EE-T1 Osório

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: EE-T1 Osório

#16 Mensagem por Moccelin » Ter Mai 20, 2008 11:32 pm

Realmente os sistemas do Osório superavam, e superam, os sistemas ORIGINAIS do M1A1 (atentar para o A1, ou seja, segunda versão do Abrams e primeira com um canhão de 120mm).

Era um protótipo não 100% terminado, existiam N ítens que ainda poderiam ser melhorados, inclusive a blindagem E a motorização (poderia ficar mais pesado porém receber um motor mais forte, ou o mesmo motor mas retrabalhado). Enfim, na época era UM DOS MELHORES DO MUNDO, não o melhor, principalmente porque o melhor varia de usuário pra usuário.

Sobre aquele detalhe que todo mundo comenta de os sistemas dele serem importados. Acontece o mesmo com o Abrams, nem tudo que tem no Abrams é norte-americano... Isso, hoje em dia, não é nenhum demérito.




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Re: EE-T1 Osório

#17 Mensagem por helio » Qua Mai 21, 2008 8:24 am

Vilmar
O protótipo do Osorio foi projetado para 32 ton. caso tivesse que aumentar o peso, pois nem a blindagem era definida , o peso iria facilmente alcançar os 40 ton, o que é normal para um MBT de hoje. Entretanto, durante a avaliação no oriente médio, grande parte do seu desempenho foi positivo devido ao seu baixo peso, o que não poderia acontecer se tivesse 40 ton por exemplo. O aumento de peso além de requerer um novo motor, iria sem duvida requerer uma nova suspensão, em resumo, teriam que voltar à prancheta, e sinceramente não sei qual seria o resultado.
Muita coisa que foi divugado através da mídia da época é fruto do ultraufanista Roberto Godoy, que era contratado pela ENGESA pra falar maravilhas do blindado. Estas lendas foram contadas de oficial para soldado há 30 anos. Eu sinceramente sou mais cético. O grande problema é que viviamos a época do regime militar quando a verdade nem sempre podia ser divulgado. Grandes equívocos de projetos como o X1A2 e o próprio Tamoyo foram simplesmente deletados dos arquivos, e hoje se um historiador tentar pesquisar, dificilmente a verdade virá a tona.
Quanto a questão de ter muitos componentes importados (motor,transmissão,suspensão, armamento,sistemas opticos ) concordo contigo que é normal pois é uma tendencia mundial , entretanto seria inócuo quanto ao quesito de não depender de outros países em caso de conflito de interesses diplomáticos, desejo principal dos militares brasileiros.

Um abraço

Hélio




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Re: EE-T1 Osório

#18 Mensagem por eligioep » Qua Mai 21, 2008 9:58 am

helio escreveu:Vilmar
O protótipo do Osorio foi projetado para 32 ton. caso tivesse que aumentar o peso, pois nem a blindagem era definida , o peso iria facilmente alcançar os 40 ton, o que é normal para um MBT de hoje. Entretanto, durante a avaliação no oriente médio, grande parte do seu desempenho foi positivo devido ao seu baixo peso, o que não poderia acontecer se tivesse 40 ton por exemplo. O aumento de peso além de requerer um novo motor, iria sem duvida requerer uma nova suspensão, em resumo, teriam que voltar à prancheta, e sinceramente não sei qual seria o resultado.
Muita coisa que foi divugado através da mídia da época é fruto do ultraufanista Roberto Godoy, que era contratado pela ENGESA pra falar maravilhas do blindado. Estas lendas foram contadas de oficial para soldado há 30 anos. Eu sinceramente sou mais cético. O grande problema é que viviamos a época do regime militar quando a verdade nem sempre podia ser divulgado. Grandes equívocos de projetos como o X1A2 e o próprio Tamoyo foram simplesmente deletados dos arquivos, e hoje se um historiador tentar pesquisar, dificilmente a verdade virá a tona.
Quanto a questão de ter muitos componentes importados (motor,transmissão,suspensão, armamento,sistemas opticos ) concordo contigo que é normal pois é uma tendencia mundial , entretanto seria inócuo quanto ao quesito de não depender de outros países em caso de conflito de interesses diplomáticos, desejo principal dos militares brasileiros.

