Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#1 Mensagem por ademir » Ter Mar 11, 2008 5:23 pm

Creio que este assunto ja foi amplamente discutido aqui no forum, mas mesmo assim, postarei aqui um artigo sobre o tema, desculpem-me por criar um novo topico, mas não lembrava de nenhum.... :wink:

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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#2 Mensagem por suntsé » Ter Mar 11, 2008 11:01 pm

ademir escreveu:Creio que este assunto ja foi amplamente discutido aqui no forum, mas mesmo assim, postarei aqui um artigo sobre o tema, desculpem-me por criar um novo topico, mas não lembrava de nenhum.... :wink:

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Muito obrigado por compartilhar este documentos conosco, eu vou ler ele todo e depois coloco minhas considerações no fórum :-)




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#3 Mensagem por Tigershark » Qui Mai 08, 2008 3:13 pm

08/05/2008 - 14h43 - Atualizado em 08/05/2008 - 14h54

Amazônia é da humanidade, mas quem cuida é o Brasil, diz Lula
Presidente da República lançou Plano Amazônia Sustentável nesta quinta.
'Estamos trazendo a Amazônia para dentro da nossa consciência', diz Lula.
Alexandro Martello

Do G1, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (8) que a Amazônia pertence a toda a humanidade, mas, ao mesmo tempo, acrescentou que quem cuida da região é o Brasil. O recado foi dado durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável, em cerimônia no Palácio do Planalto.



"Tem livros do século 16 que mostram que, uma vez, um americano veio de barco e achou que a Amazônia era uma extensão do rio Mississipi. Como tem gente que acha que a Amazônia tem que ser da humanidade. E nós achamos que é [da humanidade]. Achamos que ela precisa produzir benefícios para todos os seres humanos. Mas temos que dizer em alto e bom som que quem cuida da Amazônia é o Brasil. Quem decide o que fazer na Amazônia é o Brasil", afirmou o presidente.



Segundo o presidente, o que está faltando para o Brasil é colocar a Amazônia no "discurso". "Porque muitas vezes somos muito paulistas, mineiros, cariocas, e achamos que a Amazônia é um problema de quem mora na Amazônia. Estamos trazendo a Amazônia para dentro da nossa consciência. Com esse projeto, vamos adentrar as entranhas da Amazônia", disse Lula.



Para o presidente, é preciso que o país trate "adequadamente" a Amazônia. "Se não fizermos as coisas adequadamente, daqui a pouco algum país levantará a questão de não importar a soja brasleira porque esta desmatando a Amazônia. Cuidar do meio ambiente é uma vantagem comparativa para os produtos que queremos vender a outras partes do mundo. É uma consciência extraordinária e uma evolução", declarou.



Plano Amazônia Sustentável
O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado nesta quinta-feira, vem sendo debatido desde 2003 e contém estratégias para geração de emprego e renda, além da redução de desigualdades sociais na região Norte - cuja população supera 23 milhões de pessoas.



O plano também contempla a "viabilização de atividades econômicas inovadoras" e o uso sustentável dos recursos naturais e preservação do meio ambiente. Foram assinados ainda termos de compromisso para redução do desmatamento com os estados do Pará, Amazonas e Rondônia.



O PAS contempla quatro eixos temáticos, que estão, segundo o governo, em sintonia com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São eles: produção sustentável com inovação e competitividade; gestão ambiental e ordenamento territorial; inclusão social e cidadania; e infra-estrutura para o o desenvolvimento sustentável.



No campo de infra-estrutura, o plano prevê a construção e pavimentação de rodovias federais e estaduais; a conclusão de projetos logísticos estruturantes visando a integração regional; a melhoria da navegação fluvial e a ampliação da rede de portos; além da ampliação da oferta de energia.



No eixo de inclusão social e cidadania, o PAS prevê a universalização do acesso à energia elétrica e dos serviços de abastecimento de água e esgoto, este último visando a redução das taxas de mortalidade infantil, e, também, ações integradas de coleta seletiva e reciclagem.



Interesses econômicos
O governador do Amazonas, Eduardo Braga, avaliou, em discurso durante a cerimônia, que a Amazônia é comentada por todos não somente no Brasil, mas por pessoas além da fronteira nacional.



