http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=11Presidenciais norte-americanas
Corrida pela nomeação democrata vai acabar hoje?
20.05.2008 - 10h26 Rita Siza
Nem 2025 e muito menos 2209: afinal, o número mágico para a vitória na corrida pela nomeação democrata parece que vai ser 1627, a maioria simples do total de delegados eleitos nas primárias e caucus democratas para a Convenção Nacional de Denver em representação de um candidato.
Oficialmente, o Partido Democrata declarou que a confirmação do nomeado depende de 2025 votos, repartidos entre delegados e superdelegados, essa figura peculiar criada para garantir o "controlo" institucional do processo de escolha do candidato - são membros do Congresso, governadores e outros dirigentes, com total liberdade de voto.
A candidatura da senadora de Nova Iorque Hillary Clinton entende porém que a matemática oficial do partido não representa todo o eleitorado, porque exclui os delegados dos estados do Michigan e Florida, afastados da convenção por desrespeito das regras de calendário.
Apostada no reconhecimento dessas eleições, Clinton coloca a fasquia nos 2209 votos e espera levar a corrida até ao fim. Mas para o seu opositor, Barack Obama, basta alcançar os 1627 votos dos delegados eleitos directamente para a consagração - o que deve acontecer já esta noite, no rescaldo das votações dos estados do Kentucky e Oregon. Será que a corrida pela nomeação democrata acaba hoje?
Teoricamente, a questão fica resolvida esta noite. Mas mesmo assim, a resposta é não, a corrida não acaba aqui. Ontem, a campanha de Obama, que na última semana repetiu à exaustão que o partido devia seguir o mesmo rumo dos eleitores, dava sinais de recuo na declaração de vitória antecipada - a faixa gigante de "missão cumprida" que deveria ser o pano de fundo no discurso de Obama afinal ficará no armazém.
Isto não quer dizer que a campanha do senador do Illinois deixou de acreditar na nomeação. O campo de Obama está preparado para uma pesada derrota no Kentucky, onde a vantagem de Clinton toca os 30 por cento. Mas a esperada vitória no Oregon será mais do que suficiente para Obama obter 1625 delegados.
Deferência para com Hillary
O compasso de espera na declaração de vitória de Obama era ontem interpretado como uma espécie de "deferência" para com Hillary: consciente de que a sua próxima tarefa será unir o partido, o senador quer deixar margem de manobra à sua adversária para pôr um fim digno à campanha (e evitar antagonizar desnecessariamente os seus apoiantes, de que vai necessitar em Novembro).
Ontem, Hillary Clinton prosseguia a campanha confiante de que convencerá os superdelegados. Esgrimiu outro argumento numérico - os votos do colégio eleitoral, responsável pela eleição do Presidente - para contrariar a liderança de Obama. "Os estados que ganhei totalizam 300 votos do colégio eleitoral. A questão é: quem é capaz de assegurar 270 votos do colégio eleitoral em Novembro? Até agora, o meu adversário só conseguiu arrecadar 217 votos", sublinhou.
"Esta corrida está longe do fim. Nenhum de nós tem o número de delegados necessário para a nomeação. E eu vou continuar a apresentar as minhas razões até ser nomeada", prometeu, em Maysville, Kentucky, cidade natal do actor George Clooney, que apoia Obama.
Segundo a imprensa americana, a grande lição a reter destas primárias é a máxima "o destino está na demografia". No Kentucky, a maioria de eleitores brancos e de classe média baixa está a favor de Hillary; o Oregon, mais diverso e economicamente mais rico, é propício a Obama.
Se o nomeado democrata conseguir atrair estas duas "coligações" de eleitores, pode garantir a vitória em Novembro. Apesar do candidato republicano, John McCain, não acreditar que a América está preparada para virar à esquerda, as sondagens nacionais indicam a preferência da opinião pública pelos democratas.
Num cenário Clinton versus McCain, ela venceria com mais 1,8 por cento dos votos. Se for Obama o candidato democrata, a vantagem para o seu opositor é maior: 3,4 por cento.
EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Moderador: Conselho de Moderação
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Triste sina ter nascido português
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
http://dn.sapo.pt/2008/05/22/internacio ... _luta.htmlPorque Hillary continua na luta?
HELENA TECEDEIRO
1. Para esgotar as possibilidades e justificar nova candidatura em 2012
Barack Obama pode garantir que a nomeação democrata para as presidenciais de 4 de Novembro nos EUA está "à vista" após a sua vitória nas primárias de ontem no Oregon, mas a sua adversária Hillary Clinton, que venceu no Kentucky, já anunciou que só vai desistir "quando houver um nomeado". Com três primárias por disputar até à convenção onde será anunciado o candidato do partido e favorita em Porto Rico, a ex-primeira dama parece disposta a lutar até ao fim, apesar de ser matematicamente impossível ultrapassar Obama em número de delegados. Uma obstinação que, segundo o New York Times, pode revelar um posicionamento para uma nova candidatura em 2012. Hillary, que na terça-feira garantiu ter sido vítima de sexismo durante a campanha, quer provar às mulheres que sempre a apoiaram que não é alguém que desiste facilmente. "Vocês nunca desistiram de mim porque eu nunca desisti de vocês", disse a senadora na terça-feira à noite aos seus apoiantes reunidos no Kentucky.
