Slip Junior escreveu:Me desculpem o off-topic...
Dandolo, realmente tenho que admitir que exagerei. Veja bem, na verdade acho que algumas coisas que você propõe são interessantes, viáveis e com potencial; o que questiono em suas colocações é principalmente o modo como você as coloca.
Sinceramente, não consigo levar muito a sério alguém que vem com frases como "Se eu dissesse para um militar americano ou alemão, que navios, blindados e submarinos deveriam ser assim ou assado, eles levariam a sério". Já conversasse com eles? Você parece realmente determinado a "vender" suas idéias e incapaz de fazê-lo até então, dessa forma, imagino que você (se o faz seriamente) já tenha contactado pessoas de outros países e me parece pouco provável que tenha tido qualquer resposta satisfatória.
Desculpe minha franqueza mas em todas as suas mensagens que li nesse fórum, você não me transpareceu ser de maneira alguma capaz de sustentar suas chamadas "pesquisas" em qualquer plano mais técnico que um simples fórum de discussão.
Me retratarei pelas afirmações que fiz nos parágrafos anteriores caso o senhor venha a colocar bases científicas sólidas, ou ainda melhor, resultados obtidos em eventuais experimentos por você realizado que sustentem suas proposições. Caso contrário, continuarei encarando suas mensagens como uma mera fonte de ficção científica e delírio tecnológico.
Dandolo, não duvido dos avanços tecnológicos e de novas possibilidades da ciência; apenas questiono - pelo o que li em suas mensagens até o momento - a sua competência para fazê-los.
Abraços
A minha formação é tecnológica (logística e manutenção de armas, blindados, etc.).
Passei a minha vida inteira lendo sobre sistemas de armas e tecnologia em geral.
Entendo a sua colocação... Há segredos tecnológicos que não posso citá-los aqui.
Por exemplo: como neutralizar a resistência de atrito do ar e da água, em relação a um navio, submarino, avião, foguete, veículos, projéteis, etc. Da mesma maneira, blindagens inteligentes, muito mais leves.
Um militar americano serviu comigo durante 3 anos, e vivíamos conversando quase que diariamente sobre tecnologia, tática e estratégia militar. Isso foi há 10 anos.
Como o Brasil não tinha quase nada em termos militares, preferia analisar as forças dos EUA. Fazia críticas construtivas, digamos assim. Na ocasião disse para o americano que os carros blindados pesados eram armas obsoletas, pois as armas anti-carros estavam muito poderosas. Da mesma maneira, disse-lhe que era um grande erro concentrar-se na Marinha de Guerra, devido aos poderosos mísseis. Perguntei-lhe porque ainda não estavam derrubando aeronaves com raio laser, e ele me disse que estava em desenvolvimento.
Disse-lhe da vulnerabilidade dos satélites militares, o que concordou. Numa festa, ele me apresentou oficiais da marinha americana, que quiseram ouvir a minha tese. Um deles me disse que os atacantes teriam que vencer o forte sistema de armas dos navios, etc.
Elogiaram muito os oficiais das Forças Armadas do Brasil. Havia me mostrado um protótipo de um carro de combate com motor elétrico e com canhão de impulsão eletromagnética. E eu disse-lhe: Ele voa? O americano ficou muito bravo comigo. No dia seguinte fiz um desenho de um blindado futurístico e entrei para ele. Tinha o formato de disco voador, mas retangular, com torre telescópica, que poderia subir até 6 metros, canhão sem-recuo, que poderia se deslocar a 150 km /h em zig-zag, etc. Ajudei o americano a desenvolver um trabalho de informática, de auxílio à decisão. Os americanos gostam muito de pessoas que quebram os paradigmas e são criativos. E outras coisas mais ... Teve um oficial de marinha, engenheiro químico, que tentou me levar para o Centro de Pesquisas da Marinha, na Ilha do Gov, para desenvolvimento da Farinha de Peixe, pois gostava das minhas idéias.
Tive um comandante, maluco, mas altamente operacional. Ele pegava as fotos dos blindados de Israel e me mandava adaptá-las. Adaptei um morteiro 81 num Scalt-car. Ele queria que transformasse um Sherman em guindaste. O comandante de cavalaria descobriu, se queixou ao general e a brincadeira acabou. Colocamos todo Batalhão Logístico sobre rodas e fechamos as oficinas. Como capitão, montamos um simulador de tiros de raio laser para carro de combate e assistido por computador. Atirava do próprio blindado, num carrinho em escala que andava num terreno reduzido. O computador simulava o ruído de tiro, ligava e desligava o laser para simular a precessão, dava o score, etc. Depois desenvolvemos softwares militares em computador (simulação de tiro de várias armas, joguinhos de guerra, etc). Depois fui trabalhar em tecnologia educacional, para aperfeiçoar os jogos de guerra, mas não tivemos o apoio financeiro necessário e o projeto se perdeu.
O problema das Forças Armadas do Brasil é a mentalidade dos comandantes e militares em geral. Poucos têm uma visão holística e aberta. O comandante que não for tarado por tecnologia militar, não serve para comandar nada. Não devia nem sair general, almirante ou brigadeiro. Acho até, que as Academias Militares deveriam selecionar engenheiros e físicos já formados, e os transformarem em oficiais das Forças Armadas. Iríamos lavar uma vantagem muito grande se fizéssemos isso.
Vamos cortar o pescoço de todos os burocratas, e passar a se voltar para os engenheiros e pesquisadores. Esse deve ser o perfil do militar do futuro. Muitas atribuições dos tenentes vamos passá-las para os sargentos. O oficial tem que ser um pensador, e não executor.