Novo Fuzil para o EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Guerra
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Re: Novo Fuzil para o EB

#946 Mensagem por Guerra » Sex Abr 11, 2008 7:50 am

italo clay escreveu:a IMBEL não passa de um cabidão de emprego para oficiais da reserva, tá explicado ?

E o fato do MD ser uma grande curva de rio!?




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Guerra
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Re: Novo Fuzil para o EB

#947 Mensagem por Guerra » Sex Abr 11, 2008 7:52 am

ZeRo4 escreveu:O MD-97L é tão lixão quem nem os membros da FNSP estão satisfeitos... aki no RJ jah pegaram uns M4 "emprestados" para testar.

Uma coisa que me deixa intrigado sobre as três FAs é a despadronização quanto ao Fuzil de serviço! São três fuzis completamente diferentes, com sistemas diferentes e até munição diferente... isso deve ser consertado!
Disseram que o MD iria ser criado para isso




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Novo Fuzil para o EB

#948 Mensagem por Pablo Maica » Sex Abr 11, 2008 7:53 am

Olha o Fuzil é uma das maiores prioridades no EB... o bom e velho FAL ja não ta mais aguentando ao contrario do que muitos pensam não ha FALs tinindo de novos nas armarias dos quarteis e os que se pode dizer que estão em bom estado não são muitos tambem, afinal de contas são fuzis chegando ao seus 40 anos de idade.

Portanto a questão FUZIL substituto é crucial para o EB, afinal um exercito sem armas não passa de um bando de escoteiros.


Um abraço e t+ :D




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Re: Novo Fuzil para o EB

#949 Mensagem por rodrigo malaquias » Sex Abr 11, 2008 12:01 pm

Exato e o fuzil é o básico. Se até os que estão com as policias militares não estão em bom estado(final da decada de 80) imagina os do EB




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Re: Novo Fuzil para o EB

#950 Mensagem por A.K. for T-7 » Sáb Abr 12, 2008 12:24 am

henriquejr escreveu: Caro Beraldi,
não me admiro nenhum pouco voce não concordar comigo a respeito do MD-97, qualquer cidadão que entenda o mínimo de armas concordará contigo, até certo ponto eu concordo tb, mas acho que isso não é nem deve ser uma prioridade para o EB, existem muitos outros equipamentos que necessitam serem substituido ou adquiridos com maior urgencia, um exemplo disse são projetos como o Urutú III, artilharia anti-aerea, sensores e outros equipamentos, ALAC, MS-1.2, etc!

Mas a respeito do que comentei sobre os Fuzileiros voce concorda ou discora de mim??? Voce não acha que eles, por ser uma tropa altamente profissional e excencialmente de linha de frente, não mereceriam um fuzil bem melhor que os M-16A2 e M-4???
Discordo, Henrique. pelo seguinte:

A base de qualquer Exército é o infante com seu fuzil. Um bom infante com um bom fuzil e 50% do caminho está andado. Um moleque imberbe e sem noção com um SCAR todo equipado não adianta, assim como também não adianta um "Rambo" com uma arma que não agüenta 300 disparos antes de ficar imprestável.

É óbvio que um Exército não é só isso, mas é aí que um Exército começa. Organização, técnica, disciplina, um bom armamento leve e suprimentos para apoiar as ações. Isto já é o suficiente para dar MUITO trabalho para qualquer potência bélica. Vide Vietnam. É óbvio que sistemas acima na "cadeia alimentar" são essenciais, tanto que logo após "o fuzil", ou armamento leve em geral, eu elejo a artilharia como a próxima prioridade para formar, em termos de equipamentos, a espinha dorsal de um bom Exército. Mas comecemos pelo básico.

O FAL é uma arma antiga. Os nossos estão velhos. Certa vez fui mandado a uma OM de porte, que não vou declinar, para separar 10 fuzis FAL que o Exército iria nos emprestar para uma operação "pesada", pois só tínhamos dois M-4 à disposição na minha unidade da PF. Foi a tarde inteira fazendo uma "peneira", pois quase todos apresentavam algum problema de certa gravidade que comprometia a funcionalidade da arma. Estavam todos bonitinhos e limpinhos, mas na hora de funcionar, não estavam lá estas coisas. Esta é a realidade. Você sairia para o serviço com um .38 que dispara, mas não gira o tambor? É este o caso.

O MD-97 não atende aos requisitos confiabilidade e durabilidade. Se o órgão de certificação do EB diz que atende, ou o órgão do EB está mentindo, ou maquiando os resultados, ou a IMBEL está mandando armas "especiais", feitas sob medida para os testes de aceitação do EB. O DPF constatou, a FNSP constatou, a PC/PM do PR constatou, a CTT constatou, o próprio EB, por meio de Unidades de elite constatou...

