Bolovo escreveu:Sobre catapultas, os soviéticos queriam no final dos 80/começo dos 90 terminar o classe Ulyanovsk, que teria catapultas ou um misto de rampa e catapultas. Uma das limitações da rampa de decolagem é que nem todo avião decola por aí, um caça como Su-33 ou Mig-29K decola sem problemas, agora tenta alguma coisa no estilo do E-2 Hawkeye ou S-3 Viking (que os russos planejavam fazer um similar, na verdade seria IGUALZINHO AEUIAEI), daí não dá. Ela tem vantagens, como por exemplo ser bem mais barato e simples, mas tem desvantagens como não poder lançar muito peso.
http://mysite.wanadoo-members.co.uk/fla ... riers.htmlA Rússia não teria como construir uma catapulta a vapor?
Mas bah! Como o Orestes disse, lançaram o Sputinik, a MIR, o Topol-M, os submarinos nucleares, classe sei lá o que, tudo que é militar os caras fizeram, talvez só os EUA equivalem ou ultrapassam os caras, a França tá longe!
Só não construiram uma catapulta a vapor porque o Ulyanovsk foi cancelado aos 40% e vendido como sucata na mesma epoca que planejavam termina-lo, mas daí a URSS dissolveu e aconteceu tudo aquilo que a gente sabe, redução nos gastos militares, racionalização dos meios, etc e tal.
Abs.
Como havia falado antes, querer não é poder. A URSS já no final da década de 1970 era sociedade decadente e corrupta até a medula. Com uma produção industrial ineficiente e estagnada. O setor com maior vitalidade era o militar, geralmente, é assim, os impérios tem como o último sustentáculo, o monopólio da força, a tecnologia militar. Por sinal, parece que vamos assistir de novo o mesmo filme. Aonde será?
O conhecimento tecnológico é cumulativo, uma vez destruídas as condições de seu desenvolvimento, não existe retorno. Saber fazer algo hoje, não quer dizer saber fazer algo sempre. Uma vez perdidos certos conhecimentos, e não sendo transmitidos, os mesmos se perdem quer pela sua superação, quer pela capacidade social de lidar com ele. Podemos fazer uma analogia com qualquer máquina complexa, além do projeto, construção é necessário ter condições objetivas para saber operar e manter. O que ocorreu com o fim da Ex-URSS é um processo deste tipo em larga escala. E nestes casos, ocorre o inverso, perde-se primeiro a capacidade de operar e manter, depois de construir e projetar. Depois todo o complexo social para tais desenvolvimentos é desfeito, por último vem o alicerce, ou o desenvolvimento do conhecimento científico.
O que temos que nos perguntar é se o conhecimento científico e tecnológico da URSS era todo homogênio ou se existiam grandes desníveis nas várias áreas que o compõe. Saber fazer uma espaçonave não é mesmo que saber fazer um NAe. Tanto, assim que a primeira classe de NAe´s Soviéticos era um modelo híbrido, ainda que, completamente esquizofrênico quanto a suas utilidade para a Guerra Naval, já que foi feito sem qualquer experiência em campos de batalha. Repito, no campo naval a Rússia ou a URSS nunca foram grandes coisas, pelo contrário, sempre deram péssimos exemplos nas guerras com envolvimento naval.
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