A Batalha de Roraima. [Edit]

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#241 Mensagem por Guerra » Ter Mai 13, 2008 12:52 pm

- SODIURR

“CIR é papagaio dos estrangeiros”, garantiu o presidente da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (SODIURR), Lauro Barbosa. Lauro critica a política do CIR que propugna pela saída dos não-índios da Raposa Serra do Sol. “O CIR não sabe o que diz. Eles são como papagaios, ensinados pelo padre Giorgio. Tudo o que o padre os manda falar, o CIR fala. Sempre falam a mesma coisa, porque é o que o padre lhes manda falar. A área homologada é grande. Roraima vai acabar se retirarem os rizicultores, que estão trabalhando em Raposa”, afirmou Lauro Barbosa.
O ‘padre’ italiano Giorgio Dal Bem

Giorgio, que vive no Brasil desde a década de 60, a Igreja Católica e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) sempre defenderam a demarcação contínua das reservas de Raposa e Serra do Sol. Desde que chegou à região o padre guerrilheiro tem promovido, com seus simpatizantes, uma série de invasões a propriedades rurais no estado procurando intimidar os não-índios e mesmo indígenas que não fazem parte de sua corja. “Ele anda armado e usa os índios na exploração de ouro e no garimpo de diamante. Antes isso era feito com máquinas, e hoje o trabalho é todo manual, feito pelos índios. Enquanto estivemos juntos, sempre vi o padre pegando ouro e diamantes. Não sei o que ele fazia com aquilo, para onde mandava. Só sei que ficava com ele.” acusava o tuxaua Terêncio Luiz.

O ‘bom’ padre chegou a transformar a aldeia Maturuca numa fortaleza à qual só permitia o acesso da FUNAI, missionários e representantes de Organizações Não-Governamentais. Sempre que se sente acuado, o ‘padre’ se refugia na Guiana.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#242 Mensagem por Guerra » Ter Mai 13, 2008 12:54 pm

Igreja Católica

Em abril de 1988, agentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) e o secretário de Segurança de Roraima, Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto, invadiram a casa do arcebispo dom Aldo Mongiano. No cofre da arquidiocese foram encontrados um saco com 615 gramas de diamante e dois quilos de ouro. Na queixa que fez à polícia sobre a invasão de sua residência, dom Mongiano não registrou o sumiço de ouro e diamante.

Aldo Mongiano, da Ordem Missionária da Consolata, fugiu de Moçambique onde apoiava a guerrilha de esquerda. O bispo italiano ofereceu, em 1993, recursos internacionais a Maurício Corrêa, então ministro da Justiça, para a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva - professor do CMPA (Colégio Militar de Porto Alegre) hiramrs@terra.com.br




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#243 Mensagem por Guerra » Ter Mai 13, 2008 1:00 pm

Índios decepcionados com a demora de Lula em ratificar demarcação

Na LUSA: "Um grupo de índios do estado brasileiro de Roraima está decepcionado com a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ratificar a demarcação das suas terras, declarou hoje em Lisboa o missionário Jorge Dal Ben. "Os povos indígenas da região de Raposa-Serra do Sol estão decepcionados com o presidente Lula, que prometeu aos índios ratificar a demarcação das suas terras (decretada em 1998}, assim que chegasse ao poder, coisa que não ocorreu até o momento", disse Jorge Dal Ben durante uma conferência de imprensa em Lisboa. "O grande receio dos índios é que o presidente Lula seja pressionado pelo governo local, que é frontalmente contra a demarcação das terras indígenas em Raposa-Serra do Sol", declarou o padre. "Os índios também temem que para aprovar as suas reformas no Congresso, o presidente Lula negoceie a redução da reserva em troca de apoio político", acrescentou o missionário. O padre italiano, missionário da Consolata, trabalha com os índios do Estado de Roraima, no Norte do Brasil, há cerca de 35 anos e está na Europa para sensibilizar a sociedade para o problema das terras indígenas no Brasil. Em Portugal, o missionário fará palestras hoje na Igreja de Massamá, próximo de Lisboa, quinta-feira na Câmara de Leiria, no dia seguinte em Águas Santas (arredores do Porto}, e no domingo em Fátima e Vidigal, região de Leiria. "A campanha pela legalização da Raposa-Serra do Sol, intitulada `Unidos pela vida, contra a violência e a impunidade ', foi lançada em Janeiro, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre", disse. (...) Jorge Dal Ben veio acompanhado do índio Dionito de Souza Makuxi, que permaneceu durante duas semanas na Europa para participar num congresso em Itália e também ajudar na campanha. O missionário já visitou a Alemanha, Itália e França, devendo passar ainda pela Espanha, Inglaterra e Holanda. "Se o tempo nos permitir, poderemos realizar o nosso trabalho ainda na Suíça e na Áustria", complementou Dal Ben. O padre italiano declarou que os índios precisam das terras legalizadas para dar continuidade aos seus projectos "sem medo de serem novamente invadidos por garimpeiros e fazendeiros". "Os índios desta área são independentes, têm escolas, transportes próprios, agentes de saúde e vários projectos, inclusive económicos. Em regime comunitário, mantêm 40 mil cabeças de gado em toda a região", declarou. "As tribos têm conseguido progressos de forma equilibrada, mantendo um estilo de vida próprio, baseado no regime comunitário, respeitando os seus valores culturais e os recursos naturais, além de tentarem recuperar o que foi estragado pelas mãos dos brancos", complementou. A região da Raposa-Serra do Sol está encravada entre a Guiana e a Venezuela. As tribos indígenas que habitam a área - cerca de 15 mil indígenas - são os Makuxi, Wapixana, Ingarikó, Taurepang e Patamona, que travam há 30 anos uma luta pela demarcação das suas terras. A área é organizada administrativamente pelas comunidades de quatro zonas, denominadas "regiões", e que são nomeadamente Raposa, Surumu, Baixo Cotingo e Serras. As regiões são coordenadas por conselhos regionais autónomos, articulando-se entre si e com o Conselho Indígena de Roraima (CIR)."