Um bom fuzil 5,56x45mm é essencial para o EB de hoje, tanto para a redução de custos, como para o treinamento dos quadros e para a operacionalização da doutrina atual. Em termos práticos, a arma nova vai diminuir os gastos com manutenção e substituição de peças, a munição mais barata que o 7,62x51mm vai reduzir os custos de treinamento, a munição mais leve vai facilitar a logística de combate em cenários como a Amazônia, que é um dos principais focos de atenção hoje.

Se estamos curtos de grana, façamos como o Chavez: compre-se a licença do Kalashnikov para a IMBEL produzir aqui o AK-101 a cerca de R$ 480,00 (quatrocentos e oitenta reais) a unidade. O maquinário da IMBEL é adequado à produção do AK. Os materiais utilizados são os mesmos empregados no FAL. Não precisa investir praticamente em nada. No final teríamos uma arma excelente para um Exército predominantemente formado por conscritos e, acima de tudo, uma arma barata, resistente e confiável. E que atende aos requsitos delineados acima.

Quanto aos FN, eles são basicamente uns Mini-US Marines. Toda a nossa doutrina e equipamento é focada na deles, para replicar a deles. Estamos de M-16 por causa disso. Se o US Marines passar a usar o FN SCAR, e aguarde que é justamente isso que vai ocorrer no médio prazo, assim que acabar a zica do Iraque e as finanças se estabilizarem, pode ter certeza que nossos FN vão começar a olhar o SCAR. É natural. Lógico que fazemos uma adaptação, dentro de nossas possibilidades, mas uma documentação do US Marines explicando as vantagens de uma transição do M-16 para o SCAR, com certeza faz escola aqui.

Agora sou pró-padronização. Um fuzil para FN, EB e FAB. Acho que vai acabar ocorrendo isso. E que não vai ser o MD-97.




Se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.
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Re: Novo Fuzil para o EB

#951 Mensagem por sed3hx » Sáb Abr 12, 2008 12:12 pm

A.K. for T-7 escreveu:
henriquejr escreveu: Caro Beraldi,
não me admiro nenhum pouco voce não concordar comigo a respeito do MD-97, qualquer cidadão que entenda o mínimo de armas concordará contigo, até certo ponto eu concordo tb, mas acho que isso não é nem deve ser uma prioridade para o EB, existem muitos outros equipamentos que necessitam serem substituido ou adquiridos com maior urgencia, um exemplo disse são projetos como o Urutú III, artilharia anti-aerea, sensores e outros equipamentos, ALAC, MS-1.2, etc!

Mas a respeito do que comentei sobre os Fuzileiros voce concorda ou discora de mim??? Voce não acha que eles, por ser uma tropa altamente profissional e excencialmente de linha de frente, não mereceriam um fuzil bem melhor que os M-16A2 e M-4???
Discordo, Henrique. pelo seguinte:

A base de qualquer Exército é o infante com seu fuzil. Um bom infante com um bom fuzil e 50% do caminho está andado. Um moleque imberbe e sem noção com um SCAR todo equipado não adianta, assim como também não adianta um "Rambo" com uma arma que não agüenta 300 disparos antes de ficar imprestável.

É óbvio que um Exército não é só isso, mas é aí que um Exército começa. Organização, técnica, disciplina, um bom armamento leve e suprimentos para apoiar as ações. Isto já é o suficiente para dar MUITO trabalho para qualquer potência bélica. Vide Vietnam. É óbvio que sistemas acima na "cadeia alimentar" são essenciais, tanto que logo após "o fuzil", ou armamento leve em geral, eu elejo a artilharia como a próxima prioridade para formar, em termos de equipamentos, a espinha dorsal de um bom Exército. Mas comecemos pelo básico.

O FAL é uma arma antiga. Os nossos estão velhos. Certa vez fui mandado a uma OM de porte, que não vou declinar, para separar 10 fuzis FAL que o Exército iria nos emprestar para uma operação "pesada", pois só tínhamos dois M-4 à disposição na minha unidade da PF. Foi a tarde inteira fazendo uma "peneira", pois quase todos apresentavam algum problema de certa gravidade que comprometia a funcionalidade da arma. Estavam todos bonitinhos e limpinhos, mas na hora de funcionar, não estavam lá estas coisas. Esta é a realidade. Você sairia para o serviço com um .38 que dispara, mas não gira o tambor? É este o caso.

O MD-97 não atende aos requisitos confiabilidade e durabilidade. Se o órgão de certificação do EB diz que atende, ou o órgão do EB está mentindo, ou maquiando os resultados, ou a IMBEL está mandando armas "especiais", feitas sob medida para os testes de aceitação do EB. O DPF constatou, a FNSP constatou, a PC/PM do PR constatou, a CTT constatou, o próprio EB, por meio de Unidades de elite constatou...

