Kosovo
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22/02/2008
Integração à UE é falsa promessa da Europa para os Bálcãs
Sérvia, Kosovo, Montenegro, Macedônia. A União Européia mostrou a cenoura da afiliação a todos esses países. Mas quem na UE quer ver o bloco aumentar? Quase ninguém
Hans-Jürgen Schlamp
Em Bruxelas
A Europa é uma potência mundial, pelo menos em princípio. Com a declaração divulgada na segunda-feira pelos 27 ministros das Relações Exteriores da União Européia, tornou-se mais ou menos a política oficial do bloco: a Europa, diz a declaração, terá um papel de liderança na estabilidade de todos os Bálcãs ocidentais.
Nos próximos 120 dias, cerca de 2 mil policiais, peritos judiciais e especialistas do serviço civil seguirão para o recém-independente Kosovo para ajudar a estabelecer a estrutura de trabalho oficial necessária para um país funcionar. Bruxelas entrou no clube de elite das potências que assumiram total responsabilidade pela segurança e a economia de um território estrangeiro. Os outros membros modernos desse clube são Moscou e Washington.
Como exatamente isso vai funcionar no caso de Kosovo -e no resto dos Bálcãs ocidentais- é há muito tempo um tema para "brainstorming" e sessões de planejamento. A estratégia resultante depende em grande parte de dois instrumentos: um envolve dinheiro e o outro mostra a cenoura do eventual acesso à União Européia. Os países que se comportarem receberão primeiro um pacote de ajuda econômica e então, em algum momento, a identidade de sócio, completa, com a paz e a prosperidade que a acompanham.
A lógica política é fácil de seguir. Oferecer aos países da antiga Iugoslávia uma "perspectiva européia", como se diz nos salões de Bruxelas, vai encorajar os vários grupos étnicos, religiosos e lingüísticos da região a abandonar qualquer idéia de novos derramamentos de sangue.
Mas há um detalhe: alguns -talvez a maioria- dos membros da UE estão trabalhando ativamente contra essa vaga promessa de afiliação feita aos sérvios, bósnios, montenegrinos e albaneses. Bruxelas tem de andar na corda bamba e oferecer a esses países o prêmio da afiliação sem realmente dá-la. O motivo disso é claro: com o acesso da Romênia e Bulgária à UE em 1º de janeiro de 2007, a disposição do grupo de se expandir ainda mais encolheu para zero.
A Spiegel Online examina rapidamente as possibilidades de acesso à UE de cada país dessa região inclinada a crises:
Croácia - próximo membro da UE?
A Croácia é a primeira candidata ao acesso na sala de espera dos Bálcãs, e como tal a primeira a ser afetada pela nova atitude européia em relação à expansão. Há muito tempo disseram que o país entraria para o clube em 2009. Mas hoje em dia poucos em Bruxelas acreditam que a Croácia será convidada para embarcar antes de 2011 -apesar das negociações continuarem em bom ritmo. As negociações começaram em 3 de outubro de 2005 e vão bem, segundo um recente relatório da Comissão Européia. A economia do país está crescendo e as reformas jurídicas, conforme os regulamentos da UE, estão bem encaminhadas.
Mas enquanto a comissão demonstrou uma disposição a olhar para outro lado quando avaliou falhas óbvias tanto na Romênia quanto na Bulgária, antes da ampliação de 2007, hoje minúcia é o nome do jogo -especialmente quando se trata de inadequações jurídicas ou deficiências no combate à corrupção. E enquanto os burocratas europeus se tornam mais detalhistas a euforia diminui no país -resultando em menos disposição para cooperar entre seus políticos. As conseqüências podem ser vistas nos choques recentes sobre direitos de pesca ao largo da costa da Croácia, ou disputas sobre o acesso da vizinha Eslovênia às águas internacionais. Zagreb está se tornando menos disposta a compromissos. Os que são forçados a correr atrás da cenoura por muito tempo eventualmente perderão o apetite.
Macedônia - esperando pelos vizinhos?
Os macedônios ainda estão ávidos para entrar na UE, e o país, que fica ao norte da Grécia, é o segundo candidato oficial à afiliação nos Bálcãs. Mas as negociações de acesso ainda nem começaram -Bruxelas também está ganhando tempo aqui. O país fez rápido progresso na implementação de uma estrutura de pré-acesso e até deu passos na direção de controlar a corrupção, como Bruxelas notou. O crescimento sólido com inflação limitada também pode ser colocado no lado positivo da balança, mas a UE nota uma constante tensão política no país entre a maioria eslava e a minoria albanesa. Em suma, a Macedônia não será convidada a entrar para a UE tão cedo, e provavelmente terá de esperar até que seus vizinhos estejam prontos para que possa se unir ao grupo.
Albânia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina -ainda não estão prontos.
Todos esperam um futuro no clube europeu. Mas por enquanto, pelo menos, nenhum deles está sequer remotamente perto de preparado. O judiciário e as forças policiais dos três países dificilmente são transparentes, e a corrupção é crescente. Os três provavelmente terão dificuldades econômicas. Bruxelas está planejando enviar um total de 1 bilhão de euros para eles entre 2007 e 2011, pagamentos chamados de "assistência pré-acesso". Especialistas em ampliação de Bruxelas especulam que os três poderão estar prontos para se afiliar até 2015.
Sérvia -irada para sempre?
Belgrado, que já foi a capital da diversificada nação da Iugoslávia e hoje é apenas a capital de uma Sérvia encolhida, se contenta por enquanto em chorar a glória perdida. A Sérvia está chamando seus embaixadores de todos os países, incluindo a Alemanha na quarta-feira, que reconheceram Kosovo. Líderes do governo também estão fazendo pouco para acalmar as emoções aquecidas entre a população e se recusam a assinar acordos negociados com a União Européia. O país teve uma oportunidade de ouro de entrar na pista rápida de acesso à UE, mas mostrou uma disposição de deixar a chance passar por intransigência sobre a questão de Kosovo.
Se Belgrado tivesse apresentado uma lista de exigências em troca de flexibilidade sobre Kosovo -compensação territorial, ajuda financeira ou cronograma para o acesso- teria conseguido a maior parte ou mesmo tudo o que pedisse.
