Kosovo

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#91 Mensagem por P44 » Qui Dez 13, 2007 7:10 pm

Kosovo: nova bomba-relógio nos Bálcãs
Novo capítulo na trágica história de intevenções internacionais na ex-Iugoslávia: a ONU está prestes a estimular a "independência" do Kosovo, sem ter promovido negociação real entre as partes e sem nenhuma perspectiva de apoio a uma região marcada pela pobreza
Artigo de Jean-Arnault Dérens em
21/03/2007

Se as propostas do emissário especial da ONU, Martti Ahtisaari, apresentadas no dia 2 de fevereiro de 2007, servirem de base para uma resolução do Conselho de Segurança, colocarão o Kosovo em uma via que leva, sem equívoco, à independência. O novo país redigirá sua Constituição, terá um hino, uma bandeira e, sobretudo, poderá aderir a todas as organizações internacionais, principalmente às Nações Unidas. Certamente, a palavra “independência” não figura em parte alguma no texto de Ahtisaari. Mas não cabe ao Conselho de Segurança decretá-la: isso seria contrário à Carta da ONU. O acesso à independência resulta de duas ações: sua proclamação e seu reconhecimento por outros países. Enfim, o documento de Ahtisaari não contém nenhuma referência à soberania da Sérvia. Como o direito internacional não suporta o vazio, cabe dizer que o Kosovo foi chamado a se tornar soberano.
Os dirigentes albaneses saudaram o documento, que constitui um passo importante no sentido de sua principal reivindicação. Em compensação, as propostas são inaceitáveis para a Sérvia, e não seria de se espantar a reação categórica de recusa expressa por todos os seus governantes, a começar pelo presidente da República, Boris Tadic. Mesmo que muitos dirigentes sérvios tenham apenas um interesse medíocre pelo Kosovo e expliquem, em privado, que o país teria todo interesse em se desembaraçar dessa "amarra" (em troca da promessa de uma aproximação acelerada com a União Européia), um político sérvio que admita a soberania do Kosovo estará assinando sua morte política.
A posição de Belgrado foi retomada muitas vezes: sim à maior autonomia possível, mas sem proclamação formal de independência. Recentemente, Vladeta Jankovic, conselheiro do primeiro-ministro Vojislav Kostunica, evocou a fórmula "um único Estado, duas sociedades distintas". Ela excluiria qualquer possibilidade de intervenção da Sérvia na vida política interna do Kosovo.
Independência no papel, tutela internacional na prática
É possível avaliar que os argumentos sérvios hostis à independência reivindicada por Pristina são ilegítimos ou não merecem ser aceitos. Talvez, a vontade dos albaneses -– que representam a maioria esmagadora da população do Kosovo -– deva prevalecer. Em compensação, a honestidade intelectual obriga a reconhecer que o texto de Ahtisaari não é em nada um documento de “acordo”: ele não leva em conta nenhum dos argumentos de Belgrado.
O princípio de uma negociação que leve a um acordo supõe que as duas partes renunciem a algumas de suas pretensões, para achar um campo de entendimento aceitável. No caso do Kosovo, não houve acordo entre Belgrado e Pristina, e talvez seja impossível conseguir um. Também não existiram verdadeiras negociações. No único encontro de alto nível, organizado em Viena, no dia 24 de julho de 2006, as duas partes limitaram-se a expressar suas respectivas posições, ouvidas por Ahtisaari. Em seguida, ele elaborou, sozinho, o documento que deverá ser submetido ao Conselho de Segurança em uma data desconhecida, e que será levado em conta de acordo com a partida de pôquer diplomática iniciada com a Rússia.
O Kosovo provavelmente atingirá uma independência formal. Que, no entanto, será logo limitada por uma pesada tutela internacional, por tempo indeterminado. Tão pesada quanto aquela que perdura desde o fim da guerra na Bósnia-Herzegóvina, com os decepcionantes resultados que conhecemos. No documento enviado por Ahtisaari, os poderes conferidos ao representante civil internacional (ICR – International Civilian Representative), também representante da União Européia, seriam da mesma natureza que os poderes especiais, conhecidos como “poderes de Bonn”. Acertados com o alto representante internacional na Bósnia-Herzegóvina, eles incluem principalmente a possibilidade de impor ou de revogar leis votadas pelo Parlamento, ou destituir dirigentes políticos. O mandato do ICR terminará somente quando o grupo gestor internacional (ISG – International Steering Group), delegado pelo Conselho de Segurança da ONU, decidir que o Kosovo pode passar sem essa tutela.
Uma proposta que provoca protestos em Pristina
No entanto, os efeitos contraproducentes da tutela internacional são bem conhecidos na Bósnia-Herzegóvina. Ela confina os dirigentes políticos locais na irresponsabilidade, permitindo-lhes se entregarem às alegrias do enriquecimento. Ela é também geradora de uma gestão opaca do dinheiro, permitindo comprar a “sabedoria” e a “moderação” dos políticos locais. É, assim, estruturalmente produtora de corrupção. As mesmas causas não deixarão de produzir os mesmos efeitos sobre o Kosovo.
A nova tutela que será exercida pela União Européia vai se dar ao fim de cerca de oito anos de um protetorado internacional da ONU, cujo balanço é particularmente pobre. O objetivo de uma sociedade multiétnica permanece um voto piedoso, a falência da justiça é total, a situação econômica e social continua catastrófica. Mesmo que nenhum limite de tempo seja fixado no documento de Ahtisaari, a tutela internacional conserva um caráter transitório. No entanto, por que se deveria pensar que o Kosovo estará “mais apto” a se autogovernar sem tutela, em um, dois ou cinco anos do que atualmente?
É possível pensar também que os cidadãos e os políticos albaneses aceitarão de bom grado essa tutela de longa duração? Durante entrevista coletiva à imprensa, em 2 de fevereiro, os membros da equipe unitária albanesa de negociação exibiram sorrisos forçados. Haviam compreendido que a perspectiva de uma independência “plena” ainda permanecia distante.
Mais radical, Albin Kurt, dirigente do movimento Vetëvendosje (Autodeterminação) ressalta o caráter antidemocrático da tutela internacional. No dia 10 de fevereiro, seus militantes fizeram uma manifestação nas ruas de Pristina, denunciando violentamente as propostas de Ahtisaari. Na realidade, enquanto a vontade dos cidadãos de Kosovo e de seus legítimos eleitos não coincidir com as aspirações da “comunidade internacional” essa terá, em todas as circunstâncias, a última palavra. Os conflitos, não há dúvida alguma, não tardarão a se multiplicar, e o Vetëvendosje terá certamente a chance de organizar muitas outras manifestações...
O Kosovo sofre de uma carência de experiência democrática evidente. Ora, não existe democracia sem responsabilidade dos representantes políticos, que devem assumir plenamente seus atos e suas conseqüências. Cada vez mais, um número crescente de albaneses não suporta a arrogância da “gangue dos 4 x 4 brancos” (como o movimento Vetëvendosje denomina os funcionários da ONU e de outras organizações internacionais). Passado o possível momento de euforia da proclamação da independência, esse ressentimento só pode aumentar, e nada permite supor que a situação econômica e social do Kosovo possa melhorar. Ao mesmo tempo, as propostas do emissário da ONU vão levar, no final, a uma nova prova de força com Belgrado e a conseqüências imprevisíveis.