Um bom fuzil 5,56x45mm é essencial para o EB de hoje, tanto para a redução de custos, como para o treinamento dos quadros e para a operacionalização da doutrina atual. Em termos práticos, a arma nova vai diminuir os gastos com manutenção e substituição de peças, a munição mais barata que o 7,62x51mm vai reduzir os custos de treinamento, a munição mais leve vai facilitar a logística de combate em cenários como a Amazônia, que é um dos principais focos de atenção hoje.

Se estamos curtos de grana, façamos como o Chavez: compre-se a licença do Kalashnikov para a IMBEL produzir aqui o AK-101 a cerca de R$ 480,00 (quatrocentos e oitenta reais) a unidade. O maquinário da IMBEL é adequado à produção do AK. Os materiais utilizados são os mesmos empregados no FAL. Não precisa investir praticamente em nada. No final teríamos uma arma excelente para um Exército predominantemente formado por conscritos e, acima de tudo, uma arma barata, resistente e confiável. E que atende aos requsitos delineados acima.

Quanto aos FN, eles são basicamente uns Mini-US Marines. Toda a nossa doutrina e equipamento é focada na deles, para replicar a deles. Estamos de M-16 por causa disso. Se o US Marines passar a usar o FN SCAR, e aguarde que é justamente isso que vai ocorrer no médio prazo, assim que acabar a zica do Iraque e as finanças se estabilizarem, pode ter certeza que nossos FN vão começar a olhar o SCAR. É natural. Lógico que fazemos uma adaptação, dentro de nossas possibilidades, mas uma documentação do US Marines explicando as vantagens de uma transição do M-16 para o SCAR, com certeza faz escola aqui.

Agora sou pró-padronização. Um fuzil para FN, EB e FAB. Acho que vai acabar ocorrendo isso. E que não vai ser o MD-97.

AK-101 a R$480,00? Vamos acordar o Ministério da Defesa ai minha gente.
Parabéns pelo texto, muito sensato e realista.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#952 Mensagem por henriquejr » Sáb Abr 12, 2008 12:25 pm

sed3hx escreveu:
A.K. for T-7 escreveu: Discordo, Henrique. pelo seguinte:

A base de qualquer Exército é o infante com seu fuzil. Um bom infante com um bom fuzil e 50% do caminho está andado. Um moleque imberbe e sem noção com um SCAR todo equipado não adianta, assim como também não adianta um "Rambo" com uma arma que não agüenta 300 disparos antes de ficar imprestável.

É óbvio que um Exército não é só isso, mas é aí que um Exército começa. Organização, técnica, disciplina, um bom armamento leve e suprimentos para apoiar as ações. Isto já é o suficiente para dar MUITO trabalho para qualquer potência bélica. Vide Vietnam. É óbvio que sistemas acima na "cadeia alimentar" são essenciais, tanto que logo após "o fuzil", ou armamento leve em geral, eu elejo a artilharia como a próxima prioridade para formar, em termos de equipamentos, a espinha dorsal de um bom Exército. Mas comecemos pelo básico.

O FAL é uma arma antiga. Os nossos estão velhos. Certa vez fui mandado a uma OM de porte, que não vou declinar, para separar 10 fuzis FAL que o Exército iria nos emprestar para uma operação "pesada", pois só tínhamos dois M-4 à disposição na minha unidade da PF. Foi a tarde inteira fazendo uma "peneira", pois quase todos apresentavam algum problema de certa gravidade que comprometia a funcionalidade da arma. Estavam todos bonitinhos e limpinhos, mas na hora de funcionar, não estavam lá estas coisas. Esta é a realidade. Você sairia para o serviço com um .38 que dispara, mas não gira o tambor? É este o caso.

O MD-97 não atende aos requisitos confiabilidade e durabilidade. Se o órgão de certificação do EB diz que atende, ou o órgão do EB está mentindo, ou maquiando os resultados, ou a IMBEL está mandando armas "especiais", feitas sob medida para os testes de aceitação do EB. O DPF constatou, a FNSP constatou, a PC/PM do PR constatou, a CTT constatou, o próprio EB, por meio de Unidades de elite constatou...

Um bom fuzil 5,56x45mm é essencial para o EB de hoje, tanto para a redução de custos, como para o treinamento dos quadros e para a operacionalização da doutrina atual. Em termos práticos, a arma nova vai diminuir os gastos com manutenção e substituição de peças, a munição mais barata que o 7,62x51mm vai reduzir os custos de treinamento, a munição mais leve vai facilitar a logística de combate em cenários como a Amazônia, que é um dos principais focos de atenção hoje.

Se estamos curtos de grana, façamos como o Chavez: compre-se a licença do Kalashnikov para a IMBEL produzir aqui o AK-101 a cerca de R$ 480,00 (quatrocentos e oitenta reais) a unidade. O maquinário da IMBEL é adequado à produção do AK. Os materiais utilizados são os mesmos empregados no FAL. Não precisa investir praticamente em nada. No final teríamos uma arma excelente para um Exército predominantemente formado por conscritos e, acima de tudo, uma arma barata, resistente e confiável. E que atende aos requsitos delineados acima.

