Paraguai
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- Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Bem falava Rui Barbosa:
"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara a sua própria queda."
E os que ocupam sua cadeira no Itamaraty se consideram seus herdeiros.
Vergonha.
"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara a sua própria queda."
E os que ocupam sua cadeira no Itamaraty se consideram seus herdeiros.
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- Tigershark
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
O pior de tudo o que vejo neste cenário é que TODOS(ou quase todos) querem questionar o Brasil,todos os novos Governos,excetuando-se o da Argentina,querem tirar onda conosco.Com certeza reflexo da nossa brilhante política externa!
- Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
É pq sabem que só tem arriador de calcinha no Itamaraty.Tigershark escreveu:O pior de tudo o que vejo neste cenário é que TODOS(ou quase todos) querem questionar o Brasil,todos os novos Governos,excetuando-se o da Argentina,querem tirar onda conosco.Com certeza reflexo da nossa brilhante política externa!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
O Amorim vai ser chamado atenção, como ocorreu com o Gal. Heleno, OU NÃO?
Não acredito em 2 pesos e 2 medidas.
Se insurgiu contra o Presidente da república. E agora?
Não acredito em 2 pesos e 2 medidas.
Se insurgiu contra o Presidente da república. E agora?
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Neste caso não vai dar em nada,porque o Itamaraty serve a GOVERNOS e não ao ESTADO.
- FIGHTERCOM
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Estive pensando, quem seria esse terceiro país que o Paraguai quer chamar para mediar a questão de Itaipu? Venezuela? Não pooode!
Abraços,
Wesley
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
FIGHTERCOM escreveu:Estive pensando, quem seria esse terceiro país que o Paraguai quer chamar para mediar a questão de Itaipu? Venezuela? Não pooode!
Abraços,
Wesley
Pela lógica seria a Argentina,Wesley.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Tranquilamente vai ser a Venezuela.FIGHTERCOM escreveu:Estive pensando, quem seria esse terceiro país que o Paraguai quer chamar para mediar a questão de Itaipu? Venezuela? Não pooode!
Abraços,
Wesley
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Luiz Bastos
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Estou percebendo o Marino e o Walter um pouco Belicistas neste tópico.
Acho que estas declamações fazem parte da política "morde e sopra" Lula diz NÃO .... Aí vem o baba ovo do Amorim e diz Talvez.... Mas certamente não vai dar em nada. Gostei da idéia de um companheiro do DB de fazer a ferrovia trascontrabando para trazer a "Muamba" diretamente do Paraguai para o porto de Santos. Muito boa
Com relação ao Chaves entrar na parada, só tem uma alternativa. Guerra.
Fui
Acho que estas declamações fazem parte da política "morde e sopra" Lula diz NÃO .... Aí vem o baba ovo do Amorim e diz Talvez.... Mas certamente não vai dar em nada. Gostei da idéia de um companheiro do DB de fazer a ferrovia trascontrabando para trazer a "Muamba" diretamente do Paraguai para o porto de Santos. Muito boa
Com relação ao Chaves entrar na parada, só tem uma alternativa. Guerra.
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- Edu Lopes
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Oras, vai chamar o chefe.FIGHTERCOM escreveu:Estive pensando, quem seria esse terceiro país que o Paraguai quer chamar para mediar a questão de Itaipu? Venezuela? Não pooode!
Abraços,
Wesley
Chávez diz que quer encontrar Lugo 'o mais rápido possível'
Chancelaria de Caracas afirma que presidente paraguaio eleito apoiará plano de integração sul-americano
Agências internacionais
CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o presidente eleito do Paraguai,Fernando Lugo, decidiram impulsionar a União Sul-Americana (Unasul), grupo criado oficialmente em dezembro de 2004 com o objetivo de ampliar o diálogo político e promover a integração econômica, comercial e de infra-estrutura da região. Os dois governantes ainda devem se encontrar "o mais rápido possível", segundo afirmou a chancelaria venezuelana nesta segunda-feira, 21.
Em comunicado, Caracas afirmou que Chávez e Lugo falaram por telefone "após saber de sua vitória nas eleições de ontem, e coincidiram em continuar construindo a Unasul com base na reivindicação da história da luta de nossos povos". "Os dois presidentes manifestaram seu desejo de se encontrar o mais breve possível para conversar sobre os planos de cooperação e complementaridade" e, nesse sentido, Chávez ratificou a Lugo "sua vontade de continuar trabalhando em função de conseguir o desenvolvimento partilhado do povo paraguaio e do povo venezuelano".
Chávez reconheceu, acrescentou o comunicado, "a impecável jornada democrática desenvolvida pelo povo paraguaio" nas urnas, o que "demonstra a maturidade política atingida por este povo irmão sul-americano".