"Alguns comentam com legítimos e honestos interesses. Outros comentam sobre o escudo de legítimos interesses, mas escondendo interesses econômicos", disse ele. A região é considerada por especialistas como fonte inesgotável de biodiversidade e os recursos naturais são utilizados em pesquisas científicas, entre outros.



Segundo Braga, a Amazônia não quer ficar mais pobre. "O desmatamento é um problema, mas o Plano Amazônia Sustentável é mais um passo para liderar um movimento nacional e internacional de valorização do patrimônio e riqueza nacional, em defesa da prosperidade dos brasileiros e brasileiras", afirmou.



Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a Amazônia não é apenas uma "imensa quantidade de águal e árvores". "Temos mais de 23 milhões de pessoas [vivendo na região]. Uma boa parte do Brasil e do planeta é sustentada por estas árvores. Temos que buscar o caminho do desenvolvimento sustentável, que precisa acontecer com mais velocidade para que tenhamos um novo paradigma na Amazônia", afirmou.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#4 Mensagem por bruno mt » Sex Mai 09, 2008 6:09 pm

até que em fim ele disse alguma coisa




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#5 Mensagem por Tigershark » Ter Mai 13, 2008 9:12 am

13/05/2008 - 08h51 - Atualizado em 13/05/2008 - 08h55

Índios da Amazônia realizarão protesto contra a construção de represas
Da EFE


Londres, 13 mai (EFE).- Algumas tribos indígenas da Amazônia brasileira realizarão um protesto, entre os dias 19 e 23 de maio, em Altamira, no Pará, contra o projeto de construção de várias represas hidroelétricas no rio Xingu.



A organização de defesa dos povos indígenas Survival informou hoje, em Londres, que mais de mil de índios de tribos como a Caiapó e a Ikpeng, assim como a população ribeirinha e pequenos agricultores, anunciaram que participarão do protesto.



Os índios caiapós argumentam que a construção das represas destruirá seu modo de vida, acabará com os animais e os peixes necessários para sua subsistência e pode causar problemas de saúde.



Em 1989, também em Altamira, os caiapós, junto com outras tribos, conseguiram impedir um plano do Governo de construir seis represas hidroelétricas no rio.



Na ocasião, os protestos contaram com a presença do músico britânico Sting e da fundadora da rede de produtos naturais de higiene Body Shop, Anita Roddick.



Devido a essas manifestações, o Banco Mundial cancelou uma linha de crédito destinada às obras, e o projeto ficou parado por mais de uma década.



Nos últimos anos, o Governo brasileiro voltou a defender a construção de represas nos rios da floresta amazônica.



Assim como no Xingu, são planejadas construções na região de Belo Monte, no que poderia ser a maior represa do mundo, com mais de 11.181 megawatts de potência instalada.



Existem projetos de mais de 70 grandes represas em toda a bacia amazônica, que seriam implementadas até 2030.



Em Mato Grosso, a tribo Enawené-Nawê também faz oposição a projetos de construção de várias represas hidroelétricas no rio Juruena.



A tribo, que conta com 420 membros, também afirma que o impacto ambiental da construção iria prejudicar atividades essenciais à sua subsistência.



Segundo o diretor da Survival, Stephen Corry, "as grandes represas como as que são projetadas para o Xingu estão desacreditadas pelos seus efeitos desastrosos sobre a população local e o meio ambiente". EFE




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#6 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Mai 13, 2008 1:38 pm

A organização de defesa dos povos indígenas Survival informou hoje, em Londres, que mais de mil de índios de tribos como a Caiapó e a Ikpeng, assim como a população ribeirinha e pequenos agricultores, anunciaram que participarão do protesto.
Precisa dizer mais?




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#7 Mensagem por Lucasleck » Ter Mai 13, 2008 3:17 pm

cara esse problema da politica indigenista é tão grave que o Lula e o itmaraty, funai etc deveriam ser afastados do tem. Deveria ser tomado por técnicos. no canada os indios já estao integrados e o mais importante : trabalhando.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#8 Mensagem por rodrigo » Ter Mai 13, 2008 6:56 pm

Amazônia: mais um protesto

Carlos Chagas

BRASÍLIA - Mais cedo do que imaginavam os ingênuos e os malandros que contestam a soberania brasileira na Amazônia, começa a frutificar o exemplo do general Augusto Heleno. É preciso denunciar e resistir diante desse crime de lesa-pátria praticado entre nós faz muito, mas acelerado a partir do governo Fernando Henrique e continuado pelo governo Lula.

