Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
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Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
Fonte: Globo on line.
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil espera ocupar determinados nichos do mercado bélico regional, exportando itens como blindados, pistolas, munições e um avião médio de transporte militar da Embraer, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
De acordo com o ministro, o país tem capacidade de fornecer serviços melhores e mais baratos que os concorrentes na América do Sul.
"Esse setor não sobrevive só com compras públicas, precisa de exportações", disse Jobim à Reuters, na noite de terça-feira.
O Brasil espera ainda usar tecnologia adquirida numa aliança estratégica com a França, que prevê a construção conjunta de 50 helicópteros de transporte militar e de um submarino nuclear no Brasil.
"Toda esta tecnologia que vamos adquirir será transferida para o setor privado", afirmou o ministro.
Um projeto de lei que Jobim pretende mandar para o Congresso dá incentivos à indústria bélica e deve incluir regulamentos mais rígidos para a venda de armas a países em conflito, segundo Jobim.
A Colômbia usou aviões brasileiros no bombardeio contra um acampamento da guerrilha das Farc em território equatoriano, o que desencadeou o recente conflito. A Guarda Nacional da Venezuela também importou pistolas brasileiras.
CONSELHO REGIONAL DE DEFESA
Depois da crise que quase provocou uma guerra nos Andes, na semana passada, o Brasil quer a criação de um conselho regional de defesa, para evitar conflitos e reduzir a dependência em relação à indústria bélica dos EUA.
Jobim começa a "vender" a idéia aos demais governos sul-americanos nas próximas semanas, começando com uma reunião com o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"Após essa ameaça de conflito, uma organização como essa se torna absolutamente necessária como um mecanismo preventivo", disse o ministro.
A crise entre Equador, Venezuela e Colômbia, afinal resolvida com apertos de mãos durante uma cúpula na República Dominicana, fez com que o Brasil ficasse ainda mais preocupado com a polarização entre aliados dos EUA, como a Colômbia, e adversários, como a Venezuela.
Jobim quer criar formalmente o conselho durante um encontro no segundo semestre em Brasília.
Além de discutir um plano conjunto de defesa e questões estratégicas comuns, um dos objetivos do conselho é ajudar a reduzir a dependência da região em relação a indústrias armamentistas estrangeiras, especialmente as norte-americanas, segundo Jobim.
O Brasil, que tem a maior indústria bélica regional, seria o maior beneficiário disso.
"Se você depende das importações, o primeiro problema que enfrenta é o de embargos de armas", disse Jobim, citando a dificuldade que a Argentina teve para usar seus mísseis durante a Guerra das Malvinas (1982).
Autoridades brasileiras dizem ainda que caças comprados pelo Chile vieram sem mísseis por causa de restrições à transferência de tecnologia dos EUA. Em 2006, o Brasil queixou-se de que Washington havia proibido o país de vender aviões à Venezuela. Para evitar esse empecilho, segundo Jobim, a empresa Avibrás evita usar peças importadas dos EUA.
De acordo com Jobim, o Brasil está alterando suas prioridades de defesa - passando da fronteira sul para a Amazônia, o litoral e o espaço aéreo - e está adequando suas armas a essa realidade. Um estudo do governo sobre as novas prioridades ficara pronto em setembro.
Em abril ou maio, Equador e Bolívia devem assinar um acordo para usar o Sivam (Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia) para o combate ao narcotráfico, ao desmatamento e a enchentes.
Jobim negou que seja candidato a presidente em 2010. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal é um político assertivo e adepto de ações que rendem imagens fortes - como uma foto recente, capa de vários jornais, na qual, fardado, segura uma jibóia na Amazônia. O ministro chegou ao cargo com a missão expressa de resolver a crise aérea iniciada em 2006. Mas, segundo ele, nada disso "dá votos."
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil espera ocupar determinados nichos do mercado bélico regional, exportando itens como blindados, pistolas, munições e um avião médio de transporte militar da Embraer, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
De acordo com o ministro, o país tem capacidade de fornecer serviços melhores e mais baratos que os concorrentes na América do Sul.
"Esse setor não sobrevive só com compras públicas, precisa de exportações", disse Jobim à Reuters, na noite de terça-feira.