No sábado passado, Chávez negou denúncias do presidente do Paraguai em final de mandato, Nicanor Duarte, de que funcionários do Governo de Caracas mandaram ativistas a Assunção para tentar influenciar na eleição presidencial do Paraguai.
Fidel Castro
Em um comunicado publicado nesta segunda pela imprensa cubana, o ex-presidente de Cuba Fidel Castro previu que "nos próximos dias os povos da América Latina estão próximos de enfrentar duas tragédias: a do Paraguai e a da Bolívia". Em reflexão datada de sábado, véspera do pleito presidencial paraguaio, Fidel aponta que "um ex-bispo católico conta com a maioria arrasadora do apoio do povo, de acordo com pesquisas sérias, e é certa a rejeição a uma fraude eleitoral", antes do opositor Fernando Lugo ser confirmado como presidente eleito paraguaio. A outra, de acordo com Fidel, aconteceria na Bolívia devido a "ameaça de desintegração real deste território, que conduziria a lutas fratricidas no país".
Fernando Lugo, um esquerdista de ares gentis que abandonou a batina três anos atrás afirmando então sentir-se impotente para ajudar os pobres de seu país, conseguiu derrotar, na votação de domingo, os colorados com promessas de minorar as desigualdades e combater a corrupção. Lugo descreve a si mesmo como um político independente e manteve-se afastado dos dirigentes esquerdistas mais radicais da América Latina, como Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia.
No entanto, o ex-bispo é visto como um aliado em potencial dos presidentes esquerdistas mais moderados da região, os quais rejeitaram tanto as ditaduras de direita, quanto os governos extremamente corruptos e as rebeliões marxistas tão comuns no final do século 20.
Fonte: http://www.estadao.com.br/internacional ... 0343,0.htm
- Tigershark
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
22/04/2008 - 04h42 - Atualizado em 22/04/2008 - 04h50
Lugo deve seguir exemplo de Lula, sugere 'Times'
Edtorial diz que líder brasileiro é o melhor exemplo da região para o novo presidente.
Da BBC
O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, deve buscar inspiração no líder brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo sugere editorial publicado na edição desta terça-feira do jornal britânico The Times.
"Em 2005, a Bolívia, a nação mais pobre da América do Sul, elegeu um novo presidente, Evo Morales, que se inspirou em Hugo Chávez. O Paraguai, segundo país pobre da região, não pode repetir o mesmo erro", diz o texto.
No editorial, intitulado Poor Paraguay (Pobre Paraguai, em tradução livre), o jornal afirma que apesar de a vitória de Lugo se tratar de "um evento extraordinário, até revolucionário" no contexto histórico do país, o novo presidente deve agir com cautela.
Segundo o diário britânico, com exceção de sua postura sobre o tratado de Itaipu, o discurso de Lugo era "claramente vago" e seus planos de acabar com a corrupção e reduzir a pobreza, difíceis de colocar em prática dadas as condições atuais do Paraguai.
Além disso, o Times afirma que, apesar da derrota nas eleições, o Partido Colorado permanece como uma "máquina política formidável" e tem a maioria no Senado, o que limitaria as opções de governo do presidente eleito.
Por isso, o diário sugere que Lugo "coopere e siga os passos do seu parceiro brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva". Segundo o jornal, apesar de o líder brasileiro já ter afirmado que não irá mudar os termos do Tratado, ele teve "a honestidade de admitir que os termos atuais são duros com o Paraguai e que o Brasil deve aumentar a ajuda que oferece ao vizinho".
De acordo com o Times, um acordo como este pode permitir que Lugo faça alguns progressos sociais e econômicos e ganhe tempo para as reformas que pretende implementar.
"Lula, que provou ser um democrata social astuto e que está modernizando o seu país, seria um excelente exemplo para o novo presidente do Paraguai", diz o texto. "Ele também oferece um contraste entre outros exemplos óbvios de liderança, como Hugo Chávez, na Venezuela".
Lugo deve seguir exemplo de Lula, sugere 'Times'
Edtorial diz que líder brasileiro é o melhor exemplo da região para o novo presidente.
Da BBC
O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, deve buscar inspiração no líder brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo sugere editorial publicado na edição desta terça-feira do jornal britânico The Times.
"Em 2005, a Bolívia, a nação mais pobre da América do Sul, elegeu um novo presidente, Evo Morales, que se inspirou em Hugo Chávez. O Paraguai, segundo país pobre da região, não pode repetir o mesmo erro", diz o texto.