Mas agora as relações entre a Sérvia e a UE chegaram ao fundo do poço. Não vão ficar assim por muito tempo. Os dois lados precisam do outro. Sem a Sérvia a bordo, a estabilidade nos Bálcãs em longo prazo é impossível. E sem a UE a Sérvia não tem futuro.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Integração à UE é falsa promessa da Europa para os Bálcãs
Sérvia, Kosovo, Montenegro, Macedônia. A União Européia mostrou a cenoura da afiliação a todos esses países. Mas quem na UE quer ver o bloco aumentar? Quase ninguém
Hans-Jürgen Schlamp
Em Bruxelas
A Europa é uma potência mundial, pelo menos em princípio. Com a declaração divulgada na segunda-feira pelos 27 ministros das Relações Exteriores da União Européia, tornou-se mais ou menos a política oficial do bloco: a Europa, diz a declaração, terá um papel de liderança na estabilidade de todos os Bálcãs ocidentais.
Nos próximos 120 dias, cerca de 2 mil policiais, peritos judiciais e especialistas do serviço civil seguirão para o recém-independente Kosovo para ajudar a estabelecer a estrutura de trabalho oficial necessária para um país funcionar. Bruxelas entrou no clube de elite das potências que assumiram total responsabilidade pela segurança e a economia de um território estrangeiro. Os outros membros modernos desse clube são Moscou e Washington.
Como exatamente isso vai funcionar no caso de Kosovo -e no resto dos Bálcãs ocidentais- é há muito tempo um tema para "brainstorming" e sessões de planejamento. A estratégia resultante depende em grande parte de dois instrumentos: um envolve dinheiro e o outro mostra a cenoura do eventual acesso à União Européia. Os países que se comportarem receberão primeiro um pacote de ajuda econômica e então, em algum momento, a identidade de sócio, completa, com a paz e a prosperidade que a acompanham.
A lógica política é fácil de seguir. Oferecer aos países da antiga Iugoslávia uma "perspectiva européia", como se diz nos salões de Bruxelas, vai encorajar os vários grupos étnicos, religiosos e lingüísticos da região a abandonar qualquer idéia de novos derramamentos de sangue.
Mas há um detalhe: alguns -talvez a maioria- dos membros da UE estão trabalhando ativamente contra essa vaga promessa de afiliação feita aos sérvios, bósnios, montenegrinos e albaneses. Bruxelas tem de andar na corda bamba e oferecer a esses países o prêmio da afiliação sem realmente dá-la. O motivo disso é claro: com o acesso da Romênia e Bulgária à UE em 1º de janeiro de 2007, a disposição do grupo de se expandir ainda mais encolheu para zero.
A Spiegel Online examina rapidamente as possibilidades de acesso à UE de cada país dessa região inclinada a crises:
Croácia - próximo membro da UE?
A Croácia é a primeira candidata ao acesso na sala de espera dos Bálcãs, e como tal a primeira a ser afetada pela nova atitude européia em relação à expansão. Há muito tempo disseram que o país entraria para o clube em 2009. Mas hoje em dia poucos em Bruxelas acreditam que a Croácia será convidada para embarcar antes de 2011 -apesar das negociações continuarem em bom ritmo. As negociações começaram em 3 de outubro de 2005 e vão bem, segundo um recente relatório da Comissão Européia. A economia do país está crescendo e as reformas jurídicas, conforme os regulamentos da UE, estão bem encaminhadas.
Mas enquanto a comissão demonstrou uma disposição a olhar para outro lado quando avaliou falhas óbvias tanto na Romênia quanto na Bulgária, antes da ampliação de 2007, hoje minúcia é o nome do jogo -especialmente quando se trata de inadequações jurídicas ou deficiências no combate à corrupção. E enquanto os burocratas europeus se tornam mais detalhistas a euforia diminui no país -resultando em menos disposição para cooperar entre seus políticos. As conseqüências podem ser vistas nos choques recentes sobre direitos de pesca ao largo da costa da Croácia, ou disputas sobre o acesso da vizinha Eslovênia às águas internacionais. Zagreb está se tornando menos disposta a compromissos. Os que são forçados a correr atrás da cenoura por muito tempo eventualmente perderão o apetite.
Macedônia - esperando pelos vizinhos?
Os macedônios ainda estão ávidos para entrar na UE, e o país, que fica ao norte da Grécia, é o segundo candidato oficial à afiliação nos Bálcãs. Mas as negociações de acesso ainda nem começaram -Bruxelas também está ganhando tempo aqui. O país fez rápido progresso na implementação de uma estrutura de pré-acesso e até deu passos na direção de controlar a corrupção, como Bruxelas notou. O crescimento sólido com inflação limitada também pode ser colocado no lado positivo da balança, mas a UE nota uma constante tensão política no país entre a maioria eslava e a minoria albanesa. Em suma, a Macedônia não será convidada a entrar para a UE tão cedo, e provavelmente terá de esperar até que seus vizinhos estejam prontos para que possa se unir ao grupo.
Albânia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina -ainda não estão prontos.
Todos esperam um futuro no clube europeu. Mas por enquanto, pelo menos, nenhum deles está sequer remotamente perto de preparado. O judiciário e as forças policiais dos três países dificilmente são transparentes, e a corrupção é crescente. Os três provavelmente terão dificuldades econômicas. Bruxelas está planejando enviar um total de 1 bilhão de euros para eles entre 2007 e 2011, pagamentos chamados de "assistência pré-acesso". Especialistas em ampliação de Bruxelas especulam que os três poderão estar prontos para se afiliar até 2015.
Sérvia -irada para sempre?
Belgrado, que já foi a capital da diversificada nação da Iugoslávia e hoje é apenas a capital de uma Sérvia encolhida, se contenta por enquanto em chorar a glória perdida. A Sérvia está chamando seus embaixadores de todos os países, incluindo a Alemanha na quarta-feira, que reconheceram Kosovo. Líderes do governo também estão fazendo pouco para acalmar as emoções aquecidas entre a população e se recusam a assinar acordos negociados com a União Européia. O país teve uma oportunidade de ouro de entrar na pista rápida de acesso à UE, mas mostrou uma disposição de deixar a chance passar por intransigência sobre a questão de Kosovo.
Se Belgrado tivesse apresentado uma lista de exigências em troca de flexibilidade sobre Kosovo -compensação territorial, ajuda financeira ou cronograma para o acesso- teria conseguido a maior parte ou mesmo tudo o que pedisse.
Mas agora as relações entre a Sérvia e a UE chegaram ao fundo do poço. Não vão ficar assim por muito tempo. Os dois lados precisam do outro. Sem a Sérvia a bordo, a estabilidade nos Bálcãs em longo prazo é impossível. E sem a UE a Sérvia não tem futuro.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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Em termos de perspectivas negativas os Balcans são para a Europa Ocidental(esse conceito ainda existe?), o mesmo queera a américa central dos anos 80 para os interesses americanos.
