cb_lima escreveu:Olá
O problema é que o CFT degrada a capacidade de combate da aeronave. Ao adicionar algumas centenas de Kgs de combustível ao centro da aeronave é no mínimo de se esperar que ocorra alguma degradação. Até aonde consta não existem CFTs operacionais na F. A. Francesa (isso faz parte dos planos para a versão 'F3', pelo menos por enquanto).
Mas estávamos discutindo o RCS.
O que ocorre hoje em dia é que tanto os cabides quanto os misseis quanto tanques de combustível extra adicionam 'bastante' o RCS da aeronave... isso é um fato que não dá para negar.
Ao se ver livre dos 'tanques' os cabides continuam por lá e a degradação do RCS ainda existe. Em todo caso a essa altura do campeonato se você está alijando os tanques de combustível é porque detectou/foi detectado.
Misseis nas asas e nos cabides da fuselagem também contribuem para esse aumento do RCS.
E é aí que está a pergunta, qual é o sentido que faria todos aqueles 'recortes' se ao empregar armamento que não seja interno você está aumentando consideravelmente o RCS da aeronave.
Veja bem, o mesmo vale para as alegações sobre 'diminuição' de RCS feita para outras aeronaves como o Su-35-1 ou mesmo o Typhoon. Não é uma situação que só ocorre no Rafale.
[]s
CB_Lima
CB,
O padrão para missões bélicas é o alijamento dos tanques, assim que eles se esvaziam, por sinal, muitos dos cálculos de alcance máximo para aeronaves consideram isso.
O sentido é que um míssil MICA deve ter RCS desprezível, os tanques sub-alares podem ser feitos com materiais compostos ou não metálicos. Os cabides podem ser alijados também, todas essas medidas podem ser facilmente implementadas. Quais sejam:
1-Reduzir o RCS de mísseis e tanques subalares,
2-Fazer cabides descartáveis ou furtivos e/ou usar CFT´s(são apenas 1300 litros cada um), o Rafale apenas com eles e mísseis ar-ar ainda terá um desempenho excelente.
Agora, mudar a fuzelagem inteira é que não dá, só fazendo outra, isso quer dizer que o Rafale é sem dúvida um passo a frente de qualquer outro caça de 4ª Geração, neste ponto e ainda pode ter seu RCS diminuído. No entanto, possuí limitações como qualquer outro, inlcusive os F-35, que não podem levar nada singinificativo internamente.
Assim, numa missão em que o RCS seja fundamental, o Rafale vai usar REVO ou um tanque central, cujo o pilone não aparece porque está encoberto pela fuzelagem e uns 06 micas/meteor, armamento mais que necessário para cumprir a grande maioria das míssões ar-ar.
Em missões de ataque, fizeram o SCALP, um míssil furtivo, o Rafale pode usar um tanque central maior e 02 CFT´s, e 02 SCALPS, quando tiver que fazer um penetração furtiva.
Por sinal, este mesmo raciocínio é feito para os F-35, que terão que usar pilones externos em boa parte de suas missões. O que se fala para o F-35, vale o Rafale. Os conceitos dos 02 caças são semelhantes, o F-35 leva vantagem por ser mais furtivo, porém, isso limita de forma significativa o desempenho bélico do F-35.
Os CFT´s já estão testados e integrados, no entanto, o alcance do Rafale é tal, que para a França eles não estão usando, ainda mais porque a nova turbina deverá ser pelo menos uns 4% mais econômica. Como o Brasil é muito maior, acho que se comprarmos ele, deveria vir com os CFT´s. Só espero que a versão da FAB seja a melhor possível, e não piorada, esse é meu maior medo a respeito da compra de qualquer dos concorrentes top de linha.
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