Quem aparece agora é o coronel Gélio Fregapani, mentor da Doutrina Brasileira de Guerra na Selva, fundador e primeiro comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva, hoje servindo na Inteligência Federal na Amazônia, da Abin. É autor de "A cobiça internacional na Amazônia", editado em 2000.

Acaba de conceder entrevista ao repórter Ray Cunha, da Agência Amazônia, da qual selecionamos alguns trechos, profundos e surpreendentes, verdadeiros e trágicos.

Está preparada a ocupação militar
"O problema crucial da Amazônia é que ainda não foi ocupada. Ledo engano é supor que a região pertence de fato ao Brasil. Será do Brasil quando for desenvolvida por nós e devidamente guardada. Daí porque às potências estrangeiras não interessa o seu desenvolvimento. Por enquanto, Estados Unidos, Inglaterra e França, principalmente, lançam mão da grita ambientalista.

Com a região intocada, mantêm os cartéis agrícolas e de minerais e metais. A soja da fronteira agrícola já ameaça a soja americana. E a exploração dos fabulosos veios auríferos da Amazônia poria em xeque as reservas similares americanas. Despovoada, inexplorada e subdesenvolvida, não haverá grandes problemas para a ocupação militar da região. Aliás, tudo já está preparado para isso."

A farsa da reserva ianomâmi
"A reserva ianomâmi, etnia forjada pelos ingleses, do tamanho de Portugal e na tríplice fronteira em litígio (Brasil, Venezuela e Guiana), é a maior e mais rica província mineral do planeta". As Forças Armadas e a Polícia Federal não podem entrar nela, por força de lei. Mas já há manifestação na Organização das Nações Unidas para torná-la nação independente, se necessário por força das armas.

"São quatro grupos distintos, lingüística e etnicamente, às vezes hostis entre eles. Sua criação foi manobra muito bem conduzida pela WWF (World Wildlife Found), multinacional nefasta, provocadora de conflitos como a ferrugem na soja brasileira, produzida a preços mais baratos do que a soja americana."

"Segundo a Funai, existem 10 mil índios no parque ianomâmi. A Força Aérea, que andou levando pessoal para vacinação, viu que os índios não passam de 3 mil. Não há motivo para se deixar a área mais rica do País virtualmente interditada ao Brasil. Há outra área ianomâmi na Venezuela. Está tudo pronto para a criação de uma nação.

Orientado naturalmente pelos falsos missionários americanos, um desses pretensos líderes, Davi Yanomami, já andou pedindo na ONU uma nação. Teria pedido proteção contra os colonos brasileiros, "que os querem exterminar". As serras que separam o Brasil da Venezuela e da Guiana, e um pouquinho da Colômbia, contêm as principais jazidas minerais do mundo.".

Será ocupada
"A Amazônia será ocupada. Por nós ou por outros. Numa humanidade em expansão, com uma série de terras superpovoadas, uma terra despovoada e habitável, ela será ocupada. Por quem? Nós temos, legitimamente, a posse, mas essa legitimidade não nos garante o futuro. Se nós não ocuparmos, alguém a ocupará. Se nós não a utilizarmos, alguém vai utilizá-la. Portanto a questão é: somos brasileiros, devemos ocupá-la."

"A necessidade de ocupação da Amazônia é um fato, e a melhor forma é deixar prosseguir a fronteira agrícola. E quanto mais perto das serras que separam o Brasil dos países ao Norte, melhor. É nítido o desejo dos povos desenvolvidos tomarem conta das serras: para evitar que o Brasil concorra com seus mercados e como reserva futura de matéria-prima."

Os madeireiros
"Os madeireiros não fazem o mal que os ambientalistas falam. Eles pegam espécies selecionadas, que interessam ao mercado. É claro que eles abrem picadas para chegar até essas árvores, mas isso não faz dano à floresta, porque há milhões de pequenas árvores, chamadas de filhotes, que estão lá há muitos anos esperando uma chance de chegar ao sol para poder crescer. Quando uma árvore é abatida, aqueles filhotes que estão em redor crescem numa velocidade espantosa, na disputa para ver qual irá substituir a que foi abatida. Isso não altera em nada a floresta."

