Alcantara escreveu:Bem, parece que tem tudo pra dar Rafale na FAB, quisá... na MB também!
Jobim busca na França 'aliança estratégica'O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que sua viagem à França para discutir parcerias na área militar tem sentido bem mais amplo que simplesmente buscar condições de reaparelhamento das Forças Armadas. "Não estamos aqui para comprar, mas para estabelecer uma relação maior que a de comprador e vendedor. Queremos uma aliança estratégica para remodelar o Plano Estratégico Nacional de Defesa", disse ontem, na residência oficial da Embaixada do Brasil em Paris.
Na visita oficial, os dois países devem assinar acordos de transferência de tecnologia envolvendo, entre outras áreas, a construção de submarinos nucleares no Brasil e a aquisição de caças Rafale, dentro do plano de reequipamento. "No levantamento técnico que realizamos ficou evidente que a França tem maior disponibilidade para transferência de tecnologia", explicou Jobim.
Prova do interesse francês na aliança estratégica é o convite do presidente Nicolas Sarkozy para que a comitiva brasileira participe de reunião no Palácio do Eliseu, amanhã à tarde. Normalmente, ela seria recebida pelo ministro da Defesa, Hervé Morin. Segundo Jobim, em conversa telefônica com o presidente Lula, Sarkozy mostrou interesse na intenção do Brasil de remodelar as Forças Armadas.
O exemplo mais avançado da parceria seria a construção de submarinos nucleares de defesa no Brasil. Hoje, Jobim recebe Jean Poimboeuf, presidente do DCNS - estaleiro responsável pela construção dos submarinos atômicos da frota francesa. No dia seguinte, vai à base naval de Toulon visitar um desses submarinos. No mesmo dia, um acordo - cujos detalhes não foram divulgados - será assinado com o ministro Morin. Brasil e França mantêm um tratado que prevê acesso a tecnologias sensíveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://br.noticias.yahoo.com/s/28012008/25/manchetes-jobim-busca-na-fran-alian-estrategica.htmlEu lembro que algum tempo atrás, alguém escreveu que estava havendo uma diferença entre o pessoal da FAb e o da MB, por isso a escolha do 'FX' estava complicada. A FAB ia por um lado e a MB queria ir pro outro. Será que a FAB queria ir de Rafale e a MB, por questão de tradição e/ou afinidade estava preferindo o F-18?
Pai Orestes do DB e outros
"con fuentes" talves possam jogar uma luz no assunto, rsrsrsr.
Abraços!!!
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Grande Alcântara!!
Observe que este jogo ainda é muito político, pouco pragmático. Mas observe também que a presença do CM ao lado do Jobim na França é pra lá de sintomático, mais sintomático ainda é a presença do Sarkozy no Brasil depois desta visita. E vou além, o comandante Saito não está presente nesta viagem.
O jogo agora diz respeito tão somente a compra de subs convencionais e ajuda na construção do sub nuclear. Mas existe um ponto que pouco se fala, o que acontecerá com o NAe SP após esta visita. Outro ponto é pedir para que os franceses tentem colocar no papel a proposta feita pela Eurocopter sobre helicópteros, sem isso, nada feito.
Esta visita não está relacionada a compras de caças pra FAB e MB, ou seja, vão dar uma olhada no Rafale e a viabilidade do mesmo, mas nada será definido, pois existe uma viagem à Rússia a partir do dia 6 de fevereiro. Claro que os franceses vão tentar vender, mas...
Talvez a surpresa, para alguns, seja o SP "revitalizado" no que diz respeito aos seus vetores. Provavelmente teremos franceses treinando no SP a partir de março. Se vierem com Rafales... rsrs Pode ser que a MB compre algo diferente do que imaginava para o SP, mas não ficará decepcionada, se for o caso.
E a intenção do Sarkozy não é uma visita "convencional" ao Brasil (em breve), o mesmo vem mais do que animado, se possível com os contratos para assinar junto com o Lula. Esta é a intenção.
Outro ponto é separar este acordo com a França dos caças para o FX, são duas coisas distintas, dois momentos. A coisa com a MB está muito, mais muito adianta, já com a FAB, nada, vai demorar um pouco mais.
Até onde estou sabendo, é bem provável (repito, provável e nada mais do que isso) que a FAB e MB tenham asas fixas distintas. Isto não significa que a FAB irá de Flanker, só disse que os meios não serão tão "comuns" com já foi defendido antes. O MD já aceita que haja uma grande comunalidade de equipamentos, meios e armamentos dentro da mesma Força, isso quando não for possível nas três.
Frases como ""No levantamento técnico que realizamos ficou evidente que a França tem maior disponibilidade para transferência de tecnologia" não devem ser lidas ao pé da letra. O Jobim se encontra em uma visita com grande caráter diplomático e não fala especificamente sobre nada. Ele não diz com esta frase que a França oferece mais transferência de tecnologia, mas que tem maior disponibilidade, isso faz uma diferença brutal.
Outro cuidado que se deve ter com esta frase, não se sabe em qual contexto ela foi usada. Pra mim parece que foi usada no caso dos subs (convencional e nuclear), e não para todos os equipamentos. Isto parece ser verdade também para a construção local dos hélis oferecidos pela Eurocopter. Mas até onde sabemos, parece não se aplicar ao Rafale, a menos que a França tenha oferecido mais do que os russos no finado FX-1, o que eu duvido muito.
Porém, no pacote, pode ser que isto se aplique a tudo mesmo, ou seja, considerando todos os equipamentos desejados e disponíveis na França, em média (repito, em média) a França pode mesmo levar vantagens. Eu ainda faço questão de saber mais sobre a futura viagem do Jobim à Rússia e aos EUA, antes disso não se pode concluir nada, até porque a imprensa brasileira sempre se mostrou "pró-França", isto acontece desde o FX-1.
Grande abraço,
Orestes