No editorial, intitulado Poor Paraguay (Pobre Paraguai, em tradução livre), o jornal afirma que apesar de a vitória de Lugo se tratar de "um evento extraordinário, até revolucionário" no contexto histórico do país, o novo presidente deve agir com cautela.
Segundo o diário britânico, com exceção de sua postura sobre o tratado de Itaipu, o discurso de Lugo era "claramente vago" e seus planos de acabar com a corrupção e reduzir a pobreza, difíceis de colocar em prática dadas as condições atuais do Paraguai.
Além disso, o Times afirma que, apesar da derrota nas eleições, o Partido Colorado permanece como uma "máquina política formidável" e tem a maioria no Senado, o que limitaria as opções de governo do presidente eleito.
Por isso, o diário sugere que Lugo "coopere e siga os passos do seu parceiro brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva". Segundo o jornal, apesar de o líder brasileiro já ter afirmado que não irá mudar os termos do Tratado, ele teve "a honestidade de admitir que os termos atuais são duros com o Paraguai e que o Brasil deve aumentar a ajuda que oferece ao vizinho".
De acordo com o Times, um acordo como este pode permitir que Lugo faça alguns progressos sociais e econômicos e ganhe tempo para as reformas que pretende implementar.
"Lula, que provou ser um democrata social astuto e que está modernizando o seu país, seria um excelente exemplo para o novo presidente do Paraguai", diz o texto. "Ele também oferece um contraste entre outros exemplos óbvios de liderança, como Hugo Chávez, na Venezuela".
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Paraguai novo
Miriam Leitão
No Paraguai, venceu a democracia, e isso é de se comemorar como avanço da região. Mas agora, para o Brasil, começa uma difícil batalha: convencer paraguaios e, principalmente, brasileiros de que o Brasil não é o vil explorador do Paraguai. No governo brasileiro, informa-se que o país será mais ofensivo para manter intacto o Tratado de Itaipu e provar que o preço pago pela energia é justo.
Quando, às onze da noite de domingo, a candidata colorada Blanca Ovelar reconheceu que Fernando Lugo teve mais votos, o Paraguai deu um passo gigantesco. Nicanor Duarte não estava ao lado dela. Deveria estar. Assim sumiram os temores de problemas. O Paraguai faz agora a primeira alternância do poder em 61 anos; a primeira alternância de poder pacífica de sua história ao tirar do governo o partido que apoiou a ditadura e sobreviveu a ela mantendo o controle do país e da máquina governamental. É um momento histórico para os paraguaios.
O ex-general Lino Oviedo, ontem à tarde, anunciou seu apoio a Lugo. O mesmo fez o candidato que ficou em quarto lugar, Pedro Fadul, do Pátria Querida. O Partido Colorado fez 16 senadores, a maior bancada. O Partido Liberal, um centrão clientelista que faz parte da coligação de Lugo, ficou com 13. Outros três pequenos partidos que deram apoio inicial a Fernando Lugo fizeram um cada um. Isso fez com que a coligação tivesse 16 senadores. Mas com os 9 de Lino Oviedo e os 4 do outro candidato, Pedro Fadul, o presidente Lugo pode ter o apoio total de 29 senadores. Uma composição heterogênea. O senador mais votado do país foi o atual presidente Nicanor Duarte. Na Câmara, deve se repetir esse mesmo quadro.
O Partido Colorado perdeu a Presidência porque se dividiu sobre a candidatura de Blanca Ovelar. O resultado deve mostrar que eles continuarão fortes no Congresso. Lino Oviedo, um ex-colorado, também será uma força. Lugo terá um grupo tão heterogêneo que vai da direita à extrema esquerda. Não será fácil governar assim.
Seu grande mote de campanha foi acusar o Brasil de ser um vil explorador do povo paraguaio. Ele não economizou nas acusações. O Brasil apanhou em silêncio: o Itamaraty não defendeu o país e Itaipu ficou prisioneira da sua natureza de binacional. "Como uma empresa que tem dois patrões pode defender-se quando um patrão acusa o outro?", explicou-me um dirigente de Itaipu. Ontem o chefe do Itamaraty fez pior. Em Gana, ele teria dito ser "justo" que o Paraguai busque uma remuneração "adequada" para sua energia.
Agora é a hora de dar a versão brasileira, e ela não é fácil de explicar. É uma história longa e complexa que, quando os técnicos brasileiros vão explicar em detalhes, o interlocutor dorme antes de se chegar ao final da primeira resposta. E a primeira pergunta é: pagar US$2,80 por megawatt não é mesmo uma exploração absurda e inaceitável?