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#244 Mensagem por Guerra » Ter Mai 13, 2008 1:12 pm

A República Ianomâmi
Ruy de Paula Couto
Revista do Clube Militar
Novembro/1999
A respeito dos chamados Ianomâmis, convém iniciarmos lembrando a inexistência de tribo com tal denominação em território brasileiro, pelo menos até o ato de nosso Governo Federal que assim denominou os remanescentes de diversas tribos locais, perfazendo um total de cerca de seis mil indivíduos.

Essa foi a conclusão de indianistas e estudiosos da área amazônica, como o saudoso Cel Carlos Alberto Menna Barreto, que exerceu vários comandos na fronteira e, posteriormente, foi Secretário de Segurança do Estado de Roraima. Havendo passado cerca de dez anos pesquisando os assuntos daquela região, percorreu inteiramente a área dita Ianomâmi, onde apenas encontrou grupos esparsos de índios, com línguas, costumes e até tipos físicos diferentes, mas nenhuma, entre as dezoito tribos relacionadas, com a denominação “Ianomâmi”.

Após minuciosas pesquisas, escreveu o livro “A Farsa Ianomâmi”, publicado pela Biblioteca do Exército, afirma que “a tribo Ianomâmi não passa de história de ficção ou de uma farsa”, parecendo que esses grupos esparsos, por “interesses inconfessáveis estão sendo relacionados sob o mesmo rótulo de Ianomâmi” e naturalmente instruídos posteriormente, para que confirmem essa denominação.

Apesar disso, o Presidente da República da época, recebendo pressão dos E.U.A., conforme foi noticiado, determinou a demarcação do imenso território de 94000 km2 e, para cúmulo, deu a denominação de “nação”, como se fosse possível haver outra nação dentro da Nação Brasileira.

Esse ato, que afronta a soberania nacional, atendeu aos interessados na internacionalização da Amazônia, que agora podem clamar pela libertação do “povo dominado e espoliado” pelo BRASIL.

Já existem fatos concretos que demonstram claramente que tudo foi obra de bem montada manobra internacional visando ao futuro desmembramento da nossa Amazônia. A revista “A Defesa Nacional”, em seu número do 2o trimestre de 1996, publica interessante artigo de autoria de Gilberto Paim sob o título “Sobre a República Socialista Ianomâmi”, no qual comenta:

“Há algum tempo, encontram-se em discussão específicos da situação de algumas populações indígenas na região Norte. Examina-se, em particular, a questão das vastas extensões oficialmente definidas como terras indígenas, em favor de grupamentos ianomâmis, nas reservas para eles deferidas no Amazonas e em Roraima".

Podemos considerar ridículo o chamado “Governo da República Socialista Ianomâmi”, formado no exterior, que tem como presidente um cidadão americano, Mr. Charles Dunbar, nascido em Conneticut e “naturalizado” ianomâmi. O vice-presidente é alemão, e os ministros pertencem a várias nacionalidades. Faz parte do governo um índio, Akatoa, supostamente de origem ianomâmi. Para completar o ridículo, a República Socialista Ianomâmi tem um “parlamento” composto de 18 membros. Não obstante seus aspectos risíveis, o Brasil não pode ficar indiferente a iniciativas como a dessa República que tem um governo no exílio.