2. Para ver o que acontece com o Michigan e a Florida
Vencedora das primárias no Michigan e na Florida, Hillary tem de continuar na corrida e, de preferência, a vencer se pretender fazer pressão sobre o partido para que autorize os delegados destes estados a estarem presentes na convenção marcada para Agosto em Denver, no Colorado. A direcção nacional dos democratas decidira banir estes delegados, uma vez que tanto o Michigan como a Florida decidiram antecipar as primárias, violando assim as regras do partido. Hillary venceu em ambos os estados, onde nenhum dos candidatos fez campanha. No Michigan, o nome de Obama nem sequer estava nos boletins de voto. No dia 31, três dezenas de responsáveis democratas vão reunir-se para decidir se os delegados destes dois estados devem ou não ser reintegrados. "É preciso saber se o partido vai excluir dois estados da convenção ou se se vai manter fiel aos seus princípios e garantir que todos os votos são contados", disse à CNN Howard Wolfson, director de comunicação de Hil-lary. Michigan e Florida deverão ser estados muito disputados nas presi- denciais. O líder dos democratas, Howard Dean, já veio dizer que é preciso uma solução "justa" para estes delegados.
3. Para ganhar a maioria do voto popular e atrair superdelegados
O processo das primárias democratas termina a 3 de Junho com as primárias do Montana e Dacota do Sul onde estão em jogo 47 delegados. Dois dias antes terá sido a vez de Porto Rico escolher o seu candidato democrata. Este estado associado vale 63 delegados à convenção, apesar de não poder votar nas presidenciais de Novembro. Sem hipóteses de ultrapassar Obama em número de delegados - o senador obteve a maioria na terça-feira -, Hillary está decidida a vencer estas primárias e conseguir a maioria do voto popular. Segundo o site Real Clear Politics, a senadora teria neste momento mais cem mil votos do que Obama, contando com os do Michigan e Florida. Hillary espera assim provar aos superdelegados que é a melhor candidata para derrotar o republicano John McCain. De facto, a nomeação democrata deverá cair nas mãos dos 794 responsáveis do partido livres de votarem em quem quiserem na convenção. Até agora, 306 anunciaram que irão votar em Obama e 279 em Hillary. Mas a senadora espera inverter a tendência.
4. Espera uma 'gaffe' de Obama
Em contacto com a política desde que o marido, Bill Clinton, foi eleito pela primeira vez governador do Arcansas, em 1978, Hillary conhece bem os meandros daquele meio. Melhor do que ninguém, a ex-primeira dama - do Arcansas e depois dos Estados Unidos - sabe que uma gaffe ou uma polémica pode espreitar atrás de qualquer esquina. Esse pode, segundo a Reuters, ser um dos motivos que a levam a continuar na corrida: espera um deslize de Obama para provar aos superdelegados que é a candidata com melhores hipóteses de derrotar McCain. "Hillary acredita que a campanha de Obama pode sofrer uma ferida inesperada ou auto-infligida", escreveu Patrick Healy no New York Times.
5. Na esperança de ser a escolha de Obama para a vice-presidência
Se continuar a vencer primárias, Hillary poderá obrigar Obama a incluir algumas das suas ideias no seu programa de campanhas, como por exemplo a reforma da segurança social. Mas alguns analistas garantem que a sua continuação na corrida faz parte de uma aposta maior: impor-se como candidata à vice-presidência no ticket de Obama. Esta ideia tem surgido com alguma força nas últimas semanas, sobretudo depois de George Stephanopoulos, um antigo conselheiro de Bill Clinton e agora apresentador na televisão ABC, ter admitido que "um ticket Obama-Hillary é uma possibilidade". O próprio Bill disse em Março que uma equipa com Obama e Hillary seria "praticamente imbatível". Para muitos democratas, este seria o ticket de sonho, capaz de unificar um partido dividido por meses de luta entre os dois candidatos. Mas para o ex-presidente Jimmy Carter é pouco provável que aconteça, não porque Hillary não aceitasse mas apenas porque "não acredito que Obama a convide" para a vice-presidência.
6. Para recolher fundos e pagar a sua dívida de 20 milhões dólares
Enquanto alguns analistas defendem que ao ficar na corrida durante mais algum tempo Hillary pretende angariar fundos que paguem a sua dívida de 20 milhões de dólares, outros garantem que a senadora deveria desistir já e não gastar mais dinheiro. A máquina Clinton parece não ter resultado muito bem nesta campanha, de tal forma que Bill e Hillary já tiveram de investir 11 milhões da sua fortuna pessoal para manter a ex-primeira dama na corrida. Jay Jacobs, por exemplo, um dos financiadores de Hillary, disse ao New York Times que Hillary "reduziria a sua dívida final se desistisse já".
Triste sina ter nascido português
- Edu Lopes
- Sênior
- Mensagens: 4549
- Registrado em: Qui Abr 26, 2007 2:18 pm
- Localização: Brasil / Rio de Janeiro / RJ
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Será que uma chapa Obama/Hillary seria imbatível?Obama procura "secretamente" um vice-presidente para sua chapa
Colaboração para a Folha Online
A equipe de Barack Obama começou a agir "secretamente" para achar um candidato a vice-presidente para o senador por Illinois, visando a corrida nacional contra os republicanos, já que --na visão dos pró-Obama-- a disputa democrata contra a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton está praticamente terminada.
De acordo com a última contagem da agência Associated Press, faltam apenas 61 delegados para o senador democrata atingir os 2025 necessários para ser o candidato oficial do partido.
Segundo a Associated Press, a informação foi divulgada por integrantes do Partido Democrata em condição de anonimato, pois a campanha de Obama quer manter "secreto" o processo de escolha do vice enquanto Obama não for declarado o candidato oficial do partido.
"Eu não vou comentar sobre o assunto de um vice-presidente porque ainda não venci a corrida", afirmou Obama nesta quinta-feira.
A campanha de Obama está empenhada em terminar as prévias restantes em Porto Rico, Dakota do Sul e Montana e por isso também se recusa a comentar o assunto.
"Nós não iremos falar sobre esse tema", disse o porta-voz de Obama, Bill Burton.
As votações das primárias acabam em 3 de junho.
