Classe Inhauma/Barroso - Radares

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#31 Mensagem por JL » Sex Abr 04, 2008 10:39 am

Só para lembrar o pessoal do mar, que as perguntas do post acima estão em pauta:
- trinity 40 mm versus Phanlax de 20 mm e Goolkeeper de 30 mm.
- emprego tático do Boroc de 375 mm.
- defesa no porto de navios da MB e defesa contra mergulhadores, possível usar o sonar. Vide perguntas acima.
Quanto o artigo da Koslova, muito bom como sempre, gostaria de ouvir o pessoal brasileiro que teve contato direto com as nossas armas anti-aéreas de tubo e deve ter tido um repasse da experiência sueca.
Obrigado




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#32 Mensagem por Marino » Sex Abr 04, 2008 1:45 pm

1) existem 2 escolas em vigor hoje no mundo, uma advogando que o armamento de mais baixo calibre, com alta quantidade de tiros é a melhor. A outra, advogando que um calibre maior, com granadas inteligentes, é mais eficaz.
Qual está certa? A MB optou pela segunda.
2) O Boroc é uma arma eficaz e atual. Não se esqueçam que existem limitações de lançamento de torpedos por causa da profundidade, e nestas situações o Boroc e as BP são as únicas armas disponíveis.
3) existem várias técnicas de defesa contra MEC. A MB usa as mesma das marinhas ocidentais, redes de proteção, iluminação reforçada, sonar pingando aleatoriamente, granadas lançadas aleatoriamente e o principal, outros MEC.
O uso do sonar é questionável, pois um MEC da MB se agarrou a um e mandou emitir :shock: :shock: . Mas tudo o que atrapalha é válido.




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#33 Mensagem por WalterGaudério » Sáb Abr 05, 2008 4:40 pm

Marino escreveu:1) existem 2 escolas em vigor hoje no mundo, uma advogando que o armamento de mais baixo calibre, com alta quantidade de tiros é a melhor. A outra, advogando que um calibre maior, com granadas inteligentes, é mais eficaz.
Qual está certa? A MB optou pela segunda.
2) O Boroc é uma arma eficaz e atual. Não se esqueçam que existem limitações de lançamento de torpedos por causa da profundidade, e nestas situações o Boroc e as BP são as únicas armas disponíveis.
3) existem várias técnicas de defesa contra MEC. A MB usa as mesma das marinhas ocidentais, redes de proteção, iluminação reforçada, sonar pingando aleatoriamente, granadas lançadas aleatoriamente e o principal, outros MEC.
O uso do sonar é questionável, pois um MEC da MB se agarrou a um e mandou emitir :shock: :shock: . Mas tudo o que atrapalha é válido.

Até o emissário submarino da Barra ajuda!!! :lol: :lol: :lol:




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#34 Mensagem por JL » Dom Abr 06, 2008 2:39 pm

Tentando aprofundar o tema, algumas questões a mais.

1-) Por que a Marinha Brasileira adotou a segunda escola de defesa contra mísseis, que apregoa o uso de projéteis maiores com espoleta VT?
2-) O Aspide tem capacidade secundária de ser utilizado contra embarcações de superfície como lanchas rápidas?
3-) Mísseis anti-aéreos como o Mistral e o RAM que usam orientação de guiagem por IR/UV não perdem muito da sua perfomance, quando o tempo está ruim, digamos numa tormenta com chuva forte.
4-) Quais são as limitações de profundidade e emprego para o torpedo Mark 46 ou melhor quando começa o envelope do Mark 46 e termina o envelope de uso do Boroc ou vice e versa.
5-) Não vejo nos navios da MB rampas para cargas de profundidade, somente um tipo que é lançada pelos helis., existe ainda o emprego deste sistema de armas antigo pela Marinha brasileira.
6-) O ping do sonar afeta o mergulhador na parte auditiva ou tem outras consequencias, pelo choque da onda sonora contra o corpo do mergulhador.
7-) Os russos tem um sistema que lança granadas contra mergulhadores, a U.S. Navy tem umas granadas que funcionam como mine bombas de profundidade o que a MB usa?
8-) Poderia emitir algumas opiniões pessoais sobre os sistemas de armas mencionados neste tópico. Deixando claro que não quero sabe posição oficial da MB apenas pessoais.




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#35 Mensagem por Marino » Dom Abr 06, 2008 4:29 pm

JL escreveu:Tentando aprofundar o tema, algumas questões a mais.