Quanto aos FN, eles são basicamente uns Mini-US Marines. Toda a nossa doutrina e equipamento é focada na deles, para replicar a deles. Estamos de M-16 por causa disso. Se o US Marines passar a usar o FN SCAR, e aguarde que é justamente isso que vai ocorrer no médio prazo, assim que acabar a zica do Iraque e as finanças se estabilizarem, pode ter certeza que nossos FN vão começar a olhar o SCAR. É natural. Lógico que fazemos uma adaptação, dentro de nossas possibilidades, mas uma documentação do US Marines explicando as vantagens de uma transição do M-16 para o SCAR, com certeza faz escola aqui.

Agora sou pró-padronização. Um fuzil para FN, EB e FAB. Acho que vai acabar ocorrendo isso. E que não vai ser o MD-97.

AK-101 a R$480,00? Vamos acordar o Ministério da Defesa ai minha gente.
Parabéns pelo texto, muito sensato e realista.
Concordo contigo Beraldi, voce me mostrou aspectos que eu não tinha visto antes.

Gostaria de questionar duas coisas:

1 - O que um AK-101 pode trazer de melhorias em relação ao FAL? Pelo que sei o maior atributo do primeiro é sua resistencia e confiabilidade mas com relação a isso o FAL tb não deixa a desejar(quando novo).
Ao meu ver o FAL tem algumas caracteristicas que superam o AK-101, como a precisão por exemplo.
Se for para tomar essa medida, não seria melhor aperfeiçoar o MD-97??? Ta certo que este é um fuzil que ja nasceu ultrapassado com relação a modularidade mas tb não vejo grande vantagem para o AK-101 neste quesito. Ao meu ver a familia AK não traria ganhos o suficiente que justifique a troca do FAL ou MD-97 melhorado, pelo mesmo.

2 - Com relação aos FNs, voce não considera que falta mais visão dos seus comandantes? Será que eles não conseguiram imaginar uma coisa praticamente óbvia que seria a troca do M-16 pelo SCAR por parte dos US MARINES(tendo em vista que a aquisição dos M-16 pelo CFN é considerado bem recente, tanto que ainda esta ocorrendo, ainda existem muitos FNs armados com FAL!)?

[]''




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Re: Novo Fuzil para o EB

#953 Mensagem por Kratos » Sáb Abr 12, 2008 12:54 pm

O problema do MD-97 não é a modularidade, é a confiabilidade do material empregado na fabricação do fuzil, pelos reclames que foram ditos parece que nem o alumínio do fuzil a Imbel sabe produzir.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#954 Mensagem por A.K. for T-7 » Sáb Abr 12, 2008 1:29 pm

henriquejr escreveu: Concordo contigo Beraldi, voce me mostrou aspectos que eu não tinha visto antes.

Gostaria de questionar duas coisas:

1 - O que um AK-101 pode trazer de melhorias em relação ao FAL? Pelo que sei o maior atributo do primeiro é sua resistencia e confiabilidade mas com relação a isso o FAL tb não deixa a desejar(quando novo).
Ao meu ver o FAL tem algumas caracteristicas que superam o AK-101, como a precisão por exemplo.
Se for para tomar essa medida, não seria melhor aperfeiçoar o MD-97??? Ta certo que este é um fuzil que ja nasceu ultrapassado com relação a modularidade mas tb não vejo grande vantagem para o AK-101 neste quesito. Ao meu ver a familia AK não traria ganhos o suficiente que justifique a troca do FAL ou MD-97 melhorado, pelo mesmo.

2 - Com relação aos FNs, voce não considera que falta mais visão dos seus comandantes? Será que eles não conseguiram imaginar uma coisa praticamente óbvia que seria a troca do M-16 pelo SCAR por parte dos US MARINES(tendo em vista que a aquisição dos M-16 pelo CFN é considerado bem recente, tanto que ainda esta ocorrendo, ainda existem muitos FNs armados com FAL!)?

[]''
1 - O AK-101 é basicamente um AK-74 em calibre 5,56x45mm OTAN, ou seja, um fuzil com uma leve caixa de culatra em aço estampado, ao invés de ser toda em aço forjado (pesada), com um quebra-chamas/freio de boca/compensador que praticamente elimina o recuo (parece uma carabina .22 LR atirando), e com guarda-mãos, coronha e carregador em resina plástica/fibra ou polímero.