Para completar a farsa, esse governo até emite passaporte. O Governador Neudo Ribeiro Campos, de Roraima, em outubro de 1996, durante o III Encontro Nacional de estudos Estratégicos, realizado no Rio de Janeiro, mostrou um passaporte expedido pela “Nação Ianomâmi”, demonstrando claramente que pretendem fazer com que o governo dessa “nação” se apresente como um fato real, com vida própria.

Podemos afirmar que nada tem de ridículo a criação desse “governo exilado”, pois tudo demonstra que está dentro de manobra internacional, muito bem planejada e em plena execução, visando a conseguir, ou pelo menos, a tentar apossar-se dos 94.000 km2, em território brasileiro, ao qual somam-se outros 83.000 km2 na Venezuela, totalizando 177.000 km2, pois, conforme preconizam os “verdes”, deve ser mantida a unidade territorial indígena, e tudo seria facilitado pela inexistência de linha divisória perfeitamente demarcada na região.

Todos os atos demarcatórios parecem haver sido comandados do exterior, contando com o apoio de entreguistas, que tudo facilitam para que sejam feitas essas exageradas delimitações de áreas, onde supostamente viveriam indígenas, através de simples portarias do Ministério da Justiça, sem que tivessem sido ouvidos os órgãos responsáveis, como o Congresso e o Conselho de Defesa Nacional.

A qualquer momento, pode ser desencadeada uma campanha, bem orquestrada, pela independência dessa “pobre nação, subjugada e explorada” , como alegarão, pela Nação Brasileira, e isso terá pleno apoio da ONU e do Grupo dos Sete.

Que espera nosso Governo para eliminar essa manobra, anulando a denominação de “nação”, conferida a essa descomunal reserva?

Atualmente o narcotráfico está permitindo uma grande ingerência externa na situação interna da Colômbia, não estando descartada a intervenção militar, como foi proposto pelos E.U.A., por parte de um grupo de países, “vizinhos ou simplesmente relacionados política e economicamente” (!?). A situação de uma força militar dessa natureza na fronteira do BRASIL acarretará problemas muito sérios, pois, em tal caso, esbarrarão com as FARC que procurarem refúgio no lado de cá? A nossa guarnição militar na região terá condições para garantir a inviolabilidade do território nacional?

Uma ação dessas demonstraria a facilidade com que poderão ser feitas outras, inclusive para apoiar a “independência” da “República Socialista Ianomâmi”.




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PRick

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#245 Mensagem por PRick » Ter Mai 13, 2008 2:26 pm

soultrain escreveu:O homem não faz, é porque não faz e XXX, o homem faz o que deve, é porque faz e é XXX.

Não sei a vossa idade, mas muitos já esqueceram o que era o Brasil há alguns. Pensam que governar são discursos e estas pequenas tricas que toda a gente comenta.

[[]]'s
Pois é,

É engraçado com num simples pronunciamento, o Sr. Lula deixou claro a histeria ideológica de nossa grande mídia, e de setores de nossa sociedade, esse pessoal não gosta muito de democracia, sempre apoiaram ditaduras e governos baseados em minorias, que por sinal serviam para previlegiar essa gente.

Como é fácil perceber, em nome do fim da democracia logo se juntam Órgãos da Mídia que sempre apoiaram o Regime Militar, mas que não tiveram o menor escrupúlo de descartá-lo quando não atendiam mais seus interesses.

Tentam fabricar fatos a todos custo, criando factóides, gerando boatos, fomentando discórdia. Mesmo quando o Governo está cumprindo a Constituição do País.

A demarcação da reserva está sendo feita no modo como a FUNAI, Órgão responsável por isso, defende pelo menos a 40 anos.

Da mesma forma, a Demarcação da Reserva não dá direito de propriedade, assim, não pode ferir a Soberania Nacional, os Índios tem direito ao Usufruto da Terra, nada mais, pertencendo ela a União Federal.

Dado a polêmica fabricada, o Governo baixou um Decreto Regulamentando os postos de fronteira dentro das Reservas, algo que sempre pode fazer, porque é PROPRIETÁRIO de fato das terras dos índios. Assim, em tais terras não existe usucapião, não existe propriedade privada delas. Assim, os ditos arrozeiros são em grande parter posseiros e grileiros ilegais.

