orestespf escreveu:Olha gente, vivo falando certas coisas aqui, às vezes nas entrelinhas, às vezes em tom de brincadeira, não importa a forma o recado é um só: a FAB quer um caça que enxergue longe, com alcance expressivo e possua um BVR de boa qualidade. O resto (multi-função, por exemplo) praticamente todos os concorrentes fazem.
Analisem isso muito bem, o que importa é o que eu escrevi, o resto é menos do que especulação nossa.
Rafale BR??? Só se houver um radar que enxergue a distâncias maiores do que o que sabemos.
Coloque outra coisa na cabeça, o Rafale não é o caça escolhido pelo Jobim e nem pelo Governo todo, eles não entendem nada disso. O Rafale é uma condição imposta pelos franceses para realizar o negócio dos subs, do jeito que o Governo (leia-se Lula) deseja. Mais ou menos assim, "somos o único país que pode fazer o que vocês desejam em termos de submarinos, mas não fazemos o negócio se não comprarem o Rafale". Acreditem ou não, a coisa está colocada assim. Quem faz questão de fontes ou confirmações, aguardem, pois estas coisas não são reveladas do dia pra noite, mas o tempo mostrará isso.
O principal objetivo o Governo (leia-se Lula) é o sub nuclear, este sim relacionado ao conceito de dissuasão, mais especificamente "dissuasão nuclear" (mas um conceito interpretado de "outra forma"). Para concluir o sub nuclear a MB precisa passar por outras etapas, é aí que entra o Scorpène.
O Governo para conseguir realizar o seu objetivo primário precisa que as demais Forças estejam do lado dele, isto é, que FAB e EB entrem no processo (hélis, caças, modernização de soldados, etc.).
O pessoal da FAB já voou no Rafale e já tiveram uma longa conversa com vários pilotos de Rafale, já sabem como o caça se comporta, como ele opera, os prós e contras. Logo a FAB já tem uma opinião muito bem formada a cerca do Rafale. Não quer acreditar, não acreditem, mas não sou eu que vou dizer o que pensam sobre este caça, cada que fique com sua opinião pessoal.
Deixo claro que não estou falando mal ou bem do Rafale, não estou dizendo que a FAB tem uma impressão ruim (ou boa) sobre este caça, apenas estou dizendo que ela já o conhece e tem uma opinião formada, seja lá qual for (que não comentarei aqui e nem por MP).
O problema é que a FAB quer autonomia para escolher o seu caça padrão, sem interferências ou qualquer tipo de pressão. Este caça até pode ser o Rafale, mas não porque alguém disse que deve ser, não porque precisamos de venda casada.
Então, convenhamos, algum problema deve haver sim em relação a FAB e este caça (rsrsrs), pois se os franceses exigem a compra dos mesmos, se o Governo insiste nesta tecla (por causa do sub, seu projeto primário), a FAB já o conhece, mas não o anuncia como preferido, então...
Vejam bem, o processo de compra não será através de licitação e nem de concorrência (seja de qual tipo for), será como a MB está fazendo com o Scorpéne, vai lá escolhe, negocia e compra. Portanto não existem motivos para a FAB ficar enrolando se o escolhido for o Rafale, se fosse o caso ela teria muita "gente" ao seu lado para sustentar esta escolha (inclusive a imprensa).
Neste caso, entendo eu, que este papo de Rafale BR não faz o menor sentido, isso pode significar duas coisas: ou é um caça downgrade (o que não procede pra mim), ou um "remendo" no atual modelo.
Tentar "remendar" (aperfeiçoar) o que já existe é obrigar os franceses a admitir que existe um problema com a versão atual do Rafale, ou seja, que ele é "insuficiente" para o Brasil. Portanto a Armée De L’Air teria um caça "inferior", pelo menos teoricamente. E isto não faz o menor sentido!
Rafale BR não existe, o que existe é Rafale e na versão disponível para venda no momento, seja lá qual for.
A FAB faz questão de um bom radar, com bom alcance, ela não abre mão disso e ponto! Isto se aplica a qualquer vetor concorrente e não apenas ao Rafale.
Que não venha ninguém aqui querer me convencer a respeito do alcance do Rafale, o importante aqui não é isso. Quem vai comprar um caça é a FAB, não é o Orestes. A opinião nossa aqui não serve para nada, não vamos influenciar a FAB. O máximo que ouso fazer é analisar os fatos para tentar concluir qual será o caça escolhido e qual (ou quais) não tem (têm) chance(s).
Por fim, deixo uma singela pergunta no ar: de onde o Orestes tirou tanta implicância com o radar (PESA e/ou AESA) do Rafale?
