A crise é um bom momento para os países que se preparam para ela, ao contrário do que muitos pensam, não é ruim para todos. E vão sofrer com ela, os países que não se precaveram.
Antes qualquer temor externo, o Dólar disparava e todos entravam em pânico aqui. Hoje, o BC em plena crise já comprou mais 10 bilhões de dólares para segurar a cotação da moeda este ano, e mesmo assim não consegue se sustentar acima de 1,80 reais. Nada como um dia atrás do outro, enquanto isso nossa mídia está precupada com a CPI da Tapioca, ou melhor das calcinhas, do cachorro quente comprado e da caixa de bombom da Kopenhagem.
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Brasil parece imune à turbulência do mercado, diz 'FT'
11/02 - 07:33 - BBC Brasil
O Brasil parece imune à turbulência do mercado, mas o governo deve fazer mais para encorajar o crescimento a longo prazo, segundo um editorial publicado nesta segunda-feira pelo jornal britânico Financial Times.
Nenhuma região está imune à crise econômica global, diz FMI
"Menos de uma década atrás o Brasil balançava ao primeiro sinal de instabilidade nos mercados financeiros internacionais. Hoje, em contraste, o país - como grande parte da América Latina, rica em recursos - parece imune à turbulência do mercado", afirma o editorial.
O FT cita o caso da Vale, que em meio à crise está atraindo investimentos na ordem de US$ 50 bilhões enquanto faz uma oferta de US$ 90 bi pela Xstrata, uma gigante da mineração anglo-suíça.
"Ainda assim, as tensões financeiras globais devem servir de alerta para um governo que ainda precisa aprender a gastar com sabedoria, encorajar as empresas e aumentar a produtividade econômica."
O editorial lembra que, mesmo em boas condições no mercado, o crescimento econômico do Brasil no ano passado ficou atrás da China, Índia e Rússia, os outros países do grupo conhecido como BRIC.
O jornal também alerta que o país dificilmente escapará totalmente da crise dos mercados. "Uma recessão ou desaquecimento nos Estados Unidos e Europa vai atingir as exportações. Desaceleração na Índia e na China deve enfraquecer os preços de matérias-primas, enfraquecendo mercados cuja força vinha sustentando a poderosa performance comercial do Brasil nos últimos anos."
Segundo o diário britânico, já há sinais da vulnerabilidade e este ano o Brasil deve registrar déficit de conta corrente pela primeira vez desde 2002, em parte porque o fortalecimento do real está encorajando indivíduos e empresas a gastar dinheiro no exterior.
O jornal ainda lembra que, apesar de o investimento estrangeiro estar ocorrendo em níveis recordes, o comportamento dos investidores muitas vezes é volátil.
"Por todas essas razões é vital que o Brasil faça mais para encorajar o crescimento a longo prazo. Muitas empresas já estão começando a pensar em como aumentar a produtividade, retendo lucros e reinvestindo. O governo deveria ajudar."
Para o Financial Times, o governo precisa liberalizar os regulamentos de empresas, começar a negociar reformas fiscais e trabalhistas.
"O país pode ter orgulho de seu progresso, mas é necessário um senso de urgência para manter o ímpeto."