Multietnia de fachada como símbolo nacional

O documento enviado por Ahtisaari insiste no caráter “multiétnico” da sociedade que é preciso construir no Kosovo. Essa injunção soa bem pouco plausível: sérvios e roms foram vítimas de um êxodo maciço desde que as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) entraram ali em 1999.
Em 2003, o administrador da ONU, Michael Steiner, fixou oito “padrões” que o Kosovo deveria atingir antes que suas discussões sobre seu estatuto final pudessem começar. Os mais importantes desses “padrões” previam o direito à volta dos exilados e dos refugiados, assim como a liberdade de circulação para todos os habitantes do Kosovo. Eles não foram absolutamente alcançados, mas os motins do dia 17 de março de 2004 e o temor de novas ações violentas dos “extremistas” albaneses levaram a ONU a precipitar a abertura do processo de definição do estatuto. A própria “comunidade internacional” renunciou, então, a respeitar os princípios que ela tinha fixado.
O documento de Ahtisaari prevê direitos específicos para os membros de todas as comunidades nacionais e confessionais. Os futuros símbolos do Kosovo deverão incluir os “símbolos nacionais” dessas diferentes comunidades. A perspectiva de uma bandeira que inclua símbolos albaneses, sérvios, roms, bósnios, turcos, ashkallis, egípcios é um verdadeiro desafio à vexilologia...
Se é animador que os “pequenos povos” do Kosovo não tenham sido esquecidos, essa atenção chega bem tarde. Além disso, o “sistema” estabelecido pela “comunidade internacional” não deixa de produzir efeitos perversos. Turcos e bósnios devem aceitar submeter-se a uma “albanização” brutal para garantir seu lugar no espaço social do Kosovo. A administração da ONU continua a promover a língua bósnia, enquanto os bósnios do Kosovo falam naturalmente sérvio, com sotaque sérvio do Kosovo. Da mesma maneira, o sistema administrativo estabelecido, desde 1999, favoreceu a cisão da comunidade dos roms e o desenvolvimento de novos grupos étnicos, os ashkallis e os egípcios. No Kosovo “multiétnico” de amanhã, alguns dirigentes comunitários amplamente autoproclamados poderão continuar a desfrutar das benesses do sistema, desde que aceitem servir de álibi étnico.
A difícil equação sobre os direitos da minoria sérvia
Como todas as sociedades dos Balcãs, a sociedade do Kosovo jamais foi “multiétnica”, pelo menos no sentido como o entendem as boas mentes internacionais. Em compensação, diferentes comunidades nacionais, lingüísticas e/ou confessionais sobreviveram nesse território durante séculos, em relativa harmonia. Suas relações não pararam de evoluir e de se redefinir ao sabor de diferentes lógicas de interesses, conflito ou cooperação. A experiência histórica dos últimos vinte anos -– a violência do regime de Milosevic, o desenvolvimento do nacionalismo albanês, a guerra, o triste pós-guerra no qual se afunda o Kosovo há quase oito anos -– cortaram um grande número de relações intercomunitárias .
O discurso internacional reconhecido sobre a “multietnicidade” tem muito poucas chances de restaurá-las.A descentralização constitui, por outro lado, um dos pontos principais das propostas de Ahtisaari. No jargão das Nações Unidas, a palavra “descentralização” tornou-se a maneira politicamente correta de evocar as vantagens e privilégios concedidos aos sérvios do Kosovo, para tentar convencê-los a não abandonar o território ou a não fazer secessão. Assim, as vantagens propostas pelo documento de Ahtisaari às municipalidades sérvias do Kosovo são nitidamente mais substanciais do que a autonomia concedida à República Srpska da Bósnia-Herzegóvina. Os sérvios do Kosovo terão especialmente o direito à dupla cidadania, enquanto as municipalidades autônomas sérvias poderão estabelecer relações entre elas e com a Sérvia. Cria-se, então, uma “República Srpska do Kosovo e Metohija”, mas sem, evidentemente, pronunciar seu nome. Nessa operação, a hipocrisia perde apenas para a ingenuidade.
É perfeitamente ilusório imaginar que os albaneses aceitarão sem reclamar essa amputação de uma parte importante do território do Kosovo, que escaparia de fato da autoridade de Pristina. É mais absurdo ainda pensar que as vantagens prometidas vão convencer os sérvios a aceitarem de bom grado tornar-se cidadãos de um Kosovo independente. Em sua crônica semanal no diário sérvio Danas, o próprio ex-embaixador norte-americano em Belgrado, William Montgomery, reconheceu que “os sérvios do Kosovo não têm a menor razão para confiarem na comunidade internacional”, e que as garantias prometidas às minorias nacionais não passam de “palavras no papel”
