RÚSSIA

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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#136 Mensagem por P44 » Ter Abr 15, 2008 9:22 am

Moscovo

Vladimir Putin aceita presidência do partido Rússia Unida

15.04.2008 - 10h06 PÚBLICO, Agências
O líder do partido Rússia Unida, Boris Grizlov, propôs formalmente ao Presidente russo, a três semanas do fim do seu mandato, a presidência da sua formação. Vladimir Putin já anunciou que aceita o cargo. O Rússia Unida conta com uma maioria constitucional na Duma (câmara baixa do Parlamento) desde as legislativas de Dezembro de 2007.

"Estou disposto a assumir uma responsabilidade adicional e encabeçar o Rússia Unida", disse o chefe do Kremlin, citado pela agência noticiosa Interfax, no IX Congresso da formação partidária. Putin precisou que assumirá a presidência partidária logo depois de abandonar a presidência russa.

Grizlov fez esta proposta na inauguração da segunda jornada do IX Congresso do Rússia Unida, à qual assistem Putin e o Presidente eleito, Dmitri Medvedev, que será investido como chefe de Estado a 7 de Maio.

Esta oferta de presidência do Rússia Unida, em vez do tradicional posto de liderança de secretário-geral, que o partido planeava dar a Putin até ontem, é tida pelos analistas como reveladora da forma como Putin quer continuar a exercer influência. O cargo só ontem foi criado, tendo o Rússia Unida aprovado também uma adenda aos estatutos para poder ser presidido por alguém que não seja membro do partido, como é o caso de Putin.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#137 Mensagem por P44 » Sáb Mai 03, 2008 4:41 pm

Grécia junta-se á Rússia
Greece to join Russian-backed South Stream gas pipeline project

--------------------------------------------------------------------------------

Reuters
Published: April 15, 2008

Quote:
ATHENS: Greece has agreed to join the Kremlin-backed South Stream natural gas pipeline project, further intensifying energy ties with Russia, the development minister of Greece, Christos Folias, said Tuesday.

The pipeline, which will be jointly built by Gazprom and Eni of Italy, will eventually take 30 billion cubic meters, or 1,059 billion cubic feet, Russian natural gas a year to southern Europe, with Greece becoming a transit state on the southern arm of the pipeline pumping gas to Italy.

Analysts have said that the project, which aims to link Gazprom's Siberian gas fields with Europe and is seen as a competitor to the EU-backed Nabucco pipeline, will cost around €10 billion, or $15.82 billion. "We have agreed to be part of the South Stream project," Folias said. "We are now discussing technical details to formulate a document that we can then sign. The political will is there" from Russia and Greece.

Folias said he did not view the long-stalled Nabucco pipeline, designed to eventually pump 25 billion to 30 billion cubic meters a year from Turkey to Austria, as a competitor to the South Stream project, which will run from Russia via a 900-kilometer, or 558-mile, underwater pipeline across the Black Sea to Europe.
continued:
http://www.iht.com/articles/2008/04/...iness/pipe.php




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#138 Mensagem por Tigershark » Seg Mai 05, 2008 9:04 am

05/05/2008 - 08h51 - Atualizado em 05/05/2008 - 08h55

Rússia mostrará seu potencial militar em grande desfile, afirma Putin
Da France Presse

MOSCOU, 5 Mai 2008 (AFP) - A Rússia demonstrará na sexta-feira seu "potencial crescente" em termos de defesa com um grande desfile militar na Praça Vermelha de Moscou para celebrar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, anunciou o presidente russo, Vladimir Putin.



"Não brandimos armas. Não ameaçamos ninguém e não pretendemos fazer isto, não impomos nada a ninguém", disse Putin em uma reunião de gabinete exibida pela televisão russa.



"É uma demonstração de nosso potencial crescente em matéria de defensa (...) Estamos na medida de defender nosso povo, nosso Estado, nossas riquezas e não deixaremos de fazer isto", afirmou Putin em seu último discurso como presidente aos ministros.



Pela primeira vez desde 1990, carros de combate, lança-mísseis e outros equipamentos pesados participarão no desfile, como só acontecia na época soviética, quando a parada militar era usada como demonstração de força aos potenciais "agressores imperialistas".



