11:09 am

Henrique Medina Carreira
O 'Circo Nosso de cada dia'
Sexta-feira, Junho 13, 2008

Há um notório e crescente mal-estar no nosso País. Apesar do optimismo e das promessas, os salários continuam baixos, as pensões são exíguas, o poder de compra estagna, o desemprego é elevado, a classe média dissolve-se, a pobreza alastra, as desigualdades acentuam-se, as famílias estão pesadamente endividadas, a emigração recomeça e os temores aumentam. A crise internacional chegou e atingirá alguns com especial violência.

É a mediocridade da economia que temos.

Quando se analisa a sua evolução, torna-se inequívoco o declínio. Quando se imagina o futuro europeu de Portugal, ele é cinzento.

Há mais de três décadas que o produto desacelera, conforme as seguintes taxas de crescimento médio anual: 7,5% (1960-70); 4,5% (1970-80); 3,2% (1980-90); 2,7% (1990-2000); e 0,9% (2000-06). Outros países europeus também não conseguiram muito melhor.

Cerca de 2020, se a nossa economia e as dos seis outros que agora nos seguem se comportarem como de 2000 a 2006, seremos o país mais pobre dos “25”. Só o evitaremos se o produto subir a uma taxa mínima da ordem dos 3%, ou os demais caírem significativamente. Isto é: mais ano, menos ano, poderemos estar na “cauda” da Europa.

Há, por todas as razões, uma prioridade absoluta para a nossa economia.

Esta evolução tem origens diversas: externas e internas, públicas e privadas. Importam aqui, sobretudo, as de natureza política, relativas aos “defeitos” que existem na área do Estado ou que dele derivam, porque numa economia aberta e pouco competitiva, como a nossa, não se convive longamente com eles sem provocar efeitos desastrosos.

Acontece, em todo o caso, que o Estado português está rodeado de circunstâncias adversas, condicionantes das mudanças indispensáveis.

Desde logo, falta-lhe “tempo” político: o sistema de governação criado em 1976, a impreparação dos partidos para governar e o eleitoralismo que cada vez mais os domina, originam uma frequente e inconveniente descontinuidade executiva (1).

Também não há “verdade” política: quanto aos problemas essenciais, os partidos do poder assumem compromissos eleitorais que não tencionam ou não podem cumprir e fazem no Governo o que antes rejeitam ruidosamente na oposição. Assistimos a um espectáculo de mentira sem decoro, gerador do descrédito dos partidos e da decadência da democracia.
Escasseia, igualmente, “qualidade” política: os partidos que existem, tal como já acontecia em 1926, são “agrupamentos sem raízes na realidade do país” e que propiciam o “aparecimento na cena política de homens de segundo plano” (2).

Há assim uma doença grave na nossa vida política que também conduz ao desaproveitamento de enormes e irrepetíveis meios financeiros. Efectivamente, desde 1990 o nosso Estado arrecadou cerca de 160 000 milhões de euros (m€) - aproximadamente 820 m€/mês - de receitas não tributárias (3). Determinou ainda um grande aumento da carga fiscal, de 29% (1990) para 37% do Pib (2006): +8 pp., que não têm paralelo na Europa durante esse período.

Quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou nunca acontece.
Não se pode considerar o curto e o médio prazo porque os governos nada podem fazer, perdidas que foram as principais “ferramentas” de política macro económica: a moeda nacional, os juros, os câmbios, as tarifas aduaneiras e, na sua maior parte, a margem de discricionaridade orçamental.

E isso é muito claro quando observamos o que aconteceu desde 2000: o produto português limitou-se a acompanhar as tendências europeias, crescendo quando ali se cresceu e caindo quando ali se caiu (cf. Gráfico anexo). Nesse tempo, apesar dos quatro governos que tivemos, a nossa economia, uns pontos abaixo, só “obedeceu” à dos “25”. Foi em absoluto indiferente a quem e como governou.


Imagem

A “receita” habitual e de que muitos falam - o aumento da procura interna, fazendo o Estado gastar mais – não é viável porque continuamos a ter contas públicas muito desequilibradas e porque, como nos ensina quem sabe, sendo insuspeito de simpatias neoliberais, “um aumento grande da despesa pública [não resolve] o que quer que seja em termos de crescimento económico” (4).

Apesar destas evidências, o Governo vai lançar um projecto irresponsável e eleitoralista de “betão” em larga escala, para realizações muitas vezes supérfluas e de aparente êxito imediato. É mais um dispendioso logro, parece que com o silêncio da oposição.
De tudo resulta, portanto, que o Governo não falha porque a economia é medíocre e o desemprego está alto. O Governo falha, e muito, porque atravessa uma longa legislatura, como a actual, em tudo favorável, deixando sem remédio, em 2009, a maioria dos mais graves “defeitos” que já encontrou em 2005.

Perdemos outra vez tempo: não se solucionou a conjuntura nem se preparou a estrutura.

A nossa evidente fragilidade económica - somos os que avançam mais devagar na UE, podendo por isso estar sua “cauda” em 2020 - tem hoje efeitos negativos e muito sensíveis no plano salarial, no nível do emprego, no poder de compra (5) e na acentuação da pobreza. Porém e pior do que isso: ela está a minar, a prazo, a base de sustentação das políticas sociais, já de si cheias de problemas.

Quem quiser pode entendê-lo com facilidade: entre 1990 e 2005 o produto português evoluiu à taxa anual de 2% e as despesas sociais (6) à de quase 6%; essas despesas absorviam 60% das contribuições sociais e dos impostos em 1990, 71% em 1995, 70% em 2000 e 84% em 2005.