É, a meu ver, superior ao FAL porque:

a) O calibre é o mais barato e leve 5,56x45mm OTAN
b) O Fuzil é bem mais compacto e bem mais leve
c) Atira praticamente sem recuo, tanto em semi quanto em automático
d) É tão preciso quanto um Colt LE1620 ou um HK-33
e) Tem a resistência, a confiabilidade e a simplicidade do mecanismo Kalashnikov
f) É muito mais fácil de desmontar e manter que o FAL
g) É mais resistente que o MD-97 porque é todo feito em aço, diferentemente do MD-97 que tem a caixa em alumínio, e ainda assim é mais leve que o MD-97
h) É muito mais barato de produzir que o FAL e o MD-97

2 - Acho que os FN são a Força com mais visão do que é um combate moderno. Só para ter uma idéia, já em 1994 eles já focavam em Guerra Eletrônica, com doutrina bem formada e equipamentos em uso pela tropa.
Acho que optaram pelo M-16A2 por três motivos:
a) Porque era o mais fácil de se adquirir com os recursos a conta-gota disponíveis à época que começou a substituição, contando com um financiameto facilitado e de longo prazo (FMS).
b) Porque era o melhor disponível dentro da realidade orçamentária da MB;
c) Porque era a arma que os Marines falavam que iriam utilizar pelos próximos 30 anos (Não existia SCAR, HK 416, etc., à época)




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Re: Novo Fuzil para o EB

#955 Mensagem por italo clay » Sáb Abr 12, 2008 2:40 pm

sem falar que a compra dos M16 pelo CFN foi uma compra casada com um novo lote de LVTP7 vulgo clanf




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Re: Novo Fuzil para o EB

#956 Mensagem por Bolovo » Sáb Abr 12, 2008 3:16 pm

A.K. for T-7 escreveu:
henriquejr escreveu: Concordo contigo Beraldi, voce me mostrou aspectos que eu não tinha visto antes.

Gostaria de questionar duas coisas:

1 - O que um AK-101 pode trazer de melhorias em relação ao FAL? Pelo que sei o maior atributo do primeiro é sua resistencia e confiabilidade mas com relação a isso o FAL tb não deixa a desejar(quando novo).
Ao meu ver o FAL tem algumas caracteristicas que superam o AK-101, como a precisão por exemplo.
Se for para tomar essa medida, não seria melhor aperfeiçoar o MD-97??? Ta certo que este é um fuzil que ja nasceu ultrapassado com relação a modularidade mas tb não vejo grande vantagem para o AK-101 neste quesito. Ao meu ver a familia AK não traria ganhos o suficiente que justifique a troca do FAL ou MD-97 melhorado, pelo mesmo.

2 - Com relação aos FNs, voce não considera que falta mais visão dos seus comandantes? Será que eles não conseguiram imaginar uma coisa praticamente óbvia que seria a troca do M-16 pelo SCAR por parte dos US MARINES(tendo em vista que a aquisição dos M-16 pelo CFN é considerado bem recente, tanto que ainda esta ocorrendo, ainda existem muitos FNs armados com FAL!)?

[]''
1 - O AK-101 é basicamente um AK-74 em calibre 5,56x45mm OTAN, ou seja, um fuzil com uma leve caixa de culatra em aço estampado, ao invés de ser toda em aço forjado (pesada), com um quebra-chamas/freio de boca/compensador que praticamente elimina o recuo (parece uma carabina .22 LR atirando), e com guarda-mãos, coronha e carregador em resina plástica/fibra ou polímero.

É, a meu ver, superior ao FAL porque:

a) O calibre é o mais barato e leve 5,56x45mm OTAN
b) O Fuzil é bem mais compacto e bem mais leve
c) Atira praticamente sem recuo, tanto em semi quanto em automático
d) É tão preciso quanto um Colt LE1620 ou um HK-33
e) Tem a resistência, a confiabilidade e a simplicidade do mecanismo Kalashnikov
f) É muito mais fácil de desmontar e manter que o FAL
g) É mais resistente que o MD-97 porque é todo feito em aço, diferentemente do MD-97 que tem a caixa em alumínio, e ainda assim é mais leve que o MD-97
h) É muito mais barato de produzir que o FAL e o MD-97

2 - Acho que os FN são a Força com mais visão do que é um combate moderno. Só para ter uma idéia, já em 1994 eles já focavam em Guerra Eletrônica, com doutrina bem formada e equipamentos em uso pela tropa.
Acho que optaram pelo M-16A2 por três motivos:
a) Porque era o mais fácil de se adquirir com os recursos a conta-gota disponíveis à época que começou a substituição, contando com um financiameto facilitado e de longo prazo (FMS).
b) Porque era o melhor disponível dentro da realidade orçamentária da MB;
c) Porque era a arma que os Marines falavam que iriam utilizar pelos próximos 30 anos (Não existia SCAR, HK 416, etc., à época)
Boa. [009]

A idéia de AK-101 pro grosso da tropa e SCAR-L/G36/HK416 para as tropas de elite é uma boa.