Saudações "amistosas",
Orestes
Orestes,
Você pressupõe uma série de coisas, que não pode fazer, primeiro o boato de que FAB já escolheu ou quer escolher X ou Y. Como se isso fosse um fato.
Como exemplo podemos ver como a MB, antes tinha fechado com os Tipo 214 e depois fechou com os Scorpenes. Assim, achar que cada ramo das FA`s pode e deve escolher sozinho o armamento a ser comprado, é antes de tudo um anacronismo. Isso partindo do pressuposto que existe uma verdade, que as opiniões dentro da FAB sejam, unânimes, isso contrária todas as informações recentes sobre a FAB, quase todos dizem um coisa sobre ela, que não consegue ter ação de conjunto.
Sobre alcance de radares, as mentiras são maiores, e o boatos idem, o radar do Rafale tem mais alcance que dos F-16, F-18 ou Mirage que usamos hoje, mas além do radar, tem um conceito que vai além do radar. Como já falei, quem acha que o radar será o sensor primário no furuto, é antes de tudo um conceito burro, ou de lobie, tentando levar a sardinha para um lado, ou um caça favorito seu.
Sobre qual o caça escolhido pelo NJ ou outro, ponha isso na cabeça, o NJ não é um adolecente amante de shows aéreos, portanto, vê o caça como ele é, ou seja, um vetor tático, nada mais que isso. E por isso mesmo dá mais importância ao pacote, que ao caça escolhido, por isso mesmo, aceitaria até M-2000 ou F-16, desde que, pudesse ser construído localmente. Porque sua visão é mais ampla, não é do polito, mas de uma pessoa que olha o conjunto da obra e assim se guia.
A FAB achar que pode ter autonomia para gastar nossos recursos de impostos, que serão agregados de forma extrordinária, não saindo do sua verba orçamentária, é só mais um sinal de que não sabem o que estão fazendo, portanto, não acredito nessa assertiva, só se os Brigadeiros da FAB forem pessoas lunáticas e ingênuas, e não tivessem aprendido nada com o FX-1. Como não dúvido da inteligência deles, sei que não compactuam com suas declarações.
Depois você mais uma vez, pressupõe que suas opiniões são a verdade, e se faz de porta-voz de grupos e da FAB. A mídia brasileira apoia um sentido, uma idelogia, um país e ele fica no norte. Ela é quase que, absolutamente, subordinada aos interesses dos EUA.
A demora para sair a decisão dos caças, não pode ser atribuída a um único fator, mas uma negociação, que de qualquer forma seria e será muito complexa.
Ora depois você começa a falar um série de absurdos, desde quando, trocar e aperfeiçoar sistemas é remendar caças? Se assim for, o SU-35-1 é um remendão! E o que diria sobre o caças F-16, F-18E(um Super Remendão). Seu pensamento está sendo construídos por absurdos, e sendo completamente parcial.
Não é a FAB que irã comprar os caças, mas a UNIÃO FEDERAL, quem assina é a UNIÃO FEDERAL, as FA`s não tem personalidade jurídica própria. Assim, sua opinião sobre o que a FAB quer, não é a opinão da FAB, e muito menos do Governo. Porque a decisão não será da FAB, como a MB não tomou sua decisão do nada.
Por sinal, a idéia infantil e pouco real de que nossas decisões são imparciais, independentes e técnicas, é fantasia de quem não entende como a realidade se move, nossas decisões são sempre as possíveis, as que as necessidades e realidades nos obrigam a fazer. Como uma célebre frase, nenhum governante tomas as medidas que quer, mas as medidas necessárias.
Niguém aqui quer convencer você de nada, mas vou te dizer só uma coisa, se tivesse que analisar as notícias e a realidade, eu diria que o Rafale tem 80% de chance de ser escolhido o FX-2, depois Su-35 15% e os caças dos EUA com 05% cada um. Mas nem por isso dou como decidida a parada, o jogo só acaba quando termina.
Faço isso analisando a realidade, que o SU-35-1 não tem qualquer realidade prática, porque é apenas um protótipo, com sistemas ainda em testes, além da falta de qualquer apoio interno para sua construção e manutenção local(minha segunda escolha, caso seja implementada me deixaria muito contente). Quanto aos EUA, o maior problema está acima dos caças, assim, não existe porque discutir os caças dos EUA, porque o problema é o fornecedor, como a Declaração da OEA sobre a Crise do EquadorxColômbia deixou claro. Além de não negociar armamento e a caixa-preta.
Resumindo, o SU-35 é um caça inviável para o Brasil, no momento, e os caças dos EUA são um problema geopolítico, tecnológico quase intransponível.
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