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Mensagem
por thelmo rodrigues » Seg Mar 17, 2008 9:43 am
Encomendas do governo serão decisivas para o projeto
17 de Março de 2008 - O governo de Minas, que detém 25% do capital da fábrica de helicópteros Helibrás, atenderá a todas as demandas da empresa, de origem francesa, para que seu programa de expansão seja integralmente realizado no município mineiro de Itajubá, onde atualmente monta 15 helicópteros de pequeno porte, o modelo Esquilo, por ano. Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento Industrial ( Indi), Eduardo Lery Vieira, o governador Aécio Neves se empenhará pessoalmente para que o Ministério da Defesa adquira as aeronaves necessárias para o viabilizar o empreendimento.
A Helibrás, fundada há 30 anos, com participação majoritária do Grupo Eurocopter, da francesa Aerospatiale, com o governo de Minas. Em 18 de fevereiro último, o governado Aécio Neves foi procurado pela direção da empresa, para lhe informar que pretende investir US$250 milhões na ampliação da planta industrial, com o propósito de também montar aeronaves de grande porte ano, o modelo Super Puma, com peso superior a dez toneladas e preço estimado em US$ 10 milhões, no caso do modelo básico.
Na ocasião o presidente da Helibrás, Jean Noel Hardy, informou ao governador Aécio Neves que o projeto somente se viabilizará caso o Ministério da Defesa adquira 50 unidades do novo modelo, no prazo de dez anos. Em contrapartida, o grupo francês se esforçará para transferir para o Brasil a produção da carcaça , do conjunto propulsor, das pás, de motores, dos trens de pouso das aeronaves e da tecnologia de produção dos aparelhos. Nas entrelinhas ficou insinuado também que, caso os paulistas se empenhem mais, esses fornecedores poderão se instalar em São José dos Campos, onde já opera o parque industrial que atende à fábrica de aviões da Embraer.
Segundo o Indi, serão mantidos todos os benefícios fiscais e tratamentos tributários diferenciados que sempre foram oferecidos à Helibrás. O dirigente informou que, até o momento não foi solicitada nenhuma participação financeira adicional do governo mineiro no empreendimento. O assunto será examinado e o governador Aécio Neves se empenha pessoalmente junto ao governo federal para que o Ministério da Defesa efetue a compra demandada pela Helibrás. Segundo Lery, o governo federal teria se comprometido, até agora, a adquirir apenas de 20 a 30 helicópteros.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Durval Guimarães Belo Horizonte)
País precisa de mais ilhas de excelência, diz Curado
São Paulo, 17 de Março de 2008 - A criação de um polo aeronáutico em Minas Gerais é encarada com naturalidade pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, torce para que o plano da Helibrás, apoiado pelo governo mineiro, seja bem-sucedido.
"Tomara que Itajubá se torne um polo porque o País precisa disso, precisa de mais frentes, mais ilhas de excelência que passem a ser arquipélagos de excelência", declarou Curado.
"A Helibrás está lá há muitos anos e a Embraer definitivamente não vai entrar no ramo de helicópteros. Nós não temos nenhuma preocupação e nada negativo em relação a isso. Muito pelo contrário", comentou.
A atração de empresas para a estrutura industrial que deverá ser montada em Minas Gerais pode acontecer, mas estará sujeita as análises dos fornecedores que gravitam no parque de São José dos Campos. Para Curado, "pode ser" que ocorra a ida de indústrias paulistas para o polo mineiro. "Esta é uma questão que eles têm que avaliar de escala. Acho que dificilmente alguém vai fechar sua fábrica em Jacareí para reabrí-la em Itajubá. Acho que seria ilógico fazer uma coisa dessas. Agora, abrir uma segunda planta perto da Helibrás, se isso acontecer, nós vemos positivamente. Reforça o nosso fornecedor e é mais segurança para nós", analisa Curado.
Emprego
Para o presidente da Embraer, a empresa, que fechou janeiro de 2008 com 23.774 empregados, e atua nos mercados de aviação comercial, produz jatos executivos e atende às áreas de defesa e governo, não se considera dona do polo aeronáutico. "O pólo não é da Embraer, o pólo é do Brasil, nós somos apenas a maior empresa", diz Curado.
Contatada pelo jornal, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, não atendeu ao pedido de entrevista.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Jaime Soares de Assis
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"