Além disso, cresce a preocupação em Moscou com a situação na Abkhazia, território separatista da Geórgia, onde a Rússia aumentou seu contingente de 1.000 para 3.000 homens acusando o governo georgiano de preparar uma operação militar.



A Abkhazia, respaldada por Moscou, afirmou no domingo ter derrubado dois aviões sem piloto georgianos, informação negada por Tbilisi. Em 20 de abril, a Geórgia acusou a Rússia de ter derrubado um de seus aviões sem piloto que sobrevoava a região, aumentando ainda mais a tensão.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#139 Mensagem por P44 » Ter Mai 06, 2008 5:40 am

Russia to test launch 9 ICBMs in 2008

MOSCOW, May 5 (RIA Novosti) - Russia's Strategic Missile Forces (SMF) are planning to conduct nine test launches of ballistic missiles in 2008, the SMF commander said on Monday. "One of the main tasks for us in 2008 is to test new [ballistic] missile systems and to extend the service life of the existing complexes," Col. General Nikolai Solovtsov said. "This program includes nine test launches of ballistic missiles."
According to the SMF commander, Russia puts an average of three mobile and three or four fixed-site Topol-M ballistic missile systems into operation every year, and the SMF will double its test launches of intercontinental ballistic missiles after 2009.
At present, Russia operates 48 silo-based Topol-M systems (NATO reporting name SS-27) and will deploy another two with a missile regiment in the Saratov Region in southern Russia this year, bringing the total number to 50.
The missile, with a range of about 7,000 miles (11,000 km), is said to be immune to any current and future U.S. ABM defense. It is capable of making evasive maneuvers to avoid a kill using terminal phase interceptors, and carries targeting countermeasures and decoys.
It is also shielded against radiation, electromagnetic pulse, nuclear blasts, and is designed to survive a hit from any known form of laser technology.
The first Topol-M mobile missile battalion, equipped with three road-mobile systems, was put on combat duty with a missile unit stationed near the town of Teikovo, about 150 miles (240 km) northeast of Moscow, on December 12, 2006.
Solovtsov said earlier a second missile battalion, equipped with Topol-M mobile ICBMs, would be put on combat duty in the near future and the deployment of silo-based Topol-M systems in the Saratov Region and road-mobile systems in the Ivanovo Region (central Russia) would be completed in 2010.
He reiterated that Russia would equip the Topol-M missile systems with multiple independently targetable reentry vehicles (MIRV) in the next two or three years.
http://www.en.rian.ru/russia/20080505/106575995.html


TOPOL-M SS-27

Imagem

SS-27 (TOPOL-M, RS-12M1/-12M2)
http://www.aeronautics.ru/archive/wmd/b ... s27-01.htm




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#140 Mensagem por P44 » Ter Mai 06, 2008 9:54 am

Russian Military Faces Growing Budget, Constrained Bandwidth


(Source: Forecast International; issued May 5, 2008)



NEWTOWN, Conn. --- In 10 years, Russia's national defense spending has risen by more than 965 percent as its military renews strategic air patrols, reasserts its interests throughout the former Soviet space, and actively pushes back against competing security interests from the U.S. and Europe.

Last year, Russian national defense spending surpassed $32 billion, compared with less than $3 billion in 1998. Looking forward, Russian defense spending is expected to trend upward; however, Moscow's strategic bandwidth may be constrained by a confluence of defense economic factors.

Forecast International projects that between 2008 and 2012, Russia will spend approximately $294 billion on national defense. This projection is rooted in Russia's amended three-year national defense budget, which allocates RUB959 billion ($37.5 billion) in 2008, RUB1.06 trillion ($41.5 billion) in 2009, and RUB1.92 billion ($46.6 billion) in 2010. In the outyears of 2011 and 2012, Russian defense spending is projected to reach $53 billion and $61 billion, respectively.