Como foi interposta ações junto ao STF(Cortê Máxima do Brasil), e um medida liminar sustou qualquer ação na área, até a decisão judicial final. O Governo tem que lidar com uma situação que é a pior dos mundos, ou seja, ordem e contra-ordem. E deverá ficar aguardando a decisão judicial.

Em paralelo, ocorrem conflitos fabricados pelos golpistas de plantão e dos hingênuos defensores da soberania. Eles só ficam preocupados com os Índios, já os NAe´s dos EUA não preocupam, deixando claro apenas os traços ideológicos dos defensores da dita soberania. Por sinal a fala do Presidente deixou nú esse pessoal.

O que vai acabar acontecendo é a punição ou a passagem para reserva de 02 generais, eu diria, com um certo contragosto de pelo menos um deles, que foi infeliz ao expor um problema, já o outro, se forem confirmados os fatos, deve mesmo sofrer punição. E depois o cumprimento da decisão judicial do STF, mas acredito que a demarcação em ilha da reserva indígena, vai representar na prática o fim da separação entre a cultura índigina local e a nossa cultura.

Existem debates mais maduros em paralelo, sobre se essa seria a melhor medida, ou seja, a segregação da cultura indígena, porém, os debates estão colocados em outras dicotomias. Entre o capitalismo selvagem de um lado, e a preservação de culturas diferentes, entre a real soberania de um povo e o uso político de tal fato, entre uma mídia que deveria informar e divulgar, e ao contrário, vive de criar e fabricar conflitos com fins comerciais e políticos.

Esse tópico tomou um rumo lamentável sob todos os aspectos, apenas demonstrando o quanto as posições ideológicas e os preconceitos podem levar as pessoas a um beco sem saída. Nada nesse debate está se salvando, a cultura ocidental foi a primeira vítima, depois tudo foi destroçado. É o exemplo vivo de confundir democracia com bagunça, desrespeito e mediocridade de pensamento e ideais. :( :(

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#246 Mensagem por Plinio Jr » Ter Mai 13, 2008 4:26 pm

SGT GUERRA escreveu:
Indíos avisam: não aceitam conviver com os arrozeiros



Nem mesmo uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável à permanência dos não-índios na terra indígena fará com que os índios, que defendem a saída dos brancos, aceitem continuar convivendo com aqueles que chamam de "invasores". Foi o que garantiram líderes da comunidade Jawari, que montaram um bloqueio na rodovia RR-319 para impedir que os produtores de arroz levem material de uso em lavoura para suas fazendas que ficam na Reserva Raposa Serra do Sol.

– A terra é nossa e foi invadida por esses homens. Quando nascemos, ninguém conhecia esses arrozeiros aqui – afirmou Perciliano Januário. – Nós ficamos revoltados porque eles ficam enriquecendo e impedindo nossa pesca e nossa caça. Ninguém vai arredar o pé, porque nós não aceitamos eles ficarem aqui na nossa terra, que é o cemitério de nossos antepassados.



Bombas e tiros

Mostrando fotos, o tuxaua (chefe) Francisco Constantino Júnior relata que, em novembro de 2004, após a construção de mais malocas, a comunidade teria sido atacada com bombas e tiros, segundo ele, a mando dos arrozeiros da região.

– Os arrozeiros não gostam da gente, por isso, não aceitamos eles aqui. Agora mesmo nossos parentes foram baleados no Surumu – lembrou Constantino, referindo-se ao atentado sofrido nesta semana por índios que ocupavam a fazenda do líder dos arrozeiros Paulo César Quartiero.



Manipulação

Os índios também definem como "mentiras" as acusações dos arrozeiros de que eles seriam manipulados por padres e organizações não-governamentais estrangeiras para defenderem a demarcação da Raposa/Serra do Sol em área contínua.

– Padre não tem nada a ver com isso, e estrangeiros são eles (arrozeiros) – rebateu Januário, apoiado em seguida pelo professor indígena Jaime Araújo:

– Nós também somos inteligentes e sabemos decidir sozinhos o que queremos.

Questionados, os indígenas se dizem satisfeitos com a postura adotada pelo presidente da República em relação ao conflito.

– Ele assinou e reconheceu nossa terra. Gostamos até aqui e não queremos que o tribunal altere nossa homologação – ressaltou o tuxaua Constantino. (ABr)

O EB não pode entrar, os arrozeiros são "estrangeiros". E assim vamos.
E o governinho inútil e sem-vergonha, continua de braços cruzados...realmente PaTético...