Declaro minha estupefação com a reação dúbia e vacilante da Europa em relação à questão de kosovo.
Era algo que estava escrito, e mesmo assim parece que os Europeus fizeram depropósito como para arranjar uma desculpa para se oporem a integração de mais países balcânicos(ou seriam Vulcânicos) à UE.
Bem agora conseguiram o que queriam. Mas o pepino é grande também...
Os Europeus igualmente vacilaram em relação à Turquia (...) Foi uma péssima idéia. Agora a UE terá cerca de meia dúzia de países (ou pelo menos uma vaga ideia desse conceito estranho aos Balcans, chamado "país") além da furiosa Sérvia, onde certamente poderemos encontrar n-motivos que fomentarão terrorismo entre os países daUE, isso tudo por conta de uma incrível política míope e vacilante, especializada em empurrar problemas graves com a barriga para frente.
Celeiro de terroristas, isso é o que eu estou visualizando para os balcans nos anos vindouros. OPS! Já estava me esquecendo da Turquia...
Só para lembrar, foi preciso muito menos para que umaorganização chamada "mão negra" produzisse um Gravilo Prinzip em 1914 (...)
Declaro minha estupefação com a reação dúbia e vacilante da Europa em relação à questão de kosovo.
Era algo que estava escrito, e mesmo assim parece que os Europeus fizeram depropósito como para arranjar uma desculpa para se oporem a integração de mais países balcânicos(ou seriam Vulcânicos) à UE.
Bem agora conseguiram o que queriam. Mas o pepino é grande também...
Os Europeus igualmente vacilaram em relação à Turquia (...) Foi uma péssima idéia. Agora a UE terá cerca de meia dúzia de países (ou pelo menos uma vaga ideia desse conceito estranho aos Balcans, chamado "país") além da furiosa Sérvia, onde certamente poderemos encontrar n-motivos que fomentarão terrorismo entre os países daUE, isso tudo por conta de uma incrível política míope e vacilante, especializada em empurrar problemas graves com a barriga para frente.
Celeiro de terroristas, isso é o que eu estou visualizando para os balcans nos anos vindouros. OPS! Já estava me esquecendo da Turquia...
Só para lembrar, foi preciso muito menos para que umaorganização chamada "mão negra" produzisse um Gravilo Prinzip em 1914 (...)
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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ciclone, a Europa foi a reboque dos Estados Unidos, ainda estavam a decorrer negociações, já o bush declarava aos 4 ventos que iriam reconhecer de imediato a "independência"...
a UE será sempre um anão enquanto seguir os EUA cegamente, agora eles fizeram a m**da na europa, e quem cá está é que se aguenta, pois eles estão do outro lado do Oceano.
Não compreendem nem querem compreender a HISTÓRIA DA EUROPA
a UE será sempre um anão enquanto seguir os EUA cegamente, agora eles fizeram a m**da na europa, e quem cá está é que se aguenta, pois eles estão do outro lado do Oceano.
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Triste sina ter nascido português
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US soldiers of the Kosovo Force, or KFOR, watch a convoy of Serb stundents' busses trying to pass through the Kosovo-Serb checkpoint in Jarinije,Kosovo, on 22 February 2008. Buses carrying Serb students are trying to reach the northern part of the ethnically divided town of Mitrovica to support Kosovo Serbs in their protest against Kosovo's declaration of independence from Serbia
Kosovo police officers patrol near the bridge as Serbs protest against Kosovo's independence in the northern part of the ethnically divided town of Mitrovica, Kosovo, 22 February 2008. Kosovo's Parliament proclaimed independence from Serbia on 17, February 2008
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Eu ouvi falar, na televisão, que, pelo menos um alto-funcionário russo já ameaçou que seu país usará a força para apoiar os sérvios em um eventual combate contra a independência do Kosovo.
Talvez, seja só uma bravata de algum funcionário desqualificado. Por outro lado, como cicloneprojekt bem lembrou,
"Lembrai-vos de 1914".
O ano em que o continente de vocês cometeu suicídio... E tendo por estopim (embora, não a única e primordial causa) esses maravilhosos Balcãs. Essa região que, certa vez, Bismarck disse "não valer os ossos de um único granadeiro da Pomerânia" (acho que ele tinha alguma coisa contra a Pomerânia...)
E, o Kosovo? Quantos ossos de granadeiros dos países da União Européia ele valeria?
Talvez, seja só uma bravata de algum funcionário desqualificado. Por outro lado, como cicloneprojekt bem lembrou,
"Lembrai-vos de 1914".
O ano em que o continente de vocês cometeu suicídio... E tendo por estopim (embora, não a única e primordial causa) esses maravilhosos Balcãs. Essa região que, certa vez, Bismarck disse "não valer os ossos de um único granadeiro da Pomerânia" (acho que ele tinha alguma coisa contra a Pomerânia...)
E, o Kosovo? Quantos ossos de granadeiros dos países da União Européia ele valeria?
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2008-02-23 - 00:30:00
Kosovo: Nacionalistas sérvios atacam KFOR em Mitrovica
Rússia ameaça usar força militar
A Rússia ameaçou ontem recorrer “à força bruta” se a NATO e a União Europeia “desafiarem” a ONU e derem apoio unânime e incondicional à independência do Kosovo.
A ameaça teve lugar enquanto, no quinto dia consecutivo de violência, militantes sérvios se envolviam em confrontos, em Mitrovica, norte do Kosovo, com militares franceses da força da NATO no território (KFOR).
Dmitiri Rogozine, embaixador russo na ONU, considerou o caso do Kosovo ameaçador para o sistema de segurança internacional e classificou-o como um desafio directo a Moscovo. “Temos de partir do princípio de que, para sermos respeitados, teremos de usar a força bruta, isto é, a força militar”, afirmou, sem explicar como e onde poderá ter lugar a retaliação armada da Rússia, mas fazendo notar que uma “postura unida da UE” ou um “excesso da NATO no seu mandato no Kosovo” serão considerados uma desafio directo à Rússia.
