Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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gral
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Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#1 Mensagem por gral » Seg Mai 12, 2008 9:21 am

Durante a 2ªGM, os encouraçados Minas Gerais e São Paulo serviram como baterias flutuantes na defesa dos portos de Salvador e Recife, respectivamente. Alguém neste fórum poderia me dizer se os encouraçados operaram com tripulações completas durante este período, e se os navios foram utilizados na instrução de marinheiros, sargentos e oficiais enquanto isso?

Estou perguntando porque existe um grupo que está fazendo uma simulação da 2ªGM, com premissas diferentes(os franceses, em vez de pedir penico em 1940, evacuam o governo para a África do Norte e continuam a luta de lá), e me perguntaram detalhes da Marinha do Brasil do período, inclusive se os encouraçados poderiam ser usados para outros fins além do já descrito acima.




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talharim
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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#2 Mensagem por talharim » Seg Mai 12, 2008 9:24 am

com premissas diferentes(os franceses, em vez de pedir penico em 1940, evacuam o governo para a África do Norte e continuam a luta de lá)
Esta simulação será um fracasso.

Isto vai contra a natureza francesa.

A premissa por si só não não se torna válida.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#3 Mensagem por gral » Seg Mai 12, 2008 11:52 am

talharim escreveu:
com premissas diferentes(os franceses, em vez de pedir penico em 1940, evacuam o governo para a África do Norte e continuam a luta de lá)
Esta simulação será um fracasso.

Isto vai contra a natureza francesa.

A premissa por si só não não se torna válida.
Ahahahahaha

Falando sério agora, na minha opinião, a França se rendeu porque a liderança do exército francês não estava preparada psicologicamente para ir até as últimas conseqüências para expulsar os nazistas(eu também acho que existia a suspeita entre o alto comando francês de que os ingleses estavam prontos para defender o império britânico até a última gota de sangue francês). Mas nem todos os generais franceses pensavam assim. Então, a premissa é pelo menos plausível. Se é provável, e os acontecimentos históricos foram uma aberração, é outra questão, e uma que eu não sei a resposta.




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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#4 Mensagem por luis F. Silva » Seg Mai 12, 2008 4:52 pm





cumprimentos.

Luis Filipe Silva

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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#5 Mensagem por gral » Seg Mai 12, 2008 10:33 pm

Já fui nestes links antes(eu tenho o site na minha lista de favoritos do browser), e eles não têm a informação que quero saber, por isso perguntei aqui.




Ricardo Rosa
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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#7 Mensagem por Ricardo Rosa » Ter Mai 13, 2008 11:37 am

Bom dia a todos,

Na época da aquisição, primeiros anos do século XX, eram os mais modernos navios de guerra do mundo colocando inclusive a Marinha de Guerra do brasil em um seleto grupo de nações, porém, com o passar dos anos, os navios sofreram apenas uma superficial modernização, se não me engano apenas nas máquinas de propusão, por isso, no início da II Guerra Mundial estavam descontinuados e obsoletos servindo apenas como baterias de artilharia flutuantes nos portos de Salvador e Recife.

Abraços.




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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#8 Mensagem por pt » Ter Mai 13, 2008 11:38 am

Falando sério agora, na minha opinião, a França se rendeu porque a liderança do exército francês não estava preparada psicologicamente para ir até as últimas conseqüências para expulsar os nazistas(eu também acho que existia a suspeita entre o alto comando francês de que os ingleses estavam prontos para defender o império britânico até a última gota de sangue francês). Mas nem todos os generais franceses pensavam assim. Então, a premissa é pelo menos plausível. Se é provável, e os acontecimentos históricos foram uma aberração, é outra questão, e uma que eu não sei a resposta.
Quando os principais exércitos franceses, o BEF britânico e o exército belga ficaram cortados do resto do exército francês, a desproporção entre franceses e alemães era de 110 divisões alemãs contra 60 divisões francesas de 2ª linha.

A melhor defesa francesa foi depois de 4 de Junho, quando os britânicos fugiram.

Durante as seis semanas de guerra da Alemanha contra a França, o numero de baixas alemãs foi superior ao numero de baixas que os mesmos alemães tiveram durante os primeiros seis meses de guerra contra a União Soviética.

= = =

Quanto aos couraçados:

O Minas Geraes foi modernizado para utilizar caldeiras a óleo (o São Paulo continuou a utilizar carvão).
Portanto, dos dois couraçados brasileiros, o Minas Geraes ainda teria capacidade para ser utilizado (se devidamente escoltado) como plataforma para atacar alvos em terra com os seus canhões de 305mm (só podia utilizar 10 de 12 canhões de cada vez), mas mesmo assim precisaria de modernizações em termos de rádio e eventualmente instalação de radar.

Para combate naval, contra outros navios, o Minas Geraes era demasiado lento.
O São Paulo não foi convertido para caldeiras a óleo, porque estava em muito mau estado e por isso ficou no Recife como bateria flutuante.

Cumprimentos




Editado pela última vez por pt em Ter Mai 13, 2008 11:47 am, em um total de 1 vez.
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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#9 Mensagem por pt » Ter Mai 13, 2008 11:47 am

Ricardo Rosa escreveu:Na época da aquisição, primeiros anos do século XX, eram os mais modernos navios de guerra do mundo
Os dois navios brasileiros eram derivados do HMS Dreadnought, que inaugurou o conceito de grandes navios apenas armados com grandes canhões.
O problema é que por terem sido praticamente baseados no Dreadnought, eles estavam obsoletos poucos anos depois (como o próprio Dreadnought).

Quando começou a guerra, os britânicos já não consideravam o Dreadnought suficientemente capaz para primeira linha.