Na verdade, o Brasil paga US$45, mas não consegue explicar isso. Do preço, US$42 vão para pagar a dívida externa contraída para fazer a obra, os juros da dívida, os custos operacionais da empresa, os royalties aos dois lados. O valor US$2,80 é uma parcela paga ao Paraguai pelo que eles chamam de cessão da energia. Hoje, os paraguaios recebem dessa cessão e de outros investimentos que a empresa faz lá algo como US$500 milhões por ano.
Mas quem é o credor e por que não se renegocia essa dívida que só estará paga em 2023? Aí é outra confusão. O grande credor é a própria Eletrobrás e o Tesouro brasileiro, porque foram eles que assumiram a dívida. O Brasil diz que já renegociou a dívida em dois momentos. Em um, os contratos passaram a ter juros bem menores que os contratados (agora são de 4% a 7% ao ano) e, em outro momento, o Brasil aceitou não incluir na atualização da dívida a inflação americana.
No Paraguai, a tendência majoritária dos meios de comunicação, principalmente o jornal "ABC Color", é defender agressivamente a idéia de que o tratado precisa ser revisto para que o Paraguai possa vender a energia dele para outro país, se quiser, e para que o Brasil pague mais por ela. Na campanha, Lugo prometeu tudo com base nesse dinheiro que viria: energia de graça para 25% da população, energia subsidiada para outros 25%; milhares de empregos; crescimento econômico. Seu principal assessor, que certamente terá posição decisiva, é Ricardo Canese, autor de uma tese, defendida em livro, completamente estapafúrdia: de que, na época do Tratado de Itaipu, o petróleo custava US$2 o barril; agora custa US$117. Ele quer "petrolarizar" o custo da energia de Itaipu.
Lugo poderá nomear os seis diretores paraguaios de Itaipu e conselheiros. Lá tudo é dividido meio a meio. Ideal para criar impasses em momentos de conflito. O Brasil, que capitalizou a parte brasileira e a paraguaia para constituição da empresa, que tomou os empréstimos internacionais quando o Paraguai não conseguiria, que paga hoje mais pela energia que compra de Itaipu do que o Paraguai paga pela que compra para seu consumo, tem os mesmos poderes na direção da empresa.
O novo presidente terá que governar sem maioria, com uma coalizão heterogênea, com a máquina ainda controlada pelos colorados, que estão no poder há 61 anos, e tendo que cumprir as expectativas de abundância devido às promessas que foram feitas aos paraguaios. E essas promessas foram feitas com ele contando com o dinheiro extra que disse que receberá quando renegociar Itaipu.
No Brasil, a primeira batalha é esclarecer as complexas contas da hidrelétrica para provar aos brasileiros que não somos imperialistas exploradores de países mais pobres.
Miriam Leitão
No Paraguai, venceu a democracia, e isso é de se comemorar como avanço da região. Mas agora, para o Brasil, começa uma difícil batalha: convencer paraguaios e, principalmente, brasileiros de que o Brasil não é o vil explorador do Paraguai. No governo brasileiro, informa-se que o país será mais ofensivo para manter intacto o Tratado de Itaipu e provar que o preço pago pela energia é justo.
Quando, às onze da noite de domingo, a candidata colorada Blanca Ovelar reconheceu que Fernando Lugo teve mais votos, o Paraguai deu um passo gigantesco. Nicanor Duarte não estava ao lado dela. Deveria estar. Assim sumiram os temores de problemas. O Paraguai faz agora a primeira alternância do poder em 61 anos; a primeira alternância de poder pacífica de sua história ao tirar do governo o partido que apoiou a ditadura e sobreviveu a ela mantendo o controle do país e da máquina governamental. É um momento histórico para os paraguaios.
O ex-general Lino Oviedo, ontem à tarde, anunciou seu apoio a Lugo. O mesmo fez o candidato que ficou em quarto lugar, Pedro Fadul, do Pátria Querida. O Partido Colorado fez 16 senadores, a maior bancada. O Partido Liberal, um centrão clientelista que faz parte da coligação de Lugo, ficou com 13. Outros três pequenos partidos que deram apoio inicial a Fernando Lugo fizeram um cada um. Isso fez com que a coligação tivesse 16 senadores. Mas com os 9 de Lino Oviedo e os 4 do outro candidato, Pedro Fadul, o presidente Lugo pode ter o apoio total de 29 senadores. Uma composição heterogênea. O senador mais votado do país foi o atual presidente Nicanor Duarte. Na Câmara, deve se repetir esse mesmo quadro.
O Partido Colorado perdeu a Presidência porque se dividiu sobre a candidatura de Blanca Ovelar. O resultado deve mostrar que eles continuarão fortes no Congresso. Lino Oviedo, um ex-colorado, também será uma força. Lugo terá um grupo tão heterogêneo que vai da direita à extrema esquerda. Não será fácil governar assim.