Um dia depois de manifestações violentas terem feito pelo menos um morto e 150 feridos em Belgrado, Mitrovica (Kosovo) foi ontem o ponto quente dos protestos sérvios. Entoando cânticos e gritando “o Kosovo é nosso”, manifestantes tentaram forçar a passagem da ponte sobre o rio Ibar, que liga as zonas sérvia e albanesa da cidade. Militares franceses da KFOR impediram a passagem de autocarros de manifestantes, mas alguns iludiram a barreira militar e envolveram-se em confrontos sobre a ponte. Refira-se que nenhum dos 295 militares portugueses integrados na KFOR e encarregados de patrulhar as zonas quentes de Mitrovica se encontrava na área dos conflitos de ontem.
EUA RETIRAM PESSOAL DIPLOMÁTICO
Um dia depois do ataque à embaixada dos EUA em Belgrado, durante o qual pelo menos uma pessoa morreu, Washington ordenou ontem a evacuação da Sérvia do pessoal diplomático não essencial. “O embaixador e assessores de topo permanecerão em Belgrado”, afirmou uma porta-voz da embaixada dos EUA.
A União Europeia ameaçou, por seu lado, congelar indefinidamente as negociações de adesão da Sérvia ao clube europeu e instou Belgrado a fazer mais para proteger as embaixadas estrangeiras, cinco das quais, além da norte-americana, foram visadas durante os protestos violentos de quinta-feira.
F. J. Gonçalves com agências
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=91&p=200
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Bismarck disse "não valer os ossos de um único granadeiro da Pomerânia" (acho que ele tinha alguma coisa contra a Pomerânia...)
E, o Kosovo? Quantos ossos de granadeiros dos países da União Européia ele valeria?
Falando em Bismarck...
If there is ever another war in Europe, it will come out of some damned silly thing in the Balkans”
Otto von Bismarck quote
The secret of politics? Make a good treaty with Russia.
Otto von Bismarck
There is a Providence that protects idiots, drunkards, children and the United States of America.
Otto von Bismarck
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não sei ouviram falar deste senhor...
John Bolton: Kosovo will spark islamic extremism in Europe
http://www.youtube.com/watch?v=ouQwgLBt ... re=related
John Bolton: Kosovo will spark islamic extremism in Europe
http://www.youtube.com/watch?v=ouQwgLBt ... re=related
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a famosa resolução da ONU desrespeitada pelos EUA e outros países
Resolution 1244 (1999)
Adopted by the Security Council at its 4011th meeting,
on 10 June 1999
(...)
Reaffirming the commitment of all Member States to the sovereignty and territorial integrity of the Federal Republic of Yugoslavia and the other States of the region, as set out in the Helsinki Final Act and annex 2,
(...)
Authorizes the Secretary-General, with the assistance of relevant international organizations, to establish an international civil presence in Kosovo in order to provide an interim administration for Kosovo under which the people of Kosovo can enjoy substantial autonomy within the Federal Republic of Yugoslavia, and which will provide transitional administration while establishing and overseeing the development of provisional democratic self-governing institutions to ensure conditions for a peaceful and normal life for all inhabitants of Kosovo;
(...)
texto completo aqui:
http://www.nato.int/Kosovo/docu/u990610a.htm
Resolution 1244 (1999)
Adopted by the Security Council at its 4011th meeting,
on 10 June 1999
(...)
Reaffirming the commitment of all Member States to the sovereignty and territorial integrity of the Federal Republic of Yugoslavia and the other States of the region, as set out in the Helsinki Final Act and annex 2,
(...)
Authorizes the Secretary-General, with the assistance of relevant international organizations, to establish an international civil presence in Kosovo in order to provide an interim administration for Kosovo under which the people of Kosovo can enjoy substantial autonomy within the Federal Republic of Yugoslavia, and which will provide transitional administration while establishing and overseeing the development of provisional democratic self-governing institutions to ensure conditions for a peaceful and normal life for all inhabitants of Kosovo;
(...)
texto completo aqui:
http://www.nato.int/Kosovo/docu/u990610a.htm
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The Real Story Behind Kosovo's Independence
By Jeremy Scahill, AlterNet. Posted February 23, 2008.
All of a sudden, DC establishment figures care about "international law" when it suits their interests in Kosovo.
But, predictably, it is not being invoked to address the US prison camps at Guantanamo, the wide use of torture, the invasion and occupation of sovereign countries, the extraordinary rendition program. No, it is being thrown out forcefully as a condemnation of the Serbian government in the wake of Thursday's attack by protesters on the US embassy in Belgrade following the Bush administration's swift recognition of the declaration of independence by the southern Serbian province of Kosovo. Some 1,000 protesters broke away from a largely non-violent mass demonstration in downtown Belgrade and targeted the embassy. Some protesters actually made it into the compound, setting a fire and tearing down the American flag.
"I'm outraged by the mob attack against the U.S. embassy in Belgrade," fumed Zalmay Khalilzad,the US Ambassador to the United Nations. "The embassy is sovereign US territory. The government of Serbia has a responsibility under international law to protect diplomatic facilities, particularly embassies." His comments were echoed by a virtual who's who of the Bill Clinton administration. People like Jamie Rubin, then-Secretary of State Madeleine Albright's deputy, one of the main architects of US policy toward Serbia. "It is sovereign territory of the United States under international law," Rubin declared. "For Serbia to allow these protesters to break windows, break into the American Embassy, is a pretty dramatic sign." Hillary Clinton, whose husband orchestrated and ran the 78-day NATO bombing of Serbia in 1999, said, "I would be moving very aggressively to hold the Serbian government responsible with their security forces to protect our embassy. Under international law they should be doing that."
There are two major issues here. One is the situation in Kosovo itself (which we'll get to in a moment), but the other is the attack on the US embassy. Yes, the Serbian government had an obligation to prevent the embassy from being torched and ransacked. If there was complicity by the Serbian police or authorities in allowing it to be attacked, that is a serious issue. But the US has little moral authority not just in invoking international law (which it only does when it benefits Washington's agenda) but in invoking international law when speaking about attacks on embassies in Belgrade.
Perhaps the greatest crime against any embassy in the history of Yugoslavia was committed not by evil Serb protesters, but by the United States military.
On May 7, 1999, at the height of the 78 day US-led NATO bombing of Yugoslavia, the US bombed the Chinese embassy in Belgrade, killing three Chinese citizens, two of them journalists, and wounding 20 others. The Clinton administration later said that the bombing was the result of faulty maps provided by the CIA (Sound familiar?). Beijing rejected that explanation and alleged it was deliberate. Eventually, under strong pressure from China, the US apologized and paid $28 million in compensation to the victims' families. If the US was serious about international law and the protection of embassies, those responsible for that bombing would have been tried at the Hague along with other alleged war criminals. But "war criminal" is a designation for the losers of US-fueled wars, not bombers sent by Washington to drop humanitarian munitions on "sovereign territory."
