Olá PRick,PRick escreveu:
Sua análise deixa de fora o caminho que está para acontecer. Na minha opinião.![]()
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Como comprar pouca quantidade de caças importados com transferência de tecnologia e sem produção local deles? É simples, basta que esta compra seja casada com um amplo pacote de vendas de armas, feita sob o manto de um tratado de aliança estratégica, dando assim volume e status político para suprir a pequena demanda da FAB por caças de 4ª Geração.
E o ideal é que esta compra de caças não esteja vinculada a decisões futuras sobre caças de 5ª geração ou mesmo do desenvolvimento direto de UCAV´s.
É a vantagem de se comprar tudo num único fornecedor, o volume de compras individual pequenas podem somar um valor global grande.
Assim, ao contrário do que muitos pensam, pode se interessante para o Governo amarrar a compra dos caças a outros armamentos.
Fazendo assim a FAB poderá dispor de 24 caças, ficando livre para negociar no futuro, qualquer compra ou desenvolvimento de caças ou UACV´s. Trata-se do caça tampão de 4ª geração. Um seguro contra confusões na América do Sul.
Se pensarmos um Rafale de baixo custo, diria que seria uma versão do F-3, com integração de armamentos futuros, mas agora usaria Matra Magic II, Exocet´s e outros equipamentos que a FAB já possui. Podemos incluir no pacote um pequeno lote MICAS EW usados da AdLA, ou um lote pequeno de METEOR´s, caso a FAV compre os SU-35-1.
Um Rafale F-3 armado com MICAS, é mais do que suficiente para enfrentar qualquer problema no nosso quintal.![]()
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Se tudo der errado depois, é comprar mais Rafales, e aí sim negociar a construção e o desenvolvimento local.
[ ]´s
não é que minha análise deixa de fora o caminho que está para acontecer, a minha análise mostra que o caminho que estava prestes a acontecer possa deixar de ser trilhado. Você disse "em minha opinião", na verdade não é apenas uma opinião sua, é fato o que você "imagina". Mas como eu disse, as coisas podem (repito, podem) estar mudando, não por desejo, mas por falta de opção. A "troca" pode até parecer razoável, mas discordo, acho que o que você pensa bem mais razoável.
Você fala na possibilidade de se comprar caças de 4ªG com transferência de tecnologia, mas sem produção local, mas não vejo a mínima possibilidade disso acontecer. Explico, possível é, mas o preço unitário do caça vai para a estratosfera, aí não compensa de forma alguma. Além do mais, não interessante para o desenvolvedor repassar tecnologias para em troca vender 24 caças. A única forma é embutir no preço unitário do caça o valor desta transferência e que dependendo da quantidade comprada pode inclusive dobrar o preço final. Assim sendo, descarto esta hipótese (e acho que a FAB/Governo também).
Não tem como a compra de caças de 4ªG não estar atrelada a caças de 5ªG no futuro. Até porque os EUA formalmente nos ofereceram o F-35 (não sou o único a confirmar isso) e a Rússia ofereceu parceria no programa PAK-FA. Assim, caças de 5ªG não representa o futuro para o Brasil, eles já estão aí, batendo em nossas portas, isso é real e não é utópico.
Não existem vantagens de comprar tudo de um único fornecedor, aliás as três Forças já conseguiram mostrar isso para os ministros NJ e MG, que compreenderam muito bem e já estão até discursando neste sentido. Portanto, esta idéia não vai mais adiante, se é que um dia ela foi a algum lugar (no MD).
Projetos de UAV e UCAV fazem parte dos planos do MD, mas não existe ligação alguma com compras de caças, até o Jobim conseguiu compreender isso. Estes meios são importantes e avançarão cada vez mais, porém durante os próximos 20 anos não serão os substitutos de caças tripulados. Portanto são duas coisas distintas, pois não se compra agora pensando no que vai acontecer daqui a 30, época que os prováveis caças comprados agora estarão se aposentando. Isto também está descartado, ou seja, o casamento destes dois tipos de meios aéreos.
Rafale de baixo custo? Isso não faz sentido! Se o problema é o custo do caça, então compra SU-35-1 que é bem mais barato e faz o mesmo ou praticamente o mesmo. Outras opções existem da mesma forma, como o Gripen. Se o assunto for baixos custos, o Rafale vai para escanteio. O Rafale é uma excelente opção se vier com transferência de tecnologia e acima de tudo produção local (porque se trata de uma plataforma moderna, diferente do SU-35-1, por exemplo), fora isso, deixa de ser viável.
Você sabe que tenho várias restrições e críticas ao Rafale, mas enquanto caça em si, porém sou totalmente favorável a compra deste caça pra FAB, mas da forma que coloquei acima. O importante no Rafale é que é uma plataforma muito nova, com capacidade de crescimento futuro, mais do que suficiente para as necessidades da FAB (pelo menos durante um bom tempo). Mas ele é caro, muito caro. Se for comprar por comprar e se for para escolher um caça que tenha capacidade de enfrentar "problemas em nosso quintal", então defendo com unhas e dentes (como se minha opinião fizesse diferença. rsrsrs) que se opte por um caça mais barato, como o SU-35-1 ou mesmo o Gripen.
Abração,
Orestes