Um convite às secessões e "limpezas étnicas"
Após o novo estatuto das municipalidades proposto pelo relatório de Ahtisaari, os problemas poderão se concentrar em três setores.
A região de Gnjilane/Gjilan, a grande cidade do leste do Kosovo, próxima da fronteira sérvia, é a mais afetada pela descentralização. A maioria dos povoados em volta da cidade são sérvios, e constituiriam novas municipalidades autônomas ou bem ligadas àquela existente de Novo Brdo. Desse modo, Gnjilane/Gjilan seria “cercada” por municipalidades sérvias. O movimento Vetëvendsje concentra sua campanha contra a descentralização nessa zona, jogando com o sentimento de medo dos albaneses. Para esses militantes radicais, a descentralização leva indubitavelmente à divisão do Kosovo.
A zona sérvia do norte do Kosovo forma o outro gargalo. As propostas de Ahtisaari sugerem congelar a situação que prevalece na área. O rio Ibar marca uma fronteira que separa o norte do Kosovo, vizinho à Sérvia, do resto do território. Entretanto, as posições dos dirigentes sérvios locais permitem pensar que no caso da independência formal do Kosovo, essa zona se separaria do novo país e poderia reabrir um foco fundamental de tensões.
Se violências, provocadas por elementos radicais albaneses ou sérvios, explodirem nos próximos meses, os sérvios dos enclaves situados ao sul do rio Ibar vão se encontrar na situação mais difícil. Nenhuma forma de autonomia foi prevista para alguns desses enclaves, como os povoados de Gorazdevac e Velika Hoca ou o gueto sérvio de Orahovac/Rahovec. É também no sul do Kosovo que se encontram os mais prestigiosos monastérios sérvios, como Visoki Decani e a sede patriarcal da Igreja ortodoxa, em Pec/Peja. Um estatuto de exceção é previsto para as igrejas e os monastérios, junto a grandes “zonas de segurança”, o que desagrada muitos albaneses.
As experiências de junho de 1999 e março de 2004 mostraram a confiança que se poderia ter nas tropas da Otan para proteger os santuários medievais e as populações civis... Novas destruições e um novo êxodo dos sérvios de enclaves constituem cenários que não poderiam ser excluídos. Aliás, o Alto-comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) elabora discretamente, há meses, dispositivos para enfrentar o afluxo de novos refugiados na Sérvia.
A grande lacuna: nenhuma medida para garantir vida digna
Ahtisaari parece retomar por sua conta dois princípios errôneos e contraproducentes seguidos pela comunidade internacional em sua gestão das guerras iugoslavas dos anos 1990: separar uns problemas dos outros e ganhar tempo diferenciando a resolução dos problemas.
Nenhuma solução aceitável da questão do Kosovo será encontrada ao se fazer abstração do contexto regional, e principalmente, da existência de uma questão nacional albanesa que abangre os dois lados da fronteira. Muito pelo contrário, o arranjo institucional que Ahtisaari propõe para o Kosovo, que “isolou” de seu contexto regional como produto de laboratório, corre o risco de desencadear um novo incêndio regional. Provocará inúmeras frustrações, tanto entre os sérvios como entre os albaneses.
No momento em que 60% da população do Kosovo tem menos de 25 anos e o desemprego atinge oficialmente mais da metade da população activa, frustrações sociais e sonhos nacionais poderiam produzir um coquetel explosivo. No sistema de tutela que deverá ser estabelecido, caberá à União Européia continuar a pagar os custos de pesadas missões civis e militares, vastos e inoperantes programas de reconstrução, sem esquecer os lucrativos honorários de inúmeras legiões de especialistas. Essa administração neocolonial não tardará a atrair o ressentimento das populações.
Na verdade, falta o essencial. Uma verdadeira estratégia de desenvolvimento econômico do Kosovo, que suponha uma integração regional ligada a uma perspectiva plausível de integração européia. Na falta do que, o Kosovo corre o grande risco de continuar, ainda por muito tempo, um barril de pólvora.
Segue outro...