Beyond the obvious hypocrisy of the US condemnations of Serbia and the sudden admission that international law exists, the Kosovo story is an important one in the context of the current election campaign in the United States. Perhaps more than any other international conflict, Yugoslavia was the defining foreign policy of President Bill Clinton's time in power. Under his rule, the nation of Yugoslavia was destroyed, dismantled and chopped into ethnically pure para-states. President Bush's immediate recognition of Kosovo as an independent nation was the icing on the cake of destruction of Yugoslavia and one which was enthusiastically embraced by Hillary Clinton. "I've supported the independence of Kosovo because I think it is imperative that in the heart of Europe we continue to promote independence and democracy," Clinton said at the recent Democratic debate in Austin, Texas.
A few days before the attack on the US embassy in Belgrade, Clinton released a Molotov cocktail statement praising the declaration of independence. In it, she referred to Kosovo by the Albanian "Kosova" and said independence "will allow the people of Kosova to finally live in their own democratic state. It will allow Kosova and Serbia to finally put a difficult chapter in their history behind them and to move forward." She added, "I want to underscore the need to avoid any violence or provocations in the days and weeks ahead." As seasoned observers of Serbian politics know, there were few things the US could have done to add fuel to the rage in Serbia over the declaration of independence -- "provocations" if you will -- than to have a political leader named Clinton issue a statement praising independence and using the Albanian name for Kosovo. . . .
http://www.alternet.org/audits/77546/
By Jeremy Scahill, AlterNet. Posted February 23, 2008.
All of a sudden, DC establishment figures care about "international law" when it suits their interests in Kosovo.
But, predictably, it is not being invoked to address the US prison camps at Guantanamo, the wide use of torture, the invasion and occupation of sovereign countries, the extraordinary rendition program. No, it is being thrown out forcefully as a condemnation of the Serbian government in the wake of Thursday's attack by protesters on the US embassy in Belgrade following the Bush administration's swift recognition of the declaration of independence by the southern Serbian province of Kosovo. Some 1,000 protesters broke away from a largely non-violent mass demonstration in downtown Belgrade and targeted the embassy. Some protesters actually made it into the compound, setting a fire and tearing down the American flag.
"I'm outraged by the mob attack against the U.S. embassy in Belgrade," fumed Zalmay Khalilzad,the US Ambassador to the United Nations. "The embassy is sovereign US territory. The government of Serbia has a responsibility under international law to protect diplomatic facilities, particularly embassies." His comments were echoed by a virtual who's who of the Bill Clinton administration. People like Jamie Rubin, then-Secretary of State Madeleine Albright's deputy, one of the main architects of US policy toward Serbia. "It is sovereign territory of the United States under international law," Rubin declared. "For Serbia to allow these protesters to break windows, break into the American Embassy, is a pretty dramatic sign." Hillary Clinton, whose husband orchestrated and ran the 78-day NATO bombing of Serbia in 1999, said, "I would be moving very aggressively to hold the Serbian government responsible with their security forces to protect our embassy. Under international law they should be doing that."
There are two major issues here. One is the situation in Kosovo itself (which we'll get to in a moment), but the other is the attack on the US embassy. Yes, the Serbian government had an obligation to prevent the embassy from being torched and ransacked. If there was complicity by the Serbian police or authorities in allowing it to be attacked, that is a serious issue. But the US has little moral authority not just in invoking international law (which it only does when it benefits Washington's agenda) but in invoking international law when speaking about attacks on embassies in Belgrade.
Perhaps the greatest crime against any embassy in the history of Yugoslavia was committed not by evil Serb protesters, but by the United States military.
On May 7, 1999, at the height of the 78 day US-led NATO bombing of Yugoslavia, the US bombed the Chinese embassy in Belgrade, killing three Chinese citizens, two of them journalists, and wounding 20 others. The Clinton administration later said that the bombing was the result of faulty maps provided by the CIA (Sound familiar?). Beijing rejected that explanation and alleged it was deliberate. Eventually, under strong pressure from China, the US apologized and paid $28 million in compensation to the victims' families. If the US was serious about international law and the protection of embassies, those responsible for that bombing would have been tried at the Hague along with other alleged war criminals. But "war criminal" is a designation for the losers of US-fueled wars, not bombers sent by Washington to drop humanitarian munitions on "sovereign territory."
Beyond the obvious hypocrisy of the US condemnations of Serbia and the sudden admission that international law exists, the Kosovo story is an important one in the context of the current election campaign in the United States. Perhaps more than any other international conflict, Yugoslavia was the defining foreign policy of President Bill Clinton's time in power. Under his rule, the nation of Yugoslavia was destroyed, dismantled and chopped into ethnically pure para-states. President Bush's immediate recognition of Kosovo as an independent nation was the icing on the cake of destruction of Yugoslavia and one which was enthusiastically embraced by Hillary Clinton. "I've supported the independence of Kosovo because I think it is imperative that in the heart of Europe we continue to promote independence and democracy," Clinton said at the recent Democratic debate in Austin, Texas.
A few days before the attack on the US embassy in Belgrade, Clinton released a Molotov cocktail statement praising the declaration of independence. In it, she referred to Kosovo by the Albanian "Kosova" and said independence "will allow the people of Kosova to finally live in their own democratic state. It will allow Kosova and Serbia to finally put a difficult chapter in their history behind them and to move forward." She added, "I want to underscore the need to avoid any violence or provocations in the days and weeks ahead." As seasoned observers of Serbian politics know, there were few things the US could have done to add fuel to the rage in Serbia over the declaration of independence -- "provocations" if you will -- than to have a political leader named Clinton issue a statement praising independence and using the Albanian name for Kosovo. . . .
http://www.alternet.org/audits/77546/
Triste sina ter nascido português
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Os russos não dormirão eternamente em sua crise(que aliás estão superando), vamos abrir o olho e raciocinar no tamanho da encrenca. Os americanos irão entrar em rescessão. Um conflito na Europa oriental envolveria a NATO em larga escala e demandaria grandes somas de dinheiro. Eu não vou falar de força militar como problema maior da Europa(UE), mas do Banco Central Europeu que é meio vacilante e tb não pode fazer milagres.P44 escreveu:
2008-02-23 - 00:30:00
Kosovo: Nacionalistas sérvios atacam KFOR em Mitrovica
Rússia ameaça usar força militar
A Rússia ameaçou ontem recorrer “à força bruta” se a NATO e a União Europeia “desafiarem” a ONU e derem apoio unânime e incondicional à independência do Kosovo.