Chapa dos sonhos
O porta-voz de Hillary, Howard Wolfson, disse na terça-feira (20) que "tem havido discussões com campanha de Obama sobre ela se tornar a vice dele".
Mas embora haja esforços de alguns líderes do Partido Democrata em fazer a chamada "chapa dos sonhos", com Obama para presidente e Hillary como vice, a aliança é pouco provável.
O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter afirmou também na terça que não interessa a Obama ter Hillary como vice. Para o democrata, a aliança "não o ajudaria na campanha" contra os republicanos.
"Mas acredito que se ele a convidasse, Hillary aceitaria", disse Carter.
Outras possibilidades para o vice de Obama seriam os governadores de Estados como Arizona, Kansas e Virgínia, e ainda diversos senadores democratas.
A ex-primeira-dama, após as primárias de terça-feira, tem 1.777 delegados e Obama, 1.962, segundo a rede de TV CNN. Para obter a candidatura democrata são necessários um total de 2.025 delegados.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 4548.shtml
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
da maneira que o Eleitorado Democrata está dividido de uma maneira tão vincada (isto é, cada estrato social está quase inteiramente apoiando um dos candidatos) , acho que é a única hipótese.Será que uma chapa Obama/Hillary seria imbatível?
Triste sina ter nascido português
- Edu Lopes
- Sênior
- Mensagens: 4549
- Registrado em: Qui Abr 26, 2007 2:18 pm
- Localização: Brasil / Rio de Janeiro / RJ
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Esse trecho do discurso do senador Barack Obama (integra aqui) mostra que os EUA realmente não querem, e não vão admitir, mais nenhm país com armas nucleares nas Américas. O projeto do sub nuclear da MB pode estar correndo risco. Os americanos pressionarão meio mundo para que não cedam essa tecnologia para nós. Talvez seja mais um motivo para buscarmos no BRIC, pois não sei se a França "peitaria" os EUA nessa questão.
E só pra ficar nos subs.
"...Vamos mobilizar o Bird, a OEA e o BID para financiar investimentos e alavancar projetos que protejam os recursos naturais do continente, a fauna e a flora, sobretudo nas regiões de floresta tropical. Vamos negociar com nossos maiores aliados no hemisfério - Brasil, México, Argentina e Chile - para abrir oportunidades e erradicar o perigo de uma corrida nuclear...".
[]s.
E só pra ficar nos subs.
No jornal O GLOBO o trecho foi publicado de maneira diferente:...Vamos convocar a ajuda do Banco Mundial, da Organização dos Estados Americanos e do Banco Interamericano de Desenvolvimento para apoiar esses investimentos e assegurar que esses projetos promovam a conservação de recursos naturais como terra, fauna, flora e florestas. Vamos finalmente implementar os padrões ambientais em nossos acordos comerciais. Vamos criar com o Departamento de Energia e nossos laboratórios um programa de partilha de tecnologia com países de toda a região. Vamos avaliar as oportunidades e os riscos da energia nuclear no hemisfério, discutindo o assunto com o México, Brasil, Argentina e Chile. E vamos convocar a população americana a juntar-se a esse esforço através de um Corpo Energético de engenheiros e cientistas que irão ao exterior para ajudar a desenvolver soluções de energia limpa...
"...Vamos mobilizar o Bird, a OEA e o BID para financiar investimentos e alavancar projetos que protejam os recursos naturais do continente, a fauna e a flora, sobretudo nas regiões de floresta tropical. Vamos negociar com nossos maiores aliados no hemisfério - Brasil, México, Argentina e Chile - para abrir oportunidades e erradicar o perigo de uma corrida nuclear...".
[]s.
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
03/06/2008 - 07h01
Democratas vão às urnas nesta terça para últimas primárias do partido
MÁRCIA SOMAN MORAES
Colaboração para a Folha Online
Nesta terça-feira, eleitores democratas de Montana e Dakota do Sul vão às urnas nas últimas primárias da acirrada corrida pela nomeação do partido. Um total de 31 delegados está em jogo, número que não será suficiente para mudar o cenário da disputa.
Em Montana, a votação deve ocorrer das 7h (10h em Brasília) às 20h (23h em Brasília). Em Dakota do Sul, a previsão é que as urnas abram às 7h (9h em Brasília) e fechem às 19h (21h em Brasília).
O senador por Illinois Barack Obama lidera a corrida democrata há alguns meses. De acordo com a rede de televisão americana CNN, ele conta com 1.741 delegados eleitos, contra 1.624 da ex-primeira-dama Hillary Clinton. Os delegados necessários para garantir a nomeação são 2.118.
Obama conta ainda com uma fundamental liderança no número de superdelegados. Até o momento, ele tem 329 nomes a seu favor, contra 291 que apóiam Hillary. Se uma decisão não for alcançada com a votação das primárias, os superdelegados devem definir a candidatura democrata na Convenção Nacional, marcada para 25 de agosto, em Denver (Colorado).
No entanto, mesmo diante do cenário desanimador, Hillary parece determinada a continuar. Ela ressalta em sua campanha que os superdelegados (líderes partidários e políticos eleitos que votam independentemente) não estão comprometidos oficialmente até a data da convenção, o que daria a ela a chance de convencer os indecisos, ou até mesmo aqueles que apóiam Obama.
Para isso, ela investe em dois argumentos centrais: a maioria dos votos populares e seu apelo diante dos trabalhadores brancos.
Segundo os cálculos do site especializado Real Clear Politics, com a validação dos votos populares de Michigan --onde a cédula eleitoral contava apenas com o nome de Hillary-- e Flórida, Hillary tem uma margem de 161.121 votos sobre Obama, com um total de 17.429.779.
Comparativamente, isso representa uma diferença de apenas 1% sobre os votos de Obama. Mas com pouco tempo e poucas oportunidades de virar o jogo, é o suficiente para Hillary fazer uma forte campanha por sua candidatura.