BUCHADA antes de deixar a Casa Branca?...
Kosovo
A exortação do presidente dos EUA à independência unilateral do Kosovo pode incendiar de novo os Bálcãs e faz lembrar a responsabilidade das potências ocidentais pelas guerras civis na região
por Ignacio Ramonet em Julho 2007

Há oito anos sem solução, a espinhosa questão do Kosovo instala-se, outra vez, no centro da política internacional. O presidente dos Estados Unidos George W. Bush alarmou as chancelarias declarando, sem dúvida aquecido por um acolhimento triunfal em Tirana (Albânia), em 10de junho passado, que era necessário saber dizer basta “quando as negociações se prolongam em demasiado”. De acordo com Bush, Kosovo deve declarar unilateralmente sua independência, e Washington a reconhecerá sem esperar o veredito do Conselho de Segurança da ONU.

Questiona-se porque cinqüenta anos não foram suficientes para criar um Estado independente na Palestina (com as trágicas e conhecidas conseqüências), e porque, em contrapartida, é necessário solucionar a questão do Kosovo o mais rapidamente possível.

Bálcãs, onde as potências ocidentais também são culpadas

Nos Bálcãs, precipitação diplomática pode ser sinônimo de catástrofe. Vale lembrar a pressa da Alemanha e do Vaticano em reconhecer, em 1991, a secessão da Croácia, que favoreceu o desmembramento da ex-Iugoslávia e o desencadeamento da Guerra Servo-Croata, seguido pela Guerra da Bósnia-Herzegovina. Sem minimizar o papel nefasto do ex-presidente Slobodan Milosevic e dos extremistas partidários da Grande Sérvia, é necessário admitir que as potências européias têm responsabilidade em tais conflitos, os mais mortíferos do Velho Continente desde a II Guerra Mundial.

A precipitação favoreceu, também, a Guerra do Kosovo, em 1999, quando potências européias e os Estados Unidos recusaram-se a prosseguir as negociações com Belgrado e rejeitaram o debate no Conselho de Segurança. Em seguida, sem o apoio da ONU, utilizaram-se da Organização do Tratado do Atlântico do Norte (Otan) para bombardear a Sérvia durante vários meses e forçar suas forças a deixarem o Kosovo.

Em junho de 1999, a resolução 1244 da ONU pôs fim à ofensiva, e colocou Kosovo sob administração das Nações Unidas, enquanto uma força da Otan, o KFOR (constituída de 17 mil homens) garantia a defesa. A resolução 1244 reconheceu a vinculação do Kosovo à Sérvia. O que é decisivo, pois o princípio adotado pelas potências implicadas nas recentes guerras dos Bálcãs sempre foi o de respeitar as fronteiras internas da antiga República Socialista Federal da Iugoslávia. Em nome desse princípio, os projetos da Grande Croácia e da Grande Sérvia, que ameaçavam desmontar a Bósnia-Herzegovina, foram recusados e combatidos. É nesse alicerce, sustentado também pela Rússia, entre outros países, que a Sérvia se apóia, hoje, para recusar o plano proposto pelo mediador internacional Martti Ahtisaari.

Os riscos de uma uma independência não-negociada

A independência será, talvez, a solução inevitável para o Kosovo, em vista dos enormes obstáculos à sua manutenção no âmbito administrativo da Sérvia. Mas tal caminho pode ser encarado apenas em estreita e prolongada harmonia com Belgrado, preocupada com a proteção da minoria sérvia que reside na região.

Uma independência precipitada como pede o presidente Bush, não negociada no âmbito da ONU, poderia provocar a constituição, em curto prazo, de uma Grande Albânia, que relançaria automaticamente os irredentismos croata e sérvio, às custas da Bósnia-Herzegovina. Sem falar do precedente internacional explosivo que isso constituiria para múltiplas entidades tentadas a proclamar — elas também unilateralmente — sua independência. A saber: Palestina (em relação a Israel), Saara Ocidental (ao Marrocos), Transdniestria (à Moldávia), Curdistão (à Turquia), Tchetchnia (à Rússia), Abakhazia (à Geórgia), Nagorno-Karabakh (ao Azerbaijão), Taiwan (à China), ou mesmo na própria Europa, o País Basco e a Catalunha (à Espanha e França), para citar apenas esses casos.