A ameaça teve lugar enquanto, no quinto dia consecutivo de violência, militantes sérvios se envolviam em confrontos, em Mitrovica, norte do Kosovo, com militares franceses da força da NATO no território (KFOR).
Dmitiri Rogozine, embaixador russo na ONU, considerou o caso do Kosovo ameaçador para o sistema de segurança internacional e classificou-o como um desafio directo a Moscovo. “Temos de partir do princípio de que, para sermos respeitados, teremos de usar a força bruta, isto é, a força militar”, afirmou, sem explicar como e onde poderá ter lugar a retaliação armada da Rússia, mas fazendo notar que uma “postura unida da UE” ou um “excesso da NATO no seu mandato no Kosovo” serão considerados uma desafio directo à Rússia.
Um dia depois de manifestações violentas terem feito pelo menos um morto e 150 feridos em Belgrado, Mitrovica (Kosovo) foi ontem o ponto quente dos protestos sérvios. Entoando cânticos e gritando “o Kosovo é nosso”, manifestantes tentaram forçar a passagem da ponte sobre o rio Ibar, que liga as zonas sérvia e albanesa da cidade. Militares franceses da KFOR impediram a passagem de autocarros de manifestantes, mas alguns iludiram a barreira militar e envolveram-se em confrontos sobre a ponte. Refira-se que nenhum dos 295 militares portugueses integrados na KFOR e encarregados de patrulhar as zonas quentes de Mitrovica se encontrava na área dos conflitos de ontem.
EUA RETIRAM PESSOAL DIPLOMÁTICO
Um dia depois do ataque à embaixada dos EUA em Belgrado, durante o qual pelo menos uma pessoa morreu, Washington ordenou ontem a evacuação da Sérvia do pessoal diplomático não essencial. “O embaixador e assessores de topo permanecerão em Belgrado”, afirmou uma porta-voz da embaixada dos EUA.
A União Europeia ameaçou, por seu lado, congelar indefinidamente as negociações de adesão da Sérvia ao clube europeu e instou Belgrado a fazer mais para proteger as embaixadas estrangeiras, cinco das quais, além da norte-americana, foram visadas durante os protestos violentos de quinta-feira.
F. J. Gonçalves com agências
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=91&p=200
Para escalar esta crise, ninguém precisa fazer nada(UE). E Nisso a Europa dá aulas até para o Lula.
Só lembrando que tudo isso poderia ter sido evitado se não fossem os Europeus ficando quietos aover os Americanos dando corda para o terrorista que "preside" o Kosovo.
Uma resolução da ONU ser violada sem que ninguém da Europa fisesse nada...
É claro que tudo foi planejado. Queriam se livrar do ônus de ter que admitir uma região Muçulmana na UE.
Só que agora podemser engolidos pela tempestade.
Sorte aos Europeus e especificamente ao pessoal tuga da KForce. Que não tenham que pagar com a vida pelos erros de cáculo dos políticos.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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qual vai ser a desculpa esfarrapada dos EUA e dos seus caniches para impedir ISTO?
Sérvios da Bósnia exigem independência
Na mesma altura em que dez polícias kosovares ficaram feridos em confrontos com um grupo de 150 ex-militares do Exército sérvio que protestavam contra a independência de Kosovo, mais de 10 mil sérvios manifestavam-se exigindo igualdade de direitos, ou seja a independência da República Srpska, entidade autónoma sérvia da Bósnia-Herzegovina.
"Não vendemos a alma sérvia ao diabo!", "Queremos a independência da República Srpska", gritavam os manifestantes, reunidos na praça central de Banja Luka (norte da Bósnia).
A manifestação, em que participaram sérvios de várias localidades da Bósnia, foi organizada por uma federação de organizações não-governamentais - SPONA - e intitulada "manifestação contra a grande injustiça".
"Esta manifestação exprime a revolta do povo!", declarou aos manifestantes o primeiro-ministro sérvio-bósnio Milorad Dodik, aclamado pela multidão.
"Neste sinal que trago nas costas está escrito 'o Kosovo é a Sérvia'. Repeti-lo-ei a toda a gente", acrescentou.
Quatro dias depois da proclamação unilateral da independência do Kosovo, o Parlamento autónomo da República Srpska adoptou uma resolução afirmando o seu "direito" a separar-se da Bósnia-Herzegovina se as Nações Unidas e a maioria dos países ocidentais reconhecessem a independência da província sérvia de maioria albanesa. Até ao momento, a independência do Kosovo foi oficialmente reconhecida por 20 países (ontem foi a vez da Polónia), na sua maioria ocidentais.
A Bósnia-Herzegovina é constituída, desde os acordos de paz de Dayton (1992), pela Federação Croato-Muçulmana e pela República Srpska.
Nos confrontos entre polícias kosovares e manifestantes sérvios, as forças de segurança foram atacadas com tudo o que estava à mão, desde pedras e garrafas. A Polícia utilizou gás lacrimogéneo para dispersar o grupo de ex-militares sérvios.
Os manifestantes chegaram ao posto fronteiriço de Mutivode, a 35 quilómetros de Pristina, em camiões carregados de pedras o que, segundo a Polícia kosovar, mostra a premeditação do acto.
A situação foi controlada com a chegada de militares da KFOR (a força da OTAN no Kosovo) que, perante a dispersão dos manifesrantes, não tiveram de utilizar a força.
http://news.google.pt/news/url?sa=t&ct= ... 1120129895
................................................
A VERGONHA DITA PELO "REICH"
Kosovo não voltará a ser parte da Sérvia, dizem EUA
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008 15:09 BRT
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[-] Texto [+]
WASHINGTON (Reuters) - Kosovo nunca mais integrará a Sérvia, afirmou na segunda-feira o Departamento de Estado norte-americano, prometendo, no entanto, que o governo dos EUA continuará discutindo a questão com os sérvios e a Rússia, contrários à independência kosovar.
Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado, deu essas declarações depois de Dmitry Medvedev, apontado como franco favorito para vencer as próximas eleições presidenciais na Rússia, visitar Belgrado para sinal do apoio russo aos esforços sérvios para retomar o controle sobre Kosovo, que declarou independência com o apoio de potências ocidentais.