"Three major trends will define Russian defense spending between 2008 and 2012," notes Matt Ritchie, an analyst specializing in Eurasian defense economics, "increased procurement, increased funding for strategic arms, and a relative decline in research and development." These trends are already being manifested in the national defense budget for 2008 to 2010. Procurement spending is set to increase from $27 billion to over $36 billion, funding for the strategic arsenal to expand from $675 million to $990 million, and allocations for applied research and development to decline from just over $5 billion to less than $4.9 billion.

The shifting trends in defense spending align with Russia's evolving strategic priorities. "Russia's quantitative military advantage has enabled it to push its interests throughout its perceived sphere of influence," suggests Ritchie. "The Kremlin is keen to consolidate these gains and its current level of geopolitical influence, an interest that is driving its acquisition of new military systems (conventional and strategic) in an effort to expand this capability with a qualitative edge."

However, with Russia's power projection capabilities increasingly linked to its national defense budget, a number of defense economic factors threatening the budget's efficacy may undercut Moscow's ability to leverage its influence. Between 2008 and 2010, the share of the national defense budget devoted to procurement is expected to increase from approximately 72 percent to 80 percent, thus placing greater importance on the Russian defense-industrial base to deliver systems at cost and on time – an unlikely probability.

"As Russia attempts to procure its next generation of military systems, it will run up against the same cost overrun and time delay obstacles faced by Western contractors. Moreover, these issues are likely to be exacerbated by the rate of decline in the high-tech sectors of the Russian defense-industrial base," says Ritchie. Similar conclusions have been drawn by officials in the Russian defense industry.

The paramount issue in Russian defense economics is the extent to which the procurement-driven defense budget expansion will offset long-term underinvestment in the defense-industrial base. Ultimately how this dynamic influences Russia's ability to maintain its current level of strategic bandwidth will determine its geopolitical influence in the future.


Forecast International, Inc., is a leading provider of Market Intelligence and Analysis in the areas of aerospace, defense, power systems and military electronics. Based in Newtown, Conn., USA, Forecast International specializes in long-range industry forecasts and market assessments used by strategic planners, marketing professionals, military organizations, and governments worldwide.

-ends-




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#141 Mensagem por Tigershark » Qua Mai 07, 2008 9:03 am

Jornal do Brasil

Assunto: Internacional
Título: 1e Medvedev, a Rússia e o Brasil
Data: 07/05/2008
Crédito: Aleksander Medvedovsky,Diretor Geral da Ostalco do Brasil S.A.

Aleksander Medvedovsky,Diretor Geral da Ostalco do Brasil S.A.