Bush está pronto para garantir tais independências como declara querer fazer para o Kosovo?

Temos diante dos olhos os incríveis estragos causados no Oriente Médio pelas iniciativas irresponsáveis do atual presidente dos Estados Unidos. Sua pesada incursão agora, num teatro tão explosivo como o dos Bálcãs — um dos mais perigosos do mundo — consterna e espanta.

http://vimaraperesporto.blogspot.com/20 ... disto.html




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#92 Mensagem por J.Ricardo » Sex Dez 14, 2007 3:10 pm

P44 a tua explicação foi fantástica!!!




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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#93 Mensagem por Tigershark » Sex Dez 14, 2007 4:52 pm

14/12/07 - 16h14 - Atualizado em 14/12/07 - 16h14


Sarkozy ressalta que independência do Kosovo é "inevitável"

Da EFE


Bruxelas, 14 dez (EFE).- O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ressaltou hoje que a independência do Kosovo é "inevitável" e se mostrou muito satisfeito pela "unidade" da União Européia (UE) em torno da questão, que é "um problema exclusivamente" do continente.



Em entrevista coletiva ao término do Conselho Europeu realizado hoje em Bruxelas, Sarkozy disse que a separação do Kosovo da Sérvia já é uma "situação de fato", visto que os sérvios e os kosovares "não querem viver juntos".



Ele confirmou que a UE concordou em enviar à província sérvia uma missão civil e insistiu em que, apesar dos problemas que a independência do Kosovo pode trazer a alguns Estados-membros, como à Espanha com o País Basco, o bloco esteve unido.




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#94 Mensagem por P44 » Sáb Dez 15, 2007 7:45 pm

Tão bom o Sarkozy, a cortar o País dos outros ás fatias...

e para quando a Independencia da CÓRSEGA, sr. Sarkozy :?:




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#95 Mensagem por P44 » Ter Dez 25, 2007 6:40 pm

Sérvia: Belgardo ameaça retaliação contra Ocidente caso Kosovo se torne independente
25 de Dezembro de 2007, 16:27

Belgrado, 25 Dez (Lusa) - A Sérvia planeia adoptar uma série de medidas de retaliação contra o Ocidente se for reconhecida a independência do Kosovo e admite o corte de relações diplomáticas com os Estados Unidos e países da UE, anunciaram hoje as autoridades de Belgrado.

As autoridades sérvias também rejeitam a ideia de uma missão da União Europeia (UE) no Kosovo até que se resolva o impasse sobre o futuro daquela região.

Na quarta-feira, o parlamento sérvio vai debater uma resolução proposta pelo governo que força as autoridades sérvias a nunca aceitarem a independência do Kosovo.

Os albaneses do Kosovo ameaçam proclamar a independência no próximo ano, e os Estados Unidos e vários países europeus indicaram que poderiam reconhecer o novo Estado. A Sérvia, apoiada pela Rússia, insiste que o Kosovo, uma província de dois milhões de habitantes, com 90 por cento de albaneses, deve continuar no seu território.

A UE concordou em enviar uma missão com 1.800 membros para o Kosovo para substituir o actual sistema na província, que está sob administração das Nações Unidas e da NATO desde que começou o conflito em 1999 entre sérvios e separatistas albaneses.

A resolução do governo sérvio, que deverá será aprovada pelos nacionalistas que dominam o parlamento, afirma que a missão da UE não é bem vinda antes de o Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde a Rússia tem poder de veto, determinar o futuro estatuto do território.

"O envio de uma missão da UE seria vista como um acto que despreza a soberania territorial e a constituição da República Sérvia", segundo uma cópia do documento divulgada pela Associated Press. A Rússia também se opõe ao envio da missão europeia sem o consentimento de Belgrado.

O documento afirma que a Sérvia deve "reconsiderar" as suas relações diplomáticas com países ocidentais que reconheçam a independência do Kosovo. Acrescenta que dado o apoio da NATO à independência do Kosovo, Belgrado permanecerá fora desta aliança militar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Vuk Jeremic, afirmou que a resolução "representa a continuação das políticas do governo para com o Kosovo".

Mas o líder do Partido Liberal, Cedomir Jovanovic - um dos poucos políticos sérvios que não se opõe à independência do Kosovo - considera que a resolução proposta "representa o fim da Sérvia e o fim das suas políticas pró-europeias".

"Não apoiaremos a resolução porque significa o regresso ao isolacionismo anti-ocidental do antigo líder sérvio Slobodan Milosevic," disse Jovanovic, acrescentando que uma resolução semelhante foi adoptada pela assembleia, em 1999, na véspera dos bombardeamentos da NATO contra a Sérvia para que esta terminasse as suas acções militares contra os separatistas albaneses do Kosovo.

O projecto de resolução também afirma que a Sérvia deve "agir eficientemente para proteger as vidas e propriedade" dos não albaneses do Kosovo no caso de ser proclamada a independência, mas não especifica se isto inclui uma intervenção armada advogada pelos ultranacionalistas sérvios.