Seu grande mote de campanha foi acusar o Brasil de ser um vil explorador do povo paraguaio. Ele não economizou nas acusações. O Brasil apanhou em silêncio: o Itamaraty não defendeu o país e Itaipu ficou prisioneira da sua natureza de binacional. "Como uma empresa que tem dois patrões pode defender-se quando um patrão acusa o outro?", explicou-me um dirigente de Itaipu. Ontem o chefe do Itamaraty fez pior. Em Gana, ele teria dito ser "justo" que o Paraguai busque uma remuneração "adequada" para sua energia.
Agora é a hora de dar a versão brasileira, e ela não é fácil de explicar. É uma história longa e complexa que, quando os técnicos brasileiros vão explicar em detalhes, o interlocutor dorme antes de se chegar ao final da primeira resposta. E a primeira pergunta é: pagar US$2,80 por megawatt não é mesmo uma exploração absurda e inaceitável?
Na verdade, o Brasil paga US$45, mas não consegue explicar isso. Do preço, US$42 vão para pagar a dívida externa contraída para fazer a obra, os juros da dívida, os custos operacionais da empresa, os royalties aos dois lados. O valor US$2,80 é uma parcela paga ao Paraguai pelo que eles chamam de cessão da energia. Hoje, os paraguaios recebem dessa cessão e de outros investimentos que a empresa faz lá algo como US$500 milhões por ano.
Mas quem é o credor e por que não se renegocia essa dívida que só estará paga em 2023? Aí é outra confusão. O grande credor é a própria Eletrobrás e o Tesouro brasileiro, porque foram eles que assumiram a dívida. O Brasil diz que já renegociou a dívida em dois momentos. Em um, os contratos passaram a ter juros bem menores que os contratados (agora são de 4% a 7% ao ano) e, em outro momento, o Brasil aceitou não incluir na atualização da dívida a inflação americana.
No Paraguai, a tendência majoritária dos meios de comunicação, principalmente o jornal "ABC Color", é defender agressivamente a idéia de que o tratado precisa ser revisto para que o Paraguai possa vender a energia dele para outro país, se quiser, e para que o Brasil pague mais por ela. Na campanha, Lugo prometeu tudo com base nesse dinheiro que viria: energia de graça para 25% da população, energia subsidiada para outros 25%; milhares de empregos; crescimento econômico. Seu principal assessor, que certamente terá posição decisiva, é Ricardo Canese, autor de uma tese, defendida em livro, completamente estapafúrdia: de que, na época do Tratado de Itaipu, o petróleo custava US$2 o barril; agora custa US$117. Ele quer "petrolarizar" o custo da energia de Itaipu.
Lugo poderá nomear os seis diretores paraguaios de Itaipu e conselheiros. Lá tudo é dividido meio a meio. Ideal para criar impasses em momentos de conflito. O Brasil, que capitalizou a parte brasileira e a paraguaia para constituição da empresa, que tomou os empréstimos internacionais quando o Paraguai não conseguiria, que paga hoje mais pela energia que compra de Itaipu do que o Paraguai paga pela que compra para seu consumo, tem os mesmos poderes na direção da empresa.
O novo presidente terá que governar sem maioria, com uma coalizão heterogênea, com a máquina ainda controlada pelos colorados, que estão no poder há 61 anos, e tendo que cumprir as expectativas de abundância devido às promessas que foram feitas aos paraguaios. E essas promessas foram feitas com ele contando com o dinheiro extra que disse que receberá quando renegociar Itaipu.
No Brasil, a primeira batalha é esclarecer as complexas contas da hidrelétrica para provar aos brasileiros que não somos imperialistas exploradores de países mais pobres.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Lugo sonha com grande pátria latino-americana, mas é advertido por Lula sobre Itaipu
Seg, 21 Abr, 09h06
ASSUNÇÃO (AFP) - O presidente eleito paraguaio, Fernando Lugo, disse nesta segunda-feira que sonha com "a grande pátria" de uma América Latina integrada e sem fronteiras, mas foi advertido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o tratado de Itaipu não será revisto.
"Continuo sonhando com a grande pátria, com uma América Latina integrada, sem fronteiras", declarou Lugo, vencedor das eleições paraguaias de domingo, que insistiu em rever o acordo de Itaipu, para que o Paraguai receba "um preço justo" pela energia vendida ao Brasil.
Lugo disse que vai explorar todos os canais de negociação com o Brasil, mas não descartou recorrer aos tribunais para defender os interesses paraguaios em relação a Itaipu.
