Olá Fontoura,Mapinguari escreveu:Lembrando que, com todo respeito ao Brigadeiro, essa operacionalidade não incluía um radar funcionando e muito menos eficiente e nem armamento adequado. Aliás, durante muito tempo, o único míssil usado pelos M3 da FAB era o obsoleto Matra 530. Só por volta de 1990, uns jaguares doidos, com a ajuda do CTA, conseguiu integrar o Python III ao caça, dando a ele alguma chance.projeto escreveu:Os colegas colocaram na página diversos trechos sobre um descontentamento da FAB em relação ao suporte do Mirage III pelos fabricantes franceses. Eu já cheguei a pensar assim mas nunca vi fonte que confirmasse tal fato. O que penso é que os Mirages mantiam um bom grau de operacionalidade até o final de sua vida na força, apesar dos trinta e tantos anos de serviço, e ainda existem aviões prontos para a venda.
No fórum Aerofans, um brigadeiro, que participou ativamente de boa parte da "vida" dos Mirage III na FAB, procurou desmistificar essa questão do suporte francês. Disse taxativamente que as dificuldades foram, na sua maior parte, decorrente das próprias opções da FAB e que, durante toda a vida do caça, sempre se alcançou uma disponibilidade muito boa.
Então, mesmo fora do tópico, gostaria que os colegas explicassem melhor as dificuldadas da FAB com os franceses. Como é que a FAB conseguiu voar o Mirage por mais de 30 anos, mantendo uma boa operacionalidade por todo esse tempo, sem um suporte decente dos fabricantes? Será que o avião é tão bom que nem precisa disso? Talvez seja mesmo, porque ainda teimam em mantê-lo em serviço por aí.
[]'s
Alberto
É, mas a FAB insistiu em fazer o pior up-grade de meia-vida do Mirage IIIE em todo o planeta. Mantendo o radar original, etc. Vejam os outros países, que mantiveram seus Mirage III razoavelmente atualizados, com mísseis melhores, etc. Obviamente a manutenção do Mirage III era cara para a FAB, acostumada com AT-26 Xavante, F-5E/F (um caça muito leve, tanto que em vários países ele é limitado a funções de treinamento somente, não como caça de 1a linha).
Não só com o Mirage IIIEBR/DBR, todos os caças da FAB são subutilizados em termos de armamentos, etc : F-5E/F, F-5EM/FM, AMX (vide os italianos), A-29 (vide os colombianos), etc. Por essas e outras que duvido que num passe de mágica vamos operar caças com 3x a capacidade de um F-5E e AMX em toda a sua plenitude (p.e., Rafale com SCALP, Meteor, MICA, AASM, Exocet, etc, em quantidades). Para mim, o Gripen C/N já seria um incremento absurdamente grande para a FAB, com ótima relação custo x benefício, e devia ser o nosso FX-2.
[]s, Roberto