Um abraço

Hélio
Não necessariamente o projeto teria que ser todo refeito. Para a época, ele possuía a blindagem requerida pelos árabes, e a suspensão certamente já foi projetada (ou copiada, como alguns fazem questão de dizer....) para pesos maiores daqueles inicialmente utilizados. Quanto aos protótipos do Tamoyo, para a época ele estava dentro do estado da arte. Que apresentaria problemas? Com certeza, ou alguém acha que o Leopard, M1A1 foram isentos de problemas? Se assim fosse, não haveria A2, A3.... Mas o projeto do Tamoyo certamente já está ultrapassado, o que não acontece com o Osório, que ainda é superior aos NOSSOS Leopard/M60, podendo facilmente ser atualizado/melhorado.




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Re: EE-T1 Osório

#19 Mensagem por rodrigo » Qua Mai 21, 2008 10:03 am

Muita coisa que foi divugado através da mídia da época é fruto do ultraufanista Roberto Godoy, que era contratado pela ENGESA pra falar maravilhas do blindado.
Tem vítimas até hoje.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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Re: EE-T1 Osório

#20 Mensagem por helio » Qua Mai 21, 2008 10:18 am

Eligio
Engenheiros da ENGESA contam que durante os testes da Arabia Saudita, o Osorio soh apresentou a sua tonelagem, e nao apresentou nenhum dado sobre a blindagem, mesmo porque nem eles mesmo sabiam. Para efeito de prototipo utilizou-se as mesmas blindagens dos outros blindadosl leves da ENGESA.
A unica preocupacao foi no desempenho compativel com o peso. Em nenhum momento chegou-se a testar a blindagem pois naquele primeiro momento os arabes sequer estabeleceram criterios minimos de blindagem.
O problema principal, para vc entender melhor eh que tanto o motor como a suapensao estava dimensionada apenas para o peso do prototipo, e com certeza em caso de aumento de peso iria requerer uma serie de novos estudos tais como: a troca eventual de um motor mais potente alteraria o centro de gravidade? A suspensao requerida para aumento de peso como seria?
Os arabes sem duvida optaram por um blindado jah desenvolvido e consequentemente passivel a ter menos problemas.
Nao se pode afirmar porem que o Osorio eh um blindado ruim, entretanto nao a reciproca eh tambem verdadeira, pois o que se noticiou na midia, e que ateh hoje se compra eh que o Osorio foi um blindado maravilhoso, e que soh nao deu certo porque o Tio Sam nao deixou.
Jah diz o dito popular "Periquito come milho e o papagaio eh que leva a fama"

Helio




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Re: EE-T1 Osório

#21 Mensagem por eligioep » Qua Mai 21, 2008 10:40 am

helio escreveu:Eligio....Os arabes sem duvida optaram por um blindado jah desenvolvido e consequentemente passivel a ter menos problemas.
Helio
Já desenvolvido? Menos problemas? TODOS os Abrams tiveram problemas seríssimos, a tal ponto de na 1ª Guerra do Golfo tiveram de emergencialmente usar os M60 que haviam sido cedidos aos árabes para a sua própria defesa. O blindado recebeu turbina, que apresentou panes tão graves que todos os carros tiveram de receber um recall tão grande que acabou gerando o A2. Quanto a suspensão do Osório, se não me engano era de um carro inglês, e assim sucessivamente, o que contribuiu para o seu insucesso, pois houve o lobby dos EUA para estas empresas não venderem ao BR, assim como fizeram com os Super Tucanos para a Venezuela.




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Re: EE-T1 Osório

#22 Mensagem por saullo » Qua Mai 21, 2008 2:20 pm

Um dos problemas também é que não havia, como hoje também ainda não há, investimento de nosso governo num projeto dessa magnitude. Tivesse o governo dado verba para o EB adquirir aí umas 300 unidades do Osório, talvez então seu desenvolvimento fosse concluído a contento e aí sim ele poderia vir a ser exportado, talvez não para a Arábia, mas para outros países.
Fazer um projeto desse porte confiando num cliente externo foi uma ingenuidade.
A indústria de defesa só vai em frente se seu próprio país utilizar, e bem, os produtos que fabrica.

Abraços




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Re: EE-T1 Osório

#23 Mensagem por joao fernando » Qua Mai 21, 2008 2:23 pm

Saulo, acho que se o governo tivesse dado dinheiro (mais ainda do que o que foi dado...) teriamos um belo tanque sem blindagem e parado por falta de peças importadas. Ou seja, mais sucata. Tanque de guerra foi feito pra ir pra guerra, seja ela no Iraque ou fria.