O texto da resolução, que se presume ter sido redigida pelo primeiro-ministro conservador, Vojislav Kostunica, também afirmava que a planeada assinatura de um acordo de pre-adesão com a União europeia "devia estar em conformidade com a preservação da integridade territorial e soberania do país".

O partido no poder, de Kostunica, exigiu anteriormente que a assinatura do chamado acordo de estabilização e associação com a UE fosse condicionado pela aceitação pelo bloco europeu de que o Kosovo faz parte integrante da Sérvia.

Mas o Presidente pro-ocidental Boris Tadic conseguiu remover essa parte da resolução, afirmando que a Sérvia deve continuar empenhada na futura adesão à UE seja qual for o futuro estatuto do Kosovo no futuro.

SRS.

Lusa/fim




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#96 Mensagem por rodrigo » Sáb Jan 12, 2008 8:33 pm

Documentário (me parece russo, não tenho certeza, com legendas em inglês) sobre o conflito de Kosovo. Ponto de vista dos sérvios e russos. Aos mais sensíveis, existem imagens de corpos de vítimas de ataques da OTAN, estão avisados.

Vídeo 1:
http://www.liveleak.com/view?i=d94_1200167462

Vídeo 2;
http://www.liveleak.com/view?i=256_1200168532

Vídeo 3:
http://www.liveleak.com/view?i=5f5_1200168893




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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#97 Mensagem por P44 » Sáb Fev 09, 2008 2:55 pm

Diário de Notícias
Entrevista.


A eurodeputada socialista Ana Gomes dirigiu uma missão da UE ao Kosovo para avaliar a situação no território, que está a poucos dias de uma independência "inevitável".

Que conclusões tira da visita ao Kosovo?
Saio mais preocupada do Kosovo do que ao chegar. Não por temer violência, embora possam ocorrer retaliações à independência, mas pelas condições de segurança a médio e longo prazo.
A questão é garantir que o Kosovo tem condições para ser um país economicamente viável, que hoje não tem. A única actividade económica que existe é o crime organizado e a UE tem responsabilidades grandes nesta matéria.
A UNMIK falhou na revitalização económica do Kosovo?Claro que sim. E no quadro da UNMIK, a responsabilidade é inteiramente da UE. Não há condições para atrair investimento privado, logo esse investimento tem de vir da UE. Isso é vital para desmantelar o crime organizado. Até aqui, não houve um esforço sério para combater esta realidade.
Os representantes do crime estão no poder e são eles que vão receber o poder com a independência.
Fala do primeiro-ministro Hashim Thaçi?
Isto não é uma crítica apenas dirigida ao primeiro-ministro. Há muitos mais envolvidos no crime organizado e em crimes de guerra com posições de destaque no Kosovo.
Quais vão ser os maiores problemas a seguir à declaração de independência?
Por exemplo, o abastecimento eléctrico vai falhar. A única central do Kosovo não chega para as necessidades e há uma parte do abastecimento que é feito pela Sérvia… Se a UE quer determinar uma evolução positiva, então vai ter de investir. O Kosovo está no coração da Europa e o que se passa aqui vai afectar todos os europeus. Não sei se os ministros europeus têm noção disto. É por isso que vamos exigir discussões no Parlamento Europeu.
Quais são as recomendações que faz à missão da UE?
Os Estados membros estão em condições de enviar as pessoas mais indicadas.
Foi-lhes pedido, por exemplo, que enviassem mais mulheres e isso é muito importante, porque mais de metade da população são mulheres e trata-se de um país muçulmano. Depois, porque é importante que haja uma relação de confiança com essa mesma população e as mulheres têm capacidades importantes
.Acha que Portugal vai reconhecer a independência do Kosovo numa primeira linha de países europeus?
Não sei se será em primeira linha, mas vai reconhecer com certeza. A independência do Kosovo é inevitável. Há é que garantir que o Kosovo pode ter sustentabilidade como país, que agora não tem
.É a favor da independência do Kosovo?
Acho que é inevitável. Não vale a pena dizer agora se se é a favor ou contra. Quando é que Kosovo declara independência?É uma questão de dias. DN