1-) Por que a Marinha Brasileira adotou a segunda escola de defesa contra mísseis, que apregoa o uso de projéteis maiores com espoleta VT?
O outro sistema é muito direcional, baseado em radares de DT que trecariam os mísseis atacantes, manteriam o track, e direcionariam uma rajada de 20 mm para impactar diretamente estes mísseis. O segundo sistema satura uma área com munição inteligente, que se fragmenta e atinge o que passar na área. Não tenho acesso aos estudos da MB, mas por puro bom senso, o qual vc acha melhor?

2-) O Aspide tem capacidade secundária de ser utilizado contra embarcações de superfície como lanchas rápidas?
Sim, mas a utilização do Trinity para isto é melhor e mais barata.

3-) Mísseis anti-aéreos como o Mistral e o RAM que usam orientação de guiagem por IR/UV não perdem muito da sua perfomance, quando o tempo está ruim, digamos numa tormenta com chuva forte.
Depende do seeker. Foram feitos vários disparos nestas condições, e houve acerto.

4-) Quais são as limitações de profundidade e emprego para o torpedo Mark 46 ou melhor quando começa o envelope do Mark 46 e termina o envelope de uso do Boroc ou vice e versa.
Desculpe, não vou falar. Mas o Boroc pode ser utilizado com pouquíssima profundidade, com espoleta ajustável, fabricada no Brasil.

5-) Não vejo nos navios da MB rampas para cargas de profundidade, somente um tipo que é lançada pelos helis., existe ainda o emprego deste sistema de armas antigo pela Marinha brasileira.
As últimas rampas para lançamento em navios estavam nos antigos CT classe Fletcher usados pela MB. Mas tente imaginar, hoje em dia, um navio se aproximando de um sub para passar por cima do mesmo e lançar BP. Os submarinistas agradecem penhorados. Quanto maior a distância de lançamento de armas, melhor. Se o sub não pode reagir, como quando são usados helis, melhor.

6-) O ping do sonar afeta o mergulhador na parte auditiva ou tem outras consequencias, pelo choque da onda sonora contra o corpo do mergulhador.
Mais na parte auditiva. Mas é questionável, como escrevi. Tem doido para tudo.

7-) Os russos tem um sistema que lança granadas contra mergulhadores, a U.S. Navy tem umas granadas que funcionam como mine bombas de profundidade o que a MB usa?
Granadas, lançadas a mão, em intervalos irregulares.

8-) Poderia emitir algumas opiniões pessoais sobre os sistemas de armas mencionados neste tópico. Deixando claro que não quero sabe posição oficial da MB apenas pessoais.
Todo sistema de armas é válido.




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#36 Mensagem por WalterGaudério » Dom Abr 06, 2008 6:36 pm

"JL"]Tentando aprofundar o tema, algumas questões a mais.

3-) Mísseis anti-aéreos como o Mistral e o RAM que usam orientação de guiagem por IR/UV não perdem muito da sua perfomance, quando o tempo está ruim, digamos numa tormenta com chuva forte.
Sim , mas a coisa tb vale para o míssil Anti-navio atacante.

4-) Quais são as limitações de profundidade e emprego para o torpedo Mark 46 ou melhor quando começa o envelope do Mark 46 e termina o envelope de uso do Boroc ou vice e versa.

Essa pergunta está bem cavernosa.
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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#37 Mensagem por JL » Seg Abr 07, 2008 5:20 pm

Pessoal, meus caros amigos Marino e Cicloneprojek, muito obrigado pela atenção dispensada, estou satisfeito com as respostas. Claro que como sou muito curioso poderia continuar perguntando.

Com relação aos sistemas de defesa anti-míssil, penso que tirando a questão econômica e de espaço no navio, o ideal seria ter as duas soluções usar munição inteligente com espoleta de proximidade para atirar a uma distância maior e ter um CIWS para fechar a porta a queima roupa. Mas isso é algo redundante e com certeza muito caro.

Com relação ao Aspide, interessante essa característica de uso contra alvos de superfície, fiquei pensando se o Sea Wolf também teria, pois as Tipo 22 não tem canhão.

No que tange ao torpedo Mark 46, vocês me desculpem, mas não captei o tema é complexo demais ou sigiloso. Bem seja como for estava na hora da Marinha começar a pensar em trocar os Mark 46 por um MU 90 por exemplo, visto que o Mark 46 foi projetado para águas profundas e na minha humilde opinião existem muitas chances de se topar com um sub convencional em águas rasas.