Lula cumprimentou Lugo por sua vitória, mas advertiu que o Brasil não revisará o tratado da represa binacional, com exige o ex-bispo de esquerda.
"Em Itaipu temos um tratado e vamos mantê-lo. Um tratado não de modifica", afirmou Lula.
Na entrevista à rádio católica "Fé e Alegria", Lugo destacou que quer "continuar sonhando com os povos da América Latina", e citou vários presidentes da esquerda da região: "Com os povos de Correa, de Bachelet, de Tabaré", referindo-se aos presidentes Rafael Correa (Equador), Michelle Bachelet (Chile) e Tabaré Vázquez (Uruguai).
"Também com o de Evo (Morales, presidente da Bolívia), que entrou em contato conosco às duas da manhã para saber o resultado de domingo e se colocou à nossa disposição", contou.
"Ou mesmo com Kirchner... e com Chávez", disse, referindo-se aos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela).
"E com a Nicarágua", acrescentou.
"Vamos tecer uma relação que será bastante positiva no futuro", adiantou. "O Paraguai não pode ser uma ilha afastada, deve se integrar ao continente".
"Minha primeira medida é uma que tenho cravada no coração: a de nossos povos indígenas", pela "dívida histórica que temos com eles, os verdadeiros donos originários desta terra", anunciou Lugo, que foi bispo de San Pedro (400 km ao norte de Assunção), região mais pobre do Paraguai.
"Chega de indígenas morrendo de fome, tuberculose ou falta de atenção", afirmou.
"A partir de agora começa uma nova era da política paraguaia", disse.
"A história muda, cai o Partido Colorado, mudam as estruturas" do Paraguai, afirmou o ex-bispo, que derrotou a governista Blanca Ovelar, pondo fim aos 61 anos de poder colorado, incluindo os 35 de ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
"O Partido Colorado governou para um grupo seleto de paraguaios. Isso acabou, e um governo para todos os paraguaios começa", assegurou Lugo, que venceu com 40,8% dos votos contra 30,8% de Ovelar, ex-ministra da Educação do atual presidente Nicanor Duarte.
"Que acabe isso de que é preciso ser colorado para trabalhar como funcionário público", acrescentou, ressaltando que seu governo será "aberto, honesto, transparente".
"Creio que é a primeira vez no Paraguai que um governo entrega o poder a outro de tendência diferente sem derramamento de sangue", frisou.
Lugo - declarado bispo rebelde e suspenso "a divinis" por envolver-se com a política - também comentou suas relações com os dirigentes da Igreja Católica. "Cada vez que me fazem essa pergunta sinto uma pontada no coração".
"Temos relações fecundas, históricas, que não foram esporádicas". Na noite passada "conversamos com padres e membros de muitas comunidades, que também são a Igreja, que não é apenas os dignitários".
O presidente eleito pediu perdão à Igreja pela "dor" que causou com sua desobediência às leis canônicas, ao se lançar na disputa presidencial: "Se minha atitude e minha desobediência às leis canônicas causaram dor, peço, sinceramente perdão aos membros da Igreja".
Lugo revelou que sua irmã será a "primeira-dama" do Paraguai: "Mercedes sempre foi minha conselheira, porque sou o mais novo de seis irmãos. Ela é muito trabalhadora".
O presidente eleito, segundo estadista solteiro do Paraguai depois de Eligio Ayala, em 1928, afirmou que deseja continuar vivendo em sua atual casa, no bairro de Lambaré, nas cercanias de Assunção.
Fernando Lugo também disse à AFP que ainda não está em condições de prever o futuro: "Não posso ver" o Paraguai daqui a cinco anos, afirmou.
"Estou tranqüilo, embora tenha o ânimo acelerado. Tranqüilo e desejando descansar, mas ainda não posso", afirmou.
link: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/0804 ... i____es_43
Abraços,
Wesley
Seg, 21 Abr, 09h06
ASSUNÇÃO (AFP) - O presidente eleito paraguaio, Fernando Lugo, disse nesta segunda-feira que sonha com "a grande pátria" de uma América Latina integrada e sem fronteiras, mas foi advertido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o tratado de Itaipu não será revisto.
"Continuo sonhando com a grande pátria, com uma América Latina integrada, sem fronteiras", declarou Lugo, vencedor das eleições paraguaias de domingo, que insistiu em rever o acordo de Itaipu, para que o Paraguai receba "um preço justo" pela energia vendida ao Brasil.
Lugo disse que vai explorar todos os canais de negociação com o Brasil, mas não descartou recorrer aos tribunais para defender os interesses paraguaios em relação a Itaipu.