Não é viável.
Reconhecem que é mais uma “democracia” corrupta.
A União Europeia tem de ajudar?
Afinal os crimes não foram só cometidos pelos Sérvios, no entanto só eles foram demonizados.
A ONU prova que é uma organização onde a corrupção e o tráfico de influências é lei. Existe sem razão.
A independência é inevitável porque sim.
Porque vai ser uma república islâmica no seio da Europa, com um governo corrupto em que a fonte de rendimento do país vai ser a corrupção e o crime.
O governo de Portugal vai reconhecer porque sim.
Porque é inevitável e portanto não se previne o desastre.
Não vale a pena dizer se é a favor ou contra?
Vamos ver:
A Turquia é um governo laico, faz parte da NATO, defendeu e defende o flanco leste/sul e grita-se: cuidado que vêm aí os turcos!
Pergunta, que não vale a pena fazer, porque estamos na NATO?
Porque continuamos na NATO?
Para satisfazer uma organização militar que no nosso sítio tem oficiais generais suficientes para todas as forças armadas em Espanha?
È porque não vejo mais nenhuma razão, num país que tem dificuldades económicas e graves problemas internos de segurança, está a fazer em Timor, o que deveria ser feito aqui.
O mesmo para o Afeganistão, porque vamos ter um Afeganistão aqui no centro da Europa.
A senhora julga que depois da independência as mulheres vão ter um papel importante, num país muçulmano?
Finalmente:
Porque é que o Kosovo deve ser independente? Porque sim?
Os Espanhóis tremem, mas Zapatero deleita-se como Catalão.
O norte rico de Itália deleita-se.
A Bélgica vai deixar de o ser, pela ordem de ideias que levam a esta independência.
A GB que se acautele, porque os Escoceses, têm o petróleo.
É claro que a armadilha foi montada, mas numa altura em que as coisas estavam bem a nível económico, ou pelo menos com o lixo debaixo do tapete.
Deveríamos como pequeno Estado que perdeu da forma como perdeu as colónias ajudados pelos nossos aliados da NATO, sair da NATO.
O tempo certo passou. Se a Espanha se partir, vamos ser engolidos militarmente.
Vivem-se tempo perigosos, porque é inevitável, porque não vale a pena, porque sim e pronto…
Pessimismo?
.

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#98 Mensagem por Al Zarqawi » Sáb Fev 09, 2008 11:09 pm

Então que se banque essa transição económica do Kosovo.Penso que em termos de UE,isso seria relativamente fácil.Acontece que existem ódios entranhados,que levam décadas a se dissipar,contudo se é possivel amenizar porque não usar todos os recursos possíveis.
Isso é uma questão fulcral em termos de UE,não se pode virar as costas a quem precisa e seria um excelente indício que no espaço europeu as minorias étnicas(muçulmanas),terão espaço não só de existir como conviver pacificamente.Por certo não será fácil,mas não se perde nada em acreditar nessa possibilidade.Essa questão é nevralgica e poderá ter repercussões incomensuráveis,o futuro dirá.

Abraços,




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#99 Mensagem por P44 » Dom Fev 10, 2008 3:49 pm

zocuni escreveu:Então que se banque essa transição económica do Kosovo.Penso que em termos de UE,isso seria relativamente fácil.Acontece que existem ódios entranhados,que levam décadas a se dissipar,contudo se é possivel amenizar porque não usar todos os recursos possíveis.
Isso é uma questão fulcral em termos de UE,não se pode virar as costas a quem precisa e seria um excelente indício que no espaço europeu as minorias étnicas(muçulmanas),terão espaço não só de existir como conviver pacificamente.Por certo não será fácil,mas não se perde nada em acreditar nessa possibilidade.Essa questão é nevralgica e poderá ter repercussões incomensuráveis,o futuro dirá.

Abraços,


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#100 Mensagem por Al Zarqawi » Dom Fev 10, 2008 3:58 pm

Antes pelo contrário,entendeu errado.Na verdade seria uma tentativa de intregá-los,não podemos fazer como a avestruz e fazer de conta que eles não existem,quer se queira quer não estão em território europeu,ao contrário de 90% do território turco onde é´relativamente fácil excluí-los.Por essa razão,devemos ter o que se chama no Brasil de algum jogo de cintura.Os radicalismos só existem em situações de extrema miséria.

Abraços,




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#101 Mensagem por P44 » Dom Fev 10, 2008 4:05 pm

Acho que o problema não tem solução tão simples. Ao fim e ao cabo abriu-se um precedente que poderá ter consequencias catastróficas para toda a Europa, ao aceitar a independência de uma região somente por razões ÉTNICAS!

Para isso devia-se aceitar a independencia das regiões sérvias da bósnia por ex.

Enfim, foi uma, jogada de mestre dos EUA na Europa, enfraqueceram a Sérvia (aliado tradicional e histórico da Rússia), colocaram um estado muçulmano profundamente instável no sul da europa, criaram fricções na UE que farão com que esta tenha sempre que se preocupar com o Kosovo...e por aí fora...

A partir de agora (muito para breve), estão criadas as condições para que qualquer grupo guerrilheiro recorra á força das armas com o pretexto de estar a sofrer uma "limpeza étnica" (irónicamente foi o que os Kosovares fizeram com os sérvios).
Já repararam que a bandeira do kosovo nem é uma bandeira própria, mas sim a bandeira da Albânia???? :roll:




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#102 Mensagem por P44 » Dom Fev 10, 2008 4:11 pm

este é o "senhor" que será Líder do kosovo "independente"

Hashim Thaçi
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Hashim Thaçi (sometimes Thaqi, often referred to as Thaci in English-language media; Serbo-Croat: Hašim Tači) (born 24 April 1968) is the Prime Minister of Kosovo, the President of the Democratic Party of Kosovo (PDK) and former political leader of the Kosovo Liberation Army (KLA).