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Re: EE-T1 Osório

#24 Mensagem por saullo » Qua Mai 21, 2008 2:33 pm

Veja, João Fernando, se houvesse aquisição dos Osório, e sempre outras aquisições, como Cascavel, Urutu, e outros, como Jararaca e Sucuri (que não chegaram a entrar em uso no EB), a Engesa não fecharia.
Seria o que foi a Embraer inicialmente, que surgiu com o Bandeirante (onde a FAB ainda tem mais de 100 unidades no inventário), foi apoiada pela FAB, teve crises, mas sobreviveu e está aí até hoje.
A impressão que tenho é que a Engesa teve seus erros, como vejo falar por aí, mas acabou morrendo de inanição, pois onde já se viu quem tem 8,5 milhões de Km2 para vigiar, deixar morrer uma fábrica de blindados. Talvez a Engesa ainda existisse e já estivéssemos começando a operar Urutus III e pensando até nos futuros projetos dos Urutu IV. Mas país sem lideranças com visão só dá tristeza...

Abraços




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Re: EE-T1 Osório

#25 Mensagem por joao fernando » Qua Mai 21, 2008 4:09 pm

mas como já foi falado, Não vejo assim, a Embraer só foi vendida porque o ERJ já estava pronto, na gaveta, e tinha tudo para dar certo. E vale lembrar que o ERJ foi projetado com o meu, seu, nosso dinheiro...

Tambem entendo que uma invasão do Brasil, isso é papo de maluco. Não da para invadir isso aqui, não de modo convencional. Não consigo ver um blindado mal blindado, ter futuro...

Ps - Gosto dos Cascaveis, Urutus e outros carros com nome de cobra :twisted:
Mas como ja foi falado, foi um sonho de verão...




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Re: EE-T1 Osório

#26 Mensagem por helio » Qua Mai 21, 2008 5:11 pm

eligioep escreveu:
helio escreveu:Eligio....Os arabes sem duvida optaram por um blindado jah desenvolvido e consequentemente passivel a ter menos problemas.
Helio
Já desenvolvido? Menos problemas? TODOS os Abrams tiveram problemas seríssimos, a tal ponto de na 1ª Guerra do Golfo tiveram de emergencialmente usar os M60 que haviam sido cedidos aos árabes para a sua própria defesa. O blindado recebeu turbina, que apresentou panes tão graves que todos os carros tiveram de receber um recall tão grande que acabou gerando o A2. Quanto a suspensão do Osório, se não me engano era de um carro inglês, e assim sucessivamente, o que contribuiu para o seu insucesso, pois houve o lobby dos EUA para estas empresas não venderem ao BR, assim como fizeram com os Super Tucanos para a Venezuela.
Eligio
Eh por isto que digo que a "lenda do Osorio" esta difundido de boca em boca.
O M1 pode ter tido problemas mas normalissimo dentro do desenvolvimento de uma serie , sempre surgirao modelos mais modernos do mesmo veiculo, nenhum fica estagnado em apenas um modelo.
Agora me diga, qual eh o mais facil de ser desenvolvido: um que eh euipamento padrao do exercito norte-americano ou outro de um pais que tem uma industria belica incipiente e soh tem um prototipo totalmente cru?
A suspensao do Osorio eh hidropneumatica e ingles da mesma forma do canhao (alias uma exelente suspensao), e isso nada em a ver com o eventual "veto" dos EUA (mais uma lenda a ser acrescentada)
A verdade nua e crua, nesta concorrencia era obvio que os EUA iriam vencer, os arabes apenas colocaram o Osorio como candidato para com isto obter melhor preco para adquirir os M1 , coisa que o Zelao Whitaker sabia, mas queria ter um fio de esperanca e no fim apelou para que o presidente Collor em pessoa ligasse para o Sheik arabe insistindo na venda. A resposta negativa foi ouvida pelo proprio presidente da republica.
Esta verdade eh dura para ser ouvida por nos mas aconteceu de fato, assim como Isto eh uma pratica normal no comercio, recentemente colocaram os Super Tucano na concorrencia da Turquia mesmo sabendo que o vencedor seria o Pilatus.
O errado sim eh colocar todas as fichas num negocio de sucesso duvidoso, e pedir seguidos emprestimos as custas de uma vitoria iminente, ( nesta epoca publicava-se via Roberto Godoy as "retumbantes vitorias" do Osorio frente aos concorrentes) ,coisa que uma empresa competente como a EMBRAER nao faz.

Um abraco
Helio




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Re: EE-T1 Osório

#27 Mensagem por joao fernando » Qua Mai 21, 2008 5:38 pm

Mudando um pouco o topico: essa lenda sobre a Engesa é coisa do Godoy?