"Vamos continuar tentando trabalhar tanto com os russos quanto com os sérvios a esse respeito, mas acho que deve ficar claro para todo mundo neste momento que Kosovo nunca será parte da Sérvia novamente", disse Casey.
Em Belgrado, o primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, disse que as manifestações de rua contra a recém-criada República do Kosovo continuariam a ser realizadas e que não haveria uma normalização das relações com os países que aceitaram a independência kosovar.
Segundo Casey, os EUA, que reconheceram o novo status de Kosovo, não viam problemas na realização de manifestações pacíficas a respeito da questão. O porta-voz ressaltou que esses protestos, no entanto, não podiam tornar-se violentos.
Na semana passada, a embaixada norte-americana em Belgrado foi atacada e incendiada por pessoas contrárias à declaração de independência de Kosovo, realizada no dia 17 de fevereiro, com o apoio também dos EUA.
Casey disse que familiares de funcionários norte-americanos da embaixada e funcionários considerados não essenciais ficariam afastados de Belgrado até que a situação melhorasse, mas que o embaixador dos EUA no país, Cameron Munter, e outras autoridades norte-americanas continuavam na capital sérvia.
Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, culpou as autoridades da Sérvia por não terem protegido a embaixada. A Sérvia manifestou-se oficialmente lamentando o incidente.
Segundo Casey, todos os envolvidos deveriam avançar agora implementando um plano para a independência supervisionada de Kosovo, plano esse elaborado por Martti Ahtisaari, enviado da Organização das Nações Unidas (ONU).
http://br.reuters.com/article/worldNews ... 9720080225
Sérvios da Bósnia exigem independência
Na mesma altura em que dez polícias kosovares ficaram feridos em confrontos com um grupo de 150 ex-militares do Exército sérvio que protestavam contra a independência de Kosovo, mais de 10 mil sérvios manifestavam-se exigindo igualdade de direitos, ou seja a independência da República Srpska, entidade autónoma sérvia da Bósnia-Herzegovina.
"Não vendemos a alma sérvia ao diabo!", "Queremos a independência da República Srpska", gritavam os manifestantes, reunidos na praça central de Banja Luka (norte da Bósnia).
A manifestação, em que participaram sérvios de várias localidades da Bósnia, foi organizada por uma federação de organizações não-governamentais - SPONA - e intitulada "manifestação contra a grande injustiça".
"Esta manifestação exprime a revolta do povo!", declarou aos manifestantes o primeiro-ministro sérvio-bósnio Milorad Dodik, aclamado pela multidão.
"Neste sinal que trago nas costas está escrito 'o Kosovo é a Sérvia'. Repeti-lo-ei a toda a gente", acrescentou.
Quatro dias depois da proclamação unilateral da independência do Kosovo, o Parlamento autónomo da República Srpska adoptou uma resolução afirmando o seu "direito" a separar-se da Bósnia-Herzegovina se as Nações Unidas e a maioria dos países ocidentais reconhecessem a independência da província sérvia de maioria albanesa. Até ao momento, a independência do Kosovo foi oficialmente reconhecida por 20 países (ontem foi a vez da Polónia), na sua maioria ocidentais.
A Bósnia-Herzegovina é constituída, desde os acordos de paz de Dayton (1992), pela Federação Croato-Muçulmana e pela República Srpska.
Nos confrontos entre polícias kosovares e manifestantes sérvios, as forças de segurança foram atacadas com tudo o que estava à mão, desde pedras e garrafas. A Polícia utilizou gás lacrimogéneo para dispersar o grupo de ex-militares sérvios.
Os manifestantes chegaram ao posto fronteiriço de Mutivode, a 35 quilómetros de Pristina, em camiões carregados de pedras o que, segundo a Polícia kosovar, mostra a premeditação do acto.
A situação foi controlada com a chegada de militares da KFOR (a força da OTAN no Kosovo) que, perante a dispersão dos manifesrantes, não tiveram de utilizar a força.
http://news.google.pt/news/url?sa=t&ct= ... 1120129895
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A VERGONHA DITA PELO "REICH"
Kosovo não voltará a ser parte da Sérvia, dizem EUA
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008 15:09 BRT
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WASHINGTON (Reuters) - Kosovo nunca mais integrará a Sérvia, afirmou na segunda-feira o Departamento de Estado norte-americano, prometendo, no entanto, que o governo dos EUA continuará discutindo a questão com os sérvios e a Rússia, contrários à independência kosovar.
Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado, deu essas declarações depois de Dmitry Medvedev, apontado como franco favorito para vencer as próximas eleições presidenciais na Rússia, visitar Belgrado para sinal do apoio russo aos esforços sérvios para retomar o controle sobre Kosovo, que declarou independência com o apoio de potências ocidentais.
"Vamos continuar tentando trabalhar tanto com os russos quanto com os sérvios a esse respeito, mas acho que deve ficar claro para todo mundo neste momento que Kosovo nunca será parte da Sérvia novamente", disse Casey.
Em Belgrado, o primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, disse que as manifestações de rua contra a recém-criada República do Kosovo continuariam a ser realizadas e que não haveria uma normalização das relações com os países que aceitaram a independência kosovar.
Segundo Casey, os EUA, que reconheceram o novo status de Kosovo, não viam problemas na realização de manifestações pacíficas a respeito da questão. O porta-voz ressaltou que esses protestos, no entanto, não podiam tornar-se violentos.
Na semana passada, a embaixada norte-americana em Belgrado foi atacada e incendiada por pessoas contrárias à declaração de independência de Kosovo, realizada no dia 17 de fevereiro, com o apoio também dos EUA.
Casey disse que familiares de funcionários norte-americanos da embaixada e funcionários considerados não essenciais ficariam afastados de Belgrado até que a situação melhorasse, mas que o embaixador dos EUA no país, Cameron Munter, e outras autoridades norte-americanas continuavam na capital sérvia.
Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, culpou as autoridades da Sérvia por não terem protegido a embaixada. A Sérvia manifestou-se oficialmente lamentando o incidente.
Segundo Casey, todos os envolvidos deveriam avançar agora implementando um plano para a independência supervisionada de Kosovo, plano esse elaborado por Martti Ahtisaari, enviado da Organização das Nações Unidas (ONU).
http://br.reuters.com/article/worldNews ... 9720080225
Triste sina ter nascido português
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Kosovo: Dezenas de agentes sérvios desertam da Polícia multi-étnica
Kusce, Kosovo, 27 Fev (Lusa) - Dezenas de agentes sérvios desertaram da força de Polícia do Kosovo desde que o novo Estado declarou a independência, admitiu hoje a instituição, a única onde existia efectiva cooperação entre os kosovares sérvios e albaneses.