Hoje, Dmitri Medvedev, formado em direito na Universidade de Sant Petersburgo, professor universitário, amigo e colaborador de um dos mais conhecidos liberais russos da atualidade falecido durante a Perestroika, Aleksander Sobchak, e do atual presidente, Vladimir Putin, assume o cargo mais importante da Rússia – o de presidente. Analistas tentam prever o futuro curso do país, que mais uma vez surpreendeu o mundo com sua meteórica recuperação política e econômica, voltando ao cenário internacional na qualidade de player respeitável e poderoso.
Há oito anos, Putin deixou claro seu objetivo: "ou a Rússia de novo se transforma em país poderoso, ou não vai existir mais". Seguramente, uma das principais atribuições de Medvedev é continuar a transformação do país em uma força poderosa, independente, um dos centros da geopolítica mundial. Segundo o analista russo Vital Tretiakov. em artigo na revista Politichesky Klass, este comportamento será cobrado.
Justamente na área internacional, Medvedev herdou os conhecidos problemas com os EUA e seus aliados da Comunidade Européia, as tentativas da Otan de chegar mais perto de suas fronteiras e as posições cada vez menos amigáveis das ex-repúblicas soviéticas Ucrânia e Geórgia, que vão obrigá-lo a defender os interesses do país de maneira tão robusta como Putin, e terá de procurar novas e fortalecer as existentes parcerias com outros países que procuram aplicar a mesma política independente, entre eles, o Brasil.
Medvedev sabe que seu trabalho será comparado com os resultados obtidos por Putin, que na sua época foi comparado com Boris Yeltsin. O fato de o país ter conseguido seu Reiting em longo prazo "investment grade BBB+/A-" e "curto A-2", comprova isso. Os bons resultados da política atual a população está sentindo e aprovando.
Economistas já comentam o superaquecimento da economia russa, cuja inflação chega a 12,7%, 80% da exportação representada pelo petróleo, gás e metais. A imprensa russa publica vários artigos e análises sobre problemas inflacionários, destacando corretamente seus males, citando EU e CE, mas praticamente ignorando a experiência bem sucedida do Brasil. Não seria oportuno realizar um evento bilateral, mostrando as experiências que poderiam colaborar com a Rússia e mostrar a robustez da economia brasileira?
Entre os principais fatores que colaboram com o processo inflacionário russo, destaca-se a necessidade de importar 70% do produtos alimentícios - 60% de frango dos EUA, 40% da carne bovina do Brasil e 45% de carne suína da UE.
Sem dúvida, o país vai precisar das parcerias com maiores e melhores produtores de alimentos do mundo. O Brasil está entre eles e poderia ter papel mais ativo na industrialização local de carne, sucos e café.
Continuamos com alta participação - 60% - de produtos primários nas nossas exportações. Em 2003, uma pesquisa da Fundex apontou as áreas onde a indústria brasileira poderia conseguir a colocação de seus produtos acabados no mercado russo - suco, alimentos, petroquímicos, máquinas, aviões, equipamento da automação bancária.
Dados do MIDC do Brasil mostram que não houve avanço. A exportação de carne continua responsável pelo crescimento do intercâmbio e o balanço cambial altamente favorável ao Brasil. Como disse Rubens Recupero, "um justificável orgulho com setor agrícola não deve iludir". É preciso procurar parcerias com as indústrias russas nas áreas de interesses comuns e estratégicas.
Tudo indica que durante a Presidência de Medvedev será mantida a política atual de participação ativa do Estado nas principais empresas do país. Ele, como ex-dirigente da Gazprom, principal empresa do país e uma das maiores do mundo, como ninguém, sabe e reconhece a importância da situação no momento atual. As empresas russas desse seleto grupo com seu enorme potencial financeiro, profissionalismo e apetite por grandes negócios, seriam parceiras interessantes no intercâmbio.
É incompreensível como o empresariado brasileiro, com vasta experiência de convívio com a mesma situação de forte participação do Estado na economia, não esteja conseguindo se adaptar às condições russas, onde as empresas americanas, européias e japonesas avançam. Nossa participação em projetos de grande importância na Rússia, que hoje é praticamente nula, pode abrir as portas para outras empresas brasileiras de pequeno e médio porte, mudando em definitivo a primária situação do comércio bilateral atual. Não seria demais lembrar um certo parentesco da evolução destes Estados, levando em consideração o caráter patrimonialista (Ricardo Velez Rodrigues).
A entrada do Brasil no clube dos países com investment grade deve ajudar a diminuir a desconfiança dos políticos e empresários russos. De nossa parte, precisamos atrair seus investidores, principalmente nas áreas que permitem trazer maior benefício bilateral, como petróleo, gás e tecnologias de ponta.
Finalmente, o Brasil deve entender melhor e ter visão própria em relação às profundas transformações por quais a Rússia passa. As mudanças para economia de mercado, propriedade privada e liberdade de ir e vir, são avanços em curtíssimo tempo. Precisamos acompanhar o processo com objetividade e procurar oportunidades da parcerias que surgirão na gestão de Medvedev.
Rússia e Brasil fazem parte do mesmo grupo Bric com projetos de desenvolvimento parecidos, visando transformar seus países em potências mundiais, tendo como objetivo melhorar cada vez mais a vida dos seus povos. Isto, sem dúvida, será a principal tarefa de Dmitri Medvedev, e o Brasil, por sua vez, terá mais uma oportunidade de atingir seu objetivo - transformar a Rússia em verdadeiro parceiro estratégico.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#142 Mensagem por P44 » Qua Mai 07, 2008 9:16 am

Putin "entrega as chaves" do Kremlin ao futuro presidente da Rússia

05.05.2008 Source: URL: http://port.pravda.ru/russa/22611-putin-0

De acordo com a Lusa, na quarta-feira, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, "entregou as chaves" do Kremlin, ao futuro eleito, Dmitri Medvedev. Mas no dia seguinte, está prevista a sua eleição para o cargo de primeiro-ministro na Duma Estatal (parlamento russo), que deverá decorrer sem surpresas.