Lula cumprimentou Lugo por sua vitória, mas advertiu que o Brasil não revisará o tratado da represa binacional, com exige o ex-bispo de esquerda.
"Em Itaipu temos um tratado e vamos mantê-lo. Um tratado não de modifica", afirmou Lula.
Na entrevista à rádio católica "Fé e Alegria", Lugo destacou que quer "continuar sonhando com os povos da América Latina", e citou vários presidentes da esquerda da região: "Com os povos de Correa, de Bachelet, de Tabaré", referindo-se aos presidentes Rafael Correa (Equador), Michelle Bachelet (Chile) e Tabaré Vázquez (Uruguai).
"Também com o de Evo (Morales, presidente da Bolívia), que entrou em contato conosco às duas da manhã para saber o resultado de domingo e se colocou à nossa disposição", contou.
"Ou mesmo com Kirchner... e com Chávez", disse, referindo-se aos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela).
"E com a Nicarágua", acrescentou.
"Vamos tecer uma relação que será bastante positiva no futuro", adiantou. "O Paraguai não pode ser uma ilha afastada, deve se integrar ao continente".
"Minha primeira medida é uma que tenho cravada no coração: a de nossos povos indígenas", pela "dívida histórica que temos com eles, os verdadeiros donos originários desta terra", anunciou Lugo, que foi bispo de San Pedro (400 km ao norte de Assunção), região mais pobre do Paraguai.
"Chega de indígenas morrendo de fome, tuberculose ou falta de atenção", afirmou.
"A partir de agora começa uma nova era da política paraguaia", disse.
"A história muda, cai o Partido Colorado, mudam as estruturas" do Paraguai, afirmou o ex-bispo, que derrotou a governista Blanca Ovelar, pondo fim aos 61 anos de poder colorado, incluindo os 35 de ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
"O Partido Colorado governou para um grupo seleto de paraguaios. Isso acabou, e um governo para todos os paraguaios começa", assegurou Lugo, que venceu com 40,8% dos votos contra 30,8% de Ovelar, ex-ministra da Educação do atual presidente Nicanor Duarte.
"Que acabe isso de que é preciso ser colorado para trabalhar como funcionário público", acrescentou, ressaltando que seu governo será "aberto, honesto, transparente".
"Creio que é a primeira vez no Paraguai que um governo entrega o poder a outro de tendência diferente sem derramamento de sangue", frisou.
Lugo - declarado bispo rebelde e suspenso "a divinis" por envolver-se com a política - também comentou suas relações com os dirigentes da Igreja Católica. "Cada vez que me fazem essa pergunta sinto uma pontada no coração".
"Temos relações fecundas, históricas, que não foram esporádicas". Na noite passada "conversamos com padres e membros de muitas comunidades, que também são a Igreja, que não é apenas os dignitários".
O presidente eleito pediu perdão à Igreja pela "dor" que causou com sua desobediência às leis canônicas, ao se lançar na disputa presidencial: "Se minha atitude e minha desobediência às leis canônicas causaram dor, peço, sinceramente perdão aos membros da Igreja".
Lugo revelou que sua irmã será a "primeira-dama" do Paraguai: "Mercedes sempre foi minha conselheira, porque sou o mais novo de seis irmãos. Ela é muito trabalhadora".
O presidente eleito, segundo estadista solteiro do Paraguai depois de Eligio Ayala, em 1928, afirmou que deseja continuar vivendo em sua atual casa, no bairro de Lambaré, nas cercanias de Assunção.
Fernando Lugo também disse à AFP que ainda não está em condições de prever o futuro: "Não posso ver" o Paraguai daqui a cinco anos, afirmou.
"Estou tranqüilo, embora tenha o ânimo acelerado. Tranqüilo e desejando descansar, mas ainda não posso", afirmou.
link: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/0804 ... i____es_43
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Preço pago ao Paraguai por energia é justo, diz diretor de Itaipu
Segundo Jorge Samek, não há motivo para alterar o acordo vigente entre os países.
Presidente eleito do Paraguai quer reajustar valores.
O diretor-geral da usina de Itaipu, Jorge Samek, afirmou nesta terça-feira (22), em entrevista em Curitiba, que o preço pago ao Paraguai pela energia que a que o país vizinho tem direito mais não usa é justo, e que não vê razão para alterar o acordo vigente. O reajuste é um dos principais objetivos do novo presidente eleito do país vizinho, Fernando Lugo.
"O preço que nós pagamos pela energia de Itaipu é o preço necessário para pagar todo o financiamento, distribuir royalties, fazer o funcionamento da usina. É o preço justo", disse ele.