Cerca de 170 dos 800 agentes da força policial ou abandonaram ou já não são vistos no trabalho desde a declaração da independência de 17 de Fevereiro. Dezenas de outros ameaçaram fazer o mesmo.
As deserções agradam às autoridades de Belgrado, que têm encorajado os sérvios do Kosovo a boicotar as instituições do inexperiente governo. Contudo, elas são vistas como um golpe para a missão das Nações Unidas no Kosovo que tem injectado milhões de dólares e anos de esforço para criar e treinar a força policial.
"Temos polícia suficiente para lidar com qualquer coisa", disse Luis Cisneros, um porta-voz da polícia da ONU. "Mas queremos que todos estejam contentes, tanto sérvios como albaneses. Isso é o principal".
A força policial multi-étnica tem sido elogiada como uma das poucas histórias de sucesso de trabalho conjunto entre os kosavares sérvios e os de etnia albanesa.
Mas a polícia tem sido particularmente pressionada desde a declaração de independência, que foi seguida de manifestações violentas dos sérvios, fazendo temer um conflito mais amplo.
A Sérvia pretende tomar acções legais contra os governos que reconheceram a independência do Kosovo. O governo de Belgrado decidiu hoje a formação de uma equipa para determinar quais os tribunais internacionais que poderão ter jurisdição neste caso.
Coerente com a sua promessa de tentar bloquear o Kosovo de aderir a organizações internacionais, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia abandonou uma reunião com os seus parceiros em Sofia, Bulgária, quando um delegado do Kosovo subiu à tribuna para falar.
"O Kosovo não será membro das Nações Unidas, não será membro da OSCE. E como tal, não pertencerá à comunidade mundial das nações soberanas", disse Vuk Jeremic aos delegados à reunião.
Mas os alicerces para uma maior integração regional têm sido preparados em Viena, Áustria, onde representantes dos países que apoiam a independência do Kosovo realizam a sua reunião inaugural. O grupo irá ajudar a guiar a nova nação.
O governo sérvio, entretanto, adiou as discussões sobre a polémica questão de deixar de pagar a dívida internacional do Kosovo.
A Sérvia tem estado a pagar a dívida de 1,2 mil milhões de dólares, embora não tivesse qualquer autoridade sobre a província desde 1999, quando a NATO lançou os bombardeamentos aéreos para forçar Belgrado a terminar a repressão dos separatistas albanesas.
Os nacionalistas argumentam que a Sérvia deve continuar a pagar para continuar a reivindicar a sua soberania sob o Kosovo.
Os cerca de 100.000 sérvios que permanecem no Kosovo ignoraram a declaração de independência e ameaçaram criar as suas próprias instituições na extremidade norte, onde vive a maioria da minoria sérvia.
A vasta maioria da população do Kosovo é de etnia albanesa. Os sérvios representam apenas 10 por cento dos dois milhões de pessoas da região, mas consideram o Kosovo como o berço da sua cultura.
A vaga de abandonos por parte dos agentes é particularmente evidente no sudeste do Kosovo, onde existem vários enclaves sérvios.
Kusce, Kosovo, 27 Fev (Lusa) - Dezenas de agentes sérvios desertaram da força de Polícia do Kosovo desde que o novo Estado declarou a independência, admitiu hoje a instituição, a única onde existia efectiva cooperação entre os kosovares sérvios e albaneses.
Cerca de 170 dos 800 agentes da força policial ou abandonaram ou já não são vistos no trabalho desde a declaração da independência de 17 de Fevereiro. Dezenas de outros ameaçaram fazer o mesmo.
As deserções agradam às autoridades de Belgrado, que têm encorajado os sérvios do Kosovo a boicotar as instituições do inexperiente governo. Contudo, elas são vistas como um golpe para a missão das Nações Unidas no Kosovo que tem injectado milhões de dólares e anos de esforço para criar e treinar a força policial.
"Temos polícia suficiente para lidar com qualquer coisa", disse Luis Cisneros, um porta-voz da polícia da ONU. "Mas queremos que todos estejam contentes, tanto sérvios como albaneses. Isso é o principal".
A força policial multi-étnica tem sido elogiada como uma das poucas histórias de sucesso de trabalho conjunto entre os kosavares sérvios e os de etnia albanesa.
Mas a polícia tem sido particularmente pressionada desde a declaração de independência, que foi seguida de manifestações violentas dos sérvios, fazendo temer um conflito mais amplo.
A Sérvia pretende tomar acções legais contra os governos que reconheceram a independência do Kosovo. O governo de Belgrado decidiu hoje a formação de uma equipa para determinar quais os tribunais internacionais que poderão ter jurisdição neste caso.
Coerente com a sua promessa de tentar bloquear o Kosovo de aderir a organizações internacionais, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia abandonou uma reunião com os seus parceiros em Sofia, Bulgária, quando um delegado do Kosovo subiu à tribuna para falar.
"O Kosovo não será membro das Nações Unidas, não será membro da OSCE. E como tal, não pertencerá à comunidade mundial das nações soberanas", disse Vuk Jeremic aos delegados à reunião.
Mas os alicerces para uma maior integração regional têm sido preparados em Viena, Áustria, onde representantes dos países que apoiam a independência do Kosovo realizam a sua reunião inaugural. O grupo irá ajudar a guiar a nova nação.
O governo sérvio, entretanto, adiou as discussões sobre a polémica questão de deixar de pagar a dívida internacional do Kosovo.
A Sérvia tem estado a pagar a dívida de 1,2 mil milhões de dólares, embora não tivesse qualquer autoridade sobre a província desde 1999, quando a NATO lançou os bombardeamentos aéreos para forçar Belgrado a terminar a repressão dos separatistas albanesas.
Os nacionalistas argumentam que a Sérvia deve continuar a pagar para continuar a reivindicar a sua soberania sob o Kosovo.
Os cerca de 100.000 sérvios que permanecem no Kosovo ignoraram a declaração de independência e ameaçaram criar as suas próprias instituições na extremidade norte, onde vive a maioria da minoria sérvia.
A vasta maioria da população do Kosovo é de etnia albanesa. Os sérvios representam apenas 10 por cento dos dois milhões de pessoas da região, mas consideram o Kosovo como o berço da sua cultura.
A vaga de abandonos por parte dos agentes é particularmente evidente no sudeste do Kosovo, onde existem vários enclaves sérvios.
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