Imagem

Vários países usam conceitos parecidos.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Novo Fuzil para o EB

#957 Mensagem por sed3hx » Sáb Abr 12, 2008 5:16 pm

Por que nossos FALs não podiam ser assim:

Imagem


Só pra mostrar a diferença enter os calibres:

Imagem




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Re: Novo Fuzil para o EB

#958 Mensagem por sed3hx » Dom Abr 13, 2008 11:06 am

Armas - Weapons
Defesanet 30 Novembro 2006
Verde Oliva Edição 189 Jul/Ago/Set 2006
Verde Oliva
INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL
- FUZIL 5,56 IMBEL MD97L

Apesar do advento das armas de destruição em massa, de bombas inteligentes, da guerra eletrônica e do incremento tecnológico dos materiais de emprego militar, o papel que o soldado desempenha no campo de batalha é insubstituível. Independentemente do posto ou graduação, o combatente é dotado de seu armamento individual. A arma básica no teatro de operações moderno ainda é o fuzil de assalto. No Brasil, essa classe de armamento é bem representada pelo Fuzil 5,56 IMBEL MD97L, desenvolvido e produzido pela Indústria de Material Bélico – IMBEL – na Fábrica de Itajubá (MG).

Antecedentes históricos

A Alemanha foi o primeiro país que buscou conjugar as dimensões reduzidas e o poder de fogo de uma metralhadora de mão a uma munição potente como a dos fuzis. Afinal, a guerra de trincheiras, com tiros à longa distância, tinha visto seus últimos dias com o fim da Primeira Guerra Mundial. Os combates saíram dos campos e tomaram as cidades, o que tornou necessário armas menores, mais leves e com grande poder de fogo. A metralhadora de mão mostrou-se então uma excelente resposta para os novos tempos. Entretanto, quando o embate era travado em campo aberto, as pequenas metralhadoras que usavam munição de arma curta perdiam efetividade e o velho fuzil, com sua munição de longo alcance, era a única alternativa. O equilíbrio foi obtido com a percepção de que, embora se necessitasse de uma arma que funcionasse com regime de fogo automático e semi-automático, a munição utilizada não precisaria considerar alcances tão longos como aqueles dos calibres dos fuzis da época. Com base na idéia de uma munição de mesmo diâmetro, mas com peso de projétil e carga propelente proporcionalmente reduzidas, a indústria alemã desenvolveu dois novos conceitos: o cartucho curto (kurzpatrone) e o fuzil de assalto (sturmgewehr). Dessa forma, além dos benefícios advindos da redução de todo o mecanismo e do cano da arma, o infante alemão poderia levar mais cartuchos. Anos mais tarde, esses conceitos foram completamente assimilados pelos outros exércitos e passaram a balizar a grande maioria dos projetos de fuzis de assalto, tanto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como do Pacto de Varsóvia.

A coexistência pacífica experimentada durante o subseqüente período pós-guerra não refreou o ímpeto das pesquisas. Os ensinamentos colhidos nos conflitos localizados, ocorridos durante esse período, apontavam para a necessidade de novas mudanças na arte da guerra e na ciência militar, principalmente em relação ao calibre dos fuzis de assalto. A tendência de uso de calibres menores foi, novamente, trazida à tona no início dos anos 60, tendo como principal ícone dessa fase o fuzil norte-americano M16 calibre 5,56x45 mm.


Imagem
Fz 5,56 IMBEL MD97L com mira Aimpoint e bandoleira de três pontos

A história do calibre 5,56x45 mm é cercada de questionamentos e, ainda hoje, há muita controvérsia em torno dos reais motivos para essa mudança de conceito – fossem eles razões operacionais ou os interesses comerciais envolvidos.

A FN Herstal, criadora do Fuzil Automático Leve (FAL), também realizou experimentos com o calibre 5,56. A base para esse projeto foi o FAL modificado e sua evolução inseriu a FN Herstal no disputado mercado de fuzis calibre 5,56. O domínio obtido pelo calibre 5,56x45 mm permitiu que a empresa propusesse, em 1980, algumas modificações na munição M193 a fim de melhorar sua performance. Essa nova versão, denominada SS109, era totalmente compatível com as armas em uso, mas, segundo o fabricante, sua eficiência era maior quando empregada em canos com passo de raiamento de 7 polegadas (178 mm).

Embora haja registro de novos tipos de munições, considera-se que a 5,56x45 mm represente grande evolução no campo da munição militar. Ela é empregada pela maioria dos exércitos ocidentais e permite o uso dos dois tipos de munições (M193 e SS109) em passos de raiamento variados, incluindo os passos intermediários de 9 e 10 polegadas.

O calibre 5,56 no Exército Brasileiro

O início dos estudos que resultaram na adoção do calibre 5,56x45 mm pelo Exército Brasileiro remonta ao começo dos anos 80 e, assim como a evolução do armamento leve na Força Terrestre, está intimamente ligado à história da Fábrica de Itajubá (FI).