Carta
Na semana passada, Hillary enviou uma carta a cada um dos 797 superdelegados na qual afirma que ela é a melhor candidata para enfrentar o provável candidato republicano John McCain nas eleições gerais de 4 de novembro.
No texto, Hillary escreve: "Quando os últimos votos forem depositados em 3 de junho, nem o senador Obama nem eu teremos assegurado a nomeação. Caberá a vocês escolher o nomeado de nosso partido e eu gostaria de dizer a vocês que eu acredito ser a candidata mais forte [...] e seria a melhor presidente e comandante-chefe".
Para Richard Parker, professor de ciência política da Universidade de Harvard e especialista em campanha política, é certo que Hillary continuará na corrida democrata até a Convenção Nacional, tempo no qual ela continuará apelando aos superdelegados.
O especialista diz ser improvável uma "chapa dos sonhos", com Obama como presidente e Hillary como vice, uma solução apontada por analistas para atrair eleitorados fiéis aos dois pré-candidatos. "Eu acredito que seus assessores [de Obama] ficariam muito, muito hesitantes em uma chapa com os dois", disse Parker, em entrevista exclusiva à Folha Online.
Já para David Karol, especialista em política norte-americana e professor da faculdade de Ciência Política da Universidade de Berkeley, Hillary não conseguirá influenciá-los. "Os superdelegados vêem televisão, lêem jornais, falam entre eles. Hillary está tentando tudo o que pode; está lutando até o último minuto. Eu não acredito que possa influenciar os superdelegados, não há nenhum segredo que ela tenha", afirma, em entrevista exclusiva à Folha Online.
Eleitorado
Outro forte argumento de Hillary é o de que ela ainda carrega o "trunfo" de ter ganho em Estados cruciais para as eleições gerais --como Ohio e Pensilvânia, com grandes colégios eleitorais.
Uma pesquisa do Gallup divulgada na semana passada indicou que Hillary tem maiores chances contra o republicano John McCain nos 20 Estados em que ela ganhou as primárias, com 50% das intenções de voto contra 43% do republicano.
Segundo a sondagem, nestes mesmos Estados, Obama empata estatisticamente com o senador republicano, com 45% das intenções de voto contra 46% de McCain. Assim, Hillary seria uma aposta mais segura para o Partido Democrata conquistar de volta a Casa Branca.
Para Thomas Schaller, especialista em eleições presidenciais norte-americanas e correspondente do jornal "Baltimore Sun", os argumentos para Hillary continuar na campanha refletem sua "teimosia" na corrida, motivada pela obrigação histórica de permanecer na disputa até que o fim, como primeira mulher com chances reais de conquistar a nomeação e a Presidência.
Obama
Para Obama, a disputa pela nomeação está ganha há semanas. Embora não declare uma vitória antecipada --o que poderia prejudicar ainda mais seu apelo diante dos eleitores fiéis a Hillary--, o senador por Illinois parece não se importar mais com os argumentos da rival.
Seu porta-voz, Robert Gibbs, disse que se o senador não sair vitorioso na terça-feira, poderá ganhar a disputa com Hillary "muito em breve". Antes mesmo antes das primárias em Kentucky e Oregon, no dia 20 de maio, seus assessores lançaram o boato de que ele assumiria a vitória, em seu discurso após a liberação dos resultados.
Nesta terça-feira, ele planeja marcar o fim da temporária de primárias em Minnesota --mesmo local em que os republicanos farão sua Convenção Nacional oficializando a candidatura de McCain.
Depois de uma disputa repleta de ataques mútuos, Obama passou as últimas semanas sem citar o nome de Hillary. Ele foca agora em McCain, afirmando que este "não ofereceria mais do que uma continuação" do mandato do atual presidente George W. Bush.
Os assessores de Obama afirmam estar preocupados com a vantagem de tempo de McCain, que conseguiu os 1.191 delegados necessários para a nomeação republicana em março e, desde então, investe em sua campanha presidencial.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7932.shtml
Democratas vão às urnas nesta terça para últimas primárias do partido
MÁRCIA SOMAN MORAES
Colaboração para a Folha Online
Nesta terça-feira, eleitores democratas de Montana e Dakota do Sul vão às urnas nas últimas primárias da acirrada corrida pela nomeação do partido. Um total de 31 delegados está em jogo, número que não será suficiente para mudar o cenário da disputa.
Em Montana, a votação deve ocorrer das 7h (10h em Brasília) às 20h (23h em Brasília). Em Dakota do Sul, a previsão é que as urnas abram às 7h (9h em Brasília) e fechem às 19h (21h em Brasília).
O senador por Illinois Barack Obama lidera a corrida democrata há alguns meses. De acordo com a rede de televisão americana CNN, ele conta com 1.741 delegados eleitos, contra 1.624 da ex-primeira-dama Hillary Clinton. Os delegados necessários para garantir a nomeação são 2.118.
Obama conta ainda com uma fundamental liderança no número de superdelegados. Até o momento, ele tem 329 nomes a seu favor, contra 291 que apóiam Hillary. Se uma decisão não for alcançada com a votação das primárias, os superdelegados devem definir a candidatura democrata na Convenção Nacional, marcada para 25 de agosto, em Denver (Colorado).
No entanto, mesmo diante do cenário desanimador, Hillary parece determinada a continuar. Ela ressalta em sua campanha que os superdelegados (líderes partidários e políticos eleitos que votam independentemente) não estão comprometidos oficialmente até a data da convenção, o que daria a ela a chance de convencer os indecisos, ou até mesmo aqueles que apóiam Obama.
Para isso, ela investe em dois argumentos centrais: a maioria dos votos populares e seu apelo diante dos trabalhadores brancos.