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#247 Mensagem por Guerra » Ter Mai 13, 2008 7:16 pm

Só pra refrescar a memória daqueles que insistem em dizer que o General esta causando tempestade em copo d´agua.
18/04/2001 - 19h55
TRF libera a construção do pelotão de fronteiras em Roraima
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da Folha Online

O juiz-relator da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região (DF), Daniel Paes Ribeiro, decidiu autorizar a retomada da construção do 6º Pelotão Especial de Fronteiras, no município de Uiramutã, em Roraima.

Ribeiro acatou o agravo regimental protocolado no dia 15 de fevereiro pela AGU (Advocacia-Geral da União), que pedia a reconsideração da segunda e última decisão proferida pelo presidente do TRF, Tourinho Neto, que suspendia a construção.

No seu despacho, Paes Ribeiro concluiu que o local destinado à obra não está dentro da aldeia indígena, nem sobre a antiga pista de pouso, como ele próprio constatou durante a visita que fez a Uiramutã no dia 20 de fevereiro.

As lideranças indígenas argumentam que o pelotão ficará a poucos metros das aldeias indígenas, o que colocaria em risco sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.

Porém o juiz concluiu no seu despacho que o local escolhido pelo Exército é estratégico por se tratar região de fronteira com dois países (Guiana e Venezuela) e, por isso, torna-se imprescindível a instalação de um pelotão pela ocorrência de inúmeros conflitos na região, contrabando, narcotráfico e constantes invasões de guerrilheiros. As informações são da Agência Brasil.
.
Jobim proíbe general omandante da 1ª Brigada de Infantaria e Selva de Roraima de acompanhar Mangabeira Unger em visita à reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima

Por Rebecca Santoro (*)

Ontem, o jornal eletrônico FONTE BRASIL (*) divulgou matéria sobre o repúdio de senadores e de deputados à proibição que o ministro da defesa, Nelson Jobim, impôs ao general Elieser Monteiro Filho, Comandante da 1ª Brigada de Infantaria e Selva de Roraima, de acompanhar o ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, numa reunião do CIR (uma ONG com relações estrangeiras) com os índios tuxauas, dentro da área da Raposa/Serra do Sol, na localidade do Barro. Além do general, alguns parlamentares que pretendiam acompanhar a reunião também foram barrados.

De acordo com a reportagem, "o presidente da Assembléia Legislativa (ALE-RR), deputado Mecias de Jesus (PR), disse que, em se comprovando a postura do ministro Jobim, sua atitude pode ser considerada uma falta de respeito ao Exército Brasileiro, e à pessoa do general Elieser". E disse ainda que: "Por tudo isso não nos sentimos motivados para dialogar com os representantes do governo Lula, já que estamos cansados de esperar as decisões que beneficiem Roraima e para nossa decepção só se repetem incidentes como esse".

Outro deputado federal, Urzeni Rocha (PSDB), disse que Jobim não teria autoridade para proibir um General de transitar em território nacional. Rocha afirmou que o ministro será convocado pela Comissão da Amazônia da Câmara Federal, através de Requerimento que, deverá ser assinado por ele e pelo deputado federal Chico Rodrigues (DEM), que também criticou a postura de Jobim

Imagem
Esse guerreiros de selva são uns chatos.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#248 Mensagem por Paisano » Ter Mai 13, 2008 8:04 pm

PRick escreveu:
soultrain escreveu:O homem não faz, é porque não faz e XXX, o homem faz o que deve, é porque faz e é XXX.

Não sei a vossa idade, mas muitos já esqueceram o que era o Brasil há alguns. Pensam que governar são discursos e estas pequenas tricas que toda a gente comenta.

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Pois é,

É engraçado com num simples pronunciamento, o Sr. Lula deixou claro a histeria ideológica de nossa grande mídia, e de setores de nossa sociedade, esse pessoal não gosta muito de democracia, sempre apoiaram ditaduras e governos baseados em minorias, que por sinal serviam para previlegiar essa gente.

Como é fácil perceber, em nome do fim da democracia logo se juntam Órgãos da Mídia que sempre apoiaram o Regime Militar, mas que não tiveram o menor escrupúlo de descartá-lo quando não atendiam mais seus interesses.

Tentam fabricar fatos a todos custo, criando factóides, gerando boatos, fomentando discórdia. Mesmo quando o Governo está cumprindo a Constituição do País.

A demarcação da reserva está sendo feita no modo como a FUNAI, Órgão responsável por isso, defende pelo menos a 40 anos.

Da mesma forma, a Demarcação da Reserva não dá direito de propriedade, assim, não pode ferir a Soberania Nacional, os Índios tem direito ao Usufruto da Terra, nada mais, pertencendo ela a União Federal.