"Na floresta úmida, real, as árvores crescem com uma rapidez incrível, fora da área de transição da periferia, aberta à agricultura. Em dois anos, as imbaúbas já estão com mais de 40 metros. Então, não é possível uma agricultura como nós a concebemos no Sul ou no Hemisfério Norte, porque a floresta não deixa. O correto seria a silvicultura, ou seja, a substituição de árvores por outras árvores. Muitas são interessantes para substituir as de menos valor. A castanheira, a seringueira, mas, no momento, o que chama a atenção, mesmo, é o dendê, como potencial para a substituição da energia não renovável. As reservas de petróleo estão diminuindo no mundo e o consumo de energia está aumentando. Vai chegar o momento em que o uso de petróleo será inviável.

Não estou dizendo que o petróleo vai acabar. Sempre vai sobrar um pouco, ou um achado novo, mais fundo, mas o uso do petróleo, como fazem atualmente, está com seus dias contados. Além do mais, os Estados Unidos estão procurando tomar conta de todas as jazidas que existem no mundo. Alguns países estão realmente preocupados com isso."

A entrevista é detalhada, mas vale referi-la pelo seu significado principal: existem outros raciocínios e outras soluções para contrabalançar o ambientalismo que pretende manter a floresta intocada, apenas como reserva para quem vier a ocupá-la...

http://www.tribunadaimprensa.com.br/ant ... una=chagas




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#9 Mensagem por Lucasleck » Ter Mai 13, 2008 7:16 pm

rodrigo escreveu:Amazônia: mais um protesto

Carlos Chagas

BRASÍLIA - Mais cedo do que imaginavam os ingênuos e os malandros que contestam a soberania brasileira na Amazônia, começa a frutificar o exemplo do general Augusto Heleno. É preciso denunciar e resistir diante desse crime de lesa-pátria praticado entre nós faz muito, mas acelerado a partir do governo Fernando Henrique e continuado pelo governo Lula.

....

existem no mundo. Alguns países estão realmente preocupados com isso."

A entrevista é detalhada, mas vale referi-la pelo seu significado principal: existem outros raciocínios e outras soluções para contrabalançar o ambientalismo que pretende manter a floresta intocada, apenas como reserva para quem vier a ocupá-la...

http://www.tribunadaimprensa.com.br/ant ... una=chagas
Quanta vezes será necessária repetir a experiencia do Pirara ?




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#10 Mensagem por Tigershark » Qui Mai 15, 2008 9:11 am

15/05/2008 - 08h53 - Atualizado em 15/05/2008 - 09h08

Na Amazônia está em jogo o futuro do Brasil, diz Mangabeira
Ministro fala com exclusividade à BBC sobre plano para a região.
Da BBC
entre em contato

O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Roberto Mangabeira Unger, voltou às manchetes nesta semana por dois motivos.



O primeiro foi sua indicação para coordenar o Plano Amazônia Sustentável (PAS), um projeto para desenvolver a região de forma equilibrada. O segundo foi a sugestão de que sua indicação teria levado Marina Silva a se demitir do cargo de minista do Meio Ambiente.



Em relação ao plano, o ministro diz que ninguém está preparado para uma tarefa dessa magnitude. Quanto à ministra, ele é suscinto. "Não posso especular sobres os motivos."



O ministro falou com exclusividade à BBC Brasil e à BBC inglesa na quarta-feira, em Manaus, onde esteve para discutir os primeiros passos do PAS com o governador do Amazonas, o peemedebista Eduardo Braga.



Ele disse que o modelo econômico adotado na região amazônica terá um impacto em todo o país. "O que está em jogo na Amazônia é o futuro do Brasil."



De olho no público externo, Mangabeira Unger conversou com a reportagem da BBC em inglês, com um leve sotaque americano.



BBC - A ministra Marina Silva renunciou apenas cinco dias após a apresentação do Plano de Aceleração Sustentável (PAS) para a Amazônia. O que essa renúncia significa?



Roberto Mangabeira Unger - Eu não devo e não vou especular sobre as razões da renúncia. Tudo que eu posso dizer é que estou entre os muitos admiradores da ministra no Brasil. Ela é corajosa, tenaz e uma cidadã esperançosa que dedicou a maior parte da sua vida para defender uma causa de grande importância nacional. Em segundo lugar, eu devo dizer que o compromisso fundamental do governo com o desenvolvimento sustentável na Amazônia permanece inalterado. E nós estamos determinados a continuar agora e demonstrar para o mundo como preservação, defesa e desenvolvimento podem ser conciliados na Amazônia.