O Brasil espera ainda usar tecnologia adquirida numa aliança estratégica com a França, que prevê a construção conjunta de 50 helicópteros de transporte militar e de um submarino nuclear no Brasil.
"Toda esta tecnologia que vamos adquirir será transferida para o setor privado", afirmou o ministro.
Um projeto de lei que Jobim pretende mandar para o Congresso dá incentivos à indústria bélica e deve incluir regulamentos mais rígidos para a venda de armas a países em conflito, segundo Jobim.
A Colômbia usou aviões brasileiros no bombardeio contra um acampamento da guerrilha das Farc em território equatoriano, o que desencadeou o recente conflito. A Guarda Nacional da Venezuela também importou pistolas brasileiras.
CONSELHO REGIONAL DE DEFESA
Depois da crise que quase provocou uma guerra nos Andes, na semana passada, o Brasil quer a criação de um conselho regional de defesa, para evitar conflitos e reduzir a dependência em relação à indústria bélica dos EUA.
Jobim começa a "vender" a idéia aos demais governos sul-americanos nas próximas semanas, começando com uma reunião com o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"Após essa ameaça de conflito, uma organização como essa se torna absolutamente necessária como um mecanismo preventivo", disse o ministro.
A crise entre Equador, Venezuela e Colômbia, afinal resolvida com apertos de mãos durante uma cúpula na República Dominicana, fez com que o Brasil ficasse ainda mais preocupado com a polarização entre aliados dos EUA, como a Colômbia, e adversários, como a Venezuela.
Jobim quer criar formalmente o conselho durante um encontro no segundo semestre em Brasília.
Além de discutir um plano conjunto de defesa e questões estratégicas comuns, um dos objetivos do conselho é ajudar a reduzir a dependência da região em relação a indústrias armamentistas estrangeiras, especialmente as norte-americanas, segundo Jobim.
O Brasil, que tem a maior indústria bélica regional, seria o maior beneficiário disso.
"Se você depende das importações, o primeiro problema que enfrenta é o de embargos de armas", disse Jobim, citando a dificuldade que a Argentina teve para usar seus mísseis durante a Guerra das Malvinas (1982).
Autoridades brasileiras dizem ainda que caças comprados pelo Chile vieram sem mísseis por causa de restrições à transferência de tecnologia dos EUA. Em 2006, o Brasil queixou-se de que Washington havia proibido o país de vender aviões à Venezuela. Para evitar esse empecilho, segundo Jobim, a empresa Avibrás evita usar peças importadas dos EUA.
De acordo com Jobim, o Brasil está alterando suas prioridades de defesa - passando da fronteira sul para a Amazônia, o litoral e o espaço aéreo - e está adequando suas armas a essa realidade. Um estudo do governo sobre as novas prioridades ficara pronto em setembro.
Em abril ou maio, Equador e Bolívia devem assinar um acordo para usar o Sivam (Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia) para o combate ao narcotráfico, ao desmatamento e a enchentes.
Jobim negou que seja candidato a presidente em 2010. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal é um político assertivo e adepto de ações que rendem imagens fortes - como uma foto recente, capa de vários jornais, na qual, fardado, segura uma jibóia na Amazônia. O ministro chegou ao cargo com a missão expressa de resolver a crise aérea iniciada em 2006. Mas, segundo ele, nada disso "dá votos."
"Tudo que é necessário para que o mal triunfe, é que os homens de bem nada façam". Edmund Burke
'O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.' Martin Luther King
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- bruno mt
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
eu acredito que isso deva ser feito já e sorte nossa q o lula tirou o antigo de la pra coloca o jobim q peloq eu estou vendo é um dos poucos bom de brasilia(poucos=somando tudo q envolve politica).E eu achava que o brasil ja tinha isso
e digo mais, jobim tem que mandar fazer um programa onde haja integracao entre as empresas nacionais do setor, onde todas tenham acesso há tecnologia obtida pela outra seria uma boa não??
e digo mais, jobim tem que mandar fazer um programa onde haja integracao entre as empresas nacionais do setor, onde todas tenham acesso há tecnologia obtida pela outra seria uma boa não??
- R.A.Barros
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
dúvido os EUA deixar..