Dado a polêmica fabricada, o Governo baixou um Decreto Regulamentando os postos de fronteira dentro das Reservas, algo que sempre pode fazer, porque é PROPRIETÁRIO de fato das terras dos índios. Assim, em tais terras não existe usucapião, não existe propriedade privada delas. Assim, os ditos arrozeiros são em grande parter posseiros e grileiros ilegais.

Como foi interposta ações junto ao STF(Cortê Máxima do Brasil), e um medida liminar sustou qualquer ação na área, até a decisão judicial final. O Governo tem que lidar com uma situação que é a pior dos mundos, ou seja, ordem e contra-ordem. E deverá ficar aguardando a decisão judicial.

Em paralelo, ocorrem conflitos fabricados pelos golpistas de plantão e dos hingênuos defensores da soberania. Eles só ficam preocupados com os Índios, já os NAe´s dos EUA não preocupam, deixando claro apenas os traços ideológicos dos defensores da dita soberania. Por sinal a fala do Presidente deixou nú esse pessoal.

O que vai acabar acontecendo é a punição ou a passagem para reserva de 02 generais, eu diria, com um certo contragosto de pelo menos um deles, que foi infeliz ao expor um problema, já o outro, se forem confirmados os fatos, deve mesmo sofrer punição. E depois o cumprimento da decisão judicial do STF, mas acredito que a demarcação em ilha da reserva indígena, vai representar na prática o fim da separação entre a cultura índigina local e a nossa cultura.

Existem debates mais maduros em paralelo, sobre se essa seria a melhor medida, ou seja, a segregação da cultura indígena, porém, os debates estão colocados em outras dicotomias. Entre o capitalismo selvagem de um lado, e a preservação de culturas diferentes, entre a real soberania de um povo e o uso político de tal fato, entre uma mídia que deveria informar e divulgar, e ao contrário, vive de criar e fabricar conflitos com fins comerciais e políticos.

Esse tópico tomou um rumo lamentável sob todos os aspectos, apenas demonstrando o quanto as posições ideológicas e os preconceitos podem levar as pessoas a um beco sem saída. Nada nesse debate está se salvando, a cultura ocidental foi a primeira vítima, depois tudo foi destroçado. É o exemplo vivo de confundir democracia com bagunça, desrespeito e mediocridade de pensamento e ideais. :( :(

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Prick, não se deixe cegar por posições políticos partidárias.

Existem três enormes equívocos(?) nessa demarcação:

1 - Ser em zona de fronteira;

2 - O tamanho da reserva;

3 - O fato da mesma ser contínua.

Essa "reserva" tem todos os ingredientes explosivos para ser tornar o Kosovo da América Latina.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#249 Mensagem por Lucasleck » Ter Mai 13, 2008 8:24 pm

Paisan, poderia se acrescentar :

5 - Os indios não são "indios" usam jeans e assistem pela manhã a Ana Maria Brega ( com tv plasma ).

6 - Em plena crise de alimentos mundial estão retirando arrozeiros que respondem por boa parte do abastecimento da região norte.


E para quem não sabe a região norte de Rorraima é estratégica por que tem uma vegetação semelhante ao cerrado uma excessão no norte do Pais, possibilitando cultivar alimentos que só seriam adiquiridos pelos amazonenes "importando" do centro-sul... ou da venezuela como já é feita com a energia eletrica.




PRick

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#250 Mensagem por PRick » Ter Mai 13, 2008 11:01 pm

Paisano escreveu:
PRick escreveu: Pois é,

É engraçado com num simples pronunciamento, o Sr. Lula deixou claro a histeria ideológica de nossa grande mídia, e de setores de nossa sociedade, esse pessoal não gosta muito de democracia, sempre apoiaram ditaduras e governos baseados em minorias, que por sinal serviam para previlegiar essa gente.

Como é fácil perceber, em nome do fim da democracia logo se juntam Órgãos da Mídia que sempre apoiaram o Regime Militar, mas que não tiveram o menor escrupúlo de descartá-lo quando não atendiam mais seus interesses.

Tentam fabricar fatos a todos custo, criando factóides, gerando boatos, fomentando discórdia. Mesmo quando o Governo está cumprindo a Constituição do País.

A demarcação da reserva está sendo feita no modo como a FUNAI, Órgão responsável por isso, defende pelo menos a 40 anos.