Porque se for, palmas para ele!!! (consegue dar nó em pingo dagua, vender geladeira pra esquimo...só não conseguiu vender prototipo como tanque pronto).




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Re: EE-T1 Osório

#28 Mensagem por helio » Qua Mai 21, 2008 6:59 pm

João Fernando
O Roberto Godoy não era reporter especializado de assuntos militares no começo da carreira, mas quando foi trabalhar como assessor de imprensa na ENGESA já era jornalista da área.
Durante o governo militar noticias sobre qquer tipo de armamento ou equipamentos adquiridos e/ou utilizados pelas Forças Armadas do Brasil eram lidos com muito crédito, pois as fontes eram poucas e sempre pairavam numa aura de sigilo absoluto.
Numa época como esta , quando o arauto oficial da ENGESA escrevia algo, era ouvido por toda a mídia, e assim ele vendeu o peixe da ENGESA.
Tem empresas que quando chegava a imprensa, os engenheiros simplesmente fugiam para não precisar repassar informações (a Motopeças por exemplo), mas José Luiz Whitaker era um vendedor nato e conseguir transmitir uma imagem maravilhosa sobre a ENGESA, imagem esta que como voces podem ver colhe frutos até hoje.
Não conheço o Roberto Godoy, mas me disseram ser uma pessoa maravilhosa, seu defeito é ser ufanista em demasia, e a imparcialidade é um dos requisitos mais valiosos nos meios de comunicações de hoje.
Gostaria sinceramente de conhecê-lo pois tenho certeza que vivenciou muita coisa dentro da industria bélica brasileira.
O famoso livro "Rede de Intrigas" de Roberto Lopes, que é odiado por todos que o livro cita, por incrível que pareça tem muita coisa verdadeira, o grande problema é que Roberto Lopes ridiculariza os personagens envolvidos, e isto os irritou muito.
Pois bem neste livro cita muitas perolas publicadas pelo Godoy no tempo da ENGESA (estas perolas são verdadeiras, pois tenho muitos recortes do Estadão dos anos 70 e 80).
Uma pessoa que tenha vivido durante o periodo, e fizer uma boa revisão dos fatos verá que não estou falando equivocadamente.

Um abraço

Hélio




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Re: EE-T1 Osório

#29 Mensagem por joao fernando » Qua Mai 21, 2008 9:08 pm

Helio, obrigado pela explicação, no fundo acho que a Engesa foi uma empresa muito bem vendida, mas seus produtos...bem, não vamos criar delengas aqui. Ou vamos, pois o que importa é a discussão.

O que me irrita, é que nas revistas antigas que tenho, o melhor mundo era o da Engesa e seus maravilhosos produtos. E tambem entendo que nenhuma verdade pode ser absoluta. Assim, se a Engesa era realmente tão boa, não teria fechado...




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Re: EE-T1 Osório

#30 Mensagem por helio » Qui Mai 22, 2008 8:23 am

João Fernando
Muita coisa sobre a ENGESA ainda está para ser revelado.
O José Luiz Whitaker teve uma grande estrela ao ser empreendedor e conseguir exportar inicialmente à Libia de forma aventureira e ser muito bem sucedido. Soube aproveitar um país que estava em guerra com seu vizinho e vender armas em massa ( estou me referindo do Iraque e do Chile). Só não previu que o fim da guerra fria traria uma enxurrada de armamento barato no mercado frustrando muito os seus planos.
No mesmo dia em que saiu no Estadão a noticia esdruxula de que a FAB iria arquivar o FX-2 e encomendar caças made in Brazil, saiu também um artigo interessantissimo que pouco se comentou:
o pesquisador mineiro Expedito Bastos ficou com o acervo do Gen.Pedro Cordeiro (falecido no ano retrasado). O Gen.Pedro para quem não conhece foi o pai da industria de veículos militares do Brasil. Este pioneiro iniciou as primeiras experiencias no Parque Regional de Manutenção de S.Paulo (na época ficava na Av.Pres Wilson). De lá saíram vários protótipos como o Urutu,cascavel,X1,Sherman a diesel, Stuart lança-pontes, stuart lança-foguetes, etc...
Fico satisfeito que o acervo deste importante pioneiro tenha ficado com um pesquisador e não acabar mofando num porão qualquer caindo no esquecimento.
Vamos aguardar agora artigos do Expedito que surgirão com dados extraidos deste vallioso acervo.

Um abraço
Hélio




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