VALENTE , GUERREIRO E AUDAZ;
NÃO RECUAMOS JAMAIS;
CONTE COMIGO BRASIL , BRASIL !
SEJA NA GUERRA OU NA PAZ. PARA-SAR
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- Pablo Maica
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
Desde que eu me conheço por gente ouço essa ladainha... "o governo quer ressucitar a industria bélica" ou "renasce a industria da defesa" mas ações concretas nunca são feitas, fica só no falatório e discursinho de palanque.
Pra começar podiam diminuir o imposto absurdo sobre a exportação de armas.
Um abraço e t+
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
"Esse setor não sobrevive só com compras públicas, precisa de exportações", disse Jobim à Reuters, na noite de terça-feira.
Ao ler uma declaração dessas nessa altura do campeonato, a impressão quefica é que lá no Ministério da Defesa estão relizando a descoberta científica da existência da água, ou a circunferência do circulo. Tinham queter se tocado para isso acerca de trinta anos atrás.
Êta paizinho devagar.
Ao ler uma declaração dessas nessa altura do campeonato, a impressão quefica é que lá no Ministério da Defesa estão relizando a descoberta científica da existência da água, ou a circunferência do circulo. Tinham queter se tocado para isso acerca de trinta anos atrás.
Êta paizinho devagar.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Armam-se Submarinos com os melhores homens.
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
Bom dia, mestre walter!
É verdade...e é em cima das afirmações do Jobim que essa historia do SH não bate...pelo menos, no historico americano. O caça escolhido deverá, ou deveria, ter uma minima participação da EMBRAER, pelo menos a nivel de manutenção. E entre americanos e EMBRAER (no setor militar)o que tivemos foi problemas com as exportações p/a Colombia, venezuela e a recusa no ACS.
Então, ou os americanos mudaram muito ou o nosso governo está um samba do criolo doido, com cada esfera de poder elegendo suas proprias prioridades. Pior do que imaginamos
Há ainda a opção do blefe, tudo contra-informação e nesse caso são é muito espertos
Mas, pelo historico e por essas declarações espertas...
Vamos aguardar a tal viagem e ver quem está a tiracolo, como disse o Mestre orestes...
É verdade...e é em cima das afirmações do Jobim que essa historia do SH não bate...pelo menos, no historico americano. O caça escolhido deverá, ou deveria, ter uma minima participação da EMBRAER, pelo menos a nivel de manutenção. E entre americanos e EMBRAER (no setor militar)o que tivemos foi problemas com as exportações p/a Colombia, venezuela e a recusa no ACS.
Então, ou os americanos mudaram muito ou o nosso governo está um samba do criolo doido, com cada esfera de poder elegendo suas proprias prioridades. Pior do que imaginamos
Há ainda a opção do blefe, tudo contra-informação e nesse caso são é muito espertos
Mas, pelo historico e por essas declarações espertas...
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Editado pela última vez por alcmartin em Sáb Mar 15, 2008 1:14 pm, em um total de 1 vez.
- joao fernando
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
Minha opinião? Embraer como empresa privada, nem em sonho entra em delengas de Caça para a FAB, enrolada como sempre. O maximo é AMX-T se quiser, e o Tucano, que ao meu ver, é o melhor caça barato da atualidade (claro que não em confronto direto com SU30, mas para o que foi feito, ações anti guerrilha).Só. No maximo, um cargueiro militar, visto que os cargueiros atuais deverão funcionar por mais alguns anos, e um grande ciclos de compra de transpostes militares deverão ser vendidos. Ou será mais uma leva de C130, ou os novos cargueiros da EMB (não sei nem quanto cada um leva. mas daqui a alguns anos, teremos pedidos firmas do mundo - e não da TAB - para o setor de trasporte militar). A EMB ja viu isso, como sempre.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
João, bom dia!
Talvez voce tenha tocado em um ponto da negociação: o cargueiro da EMBRAER e uma possível "forcinha" americana...vamos aguardar.
abs!
Talvez voce tenha tocado em um ponto da negociação: o cargueiro da EMBRAER e uma possível "forcinha" americana...vamos aguardar.
abs!
- bruno mt
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Re: Brasil quer ocupar nicho no mercado bélico, diz Jobim
Não entendi essa sua "forcinha". o que você quis dizer com isso?
Bruno
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