Da mesma forma, a Demarcação da Reserva não dá direito de propriedade, assim, não pode ferir a Soberania Nacional, os Índios tem direito ao Usufruto da Terra, nada mais, pertencendo ela a União Federal.

Dado a polêmica fabricada, o Governo baixou um Decreto Regulamentando os postos de fronteira dentro das Reservas, algo que sempre pode fazer, porque é PROPRIETÁRIO de fato das terras dos índios. Assim, em tais terras não existe usucapião, não existe propriedade privada delas. Assim, os ditos arrozeiros são em grande parter posseiros e grileiros ilegais.

Como foi interposta ações junto ao STF(Cortê Máxima do Brasil), e um medida liminar sustou qualquer ação na área, até a decisão judicial final. O Governo tem que lidar com uma situação que é a pior dos mundos, ou seja, ordem e contra-ordem. E deverá ficar aguardando a decisão judicial.

Em paralelo, ocorrem conflitos fabricados pelos golpistas de plantão e dos hingênuos defensores da soberania. Eles só ficam preocupados com os Índios, já os NAe´s dos EUA não preocupam, deixando claro apenas os traços ideológicos dos defensores da dita soberania. Por sinal a fala do Presidente deixou nú esse pessoal.

O que vai acabar acontecendo é a punição ou a passagem para reserva de 02 generais, eu diria, com um certo contragosto de pelo menos um deles, que foi infeliz ao expor um problema, já o outro, se forem confirmados os fatos, deve mesmo sofrer punição. E depois o cumprimento da decisão judicial do STF, mas acredito que a demarcação em ilha da reserva indígena, vai representar na prática o fim da separação entre a cultura índigina local e a nossa cultura.

Existem debates mais maduros em paralelo, sobre se essa seria a melhor medida, ou seja, a segregação da cultura indígena, porém, os debates estão colocados em outras dicotomias. Entre o capitalismo selvagem de um lado, e a preservação de culturas diferentes, entre a real soberania de um povo e o uso político de tal fato, entre uma mídia que deveria informar e divulgar, e ao contrário, vive de criar e fabricar conflitos com fins comerciais e políticos.

Esse tópico tomou um rumo lamentável sob todos os aspectos, apenas demonstrando o quanto as posições ideológicas e os preconceitos podem levar as pessoas a um beco sem saída. Nada nesse debate está se salvando, a cultura ocidental foi a primeira vítima, depois tudo foi destroçado. É o exemplo vivo de confundir democracia com bagunça, desrespeito e mediocridade de pensamento e ideais. :( :(

[ ]´s
Prick, não se deixe cegar por posições políticos partidárias.

Existem três enormes equívocos(?) nessa demarcação:

1 - Ser em zona de fronteira;

2 - O tamanho da reserva;

3 - O fato da mesma ser contínua.

Essa "reserva" tem todos os ingredientes explosivos para ser tornar o Kosovo da América Latina.
Esse debate é técnico, e foi feito dentro da FUNAI, se alguém é contra os critérios adotados para a demarcação, deve contestar a demarcação, cabe ao governo fazer cumprir a medida que o Órgão Técnico dele proferiu.

Não creio que nenhum dos itens acima seja o motivo de tal disputa, mas os interesses comerciais que a demarcação da reserva está causando.

Sobre os interesses de políticas partidárias, são outra causa, particularmente, dos atores na região e de parte da mídia.

A comparação com Kosovo não é das melhores, porque a motivação da intervenção na região, foi de que se estava promovendo um genocídio de uma população. Creio que isso pode acontecer caso o Governo faça a demarcação no modo que os interesses do capitalismo selvagem quer. O que se pretende é o oposto, assim, não vejo como vamos invocar Kosovo, agindo de modo oposto. Por sinal, o próprio modo de como alguns falam na questão é sintomático, de que estão FAZENDO TEMPESTADE EM COPO DE ÁGUA, é literalmente o que está acontecendo, fabricando-se uma realidade, que existe conflito na região, todos nós sabemos, mas nem por isso podemos concordar com seu insuflamento ou distorções sobre a realidade do mesmo.

O pior é que se continua com a mediocridade e o ideologismo barato de culpar os índios, como se fossem os bandidos, e nós os mocinhos, esse tipo de visão é uma ofensa a inteligência. Não existem santos, todos são culpados, mas os menos culpados são os índios, afinal estão ali somente alguns milhares de anos.

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#251 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mai 14, 2008 2:29 am

Sugiro que assistam a série de reportagens do Jornal da Globo sobre o assunto. Hoje demonstrou que o assunto não é unanimidade sequer entre os índios.

Amanhã as denúncias de que o tal "relatório técnico" não foi tão técnico assim.