Tendo em conta esta novidade na vida política russa, os analistas políticos debruçam-se, não só sobre os resultados da política de Putin durante oito anos de presidência, mas também sobre as tarefas que lhe serão colocadas enquanto primeiro-ministro.

Os apoiantes da política de Vladimir Putin atribuem a sua popularidade ao facto de “ter conseguido reforçar a soberania da Rússia na política interna e externa”, de “ter colocado a Rússia entre as sete maiores economias mundiais” e de “ter adquirido o estatuto de superpotência energética”.

As estatísticas oficiais mostram a estabilidade dos parâmetros fundamentais do desenvolvimento económico durante a presidência de Putin: o Produto Interno Bruto cresceu 70 por cento, os rendimentos reais da população mais que duplicaram, o número de pobres diminuiu de 29 por cento da população em 2000 para 16 por cento em 2007, as reservas de ouro da Rússia constituem mais de 500 mil milhões de dólares.

“Não se pode medir apenas com números ou rublos o que foi feito na Rússia durante os últimos oito anos. Com que moeda medir o orgulho pelo nosso país? O regresso a posições dominantes no mundo, o renascimento do patriotismo? Conseguimos fazer isso, com os esforços comuns, em poucos anos”, considera Serguei Mironov, dirigente do Conselho da Federação (câmara alta) do Parlamento Russo.

Segundo ele, “Vladimir Putin soube, durante dois mandatos presidenciais, devolver ao povo a fé nas suas forças, a fé num grande futuro da Rússia. Eu vejo a principal garantia dos nossos futuros êxitos e vitórias precisamente na união da nação em torno de objectivos comuns”, sublinha Mironov.
Os opositores de Putin reconhecem os êxitos no campo económico, mas atribuem-nos, em grande parte, aos lucros obtidos com a exportação do petróleo.

Não obstante, fazem um balanço negativo dos dois mandatos presidenciais de Vladimir Putin.
Andrei Ilarionov, antigo conselheiro económico de Putin, acusa o Kremlin de “ter destruído os institutos jurídicos e políticos: sistemas eleitorais concorrentes, independência dos media, separação de poderes, liquidação quase total dos direitos políticos e redução radical da liberdade civil”.
Segundo ele, Putin criou “um Estado hierárquico com novas castas sociais e uma corporação de funcionários dos serviços secretos como a sua casta suprema”.

O antigo conselheiro económico do Kremlin acusa também o dirigente russo de ter “dessacralizado, desacreditado e degradado a polícia secreta e outras estruturas de segurança”.

“Além da fuga de capitais e de cérebros, adquiriu dimensões colossais a fuga de institutos”, continua Ilarionov, explicando que os homens de negócios russos não podem procurar justiça no país e vêem-se obrigados a recorrer aos tribunais internacionais para defenderem os seus direitos.
Ilarionov defende igualmente que a política do Kremlin aproximou a Rússia da sua desintegração.

“Nos oito anos passados, o controlo real do poder central nas repúblicas (da Federação da Rússia), em comparação com os anos 1990, diminuiu consideravelmente. A Tchetchénia tornou-se independente de facto”, defende.
No campo internacional, o economista chama a atenção para “a integração das elites política e económica da Rússia no mundo actual, ao mesmo tempo que ocorre o isolamento do país no campo da política externa”.

“O nível de integração da elite económica na elite mundial não tem análogo na história do nosso país... Isso significa que parte da elite mundial do Ocidente se tornou um dos pilares que apoiam o actual regime político da Rússia, em medida muito maior do que a 'Rússia Unida', 'Nossos', 'Jovem Guarda' e outras organizações do género todas juntas”, frisa Ilarionov.