Os navios brasileiros foram no entanto vítimas do conservadorismo da marinha. Ao contrário dos argentinos e dos chilenos e dos próprios britânicos como o Dreadnought, os brasileiros não quiseram instalar turbinas a vapor, utilizando o mais antiquado sistema de máquinas a vapor de tripla expansão.

Por isso, os navios brasileiros eram mais longos que os Dreadnought, pois as máquinas de tripla expansão ocupavam mais espaço que as turbinas. Essa pode ser uma das razões que levaram a que qualquer modernização mais radical dos navios não fosse considerada. A instabilidade política nos anos 20 e 30 também ajudou.




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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#10 Mensagem por Tupi » Ter Mai 13, 2008 2:58 pm

Gral,
Que simulador vc esta usando :?:
O cenário é só europeu :?:





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#11 Mensagem por gral » Ter Mai 13, 2008 6:49 pm

Tupi escreveu:Gral,
Que simulador vc esta usando :?:
O cenário é só europeu :?:
Eu não participo do jogo, projeto, simulação, como queira chamar, mas um dos participantes entrou em contato comigo. Não é um simulador por computador, está mais para jogo naval de tabuleiro. Tem uma página com os arquivos do projeto:

http://www.francefightson.org/

O projeto engloba o mundo todo, pois é uma reconstituição da 2ª GM.




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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#12 Mensagem por gral » Ter Mai 13, 2008 6:52 pm

Interessante. Muitas das informações do site destoam do que diz o site "Navios de Guerra Brasileiros". Eu acho que eu vou ter que passar no Serviço Histórico da Marinha mesmo.




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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#13 Mensagem por SUT » Qua Mai 14, 2008 12:35 pm

repetido




Editado pela última vez por SUT em Qua Mai 14, 2008 12:37 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#14 Mensagem por SUT » Qua Mai 14, 2008 12:35 pm

Quizas el ppal problema de los dos Dreadnoughts brasileros era que sus dimensiones impedian trabajos extensivos de modernizacion en la proteccion. La artilleria podria recibir municion mas potente y mejores controles de fuego, incluso la maquina podria ser reemplazada integralmente ( como lo fue en muchos buques en la decada de los 30s, incluyendo en el Latorre Chileno). El problema es que al estar en solo 23.000 Tons, no habia mucho paño que cortar en terminos de proteccion. La propia Marinha sabia eso y de ahi los intentos de adquirir un superdreadnought, primero el exotico diseño con 14 piezas de 12" que termino como HMS Agincourt, y luego la solicutud de diseños para un buque con armas de 13,5" o 15".

Para 1939-45, claramente eran buques que estaban superados, pero eso era natural siendo Dreadnoughts de la primera generacion. Los unicos de hecho aun en servicio en el mundo.

Saludos,

Sut




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Re: Perguntas sobre os Encouraçados Minas Gerais e São Paulo

#15 Mensagem por HIGGINS » Qua Mai 28, 2008 1:57 pm

pt escreveu:
Falando sério agora, na minha opinião, a França se rendeu porque a liderança do exército francês não estava preparada psicologicamente para ir até as últimas conseqüências para expulsar os nazistas(eu também acho que existia a suspeita entre o alto comando francês de que os ingleses estavam prontos para defender o império britânico até a última gota de sangue francês). Mas nem todos os generais franceses pensavam assim. Então, a premissa é pelo menos plausível. Se é provável, e os acontecimentos históricos foram uma aberração, é outra questão, e uma que eu não sei a resposta.
Quando os principais exércitos franceses, o BEF britânico e o exército belga ficaram cortados do resto do exército francês, a desproporção entre franceses e alemães era de 110 divisões alemãs contra 60 divisões francesas de 2ª linha.

A melhor defesa francesa foi depois de 4 de Junho, quando os britânicos fugiram.

Durante as seis semanas de guerra da Alemanha contra a França, o numero de baixas alemãs foi superior ao numero de baixas que os mesmos alemães tiveram durante os primeiros seis meses de guerra contra a União Soviética.

= = =

Quanto aos couraçados:

O Minas Geraes foi modernizado para utilizar caldeiras a óleo (o São Paulo continuou a utilizar carvão).
Portanto, dos dois couraçados brasileiros, o Minas Geraes ainda teria capacidade para ser utilizado (se devidamente escoltado) como plataforma para atacar alvos em terra com os seus canhões de 305mm (só podia utilizar 10 de 12 canhões de cada vez), mas mesmo assim precisaria de modernizações em termos de rádio e eventualmente instalação de radar.

Para combate naval, contra outros navios, o Minas Geraes era demasiado lento.
O São Paulo não foi convertido para caldeiras a óleo, porque estava em muito mau estado e por isso ficou no Recife como bateria flutuante.

Cumprimentos

Quanto a história relativa aos velhos encouraçados da Marinha Brasileira, nada a reparar...

Mas quanto ao absurdo histórico quanto as baixas alemãs, tudo!
Chega a ser risível o que foi dito: que as baixas contra a França foram superiores aos seis meses da Barbarossa!
Senhores, mesmo sendo cercados devido a inflexibilidade do comando soviético de então, a característica do front leste, desde o primeiro dia até o fim da guerra, foi de fazer o exército alemão sangrar! No cerco a Briansk, cujo o bolsão envolveu soldados soviéticos contados na casa dos milhões, o exército alemão teve mais de 100.000 baixas...
A guerra no leste, foi sem quartel! Entendam isso!
Vamos parar com o pré-conceito ideológico, isso senhores, não cabe mais. Além de ser ridículo: nem americanos e ingleses guardam mais...

Obrigado pela atenção.




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