BBC - Na sua carta de renúncia, a ministra Marina disse que não teve todo o apoio do governo que achava necessário para fazer seu trabalho. É possível ter diferentes ministérios trabalhando juntos neste governo em torno da Amazônia?



Mangabeira Unger - O presidente me deu essa tarefa de coordenar os programas de desenvolvimento para a Amazônia,e ele disse que uma das razões pelas quais fez isso é que não queria que a coordenação da política para Amazônia fosse feita por um ministério especializado.



É muito natural para um ministro do Meio Ambiente estar primeiramente preocupado com a preservação do meio ambiente, mesmo que enfatizando um comprometimento com o desenvolvimento. Da mesma forma que para o ministro da Agricultura é natural que ele esteja primeiramente preocupado com a produção agrícola. É muito natural que esses diferentes ministros tenham diferenças de ênfase. O presidente sentiu que a coordenação de uma questão de tamanho significado para a nação não deveria ficar na mão de um ministro especializado. Essa foi a posição dele.



BBC - Segundo alguns órgãos de imprensa, um dos motivos que motivaram saída da ministra seria sua indicação para coordenar o PAS. Foi isso que ocorreu?



Mangabeira Unger - Eu não posso especular sobre os motivos. Estive viajando o dia todo e nem li a carta de demissão. E isso não é a minha preocupação. Minha preocupação é a tarefa que me foi dada. Essa é uma grande tarefa, não apenas para o nosso país, mas para o mundo todo. Temos que nos perguntar o que desenvolvimento sustentável realmente significa e do que necessita.



BBC - E do que necessita?



Mangabeira Unger - Há três pré-condições fundamentais. A primeira é a questão da propriedade da terra. Temos que esclarecer a titulação e a posse da terra. O segundo pré-requisito é que se faça um zoneamento ecológico e econômico da Amazônia, que possa definir uma estratégia para a Amazônia sem floresta, não só a que foi desflorestada, mas também aquela parte que nunca teve floresta, e outra para a Amazônia com floresta. A terceira pré-condição é a construção de um regime regulatório e fiscal que garanta que a floresta em pé valha mais do que a floresta cortada. Uma vez que essas pré-condições estejam satisfeitas, podemos tocar os quatro principais pontos de trabalho que nos foram dados para dar um conteúdo prático à idéia de desenvolvimento sustentável.



BBC - E quais seriam esses pontos?



Mangabeira Unger - O primeiro trabalho é tecnológico: a construção de uma tecnologia apropriada para a floresta tropical. Quase toda a tecnologia florestal disponível no mundo se desenvolveu para lidar com florestas temperadas, que são muito mais homogêneas e menos ricas que as tropicais.



O segundo trabalho é técnico, a organização de serviços ambientais avançados na Amazônia, o que é mais fácil falar do que fazer. Para ter serviços ambientais avançados na Amazônia precisamos de pessoas altamente qualificadas, que estejam dispostas a viver e trabalhar fora das grandes cidades. Em todo o mundo, pessoas muito qualificadas querem viver em grandes cidades, e uma das razões é porque apenas nas grandes cidades eles têm acesso a serviços de alta qualidade. Ninguém no mundo descobriu ainda como prover serviços de alta qualidade em um amplo território. E esse é apenas um dos vários problemas novos que teremos que solucionar.



BBC - E quais seriam os outros?



Mangabeira Unger - O terceiro é legal e institucional, qual será o regime de propriedade sob o qual a floresta será gerida. Há uma tendência em países com floresta em todo o mundo de ir na direção de gerenciamento comunitário da floresta, como alternativa a um sistema de concessão para grandes negócios. Mas esse sistema de gerenciamento comunitário ainda tem que ser definido em um formato legal preciso.



E o quarto trabalho, e possivelmente o mais formidável deles, é o desenvolvimento da ligação entre a floresta e as indústrias, indústrias que transformem a madeira e outros produtos da floresta. Essas indústrias não vão surgir a menos que a gente crie incentivos econômicos, não apenas para que elas se instalem, mas também para que seja adicionado valor a essa atividade industrial. Então é um grande trabalho.



BBC - Ministro, para que tudo isso funcione é preciso que diferentes ministros, políticos e atores, que como o sr. mesmo disse têm diferentes visões e interesses, trabalhem juntos e também é preciso que sejam estabelecidas prioridades na Amazônia. O sr. estaria preparado para enfrentar, por exemplo, os planos do Ministério da Agricultura para a Amazônia?



Mangabeira Unger - Eu creio que se produz uma impressão falsa, por causa do foco de alguns em rivalidades e desentendimentos. A verdade é que há base para uma convergência inclusiva de opiniões no Brasil. Há algumas pessoas que deixariam a Amazônia como um santuário, um parque, para o deleite e benefício da humanidade. E há algumas outras que acreditam que desenvolvimento requer portar abertas para formas predatórias de exploração. Mas a vasta maioria do país se opõe a essas duas visões e está determinada a encontrar uma forma para reconciliar três compromissos: o compromisso com a conservação, o compromisso com um sistema de produção inclusivo e o compromisso de defesa da nossa soberania. O que está no cerne desses três compromissos é a definição de uma estratégia econômica coerente. Sem essa estratégia, não teremos o compromisso com a conservação.



BBC - Por quê?



Mangabeira Unger - A Amazônia não é um conjunto de árvores. É primeiro um grupo de pessoas, de 25 milhões de brasileiros. Se essas pessoas não tiverem oportunidades, elas serão forçadas a atividades econômicas desordenadas, o que levará ao desflorestamento. Da mesma forma, sem uma estratégia econômica não existirão estruturas econômicas e sociais na região. Uma região vasta sem essas estruturas não pode ser defendida. Ou seja, se quisermos solucionar o problema de defesa, de um lado, e da conservação, de outro, temos que ter sucesso em criar uma estratégia econômica coerente. E para lidar com essa tarefa temos que superar essa falsa disputa entre os dois extremos dos argumentos. Temos que olhar para o conteúdo.



BBC - Mas quando se olha para o conteúdo do PAS ele parece com um plano de negócios, mais do que um projeto de desenvolvimento sustentável...



Mangabeira Unger - Não concordo de forma alguma. Primeiro é preciso dizer que esse plano é apenas um ponto de partida. Não é um programa completo.



BBC - Mas o plano menciona uma série de grande obras, como hidrelétricas e portos, mas praticamente não toca na questão da preservação.



Mangabeira Unger - Eu não concordo. É verdade que os projetos do governo foram incluídos no documento, mas na verdade o compromisso com a preservação está em todo o texto. Mas o problema não é o texto. O trabalho aqui não é ficar interpretando o significado das palavras neste texto, porque como eu disse este plano é apenas um ponto de partida. A questão real é o que vem agora, como tomamos agora ações de curto prazo que possam ter um efeito imediato, mas que ao mesmo tempo sinalizem a direção em que planejamos avançar. E essa é a nossa preocupação agora. É por isso que estou aqui hoje (quarta-feira) visitando o governador do Amazonas e tenho a intenção de visitar todos os governadores da região amazônica. Estamos procurando por eixos que nos levarão do curto prazo para o longo prazo.



BBC - E que medidas seriam essas?



Mangabeira Unger - Hoje, por exemplo, nós discutimos que ações práticas podem ser tomadas para resolver a questão da propriedade da terra, nos colocando em um caminho acelerado para ir da posse à propriedade da terra. Também discutimos como podemos criar alternativas práticas para a produção em pequena escala para quem está nas zonas de transição entre a floresta e as áreas abertas, para que essas pessoas não sejam empurradas na direção das atividades ilegais. E ao mesmo tempo temos que ter um aparato do Estado monitorando esse processo. Também discutimos a construção de uma rede de parques industriais para transformar madeira e outros produtos da floresta. Além disso, também discutimos a questão da formação humana. A mais promissora das idéias é uma nova forma de formação secundária, que combinaria educação geral com educação técnica e profissional.



BBC - O sr. está falando de uma grande transformação do modelo de desenvolvimento da região, algo extremamente difícil e amplo. O que é preciso para que se possa realmente alterar esse modelo?



Mangabeira Unger - É preciso quebrar essa tarefa em tarefas menores, usando pequenas coisas para construir as grandes. É disso que precisamos. Estamos convencidos que a Amazônia é uma causa nacional e não uma causa local. É um grande laboratório nacional, não é uma fronteira apenas da geografia, mas também da imaginação. E é o terreno em que podemos nos reinventar e nos reconstruir. É um ponto simples na história do país. No século 19 nós ocupamos as costas, no século 20 caminhamos para o oeste e o centro do país e no século 21 vamos transformar o Brasil através da transformação da Amazônia. O que está em jogo na Amazônia é o futuro do Brasil.



BBC - O sr. acredita que o Brasil, a população, os políticos, os empresários estão preparados para realizar uma tarefa tão difícil?



Mangabeira Unger - Ninguém nunca está preparado para tarefas dessa magnitude.




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#11 Mensagem por Tigershark » Qui Mai 15, 2008 12:38 pm

15/05/2008 - 11h59 - Atualizado em 15/05/2008 - 12h05

Tarso vê cobiça na Amazônia por trás de preocupação com Marina
Da Reuters

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A preocupação da comunidade ambientalista internacional com a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente tem como pano de fundo os interesses de empresas multinacionais em explorar a Amazônia brasileira, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Justiça, Tarso Genro.



"Têm visões da comunidade internacional que defendem a Amazônia como se ela fosse um território da humanidade e não território brasileiro. Isso aí esconde interesses econômicos sobre a Amazônia como uma reserva planetária para grandes multinacionais e para controles territoriais de outros países sobre o Brasil", disse o ministro a jornalistas, em evento da União Nacional dos Estudantes, que cria o Memorial da Anistia Política no antigo terreno da entidade, no Rio.



Tarso ressaltou que a opinião da comunidade internacional não é uniforme sobre questões ambientais, e que existe uma parte efetivamente preocupada com a combinação de desenvolvimento com sustentabilidade.



"É com essa visão que eu estou preocupado", disse o ministro da Justiça, reconhecendo que este segmento ficou preocupado com a saída de Marina Silva. "Mas vendo o currículo do (Carlos) Minc (novo ministro do Meio Ambiente) vão ficar tranquilos", acrescentou.



Tarso afirmou que como petista e amigo de Marina lamentou a saída dela do Meio Ambiente, mas disse considerar Minc um substituto à altura. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#12 Mensagem por Edu Lopes » Sex Mai 16, 2008 11:03 am

Até esse corno idiota resolveu dar palpite sobre a Amazônia:
Falta incentivo para preservar Amazônia, diz príncipe Charles

Para o príncipe, as florestas são o ar-condicionado do planeta
O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, disse nesta quinta-feira que os habitantes da Amazônia precisam de um pacote de incentivos que os ajude a preservar a floresta.


Em entrevista a um programa de rádio da BBC, Charles disse que milhares de pessoas que moram na região da floresta amazônica “vivem com uma renda muito baixa”.

Há tanta gente vivendo na Amazônia com uma renda muito baixa. Elas precisam de maneiras para garantir que o esforço de não destruir as florestas valha a pena”, disse o príncipe.

Seria preciso criar algum tipo de pacote em forma de incentivos para que essas pessoas não degradem as florestas”, afirmou o príncipe.

Para Charles, essa questão “é muito complexa” e ele não se vê numa posição de “poder sugerir o que tem de ser feito”.

Tudo o que posso fazer é levantar a questão para aqueles que, de fato, podem fazer alguma coisa”, acrescentou ele.

Na avaliação do analista da BBC Jonathan Marcus, o príncipe vê seu papel como um conciliador “que une as pessoas e estimula o debate”.

No entanto, com a recente renúncia da ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, defensora da Amazônia, será difícil impulsionar esta agenda diante dos interesses políticos e econômicos locais, cujos horizontes só alcançam o curto prazo”, disse o analista.

Aquecimento global

Durante a entrevista, o príncipe ainda defendeu que o fim do desmatamento é “a maior solução contra as mudanças climáticas”.

Charles disse que as florestas representam "o sistema de ar-condicionado do planeta" e que “é louco” pensar que as florestas valem mais “mortas do que vivas” para muitas pessoas pobres que nelas vivem.

Quando pensamos que elas (as florestas) liberam 20 bilhões de toneladas de vapor de água todos os dias, absorvem carbono em uma escala gigantesca e produzem a chuva da qual nós precisamos, vemos como elas são valiosas”.

O herdeiro da rainha Elizabeth 2ª ainda pediu aos governos, grandes empresas e consumidores que se unam em um esforço conjunto para pôr um fim à devastação florestal.

Não podemos esperar por novas tecnologias. Não há tempo para isso”.

O príncipe ainda disse que se o desmatamento não diminuir rapidamente, “haverá mais seca e fome em grande escala”.


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... o_fp.shtml
Acho que está na hora do planeta começar a pagar a conta de luz desse "ar-condicionado", né não?




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ademir
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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#13 Mensagem por ademir » Sex Mai 16, 2008 5:01 pm

Edu Lopes escreveu:Até esse corno idiota resolveu dar palpite sobre a Amazônia:
Ainda bem que os britanicos nunca devastaram floresta nenhuma e tem bastante moral pra falar dos brasileiros... Aliais, os europeus de uma forma geral tem bastante moral pra falar de nós, né não?

É engraçado esse povo vir falar que se o Brasil mexer na floresta vai acabr com o clima do planeta, que se o Brasil produzir biocombustivel vai acabar com o alimento do mundo... parece que agora viro moda colocar a culpa no Brasil.... :evil:




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#14 Mensagem por Tigershark » Sex Mai 16, 2008 5:35 pm

16/05/2008 - 17h14 - Atualizado em 16/05/2008 - 17h20

ENTREVISTA-Mangabeira quer desenvolvimento para salvar Amazônia
Da Reuters
Por Todd Benson



SÃO PAULO (Reuters) - A melhor forma de preservar a Amazônia é desenvolver a região e levar alternativas econômicas viáveis para seus milhões de habitantes, disse na sexta-feira o ministro de Assuntos Estratégicos do governo Lula, Roberto Mangabeira Unger.



Mangabeira, ex-professor de Direito em Harvard, encarregado de coordenar o plano de desenvolvimento sustentável da Amazônia, disse também que nenhum país estrangeiro dará sermões ao Brasil sobre como conservar a floresta.



"Ficamos abismados com aqueles que nos repreendem, que nos alertam, já que vemos países mundo afora que ficam falando do alto de uma cátedra depois de terem devastado suas próprias florestas", disse ele por telefone.



"A Amazônia não é só uma coleção de árvores. É também, e acima de tudo, um grupo de pessoas", acrescentou, lembrando que 27 milhões dos 185 milhões de brasileiros vivem na região.



"Se essa gente não tiver oportunidades econômicas, o resultado prático será uma atividade econômica desorganizada, e atividade econômica desorganizada levará implacavelmente ao desmatamento. A única forma de preservar a Amazônia é ajudando a desenvolvê-la."



O fato de Mangabeira Unger ter sido escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para coordenar o Plano Amazônia Sustentável (PAS) foi visto como um dos principais motivos que levaram a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) a pedir demissão, nesta semana.



Mangabeira, que há três anos qualificou o governo Lula como "o mais corrupto da história do Brasil", disse que o presidente agiu certo ao lhe confiar a tarefa.



"Quem acha natural que o desenvolvimento da Amazônia seja assumido por um Ministério do Meio Ambiente simplesmente não entende que a Amazônia é mais do que uma floresta", disse ele.



"Um Ministério de Meio Ambiente carece dos instrumentos para lidar com todos os muitos problemas de transporte, energia, educação e indústria que são necessários para formular e implementar um programa abrangente de desenvolvimento."



O ministro, que passou a maior parte da vida nos EUA, sempre foi mais conhecido por suas propostas econômicas de alternativa ao neoliberalismo. No debate ambiental, porém, é um novato.



Na quinta-feira, o ex-governador do Acre Jorge Viana, do PT, disse a uma rádio: "Respeito o professor Mangabeira Unger, é um professor de Harvard, o professor dos professores. Mas quando se trata de Amazônia, acho que ele é um aluno".



O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, havia sugerido o nome do próprio Viana para a coordenação do plano amazônico.



Em breve, Mangabeira pretende embarcar para a Amazônia, onde vai definir as estratégicas de desenvolvimento com os governadores da região.



"A Amazônia é a fronteira, não só da geografia, mas da imaginação. É o nosso grande laboratório nacional. É o espaço em que podemos melhor repensar e reorganizar o país inteiro, e definir este novo modelo de desenvolvimento."




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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

#15 Mensagem por bruno mt » Sex Mai 16, 2008 8:35 pm

alguem fala pro principe charles(leia, todos mundo á fora), que já que ele quer incentivo aos Amazonenses, destruiram as florestas deles e que nós somos o " ar condicionado".nada mas justo que eles pagassem a conta.O brasil pode fazer uma proposta desta????




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