Mas já vi que essa área é bem enigmática, pois não entendo porque as Niterói e Inhaúma aparentemente não tem um sistema do tipo Nixie de decoy anti-torpedos




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#38 Mensagem por rcolistete » Seg Abr 07, 2008 6:11 pm

cicloneprojekt escreveu: Se algum dia alguém te respoder (com precisão)pode engatilhar o FAL e atirar com vontade no bisonho.
Caro Walter,

Um dia visitando o interior de uma fragata classe Greenhalgh da MB, um oficial ofereceu para Heronim e eu : "podem perguntar o que vocês quiserem que eu respondo". Obviamente que nossos olhos brilharam, saiu pergunta tão cavernosa quanto a acima postada e o cara só riu : "pô, aí se eu disser eu sou preso".

[]s, Roberto




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#39 Mensagem por WalterGaudério » Seg Abr 07, 2008 7:02 pm

rcolistete escreveu:
cicloneprojekt escreveu: Se algum dia alguém te respoder (com precisão)pode engatilhar o FAL e atirar com vontade no bisonho.
Caro Walter,

Um dia visitando o interior de uma fragata classe Greenhalgh da MB, um oficial ofereceu para Heronim e eu : "podem perguntar o que vocês quiserem que eu respondo". Obviamente que nossos olhos brilharam, saiu pergunta tão cavernosa quanto a acima postada e o cara só riu : "pô, aí se eu disser eu sou preso".

[]s, Roberto
É por aí mesmo. Tem gente na própria MB que não sabe ainda quantos mísseis Aspide recarregáveis podem ser transportados por uma Niterói MOD. :wink:

Eu tb não. :? :? :shock: :shock: :shock: :shock:




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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#40 Mensagem por Sérgio M B da Costa » Seg Abr 07, 2008 7:04 pm

cicloneprojekt escreveu:
rcolistete escreveu: Caro Walter,

Um dia visitando o interior de uma fragata classe Greenhalgh da MB, um oficial ofereceu para Heronim e eu : "podem perguntar o que vocês quiserem que eu respondo". Obviamente que nossos olhos brilharam, saiu pergunta tão cavernosa quanto a acima postada e o cara só riu : "pô, aí se eu disser eu sou preso".

[]s, Roberto
É por aí mesmo. Tem gente na própria MB que não sabe ainda quantos mísseis Aspide recarregáveis podem ser transportados por uma Niterói MOD. :wink:

Eu tb não. :? :? :shock: :shock: :shock: :shock:
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Re: Classe Inhauma/Barroso - Radares

#41 Mensagem por WalterGaudério » Seg Abr 07, 2008 7:05 pm

JL escreveu:Pessoal, meus caros amigos Marino e Cicloneprojek, muito obrigado pela atenção dispensada, estou satisfeito com as respostas. Claro que como sou muito curioso poderia continuar perguntando.

Com relação aos sistemas de defesa anti-míssil, penso que tirando a questão econômica e de espaço no navio, o ideal seria ter as duas soluções usar munição inteligente com espoleta de proximidade para atirar a uma distância maior e ter um CIWS para fechar a porta a queima roupa. Mas isso é algo redundante e com certeza muito caro.

Com relação ao Aspide, interessante essa característica de uso contra alvos de superfície, fiquei pensando se o Sea Wolf também teria, pois as Tipo 22 não tem canhão.

No que tange ao torpedo Mark 46, vocês me desculpem, mas não captei o tema é complexo demais ou sigiloso. Bem seja como for estava na hora da Marinha começar a pensar em trocar os Mark 46 por um MU 90 por exemplo, visto que o Mark 46 foi projetado para águas profundas e na minha humilde opinião existem muitas chances de se topar com um sub convencional em águas rasas.

Mas já vi que essa área é bem enigmática, pois não entendo porque as Niterói e Inhaúma aparentemente não tem um sistema do tipo Nixie de decoy anti-torpedos
Sobre os Mk-46 vc está certa ele foi projetado para ser otimizado para operações em águas profundas. Mas isso pode ser modificado com Software específico, e modificações n cabeça de busca.

Sobre os Nixie, vamos deixar assim., a MB tem seus segredos tb. palavra de (ex)submarinista.




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