Segundo Samek, a usina está com seus compromissos em dia. "Nós não vemos nenhuma razão para alterar esse tratado, que vem contribuindo para o desenvolvimento tanto do Paraguai como do Brasil", afirmou.
Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vai renegociar o contrato de fornecimento de energia da usina hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai. "Nós temos um tratado, e o tratado vai se manter”, declarou Lula, durante entrevista coletiva a jornalistas em Gana.
Mais tarde, no entanto, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que não está descartado um eventual reajuste dos valores pagos ao Paraguai. Segundo ele, isso já foi feito no passado, por defasagem de preços, e poderá se repetir, segundo informações da Agência Brasil.
Após ser eleito na noite do último domingo (20), Fernando Lugo já anunciou que pretende “discutir Itaipu ao máximo”. Ele já afirmou anterior mente que os US$ 300 milhões pagos pelo Brasil anualmente são irrisórios quando na realidade deveria pagar entre US$ 1,5 a 2 bilhões, a preço de mercado.
Nova equipe
Nesta segunda, um dia depois de eleito presidente do Paraguai, Fernando Lugo disse que vai criar um equipe técnica para discutir "um preço justo" para a energia de Itaipu que o Brasil compra do Paraguai, de acordo com informações da BBC. Lugo também disse que espera abrir uma "mesa de diálogo de técnicos" com o Brasil o "mais rápido possível".
"As primeiras medidas são as de formar um equipe técnica. Assim como conversamos com o presidente Lula, e ele mostrava sua disposição, independente das posturas diversas confrontadas", disse Lugo.
Questionado sobre o que faria se não houvesse entendimento com o governo brasileiro, Lugo levantou a possibilidade de convidar um terceiro país da região para atuar como mediador.
Na entrevista a jornalistas brasileiros nesta segunda-feira, Lugo procurou adotar um discurso moderado e disse que não recorrerá a nenhum tribunal internacional até "esgotar" a negociação com o Brasil.
Link: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... TAIPU.html
Abraços,
Wesley
Segundo Jorge Samek, não há motivo para alterar o acordo vigente entre os países.
Presidente eleito do Paraguai quer reajustar valores.
O diretor-geral da usina de Itaipu, Jorge Samek, afirmou nesta terça-feira (22), em entrevista em Curitiba, que o preço pago ao Paraguai pela energia que a que o país vizinho tem direito mais não usa é justo, e que não vê razão para alterar o acordo vigente. O reajuste é um dos principais objetivos do novo presidente eleito do país vizinho, Fernando Lugo.
"O preço que nós pagamos pela energia de Itaipu é o preço necessário para pagar todo o financiamento, distribuir royalties, fazer o funcionamento da usina. É o preço justo", disse ele.
Segundo Samek, a usina está com seus compromissos em dia. "Nós não vemos nenhuma razão para alterar esse tratado, que vem contribuindo para o desenvolvimento tanto do Paraguai como do Brasil", afirmou.
Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vai renegociar o contrato de fornecimento de energia da usina hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai. "Nós temos um tratado, e o tratado vai se manter”, declarou Lula, durante entrevista coletiva a jornalistas em Gana.
Mais tarde, no entanto, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que não está descartado um eventual reajuste dos valores pagos ao Paraguai. Segundo ele, isso já foi feito no passado, por defasagem de preços, e poderá se repetir, segundo informações da Agência Brasil.
Após ser eleito na noite do último domingo (20), Fernando Lugo já anunciou que pretende “discutir Itaipu ao máximo”. Ele já afirmou anterior mente que os US$ 300 milhões pagos pelo Brasil anualmente são irrisórios quando na realidade deveria pagar entre US$ 1,5 a 2 bilhões, a preço de mercado.
Nova equipe
Nesta segunda, um dia depois de eleito presidente do Paraguai, Fernando Lugo disse que vai criar um equipe técnica para discutir "um preço justo" para a energia de Itaipu que o Brasil compra do Paraguai, de acordo com informações da BBC. Lugo também disse que espera abrir uma "mesa de diálogo de técnicos" com o Brasil o "mais rápido possível".
"As primeiras medidas são as de formar um equipe técnica. Assim como conversamos com o presidente Lula, e ele mostrava sua disposição, independente das posturas diversas confrontadas", disse Lugo.
Questionado sobre o que faria se não houvesse entendimento com o governo brasileiro, Lugo levantou a possibilidade de convidar um terceiro país da região para atuar como mediador.
Na entrevista a jornalistas brasileiros nesta segunda-feira, Lugo procurou adotar um discurso moderado e disse que não recorrerá a nenhum tribunal internacional até "esgotar" a negociação com o Brasil.
Link: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... TAIPU.html
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh