PF comprou 7 mil Glocks, mas EB não quer
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
Tangenciando um pouco o tema primário do tópico, se bem que ainda relativo às armas e seu uso, compilei este artigo de um colega no site de nossa federação.
Como bem observa o colega, ele lança luz sobre o tipo de treinamento (double tap), ensinado nos meus pré-cambrianos tempso de ANP, e às novas exigências de atitudes e procedimentos na lida com a marginalidade hodierna.
Reparem colegas foristas, já àquelas vetustas eras fazia-se corrente entre alunos e instrutores que, á luz do ordenamento legal brasileiro, era o mínimo que se podia fazer em um combate. No entanto, dois tiros seguidos (ensinava-se a acertar o "garrafão" - parte do tronco, entre torax e abdomem), AINDA poderia - e pode - causar problemas ao policial agindo em legítima defesa.
É interessante ressaltar que isto não é só um problema nosso. Guardadas às devidas proporções o uso de novos procedimentos e armas há muito fez eco na Europa.
Na Europa, até o final do seculo XX, era comum o uso de calíbres risíveis (para nós) pelas suas forças policiais. De lá tínhamos o uso do 7.65 (.32 auto), do 9mm Kurt (ou .380) e no máximo nosso conhecido .38.
Perguntem o que usam hoje por lá.
Tive bons instrutores de tiro (Edson, "Ferrugem", Dias entre outros ex cathedra), mas debitáva-mos nossas vidas ao garrote vil da lei ante a esperança que o "vagaba" caísse no primeiro disparo.
Segue o artigo do colega Wendling:
"O desconhecimento que mata...a legítima defesa."
14/01/2008
por Humberto Wendling*
Diante do artigo denominado Disque MP para matar, disponível no site http://www.fenapef.org.br (Tribuna Livre), envio esta contribuição para conhecimento e reflexão dos colegas policiais. O propósito é colaborar com a compreensão sobre alguns aspectos relacionados aos confrontos armados.
Sempre que um criminoso mata um policial, o assunto é tratado como algo natural tendo em vista que seu trabalho é perigoso, e o policial sabe disso desde o princípio, mas assim mesmo assume o risco. Com esse raciocínio, o criminoso fez seu papel e cometeu o crime; o policial cumpriu seu dever, enfrentou o perigo em benefício do inocente e morreu.
Mas quando um policial, e neste caso um promotor, mata um criminoso, o tema gera polêmica e opiniões sem uma base realista de como ocorrem os confrontos armados e como o corpo humano responde física e psicologicamente diante de situações envolvendo o risco de morte.
Nenhum policial ou promotor deseja possuir uma licença para matar. As responsabilidades pessoais, criminais e espirituais são enormes para aquelas pessoas que, desejando sobreviver a uma agressão injusta, precisam utilizar uma arma de fogo contra um criminoso. O desejo de matar é a característica fundamental que separa as pessoas normais dos sociopatas. No entanto, todos nós temos o direito à legítima defesa.
Nenhum treinamento prepara uma pessoa para reagir de modo eficaz e com equilíbrio emocional quando se está diante de uma arma e de uma pessoa hostil. Na luta pela sobrevivência, a natureza não espera que o homem siga regras quando ele está na iminência de ser morto.
No caso específico do promotor, ao que tudo indica e as notícias relatam, a situação ocorreu à noite, o suspeito se aproximou, anunciou o assalto, exigiu o relógio e fez menção de sacar uma arma. Isso quer dizer que ele deu todas as dicas de que estava realmente armado e que a situação era perigosa.
O fato de, supostamente, não existir uma arma não muda isso. Então, se o promotor esperasse para ver uma arma, e se ela existisse, as chances de defesa seriam nulas.
Infelizmente, muitas pessoas acreditam que o risco de vida não existe até que a ameaça ou agressão seja imediata. Essa idéia perigosa força muitos policiais a esperarem até que os criminosos saquem e apontem suas armas para eles ou para pessoas inocentes antes que esses policiais possam neutralizá-los. Pesquisas americanas demonstram que um criminoso é capaz de sacar uma arma escondida e atirar contra um policial antes que esse policial consiga simplesmente apertar o gatilho de sua arma já apontada para o criminoso ( Firearms Response Time by Thomas A. Hontz).
Trocando em miúdos, a ação é mais rápida que a reação. Desse modo, o promotor agiu com base nas informações disponíveis naquela fração de segundo. Entendeu o risco que corria e utilizou seu direito de autodefesa. Uma observação importante é necessária: as informações da imprensa dão conta de que o suspeito FOI ENCONTRADO desarmado. Isso não significa que no momento do assalto ele não estivesse armado. Assim, é plausível a idéia de que após ter sido baleado e incapacitado, a arma do suspeito possa ter sido furtada por alguém depois do assalto e antes da chegada da polícia.
As situações de risco impõem aos envolvidos alterações fisiológicas e mentais que incluem: perda da visão periférica, perda da visão em profundidade, perda do foco, diminuição da capacidade auditiva, distorções na percepção do tempo e do espaço, dificuldade de memória, perda das habilidades motoras finas e complexa, dificuldade de raciocínio lógico.
Dependendo do indivíduo, o estresse pode ser tão elevado que se chega ao estágio de Hipervigilância, que é caracterizado por ações repetitivas (como disparar diversas vezes sem parar e em poucos segundos), fuga irracional (como correr em meio ao trânsito), luta descontrolada ou a rendição à morte sem luta. Por esses motivos, não me parece surpreendente que o promotor tenha disparado dez vezes, pois seus sentidos e percepções estariam alterados e seria um exagero esperar que ele fosse capaz de contar os disparos ou observar se o suspeito fora ou não atingido nos dois primeiros tiros. É por isso que para os leigos, as decisões e ações tomadas no evento crítico de um assalto parecem excessivas ou irracionais. Mas não são.
As reações do medo e do estresse são experimentadas tanto pela vítima como pelo criminoso. E essas reações fisiológicas e mentais inibem a percepção da dor causada por um ferimento. Se o agressor não sente dor, não há razão para ele desistir de lutar. Isso significa que um criminoso, mesmo atingindo por dez projéteis, ainda pode permanecer de pé e atirar contra a vítima (consulte as informações no sitedo FBI sobre o episódio ocorrido em 1986 e que ficou conhecido como o Tiroteio de Miame.
Nesse episódio, um assaltante de bancos, mesmo atingido 12 vezes por projéteis 9 mm e .38 conseguiu matar dois agentes e ferir gravemente outros cinco antes de morrer em virtude dos ferimentos. Por isso, os policiais do FBI e do DEA são treinados para atirar até que o criminoso caia no chão, pois esse é o único meio imediato que o policial dispõe para saber se o criminoso foi incapacitado. Isso quer dizer que enquanto o agressor estiver de pé, o policial deve continuar atirando.
Nenhum curso "em situação de combate" preparar qualquer pessoa para agir eficazmente durante uma situação de perigo de vida. Esses "treinamentos" não estão de acordo com as alterações mentais e corporais de uma pessoa durante um confronto armado real, e o medo e o estresse não estão incluídos. Esses treinamentos estáticos e tradicionais não permitem a interação com outro ser humano, mas somente com alvos de papel que não reagem.
Não há qualquer garantia de que dois disparos sejam suficientes para incapacitar um criminoso. Cada indivíduo responderá de modo particular durante um confronto armado. Alguns irão correr ou cair ao ouvirem o disparo, outros serão incapacitados com um ou dois tiros, e outros simplesmente resistirão mais tempo não importando a quantidade dos ferimentos.
A incapacitação imediata do agressor só ocorrerá se ele for atingido, grosso modo, na cabeça, no coração ou na medula espinhal. Além disso, nenhuma munição é 100% eficaz 100% das vezes ao atingir uma pessoa e provocar a incapacitação imediata, e há mais chances da vítima errar os disparos do que acertar. Nenhuma fábrica de munições dá garantias de eficácia de seus produtos em 100% das vezes em se tratando da incapacitação de um ser humano.
As idéias sobre tiroteios veiculadas nos filmes de ação no cinema e na televisão são irreais, pois não se assemelham em nada com a verdade de um confronto. A imagem de uma pessoa voando alguns metros para trás depois de ser atingida por um tiro e seu peito explodindo em sangue só fazem parte do imaginário de quem nunca viu ou precisa fantasiar a realidade para satisfazer o público.
Infelizmente, a sociedade e até mesmo os policiais são influenciados por esse tipo de cenário. E o pior: o cidadão, a imprensa, o judiciário, a promotoria e muitos policiais avaliam e julgam a ação de autodefesa de alguém com base na ficção desses filmes de ação.
Finalmente, atirar duas vezes e esperar para ver se o criminoso, que está tentando matá-lo, foi ou não atingido é um erro primário, grave e que leva muitas pessoas à morte, não obstante ser uma técnica (double tap) ainda ensinada nesses "treinamentos" sem base realista.
*Agente de Polícia Federal
Instrutor de Armamento e Tiro
Fonte: Agência Fenapef
Como bem observa o colega, ele lança luz sobre o tipo de treinamento (double tap), ensinado nos meus pré-cambrianos tempso de ANP, e às novas exigências de atitudes e procedimentos na lida com a marginalidade hodierna.
Reparem colegas foristas, já àquelas vetustas eras fazia-se corrente entre alunos e instrutores que, á luz do ordenamento legal brasileiro, era o mínimo que se podia fazer em um combate. No entanto, dois tiros seguidos (ensinava-se a acertar o "garrafão" - parte do tronco, entre torax e abdomem), AINDA poderia - e pode - causar problemas ao policial agindo em legítima defesa.
É interessante ressaltar que isto não é só um problema nosso. Guardadas às devidas proporções o uso de novos procedimentos e armas há muito fez eco na Europa.
Na Europa, até o final do seculo XX, era comum o uso de calíbres risíveis (para nós) pelas suas forças policiais. De lá tínhamos o uso do 7.65 (.32 auto), do 9mm Kurt (ou .380) e no máximo nosso conhecido .38.
Perguntem o que usam hoje por lá.
Tive bons instrutores de tiro (Edson, "Ferrugem", Dias entre outros ex cathedra), mas debitáva-mos nossas vidas ao garrote vil da lei ante a esperança que o "vagaba" caísse no primeiro disparo.
Segue o artigo do colega Wendling:
"O desconhecimento que mata...a legítima defesa."
14/01/2008
por Humberto Wendling*
Diante do artigo denominado Disque MP para matar, disponível no site http://www.fenapef.org.br (Tribuna Livre), envio esta contribuição para conhecimento e reflexão dos colegas policiais. O propósito é colaborar com a compreensão sobre alguns aspectos relacionados aos confrontos armados.
Sempre que um criminoso mata um policial, o assunto é tratado como algo natural tendo em vista que seu trabalho é perigoso, e o policial sabe disso desde o princípio, mas assim mesmo assume o risco. Com esse raciocínio, o criminoso fez seu papel e cometeu o crime; o policial cumpriu seu dever, enfrentou o perigo em benefício do inocente e morreu.
Mas quando um policial, e neste caso um promotor, mata um criminoso, o tema gera polêmica e opiniões sem uma base realista de como ocorrem os confrontos armados e como o corpo humano responde física e psicologicamente diante de situações envolvendo o risco de morte.
Nenhum policial ou promotor deseja possuir uma licença para matar. As responsabilidades pessoais, criminais e espirituais são enormes para aquelas pessoas que, desejando sobreviver a uma agressão injusta, precisam utilizar uma arma de fogo contra um criminoso. O desejo de matar é a característica fundamental que separa as pessoas normais dos sociopatas. No entanto, todos nós temos o direito à legítima defesa.
Nenhum treinamento prepara uma pessoa para reagir de modo eficaz e com equilíbrio emocional quando se está diante de uma arma e de uma pessoa hostil. Na luta pela sobrevivência, a natureza não espera que o homem siga regras quando ele está na iminência de ser morto.
No caso específico do promotor, ao que tudo indica e as notícias relatam, a situação ocorreu à noite, o suspeito se aproximou, anunciou o assalto, exigiu o relógio e fez menção de sacar uma arma. Isso quer dizer que ele deu todas as dicas de que estava realmente armado e que a situação era perigosa.
O fato de, supostamente, não existir uma arma não muda isso. Então, se o promotor esperasse para ver uma arma, e se ela existisse, as chances de defesa seriam nulas.
Infelizmente, muitas pessoas acreditam que o risco de vida não existe até que a ameaça ou agressão seja imediata. Essa idéia perigosa força muitos policiais a esperarem até que os criminosos saquem e apontem suas armas para eles ou para pessoas inocentes antes que esses policiais possam neutralizá-los. Pesquisas americanas demonstram que um criminoso é capaz de sacar uma arma escondida e atirar contra um policial antes que esse policial consiga simplesmente apertar o gatilho de sua arma já apontada para o criminoso ( Firearms Response Time by Thomas A. Hontz).
Trocando em miúdos, a ação é mais rápida que a reação. Desse modo, o promotor agiu com base nas informações disponíveis naquela fração de segundo. Entendeu o risco que corria e utilizou seu direito de autodefesa. Uma observação importante é necessária: as informações da imprensa dão conta de que o suspeito FOI ENCONTRADO desarmado. Isso não significa que no momento do assalto ele não estivesse armado. Assim, é plausível a idéia de que após ter sido baleado e incapacitado, a arma do suspeito possa ter sido furtada por alguém depois do assalto e antes da chegada da polícia.
As situações de risco impõem aos envolvidos alterações fisiológicas e mentais que incluem: perda da visão periférica, perda da visão em profundidade, perda do foco, diminuição da capacidade auditiva, distorções na percepção do tempo e do espaço, dificuldade de memória, perda das habilidades motoras finas e complexa, dificuldade de raciocínio lógico.
Dependendo do indivíduo, o estresse pode ser tão elevado que se chega ao estágio de Hipervigilância, que é caracterizado por ações repetitivas (como disparar diversas vezes sem parar e em poucos segundos), fuga irracional (como correr em meio ao trânsito), luta descontrolada ou a rendição à morte sem luta. Por esses motivos, não me parece surpreendente que o promotor tenha disparado dez vezes, pois seus sentidos e percepções estariam alterados e seria um exagero esperar que ele fosse capaz de contar os disparos ou observar se o suspeito fora ou não atingido nos dois primeiros tiros. É por isso que para os leigos, as decisões e ações tomadas no evento crítico de um assalto parecem excessivas ou irracionais. Mas não são.
As reações do medo e do estresse são experimentadas tanto pela vítima como pelo criminoso. E essas reações fisiológicas e mentais inibem a percepção da dor causada por um ferimento. Se o agressor não sente dor, não há razão para ele desistir de lutar. Isso significa que um criminoso, mesmo atingindo por dez projéteis, ainda pode permanecer de pé e atirar contra a vítima (consulte as informações no sitedo FBI sobre o episódio ocorrido em 1986 e que ficou conhecido como o Tiroteio de Miame.
Nesse episódio, um assaltante de bancos, mesmo atingido 12 vezes por projéteis 9 mm e .38 conseguiu matar dois agentes e ferir gravemente outros cinco antes de morrer em virtude dos ferimentos. Por isso, os policiais do FBI e do DEA são treinados para atirar até que o criminoso caia no chão, pois esse é o único meio imediato que o policial dispõe para saber se o criminoso foi incapacitado. Isso quer dizer que enquanto o agressor estiver de pé, o policial deve continuar atirando.
Nenhum curso "em situação de combate" preparar qualquer pessoa para agir eficazmente durante uma situação de perigo de vida. Esses "treinamentos" não estão de acordo com as alterações mentais e corporais de uma pessoa durante um confronto armado real, e o medo e o estresse não estão incluídos. Esses treinamentos estáticos e tradicionais não permitem a interação com outro ser humano, mas somente com alvos de papel que não reagem.
Não há qualquer garantia de que dois disparos sejam suficientes para incapacitar um criminoso. Cada indivíduo responderá de modo particular durante um confronto armado. Alguns irão correr ou cair ao ouvirem o disparo, outros serão incapacitados com um ou dois tiros, e outros simplesmente resistirão mais tempo não importando a quantidade dos ferimentos.
A incapacitação imediata do agressor só ocorrerá se ele for atingido, grosso modo, na cabeça, no coração ou na medula espinhal. Além disso, nenhuma munição é 100% eficaz 100% das vezes ao atingir uma pessoa e provocar a incapacitação imediata, e há mais chances da vítima errar os disparos do que acertar. Nenhuma fábrica de munições dá garantias de eficácia de seus produtos em 100% das vezes em se tratando da incapacitação de um ser humano.
As idéias sobre tiroteios veiculadas nos filmes de ação no cinema e na televisão são irreais, pois não se assemelham em nada com a verdade de um confronto. A imagem de uma pessoa voando alguns metros para trás depois de ser atingida por um tiro e seu peito explodindo em sangue só fazem parte do imaginário de quem nunca viu ou precisa fantasiar a realidade para satisfazer o público.
Infelizmente, a sociedade e até mesmo os policiais são influenciados por esse tipo de cenário. E o pior: o cidadão, a imprensa, o judiciário, a promotoria e muitos policiais avaliam e julgam a ação de autodefesa de alguém com base na ficção desses filmes de ação.
Finalmente, atirar duas vezes e esperar para ver se o criminoso, que está tentando matá-lo, foi ou não atingido é um erro primário, grave e que leva muitas pessoas à morte, não obstante ser uma técnica (double tap) ainda ensinada nesses "treinamentos" sem base realista.
*Agente de Polícia Federal
Instrutor de Armamento e Tiro
Fonte: Agência Fenapef
Pow Diecenes, para de viajar irmão... vamos debater de forma saudável. A minha opinião é simplista sim... mas quando eu digo simplista é pq TODAS as contas são simples.
Você está comprando o preço das Glocks vendidas no ATACADO e sem passar por "LOJAS DE VAREJO", com Glocks que são produzidas no Uruguai, importadas, dps vai pra mão de um Atacadista, que vende paras lojas de varejo que só depois vendem para o usuário final.
Não fale de imposto Diecenes, a mesma 1911, que no Brasil é vendida a R$ 2.800, paga somente o IPI, enquanto a 1911 que é exportada paga IMPOSTO PRA SAIR DO BRASIL, paga frete e seguro, IMPOSTO PRA ENTRAR NOS EUA, paga frete e seguro, VAI PRA MÃO DO LOGISTA QUE COLOCA O CUSTO OPERACIONAL MAIS O LUCRO, sai dos EUA (Alguém sabe se lá tem algum imposto de exportação???), PAGA IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, PAGA AUTORIZAÇÃO DO EB e mesmo assim consegue ser R$ 1,000 mais BARATA
Tem algo MUITO ESTRANHO nessa história... como consumidor eu só quero saber o que é!
Veja o caso do Beraldi, ele compraria a arma DIRETO da Fábrica, pagando só IPI... e mesmo assim a arma sai mais cara do que uma arma que é exportada e depois volta ao mercado nacional? Isso não existe com nenhum produto industrializado feito no Brasil, se você me mostrar UM exemplo de algo semelhante eu fico quieto.
Você está comprando o preço das Glocks vendidas no ATACADO e sem passar por "LOJAS DE VAREJO", com Glocks que são produzidas no Uruguai, importadas, dps vai pra mão de um Atacadista, que vende paras lojas de varejo que só depois vendem para o usuário final.
Não fale de imposto Diecenes, a mesma 1911, que no Brasil é vendida a R$ 2.800, paga somente o IPI, enquanto a 1911 que é exportada paga IMPOSTO PRA SAIR DO BRASIL, paga frete e seguro, IMPOSTO PRA ENTRAR NOS EUA, paga frete e seguro, VAI PRA MÃO DO LOGISTA QUE COLOCA O CUSTO OPERACIONAL MAIS O LUCRO, sai dos EUA (Alguém sabe se lá tem algum imposto de exportação???), PAGA IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, PAGA AUTORIZAÇÃO DO EB e mesmo assim consegue ser R$ 1,000 mais BARATA
Tem algo MUITO ESTRANHO nessa história... como consumidor eu só quero saber o que é!
Veja o caso do Beraldi, ele compraria a arma DIRETO da Fábrica, pagando só IPI... e mesmo assim a arma sai mais cara do que uma arma que é exportada e depois volta ao mercado nacional? Isso não existe com nenhum produto industrializado feito no Brasil, se você me mostrar UM exemplo de algo semelhante eu fico quieto.
Editado pela última vez por ZeRo4 em Ter Jan 15, 2008 9:10 pm, em um total de 1 vez.
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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- Dieneces
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Na Argentina , logo aqui pertinho . Glocks , 850-1000 dólares ; Taurus 24/7 , cerca de 640 dólares;Taurus PT-1911 , cerca de 850 dólares ; PT-92SC , 480-500 dólares. Uma Rossi 44-40 sai por 500 dólares , aqui deve estar uns 1100 dólares.No Uruguai vou ver os preços in loco lá por sexta-feira em armerias de renome , aqui onde estou o pessoal só manja de armas de caça . Uma vantagem que eu já vi é que aqui eles importam armas usadas também , principalmente dos EUA. Bem em conta. Até certos calibres de caça nem precisa autorização para compra. E mesmo para os demais é relativamente simples e desburocratizado. Lógico que para uso aqui . É um paraíso para quem gosta do tema.
Editado pela última vez por Dieneces em Ter Jan 15, 2008 9:47 pm, em um total de 1 vez.
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Simplista não quer dizer isso , Zero4 , simplista é analisar de forma a abstrair variáveis , analisar de forma ingênua , sem se ater no contexto , na realidade em que está inserido o assunto , o tema tratado . Quanto as contas serem simples , tudo que elas não são e serem simples. Desconheço Glocks fabricadas no Uruguai , novidade pra mim . Imposto para exportação também desconheço . Perfeitamente , te mostro um caso semelhante : Uma colheitadeira automotriz entra no Uruguai a zero de impostos , praticamente , é um bem de produção segundo a lei de lá . Sai por uns 200mil reais uma 1175 . Se tu tens lavoura do lado de lá e do lado de cá , tu podes trazê-la para cá e até mesmo vendê-la aqui . Aqui custa 310.000. Quanto à questão das armas , já disse , é do sistema todo o problema , não da Taurus . Tudo é mais caro no Brasil . Porque a Taurus iria querer vender uma miséria de armas no Brasil se ela poderia vender muito mais se pudesse oferecer mais opções de preço e variedades de calibres , se isto fosse possível. Postei os preços do outro lado da fronteira , nem precisa ir aos EUA . Mais caros que os EUA ,mas mais baratos que o Brasil . Isso chama-se economia atrasada , fechada , burocratizada . Que favorece um produto estrangeiro em relação a um produto nacional.ZeRo4 escreveu:Pow Diecenes, para de viajar irmão... vamos debater de forma saudável. A minha opinião é simplista sim... mas quando eu digo simplista é pq TODAS as contas são simples.
Você está comprando o preço das Glocks vendidas no ATACADO e sem passar por "LOJAS DE VAREJO", com Glocks que são produzidas no Uruguai, importadas, dps vai pra mão de um Atacadista, que vende paras lojas de varejo que só depois vendem para o usuário final.
Não fale de imposto Diecenes, a mesma 1911, que no Brasil é vendida a R$ 2.800, paga somente o IPI, enquanto a 1911 que é exportada paga IMPOSTO PRA SAIR DO BRASIL, paga frete e seguro, IMPOSTO PRA ENTRAR NOS EUA, paga frete e seguro, VAI PRA MÃO DO LOGISTA QUE COLOCA O CUSTO OPERACIONAL MAIS O LUCRO, sai dos EUA (Alguém sabe se lá tem algum imposto de exportação???), PAGA IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, PAGA AUTORIZAÇÃO DO EB e mesmo assim consegue ser R$ 1,000 mais BARATA
Tem algo MUITO ESTRANHO nessa história... como consumidor eu só quero saber o que é!
Veja o caso do Beraldi, ele compraria a arma DIRETO da Fábrica, pagando só IPI... e mesmo assim a arma sai mais cara do que uma arma que é exportada e depois volta ao mercado nacional? Isso não existe com nenhum produto industrializado feito no Brasil, se você me mostrar UM exemplo de algo semelhante eu fico quieto.
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Diecenes, no Brasil nós temos um imposto chamado IE, Imposto de Exportação, tudo que é exportado paga esse imposto...
A alíquota é 30%, podendo o Governo reduzir ou aumentar essa alíquota para atender algum objetivo sendo que a alíquota não poderá ser superior a 150%.
Quando eu digo "pensamento simplista" eu digo pq eu não consigo entender como que um produto que paga um monte de impostos, fretes e ainda paga uma autorização do Exército Brasileiro consegue ser mais barato do que o mesmo produto comprado diretamente da fábrica pagando apenas o IPI.
Veja bem, se o Beraldi estivesse pagando os custos operacionais e o lucro do lojista eu não falaria, já que esses custos no Brasil são infinitamente maiores do que nos EUA devido a nossa politica desarmamentista, mas não, ele tentou comprar diretamente da FÁBRICA.
Quanto a Glock fabricado no Uruguai, well foi o Beraldi quem disse... acho que o histórico dele no fórum fala por si só.
A alíquota é 30%, podendo o Governo reduzir ou aumentar essa alíquota para atender algum objetivo sendo que a alíquota não poderá ser superior a 150%.
Quando eu digo "pensamento simplista" eu digo pq eu não consigo entender como que um produto que paga um monte de impostos, fretes e ainda paga uma autorização do Exército Brasileiro consegue ser mais barato do que o mesmo produto comprado diretamente da fábrica pagando apenas o IPI.
Veja bem, se o Beraldi estivesse pagando os custos operacionais e o lucro do lojista eu não falaria, já que esses custos no Brasil são infinitamente maiores do que nos EUA devido a nossa politica desarmamentista, mas não, ele tentou comprar diretamente da FÁBRICA.
Quanto a Glock fabricado no Uruguai, well foi o Beraldi quem disse... acho que o histórico dele no fórum fala por si só.
Editado pela última vez por ZeRo4 em Ter Jan 15, 2008 10:26 pm, em um total de 1 vez.
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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Código Tributário Nacional:
http://www.receita.fazenda.gov.br/legis ... ci/ctn.htm
Na Seção II, do Art. 23 ao 28 está disposto o Imposto Sobre a Exportação.
Decreto-Lei que regulamenta o Imposto Sobre a Exportação:
http://www.portaltributario.com.br/legi ... 578_77.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/legis ... ci/ctn.htm
Na Seção II, do Art. 23 ao 28 está disposto o Imposto Sobre a Exportação.
Decreto-Lei que regulamenta o Imposto Sobre a Exportação:
http://www.portaltributario.com.br/legi ... 578_77.htm
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Tulio, na verdade a sensação que eu tenho é que vocês estão querendo tapar o sol com a peneira simplesmente pq a Taurus é uma empresa "nacional". Ninguém está querendo "convencer" ninguém, o que nós queremos é uma explicação plausível para o fato do mesmo produto importado custar mais barato do que o comprado direto da fábrica no Brasil.
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Já disse, cansei. A gente fica discutindo e discutindo e nada de produtivo aparece, fica um encostando o outro na parede, isso acaba em flame, e disso todo mundo sabe que TÔ FORA!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Não sei exatamente (alguém pode até saber), mas acredito que pode ser prazo de entrega, preço, custo operacional das aeronaves, algum tipo de 'extra' oferecido pela empresa como garantia extendida, enfim, podem ser inúmeras variáveis...
Mas o que tem que ser levado em conta, principalmente, é que tanto TAM quanto GOL são empresas capitalistas, e como tal não tem essa de proteger o que é nacional só porque é nacional... Quem teria que defender a indústria nacional é o Estado, na forma de ações como diminuir impostos, até extinguilos em alguns casos, pra assim tornar o produto nacional mais competitivo para as empresas nacionais.
Outra pergunta que poderia ser feita é porque o Aerolula não é um EMB-190 adaptado para a função de trasporte VIP, logicamente, e a Embraer tem know-how para isso, não tem??? Tipo, os sistemas de defesa que o Aerolula tem devem ser similares ao que os R-99 tem, ou não?
Mas o que tem que ser levado em conta, principalmente, é que tanto TAM quanto GOL são empresas capitalistas, e como tal não tem essa de proteger o que é nacional só porque é nacional... Quem teria que defender a indústria nacional é o Estado, na forma de ações como diminuir impostos, até extinguilos em alguns casos, pra assim tornar o produto nacional mais competitivo para as empresas nacionais.
Outra pergunta que poderia ser feita é porque o Aerolula não é um EMB-190 adaptado para a função de trasporte VIP, logicamente, e a Embraer tem know-how para isso, não tem??? Tipo, os sistemas de defesa que o Aerolula tem devem ser similares ao que os R-99 tem, ou não?
The cake is a lie...
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A-29 escreveu:Especificamente quanto à importação da arma que o Beraldi está fazendo, posso estar enganado, mas acho que ela não poderá ser enquadrado no regime especial de tributação dos 60%. Acredito que precisará passar por uma importação normal, pagando II, IPI, PIS, Cofins e ICMS.
abraço
Fabiano
Errado. Paga só os 60%. Não é a primeira vez que faço isso.
Se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.