O objetivo, à época, era a obtenção de uma arma de concepção original, tanto quanto possível, e que guardasse analogias, notadamente de desempenho, com as similares estrangeiras de mesmo calibre. As dificuldades encontradas nos anos de 1981 e 1982 para a concretização de um protótipo fizeram com que o objetivo original do projeto fosse reavaliado em 1983. Essa decisão deu origem ao Fuzil 5,56 IMBEL MD1. O projeto desse fuzil previa uma caixa da culatra e carregador novos. Sua produção demandaria investimentos em processos, dispositivos, ferramentas e calibres, e o retorno do investimento estaria assegurado com um lote mínimo de 10.000 unidades comercializadas, meta improvável para aquela conjuntura.



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Fz 5,56 IMBEL MD97L com acessórios
(Aimpoint, lanterna tática, silenciador e lançador de granadas)

A homologação dos Objetivos Básicos Operacionais (OBO) 39/86 foi decisiva para a definição de novo rumo. A previsão do Estado-Maior do Exército (EME) era dotar, inicialmente, apenas o Batalhão de Forças Especiais, que contava com 561 homens. Como a demanda prevista não justificava o desenvolvimento de projeto de uma arma nova, a FI optou por um fuzil que aproveitasse os carregadores do M16 e o máximo de peças e processos de fabricação do FAL, incluindo a caixa da culatra.

Dessa forma, em tempo relativamente curto, surgiram os modelos MD2 e MD3 – solução economicamente viável mas não ideal do ponto de vista técnico e operacional. O modelo MD2 era muito pesado se comparado aos outros fuzis de mesmo calibre. O protótipo, com a coronha rebatível, foi submetido à avaliação técnica no Campo de Provas da Marambaia como Material de Emprego Militar (MEM) tipo “E”, e seu desempenho foi considerado satisfatório. Apesar de nenhum dos protótipos ter sido submetido à avaliação operacional, o modelo MD2 passou a ser adotado por algumas Unidades do Exército e por diversas polícias. Para o mercado externo, continua sendo comercializado até os dias de hoje.

Em 1995, o EME reviu os Objetivos Básicos Operacionais para o Fuzil 5,56. Surgiu, daí, uma expectativa de demanda de um fuzil com diversas características não atendidas pela maioria das armas disponíveis no mercado internacional, incluindo o modelo IMBEL MD2 (ver Tabela 1). Na ocasião, os objetivos principais eram: desenvolver uma arma dentro dos limites de peso (3,8 kg) e inserir o mecanismo de rajada controlada (três tiros), colocando o protótipo com características próximas às de seus concorrentes.


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Tabela 1: Quadro comparativo: Fuzis 5.56x45mm (Fonte: Jane’s 2002/2003).

Em dezembro de 1996, a FI solicitou ao Centro Tecnológico do Exército (CTEx) a avaliação técnica dos protótipos IMBEL. Esses protótipos não atingiram todos os requisitos absolutos, pois os Requisitos Técnicos
Básicos (RTB) do projeto só foram homologados em setembro de 1997 com a Avaliação Técnica (AVALTEC) já em curso.

Em novembro do mesmo ano, a FI apresentou novos protótipos em conformidade com os requisitos absolutos e com algumas modificações de caráter operacional sugeridas pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva, que realizou uma avaliação preliminar de alguns protótipos. A AVALTEC foi reiniciada com a nova arma, mas, em junho de 1999, as provas foram interrompidas, dada a inexistência de critérios objetivos para avaliação de alguns requisitos. Esse fato levou o CTEx a decidir pela interrupção da prova para revisão dos RTB.

O período decorrido até a homologação dos novos requisitos permitiu à FI conduzir diversos testes e introduzir mudanças maiores, baseadas nas ocorrências e observações colhidas durante as avaliações anteriores, em uma avaliação operacional realizada pela Força Aérea Brasileira com 30 protótipos e em diversas sugestões de usuários e colaboradores. O resultado permitiu ao Fz 5,56 MD97L atingir todos os requisitos absolutos e a grande maioria dos requisitos desejáveis e complementares estabelecidos pelo EME.

O Fuzil 5,56 MD97L

Para conhecermos o Fuzil 5,56 MD97L, vale detalhar um pouco mais o fato que impediu o aproveitamento do projeto do FAL. O FAL possui um sistema de trancamento por ferrolho basculante, que vincula seu trancamento à estrutura da arma. Dessa forma, essa estrutura tem que ser construída num material que suporte os esforços exercidos no momento do disparo. A maioria dos demais projetos de fuzis automáticos no calibre 5,56x45mm utiliza sistema de trancamento por ferrolho rotativo, que se tranca diretamente no cano feito em aço. A caixa da culatra, nesse modelo, passa a ser apenas a estrutura que abriga e relaciona os sistemas de alimentação, trancamento, disparo e extração/ejeção da arma. Pode, conseqüentemente, ser fabricada com materiais mais leves e menos resistentes que o aço, visto serem menores as forças ali exercidas.