PRick, me conte uma coisa, o tal "relatório técnico" da Funai foi no mesmo estilo do que permitiu a criação da reserva Ianomami, uma etnia que NÃO EXISTE e foi fabricada em Londres? Ou o mesmo que disse haver 10 mil indígenas em uma reserva quando na verdade haviam só três mil (pois eles contaram cada índio três vezes)?




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#252 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mai 14, 2008 2:32 am

PRick, você conhece a "Questão do Pirara"?




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#253 Mensagem por Clermont » Qua Mai 14, 2008 6:56 am

Difícil aceitar que uma decisão de tal magnitude, como a demarcação dessa reserva indígena possa ser considerada como mero produto de um "debate técnico" de um órgão de segundo escalão do governo federal (seja desse ou do antecessor).

Pra mim, isso demonstra descaso grosseiro com a herança territorial que recebemos de nossos ancestrais.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#254 Mensagem por Guerra » Qua Mai 14, 2008 8:29 am

PRick escreveu: Por sinal, o próprio modo de como alguns falam na questão é sintomático, de que estão FAZENDO TEMPESTADE EM COPO DE ÁGUA, é literalmente o que está acontecendo, fabricando-se uma realidade, que existe conflito na região, todos nós sabemos, mas nem por isso podemos concordar com seu insuflamento ou distorções sobre a realidade do mesmo.
Não é questão de distorcer ou jogar lenha na fogueira. Eu venho falando sobre essa questão de Roraima aqui no DB quando a maioria dos integrantes atuais nem sabiam da existencia do forum.
Quem tentou de todos o meios distorcer os fatos é o governo. Inclusive, como já de custume, usando até a PF.
O fato é que a politica indigenista do governo como você mesmo admitiu é a mesma que vem sendo aplicada a 40 anos. E basta ver a situação do indio brasileiro (ou seja lá qual for sua nacionalidade) para chegar a mesma conclusão do general. Basta dar uma volta pelo interior do Mato grosso e paraná para ver os indios pedindo esmola.
Na questão de Roraima, a posição do EB não tem nada a ver com o governo atual. No auge do governo FHC, quando Roraima pegou fogo. O EB bateu de frente com o governo porque o governo queria colocar um monte de estrangeiros em territorio roraimense (ou macuxi, como são chamados os roraimenses) com a desculpa de apagar futuros incendios.
Os militares jamais vão aceitar a demarcação de uma reserva, principalmente na fronteira, onde o EB não pode entrar. Ninguém pode culpar o EB por manter uma posição que vai contra os interesses politicos do governo.
Todo mundo sabe que o governo estava querendo empurrar com a barriga e deixar a decisão para os "orgãos tecnicos".

Agora me diz. O que foi que eu inventei até agora?

Você critica a forma como esta sendo discutido a questão aqui no DB, mas o que você e os militantes do PT fizeram até então se não discutir a atitude do general?
No momento que até o governo parou para discutir a questão, você ainda esta querendo desviar o foco do problema para a esfera disciplinar.

Ou PT e afins descute o problema, ou resta ficar sonhando que o governo, que já admoestou o general, dê mais uma punição (duas para a mesma transgressão?), que não vai mudar nada na vida de um general-de-exército com 35 anos de carreira que aguarda a reserva, para satisfazer suas paixões, ou para que a oposião "aliada" não cai de pau no governo que abaixou a cabeça para os militares que bateram no pai do Arthur Virgilio.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#255 Mensagem por PQD » Qua Mai 14, 2008 8:59 am

esse negocio de estao lá a 300 anos, não da direito deles se posicionarem acima do direito do resto do BRASIL, quero ver também entao o governo mexer o trazeiro começar a pensar em indenizar os descendentes de negros escravos que morreram (3x pior que o HOLOCAUSTO E QUE OS LIVROS DE HISTORIA MOSTRAN APENAS CHICOTES, NAO MOSTRAM OS ESQUARTEJAMENTOS E TORTURAS DE TODOS OS TIPOS ) pra construir esse um pais que virou um CIRCO com um monte de palhaços no picadeiro que vem do nada fazem um monte de porcaria e simplesmente vão embora com a cagada feita. Na hora do avião da FAB COM MEDICOS DAS 3 FORÇAS E LOTADO DE REMEDIOS CHEGAR VIRA UMA FESTA, ELES QUE NAO SE ESQUEÇAM DISSO, e de onde sai isso tudo? do bolso do brasileiro civilizado, principalmente TAMBÉM DO RORAIMENSE.




Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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