O Estado social é, provavelmente, a mais notável realização europeia dos últimos sessenta a cem anos. Mas não nos deveremos enganar: ele só pode sobreviver se assentar numa economia próspera.

E isto é decisivo porque, se não conseguirmos aumentar significativamente o ritmo de expansão da riqueza nacional, o presente nível de “redistribuição” – mesmo insuficiente, como já é - terá de ser reconsiderado em baixa, mesmo em muito forte baixa.

Sem mais “economia” só pode haver menos “social”.

É certamente viável redistribuir “melhor”, discriminando positivamente. Mas não se redistribuirá “mais”.

São já bem conhecidos os sectores e os vícios que mais afectam a produtividade e a competitividade da nossa economia. Os que se situam na área pública ou que do Estado dependem, só por ele poderão ser solucionados, através de medidas e de reformas que eliminem ou reduzam as suas consequências negativas.

Mas numa economia internacionalizada, como é a actual, tudo o que dele pode exigir-se ou esperar-se, é a criação das condições indispensáveis à atracção dos investimentos que nos convêm: os de mais rápida reprodutividade, destinados às exportações e à substituição de importações.

É por isso surpreendente que entrem e saiam governos, ficando sempre tudo na mesma ou quase. Sem carácter exaustivo, é óbvia e imperiosa a necessidade de mudar muito no ensino, o nosso maior reprodutor de mediocridade e que está a “hipotecar” o futuro daqueles que finge promover; na formação passa-se quase o mesmo, fazendo-se crer na possibilidade de aprender em poucos meses aquilo que só se aprende em alguns anos; na justiça permanecem as demoras sem fim e sem previsão, que a tornam, em grande parte, desacreditada, inútil e aleatória; o sistema dos impostos é pesado, complicado sem vantagens, sempre instável, por vezes abusivamente agressivo e iníquo devido ao elevado peso da tributação indirecta; a Administração Pública continua sem reorganização, requalificação, rejuvenescimento e reequipamento, porque quase tudo isso passa ao lado do PRACE; a grande burocracia está cristalizada, como se confirma com a existência perversa dos PIN, necessários só para quem o Governo entende contemplar; a grande corrupção está para ficar e mesmo para crescer, indiferente às medidas com que apenas se simula querer combatê-la; mantêm-se incompreensivelmente os pagamentos atrasados do Estado, tão lesto a pregar moral aos privados que se atrasam; a multidão dos licenciados sem trabalho não encontra qualquer resposta que os reconverta profissionalmente; o mercado do arrendamento continua a não existir e nada se faz aí com consequências relevantes; não temos técnicos adequados às exigências do mercado; o excessivo peso financeiro do Estado, o espantoso mapa autárquico desenhado para o tempo da “diligência” e das carroças, o regime das relações laborais, a preferência constante pela facilidade e pela mediocridade, entre outros, constituem “defeitos” graves, sem qualquer remédio à vista.

Estas são questões de fundo que só ao Estado competem e em que só ele tem uma palavra a dizer. Pouco ou nada fazendo, revela a sua incapacidade política para propiciar o “ambiente” indispensável à criação do aparelho produtivo e competitivo que a nova economia exige.

Sem “tempo”, sem “verdade” e sem “qualidade” na política, como até aqui, nenhum Governo conseguirá realizar em Portugal a obra que o futuro nos impõe. E porque a conjuntura está hoje fora do poder do Estado, é preciso que alguém responsável, por uma vez, diga que a recuperação é difícil, que a tarefa é árdua e que os resultados são demorados. O estado da nossa decadência é profundo e as circunstâncias envolventes são complexas.

Os que têm surgido vêm apenas para ganhar eleições, promover-se e repartir vantagens pelos amigos e pelos arrivistas de sempre; usam sem escrúpulos sofismas que só retardam a compreensão das coisas; e dificultam a aplicação das decisões essenciais. Montam “circos” atraentes para impressionar, acenam com “facilidades” que não existem e prometem um “amanhã” que nunca chegará. Servem-se e servem outros. É quase tudo.

Se a “verdade” nos assusta em vez de nos mobilizar, resta-nos apenas a capitulação perante os sofistas que temos tido e perante os seus “herdeiros”.

Só haveremos, então, de queixar-nos de nós mesmos.

Se os eleitores o não entenderem muito depressa, ficaremos com “Lisboa” nos papéis e com os portugueses feitos os pobres da Europa.


Notas:
(1) 17 governos em 32 anos: média de 23 meses por cada um; descontados os de maioria absoluta de um só partido: média de 15; entre 2000 e 2009 registar–se-á uma média de 30 meses.
(2) MÁRIO SOARES, Le Portugal Baillonné –Témoignage, Calmann –Levy, Paris – 1972, pp. 30 e 31.
(3) Entre 1990 e 2006 são as seguintes as receitas a considerar: 17 000 m€ de privatizações; 51 000 m€ de fundos europeus; e 90 000 m€ de acréscimo da dívida pública.
(4) JOÃO FERREIRA DO AMARAL, As condicionantes orçamentais, Seara Nova, n.º 81, Verão de 2003, p. 37.
(5) Para se imaginar a influência do crescimento da economia sobre o poder de compra dir-se-á que, aos preços actuais, + 0,1% do Pib equivalem a cerca de 18 € por português e por ano, ou seja, um café tomado ao balcão, de 10 em 10 dias. E + 1% do Pib, 1 café por português e por dia!
(6) Incluem-se as despesas com as Funções Sociais do Estado (Educação, Saúde, Habitação e Cultura), Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações.

P.S. O texto acima foi publicado na edição de hoje do Público sob o título 'O declínio inequívoco de Portugal', título esse da responsabilidade daquele jornal.
http://grandelojadoqueijolimiano.blogsp ... nosso.html




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