Seguindo a tendência dos demais fabricantes, a equipe de projetistas da IMBEL desenvolveu projeto de ferrolho rotativo com trancamento diretamente no cano, montado sobre uma caixa da culatra feita em liga especial de alumínio.

Os fuzis e carabinas 5,56 IMBEL MD97 são armas que funcionam por ação da força expansiva dos gases resultantes da queima da carga de projeção. Para o aproveitamento de tal força, que irá atuar no destrancamento do ferrolho, existe uma tomada de gases no terço médio do cano. Um diferencial importante é que, diferentemente de alguns fuzis, em que parte dos gases é conduzida por um tubo até uma câmara no interior do ferrolho, nos fuzis IMBEL os gases atuam sobre um êmbolo situado próximo à tomada de gases. Esse fato evita o acúmulo de resíduos provenientes da queima dos gases propelentes na crítica região do ferrolho.

A posição do sistema de gases acima da linha geral da arma permitiu, ainda, manter o centro de gravidade sobre o eixo longitudinal do fuzil. Tal fato, aliado ao dimensionamento do sistema de trancamento, permite que o destrancamento e a abertura da arma, durante o ciclo de funcionamento, só se dê após o projétil ter ultrapassado a boca da arma. Dessa forma, a precisão do tiro não é comprometida pelo deslocamento de massas, como ocorre em algumas armas automáticas.

Seu funcionamento, conforme a versão, pode ser de repetição, para o lançamento de granada de bocal; semi-automático, para a realização do tiro intermitente; ou automático, para rajadas controladas de três tiros ou tiro contínuo. O tiro pode ser realizado com a coronha na posição normal ou rebatida.

O cano, fabricado pelo processo de martelamento a frio, possui alma raiada recoberta com uma camada de cromo duro, a fim de aumentar a sua vida útil e facilitar a limpeza interna. O passo de raiamento de 1:10" (1:254 mm) segue a tendência atual de se ter passos intermediários entre 1:12" e 1:7". Esse valor intermediário é a melhor solução para que os projéteis mais pesados se estabilizem, sendo, ainda, bastante adequada aos mais leves. Dessa forma, o MD 97 tem uma balística externa e terminal adequada, independentemente do tipo de munição utilizada.


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Carabina 5,56 IMBEL MD97L com mira Aimpoint


A alimentação faz-se por intermédio de carregadores com interface STANAG (compatível com os carregadores Colt M16A2), com capacidade para 30 cartuchos. Em cada avanço do ferrolho, é carregado um cartucho e, durante o recuo, ele é extraído e ejetado da arma. Tais operações se repetem enquanto houver cartuchos no carregador. Uma vez esvaziado o carregador, o ferrolho é mantido à retaguarda pelo retém do ferrolho, indicando que o usuário deve realimentar a arma. A opção de fornecer os carregadores também em aço confere maior durabilidade e confiabilidade se comparado aos de outros fabricantes, que adotam somente a opção em alumínio.

Seguindo uma tendência mundial, buscou-se o desenvolvimento de variantes do modelo original, como, por exemplo, as carabinas 5,56 IMBEL MD97. Como a própria nomenclatura indica, trata-se de versão “cano curto” do fuzil 5,56 MD97L. Assim como o fuzil MD97L, as carabinas MD97 também foram avaliadas e aprovadas. Apresentada nas versões semi-automática (modelo LC) e com rajada de três tiros (modelo LM), possui dimensões e peso reduzidos. Suas características são ideais para emprego por tropas especiais e para o trabalho policial. Nesse contexto, a Secretaria Nacional de Segurança Pública elegeu o modelo MD97LM para o treinamento da recém-constituída Força Nacional de Segurança Pública.

De uma maneira geral, no modelo MD97 foram adotadas diversas soluções já existentes, inclusive algumas do próprio FAL 7,62. Outras, como o sistema de rajadas curtas, constituem projetos inéditos que podem, também, ser adotadas para o FAL.

FICHA TÉCNICA
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SA: semi-automático; A: automático; 3T: rajadas de três tiros

http://www.defesanet.com.br/zz/arma_md97l.htm




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Re: Novo Fuzil para o EB

#959 Mensagem por Bourne » Dom Abr 13, 2008 1:41 pm

Pelo texto, o MD-97 é uma maravilha da indústria bélica nacional. Deveria ser produzido e distribuído imediatamente para toda a tropa.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#960 Mensagem por Bolovo » Dom Abr 13, 2008 2:08 pm

born escreveu:Pelo texto, o MD-97 é uma maravilha da indústria bélica nacional. Deveria ser produzido e distribuído imediatamente para toda a tropa.
Na teoria é uma coisa, na prática é outra.




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