Segundo os cálculos do site especializado Real Clear Politics, com a validação dos votos populares de Michigan --onde a cédula eleitoral contava apenas com o nome de Hillary-- e Flórida, Hillary tem uma margem de 161.121 votos sobre Obama, com um total de 17.429.779.
Comparativamente, isso representa uma diferença de apenas 1% sobre os votos de Obama. Mas com pouco tempo e poucas oportunidades de virar o jogo, é o suficiente para Hillary fazer uma forte campanha por sua candidatura.
Carta
Na semana passada, Hillary enviou uma carta a cada um dos 797 superdelegados na qual afirma que ela é a melhor candidata para enfrentar o provável candidato republicano John McCain nas eleições gerais de 4 de novembro.
No texto, Hillary escreve: "Quando os últimos votos forem depositados em 3 de junho, nem o senador Obama nem eu teremos assegurado a nomeação. Caberá a vocês escolher o nomeado de nosso partido e eu gostaria de dizer a vocês que eu acredito ser a candidata mais forte [...] e seria a melhor presidente e comandante-chefe".
Para Richard Parker, professor de ciência política da Universidade de Harvard e especialista em campanha política, é certo que Hillary continuará na corrida democrata até a Convenção Nacional, tempo no qual ela continuará apelando aos superdelegados.
O especialista diz ser improvável uma "chapa dos sonhos", com Obama como presidente e Hillary como vice, uma solução apontada por analistas para atrair eleitorados fiéis aos dois pré-candidatos. "Eu acredito que seus assessores [de Obama] ficariam muito, muito hesitantes em uma chapa com os dois", disse Parker, em entrevista exclusiva à Folha Online.
Já para David Karol, especialista em política norte-americana e professor da faculdade de Ciência Política da Universidade de Berkeley, Hillary não conseguirá influenciá-los. "Os superdelegados vêem televisão, lêem jornais, falam entre eles. Hillary está tentando tudo o que pode; está lutando até o último minuto. Eu não acredito que possa influenciar os superdelegados, não há nenhum segredo que ela tenha", afirma, em entrevista exclusiva à Folha Online.
Eleitorado
Outro forte argumento de Hillary é o de que ela ainda carrega o "trunfo" de ter ganho em Estados cruciais para as eleições gerais --como Ohio e Pensilvânia, com grandes colégios eleitorais.
Uma pesquisa do Gallup divulgada na semana passada indicou que Hillary tem maiores chances contra o republicano John McCain nos 20 Estados em que ela ganhou as primárias, com 50% das intenções de voto contra 43% do republicano.
Segundo a sondagem, nestes mesmos Estados, Obama empata estatisticamente com o senador republicano, com 45% das intenções de voto contra 46% de McCain. Assim, Hillary seria uma aposta mais segura para o Partido Democrata conquistar de volta a Casa Branca.
Para Thomas Schaller, especialista em eleições presidenciais norte-americanas e correspondente do jornal "Baltimore Sun", os argumentos para Hillary continuar na campanha refletem sua "teimosia" na corrida, motivada pela obrigação histórica de permanecer na disputa até que o fim, como primeira mulher com chances reais de conquistar a nomeação e a Presidência.
Obama
Para Obama, a disputa pela nomeação está ganha há semanas. Embora não declare uma vitória antecipada --o que poderia prejudicar ainda mais seu apelo diante dos eleitores fiéis a Hillary--, o senador por Illinois parece não se importar mais com os argumentos da rival.
Seu porta-voz, Robert Gibbs, disse que se o senador não sair vitorioso na terça-feira, poderá ganhar a disputa com Hillary "muito em breve". Antes mesmo antes das primárias em Kentucky e Oregon, no dia 20 de maio, seus assessores lançaram o boato de que ele assumiria a vitória, em seu discurso após a liberação dos resultados.
Nesta terça-feira, ele planeja marcar o fim da temporária de primárias em Minnesota --mesmo local em que os republicanos farão sua Convenção Nacional oficializando a candidatura de McCain.
Depois de uma disputa repleta de ataques mútuos, Obama passou as últimas semanas sem citar o nome de Hillary. Ele foca agora em McCain, afirmando que este "não ofereceria mais do que uma continuação" do mandato do atual presidente George W. Bush.
Os assessores de Obama afirmam estar preocupados com a vantagem de tempo de McCain, que conseguiu os 1.191 delegados necessários para a nomeação republicana em março e, desde então, investe em sua campanha presidencial.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7932.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
O sonho acabado
Luís Delgado
Vai acabar hoje, com as duas últimas primárias – Montana e Dakota do Sul, com um total de 33 delegados – o sonho e a convicção de Hillary de que poderia ser a nomeada para disputar a Presidência dos EUA. Não é que Obama alcance nestas duas primárias os 2.118 (novo número mágico) delegados, mas a partir de amanhã os cerca de 200 super que ainda não optaram vão começar a decidir.
A Hillary resta uma de duas opções: ou aceitar já esta madrugada que acabou, afastando-se de uma disputa acesa em Denver, ou fazer tudo, agora, para ser a vice de Obama no «ticket» democrata. Ela pode invocar que tem o voto maioritário, porque ganhou os estados mais populosos e importantes, e as faixas e classes decisivas.
Seja como for, tudo dependerá de Obama, e da pressão do partido, que já fez história eleitoral: é a primeira vez que um negro chegará à nomeação oficial como candidato à Casa Branca.
03-06-2008 14:24:21
Luís Delgado
Vai acabar hoje, com as duas últimas primárias – Montana e Dakota do Sul, com um total de 33 delegados – o sonho e a convicção de Hillary de que poderia ser a nomeada para disputar a Presidência dos EUA. Não é que Obama alcance nestas duas primárias os 2.118 (novo número mágico) delegados, mas a partir de amanhã os cerca de 200 super que ainda não optaram vão começar a decidir.
A Hillary resta uma de duas opções: ou aceitar já esta madrugada que acabou, afastando-se de uma disputa acesa em Denver, ou fazer tudo, agora, para ser a vice de Obama no «ticket» democrata. Ela pode invocar que tem o voto maioritário, porque ganhou os estados mais populosos e importantes, e as faixas e classes decisivas.
Seja como for, tudo dependerá de Obama, e da pressão do partido, que já fez história eleitoral: é a primeira vez que um negro chegará à nomeação oficial como candidato à Casa Branca.
03-06-2008 14:24:21
Triste sina ter nascido português
- Tigershark
- Sênior
- Mensagens: 4098
- Registrado em: Seg Jul 09, 2007 3:39 pm
- Localização: Rio de Janeiro - Brasil
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 1 vez
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
03/06/2008 - 12h32 - Atualizado em 03/06/2008 - 13h16
Rumores sobre desistência de Hillary tomam campanha antes de prévias
Agência publicou que senadora desistirá após prévias desta terça.
CNN chegou a anunciar desistência, mas voltou atrás.
Do G1, com agências internacionais
No dia das últimas prévias do Partido Democrata para indicar seu candidato à Presidência dos EUA, rumores sobre a possível desistência da senadora por Nova York Hillary Clinton em favor do senador por Illinois Barack Obama tomaram a campanha.
A rede de TV CNN chegou a noticiar, no início da tarde, citando a Associated Press, que Hillary iria anunciar em um discurso em Nova York, logo após a apuração das prévias dos Estados de Montana e Dakota do Sul, que Obama já teria os delegados suficientes para a indicação.
Mas, poucos minutos depois, a CNN recuou e negou a informação. A agência manteve a informação.
O chefe da campanha de Hillary, Terry McAuliffe, disse em entrevista à CNN que "ninguém tem até agora o número suficiente para ser indicado". Questionado sobre a possibilidade de Hillary anunciar a desistência, McAuliffe disse que isso está "100% incorreto".
"Não é sobre isso que a senadora Clinton falará esta noite. Ela falará sobre os 18 milhões de votos que recebeu e os temas que lhe importam. Falei com a senadora Clinton hoje. Não, ninguém neste momento tem os números para ser o candidato do Partido Democrata", disse McAuliffe.
Segundo ele, Obama ainda não tem os 2,118 delegados necessários para obter a indicação do partido na convenção de Denver, Colorado, em agosto. Segundo estimativas, Obama está a 50 delegados de garantir a indicação, e Hillary precisa de cerca de 200.
Com informações de AFP, Reuters e EFE
Rumores sobre desistência de Hillary tomam campanha antes de prévias
Agência publicou que senadora desistirá após prévias desta terça.
CNN chegou a anunciar desistência, mas voltou atrás.
Do G1, com agências internacionais
No dia das últimas prévias do Partido Democrata para indicar seu candidato à Presidência dos EUA, rumores sobre a possível desistência da senadora por Nova York Hillary Clinton em favor do senador por Illinois Barack Obama tomaram a campanha.
A rede de TV CNN chegou a noticiar, no início da tarde, citando a Associated Press, que Hillary iria anunciar em um discurso em Nova York, logo após a apuração das prévias dos Estados de Montana e Dakota do Sul, que Obama já teria os delegados suficientes para a indicação.
Mas, poucos minutos depois, a CNN recuou e negou a informação. A agência manteve a informação.
O chefe da campanha de Hillary, Terry McAuliffe, disse em entrevista à CNN que "ninguém tem até agora o número suficiente para ser indicado". Questionado sobre a possibilidade de Hillary anunciar a desistência, McAuliffe disse que isso está "100% incorreto".
"Não é sobre isso que a senadora Clinton falará esta noite. Ela falará sobre os 18 milhões de votos que recebeu e os temas que lhe importam. Falei com a senadora Clinton hoje. Não, ninguém neste momento tem os números para ser o candidato do Partido Democrata", disse McAuliffe.
Segundo ele, Obama ainda não tem os 2,118 delegados necessários para obter a indicação do partido na convenção de Denver, Colorado, em agosto. Segundo estimativas, Obama está a 50 delegados de garantir a indicação, e Hillary precisa de cerca de 200.
Com informações de AFP, Reuters e EFE
- Tigershark
- Sênior
- Mensagens: 4098
- Registrado em: Seg Jul 09, 2007 3:39 pm
- Localização: Rio de Janeiro - Brasil
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 1 vez
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
03/06/2008 - 22h32 - Atualizado em 03/06/2008 - 22h40
Barack Obama assegura candidatura à Presidência dos EUA, diz "CNN"
Da EFE
Washington, 3 jun (EFE).- O senador democrata Barack Obama conseguiu hoje os 2.118 delegados necessários para assegurar sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos, informou a "CNN".
A façanha torna Obama o primeiro negro a participar de uma corrida pela Casa Branca.
O senador por Illnois alcançou o número mínimo de representantes do partido - revisto para cima no sábado, após a decisão da legenda de contabilizar os delegados da Flórida e de Michigan -, graças ao apoio que ganhou durante o dia dos chamados superdelegados.
A adversária de Obama, a senadora por Nova York Hillary Clinton, teria dito nesta terça-feira que está disposta a ser vice na chapa do senador caso isso ajude a unir o partido, afirmaram fontes do Congresso.
A ex-primeira-dama teria feito essas afirmações durante uma teleconferência com congressistas de Nova York.
O escritório de campanha de Obama não reagiu publicamente aos supostos comentários de Hillary.
A nomeação do senador como candidato democrata, no entanto, só será oficializada na convenção do partido, prevista para o fim de agosto, em Denver (Colorado).
Porém, a conquista de hoje abre a batalha pela Presidência entre ele e o candidato republicano, John McCain.
A informação de que Obama conseguiu os delegados necessários para se lançar candidato veio a público horas antes do anúncio dos resultados das prévias de Montana e Dakota do Sul, que põem fim ao longo e disputado processo de primárias iniciado há cinco meses.
Obama deve hoje fazer seu discurso eleitoral em St. Paul, cidade do estado de Minnesota que, em setembro, vai sediar a convenção republicana na qual McCain será oficialmente declarado candidato à Presidência. EFE
Barack Obama assegura candidatura à Presidência dos EUA, diz "CNN"
Da EFE
Washington, 3 jun (EFE).- O senador democrata Barack Obama conseguiu hoje os 2.118 delegados necessários para assegurar sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos, informou a "CNN".
A façanha torna Obama o primeiro negro a participar de uma corrida pela Casa Branca.
O senador por Illnois alcançou o número mínimo de representantes do partido - revisto para cima no sábado, após a decisão da legenda de contabilizar os delegados da Flórida e de Michigan -, graças ao apoio que ganhou durante o dia dos chamados superdelegados.
A adversária de Obama, a senadora por Nova York Hillary Clinton, teria dito nesta terça-feira que está disposta a ser vice na chapa do senador caso isso ajude a unir o partido, afirmaram fontes do Congresso.
A ex-primeira-dama teria feito essas afirmações durante uma teleconferência com congressistas de Nova York.
O escritório de campanha de Obama não reagiu publicamente aos supostos comentários de Hillary.
A nomeação do senador como candidato democrata, no entanto, só será oficializada na convenção do partido, prevista para o fim de agosto, em Denver (Colorado).
Porém, a conquista de hoje abre a batalha pela Presidência entre ele e o candidato republicano, John McCain.
A informação de que Obama conseguiu os delegados necessários para se lançar candidato veio a público horas antes do anúncio dos resultados das prévias de Montana e Dakota do Sul, que põem fim ao longo e disputado processo de primárias iniciado há cinco meses.
Obama deve hoje fazer seu discurso eleitoral em St. Paul, cidade do estado de Minnesota que, em setembro, vai sediar a convenção republicana na qual McCain será oficialmente declarado candidato à Presidência. EFE
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Se ele for tirar as tropas mesmo como parece. 3ª GM a caminho?
EDIT: Vi um pedaço da entrevista dele falando que a saída do Iraque deve ser cautelosa. Bom saber...
EDIT: Vi um pedaço da entrevista dele falando que a saída do Iraque deve ser cautelosa. Bom saber...
[<o>]
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Estejam descansados que se o McCain ganhar os EUA ficam 100 anos no Iraque e vcs podem dormir descansados
Triste sina ter nascido português
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... _id=953946Eleições EUA
Obama garante número suficiente de delegados para investidura
Hoje às 07:31
Barack Obama tornou-se no primeiro negro a ter possibilidade de chegar à Casa Branca. O senador do Illinois já tem os delegados suficientes para garantir a sua investidura, mas a sua rival, Hillary Clinton, ainda não deseistiu da corrida.
Barack Obama tornou-se no primeiro negro a ter a possibilidade de chegar à Casa Branca, após ter conseguido reunir o número de delegados suficientes para assegurar a nomeação do Partido Democrata.
«Posso dizer diante de vós que serei o candidato democrata para a presidência dos EUA», afirmou o senador do Illinois perante apoiantes no Palácio de Exposições de St Paul, no Minnesota.
Obama adiantou ainda que encara este «desafio com uma grande humildade e com conhecimento dos meus próprios limites» e aproveitou para voltar a reconhecer as qualidades da sua rival.
«A senadora Clinton fez história nesta campanha. O nosso partido e o nosso país estão melhores graças a ela e eu sou um melhor candidato por ter tido a honra de fazer campanha contra Hilary Rodham Clinton», acrescentou.
Em Nova Iorque, Hillary recusou a reconhecer a sua derrota, ao dizer que não iria tomar qualquer decisão, ao som dos seus apoiantes que lhe pediram para que não abandonasse a corrida para a investidura democrata.
«Quero que os cerca de 18 milhões de americanos que votaram em mim sejam respeitados, ouvidos e que saibam que contam para alguma coisa», explicou a candidata democrata.
Estas declarações surgiram após a realização das últimas duas primárias no partido, no Dakota do Sul e no Montana, que permitiram a Obama assegurar mais de 2118 delegados, os suficientes para garantir a sua investidura.
Triste sina ter nascido português
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Não é isso. Fui contra a invasão. Mas já fizeram a cagada agora não podem parar no meio. Já pensou se no estado atual eles tiram todas as tropas da noite para o dia o caos que aquilo não vai virar?P44 escreveu:Estejam descansados que se o McCain ganhar os EUA ficam 100 anos no Iraque e vcs podem dormir descansados
[<o>]
- Edu Lopes
- Sênior
- Mensagens: 4549
- Registrado em: Qui Abr 26, 2007 2:18 pm
- Localização: Brasil / Rio de Janeiro / RJ
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Se a Hillary vier de vice acho que os Democratas ganham de lavada.Próximo passo de Obama é definir o papel de Hillary na disputa
Candidato pelo Partido Democrata deve decidir se oferece o posto de vice-presidente para a rival na chapa
NOVA YORK - O senador Barack Obama chega para as eleições gerais com vantagens óbvias: ele é um candidato democrata concorrendo em uma atmosfera amarga para os republicanos, em uma disputa em que os eleitores estão famintos por mudança e surge de uma campanha em que encheu arena a arena com simpatizantes.
Porém, apesar de seu desejo de voltar sua atenção totalmente para os ataques que já são feitos pelo senador John McCain e pelo Partido Republicano, Obama ainda tem problemas em seu próprio partido e que podem ofuscar qualquer questão até que ele os resolva: como reparar as relações com a senadora Hillary Clinton e seus eleitores e se deve oferecer um posto em sua chapa.