Seja qual for a herança herdada por Putin, o futuro primeiro-ministro terá de enfrentar, e já em breve, sérias dificuldades. O Governo não consegue controlar o aumento da inflação e dos preços, o que poderá desencadear, no próximo Outono, fortes manifestações de protesto social.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#143 Mensagem por P44 » Qua Mai 07, 2008 9:20 am


U.S. promises cannot be trusted - Gorbachev
14:04 | 07/ 05/ 2008



MOSCOW, May 7 (RIA Novosti) - Promises made by U.S. leaders cannot be trusted, former Soviet president Mikhail Gorbachev said in an interview with The Daily Telegraph published on Wednesday.

"The Americans promised that NATO wouldn't move beyond the boundaries of Germany after the Cold War, but now half of central and eastern Europe are members, so what happened to their promises? It shows they cannot be trusted," he said in Paris.

He also said that Washington's claims that a missile defense system it is planning to build in central Europe was aimed exclusively at countering the threat from so-called rogue states could not be believed either.

The Pentagon's missile shield deployment plans continue to be a major bone of contention in relations between the U.S. and Russia. Moscow considers the project a threat to its national security.

Gorbachev said the missile shield plan jeopardized world peace and could lead to a new Cold War.

He continued that that "erecting elements of missile defense is taking the arms race to the next level. It is a very dangerous step".


"I sometimes have a feeling that the United States is going to wage war against the entire world," the former Soviet leader said.


"The United States cannot tolerate anyone acting independently. Every U.S. president has to have a war," he concluded, also saying that the world had squandered the chance in the decade after the Cold War to "build a new world order."
http://www.en.rian.ru




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#144 Mensagem por P44 » Qua Mai 07, 2008 9:36 am





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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#145 Mensagem por Tigershark » Qua Mai 07, 2008 11:48 am

P44 escreveu:

U.S. promises cannot be trusted - Gorbachev
14:04 | 07/ 05/ 2008



MOSCOW, May 7 (RIA Novosti) - Promises made by U.S. leaders cannot be trusted, former Soviet president Mikhail Gorbachev said in an interview with The Daily Telegraph published on Wednesday.

"The Americans promised that NATO wouldn't move beyond the boundaries of Germany after the Cold War, but now half of central and eastern Europe are members, so what happened to their promises? It shows they cannot be trusted," he said in Paris.

He also said that Washington's claims that a missile defense system it is planning to build in central Europe was aimed exclusively at countering the threat from so-called rogue states could not be believed either.

The Pentagon's missile shield deployment plans continue to be a major bone of contention in relations between the U.S. and Russia. Moscow considers the project a threat to its national security.

Gorbachev said the missile shield plan jeopardized world peace and could lead to a new Cold War.

He continued that that "erecting elements of missile defense is taking the arms race to the next level. It is a very dangerous step".


"I sometimes have a feeling that the United States is going to wage war against the entire world," the former Soviet leader said.


"The United States cannot tolerate anyone acting independently. Every U.S. president has to have a war," he concluded, also saying that the world had squandered the chance in the decade after the Cold War to "build a new world order."
http://www.en.rian.ru
Sem querer parecer exagerado,P44,quando foi que as promessas de ajuda dos EUA se concretizaram?Só quando se referiam à intervenções militares e ainda por cima com interesses econômicos americanos em jogo.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#146 Mensagem por P44 » Qua Mai 07, 2008 11:54 am

100% de acordo com vc Tiger :wink:




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#147 Mensagem por P44 » Qua Mai 07, 2008 1:52 pm

Dmitry Medvedev sworn in




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#148 Mensagem por Bolovo » Qua Mai 07, 2008 2:03 pm

Esse hino russo dá frio na espinha aeuhae




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#149 Mensagem por P44 » Qua Mai 07, 2008 2:06 pm

Bolovo escreveu:Esse hino russo dá frio na espinha aeuhae

como sei que gostas:


:mrgreen:




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#150 Mensagem por Bolovo » Qua Mai 07, 2008 2:10 pm

P44 escreveu:
Bolovo escreveu:Esse hino russo dá frio na espinha aeuhae

como sei que gostas:


:mrgreen:
É demais. A Rússia é com certeza uma grande nação! :mrgreen:




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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