Hillary usou suas horas finais na longa temporada de primárias para deixar claro que estaria aberta a ser companheira de Obama na chapa. Se existe alguma esperança no círculo democrata de que ela deixaria de pressionar Obama ou de uma declaração representando falta de interesse, ela a desapontou na terça-feira, 3. Dificilmente foi uma surpresa o fato de Obama ter dispensado elogios à Hillary e suas realizações.
Até que possa lidar com a questão de Hillary, pode ser difícil para Obama dar o próximo passo em sua conquista: se apresentar ao eleitorado completo e não somente aos democratas, expondo sua política ideológica antes que McCain o faça da sua maneira e tentado retificar alguns dos pontos fracos ressaltados no processo combativo das primárias.
Além disso, existem outras questões. Obama pode sobreviver aos ataques da máquina republicana, que provou nos últimos 20 anos ser capaz de desacreditar os candidatos democratas, particularmente os com limitada experiência em campanhas nacionais? Será que ele, de acordo com o seu passado eleitoral, é vulnerável ao tipo de ataque que McCain começou na noite de terça, ao tentar retratar Obama como alguém fora de contato com grande parte do país em temas como impostos, governo e ameaças à segurança americana?
Grande parte do otimismo cauteloso da campanha de Obama é baseado nas expectativas de que está será uma eleição para virar a página, em que a revolta profunda com o presidente George W. Bush, assim como com o descontentamento com a Guerra do Iraque e a economia conduzam o Partido Democrata para uma vitória em novembro. Porém, ainda não está claro se estas questões, consideradas substanciais, superarão as questões e valores culturais - como raça, patriotismo e classe -, ou a questão sobre se os eleitores julgarão que Obama, depois de poucos anos no Legislativo de Illinois, tem a experiência necessária para ocupar o Salão Oval.
Existem vantagens óbvias em uma chapa Obama-Hillary. Primeiro, ela ajudaria a curar as feridas entre os eleitores de Hillary, especialmente as mulheres. Alguns dos partidários da senadora sugeriram que ficariam em casa durante as eleições gerais ou votariam em McCain, que fez um apelo explicito pelo apoio desse eleitorado na noite de terça, enquanto tentava almentar a pressão sobre Obama. Hillary ainda daria parte da credibilidade que Obama precisa em política externa, traria os seus próprios doadores de campanha e provavelmente ajudaria a colocar mais Estados na disputa geral.
"Eu penso no mundo para os dois", disse o senador Thomas R. Carper, democrata de Delaware. "Quero vê-los concorrendo como um time". Ainda existe uma apreensão clara, mesmo que não pública, no círculo de Obama sobre se ele teria sabedoria de convidá-la para dividir a chapa. Depois de ganhar tanta atenção com a promessa de levar novos rostos para Washington, o senador estaria pedindo que os eleitores colocassem outro Clinton na Casa Branca, ainda que no posto de vice.
Hillary não vem sozinha; além de sua própria história - e da legião de eleitores que não gostam dela - a senadora ainda traria o ex-presidente Bill Clinton, cuja bagagem pode ser julgada por Obama como maior do que sua habilidade política, especialmente depois de uma temporada de primárias que prejudicou a reputação do marido de Hillary.
E concorrer como presidente envolva mais uma apresentação de comando e autoridade. Um papel crucial na seleção do vice-presidente é evitar a percepção de que é pressionado a tomar uma decisão por um companheiro de partido em potencial. "Seria um retrocesso escolher Hillary a este ponto da disputa - e ele defende um olhar adiante, promover a mudança", disse Matt Bennett, co-fundador da organização democrata moderada Third Way. "Obama representa uma política fundamentalmente nova. Escolher um Clinton seria por denifição olhar para trás, e não acho que ele queira isso".
Além disso, alguns democratas argumentam que ao invés de produzir uma chapa que seria maior do que a soma das duas partes, a união Obama-Hillary pode ter o efeito oposto, ao afastar os dois grupos de eleitores que relutam em votam em um afro-americano e os que não votariam em uma mulher. Durante a campanha, Hillary e Obama tiveram um relacionamento que alternou entre o tenso e o estranho. Obama já afirmou em um debate que ela seria "suficientemente amigável", e Hillary disse que McCain ofereceria "uma vida inteira de experiência" aos eleitores, enquanto Obama "apresentará um discurso feito em 2002", em referência a um discurso feito em Chicago antes de ser eleito ao Senado, em que se manifestou contra a Guerra do Iraque.
Inevitavelmente, ao passo em que a campanha continuou, as relações entre os dois piorou - exacerbada pela insistência de Hillary de que seria uma candidata mais forte contra McCain; alguns dos comentários de Bill Clinton, de que a consistente oposição de Obama sobre a guerra seria um "conto de fadas"; e a impaciência entre os eleitores de Obama com a decisão de Hillary em permanecer até o fim da disputa.
As ações de Hillary na noite de terça podem não ter aumentando o seu poder de negociação junto a Obama. Intencionalmente ou não, seus comentários roubaram a cena, fazendo com que Obama se lembre dela de muitos modos, inclusive que ela é um personagem difícil de ser retirado do palco.
Fonte: http://www.estadao.com.br/internacional ... 3633,0.htm
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55259
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2434 vezes
Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
RenaN escreveu:Não é isso. Fui contra a invasão. Mas já fizeram a cagada agora não podem parar no meio. Já pensou se no estado atual eles tiram todas as tropas da noite para o dia o caos que aquilo não vai virar?P44 escreveu:Estejam descansados que se o McCain ganhar os EUA ficam 100 anos no Iraque e vcs podem dormir descansados
por isso mesmo, têm ali "trabalho" para 100 anos
Triste sina ter nascido português