Thaçi was born in Broćna (Albanian: Burojë) in the municipality of Srbica, northwest of Drenica valley, in Kosovo, Serbia, Yugoslavia. When he graduated, Thaci attended postgraduate studies in the University of Zurich, in the history of Southeast Europe and international relations departments. During his university years, he was one of the Albanian student leaders, and the first student president of the parallel Albanian University of Prishtina that broke off in 1989 (and organized in the early 1990s) from the real University due to Kosovar Albanians' boycott of Milosevic's new imposed status of Kosovo and Metohija.

Before Thaçi emigrated to Switzerland, he studied philosophy and history at the University of Priština. By 1993, Thaçi joined the Kosovar Albanian political emigration in Switzerland. There he became one of the founders of the People's Movement of Kosovo (LPK), a Marxist-Leninist[1][2] political party in Kosovo devoted to Albanian nationalism and the movement to unify all Albanian-populated areas into one state. In 1993, Thaçi was sent in and became a member of the inner circle of the KLA. Thaçi (nom de guerre "Gjarpëri" [the Snake]) was responsible for securing financial means, training and armament of recruits, teaching them in Albania under the auspices of its Kosovar-sympathetic government, to be dispatched to Kosovo.

Hashim Thaci also founded the "Drenica-Group" an underground organization that is estimated to have controlled between 10% and 15% of all criminal activities in Kosovo (smuggling arms, stolen cars, oil, cigarettes and prostitution). The Group relied on its close connection to the Albanian, Czech and Macedonian mafia; one of the most important factors in these connections being Thaci's sister's marriage to Sejdija Bajrush, one of the largest Albanian mafia leaders.[3] One of the group's first military activities in Kosovo was the May 25 1993 attack on the railroad crossing in Glogovac in central Kosovo, when a band composed out of Thaci and his closest Drenica friends, Rafet Rama, Jakup Nuri, Sami Ljustku and Ilijaz Kadriju; killed four Serbian policemen and severely wounded three. On 17th June 1996 Thaci and several other members of the KLA opened fire on a Serbian police car in Sipolje in northern Kosovo, on the Kosovar Mitrovica-Pec road. Later the same year another unit under Thaci threw hand grenades into the Serbian military barracks "Miloš Obilić" in Vučitrn in central Kosovo.[3]

In July of 1997, the District Court of Priština sentenced Thaçi to 10 years of prison in absentia for criminal acts of terrorism. It is because of this that on 11th July 1997 Thaçi and his Drenica unit went into hiding in the woodlands in Drenica, although they continued to often visit Albania and Switzerland, not remaining in Kosovo in hiding. In February of 1998 the government in Belgrade headed by Slobodan Milosevic issued an arrest warrant under the condemnation for having ambushed and attacked patrolling Serbian policemen.

In March 1999, Hashim Thaçi was promoted into a political leader of the KLA and as such participated at the Rambouillet negotiations as the leader of the Kosovar Albanian team. At present, he leads the major opposition political party in Kosovo and is a leading member of the Kosovo team in the internationally-mediated process of negotiations for the final status of Kosovo.

:arrow: http://en.wikipedia.org/wiki/Hashim_Tha%C3%A7i




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#103 Mensagem por Al Zarqawi » Dom Fev 10, 2008 4:12 pm

P44 escreveu:Acho que o problema não tem solução tão simples. Ao fim e ao cabo abriu-se um precedente que poderá ter consequencias catastróficas para toda a Europa, ao aceitar a independência de uma região somente por razões ÉTNICAS!

Já repararam que a bandeira do kosovo nem é uma bandeira própria, mas sim a bandeira da Albânia???? :roll:


Concordo plenamente com sua colocação,também penso o mesmo não será de fácil resolução,nem o que escrevi sequer tem a pretensão de resolver algo,por certo é um calcanhar de Aquiles,mas temos de enfrentar o problema de frente ou nunca se resolverá.Claro que tal facto levanta problemas em diversos países de diversidade étnica,mas não deixassem chegar onde chegou.Penso que no momento pela vertente pesada económica da UE,poderia ser um bom começo se será a solução sinceramente não sei.

Abraços,




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#104 Mensagem por P44 » Sáb Fev 16, 2008 9:55 am

do MP-net

This independance causes unease in several countries over the precedent Kosovo's secession would set and over the ability of the corruption-plagued government in the ethnic Albanian province to rule.Several countries, especially those with their own restive ethnic minorities, have raised objections and indicated that they will not recognize a new Kosovo state.Spanish First Deputy Prime Minister Maria Teresa Fernandez de la Vega said friday:"Spain does not favor any unilateral declaration of independence".
"For the government of Spain, the fundamental priority is a solution that respects international law and that guarantees regional stability."
With similar worries regarding minority groups, Greece, Romania, Cyprus, Belgium, Bulgaria and Slovakia, from within the 27-member European Union, joined Spain in expressing reservations over Kosovo's secession.Many European leaders are disenchanted by Kosovo's failure, in the last nine years, to build state institutions, to create a viable economy and to rein in flourishing criminal entreprise yet they are ready to put more dough into it.Most of those Kosovo's leaders are former guerrilla fighters with little experience in governing; more than two-thirds of the work force is unemployed; and people are mired in poverty, despite contributions from Europe of many billions of dollars.It will interesting to see how this all will play out.




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#105 Mensagem por Al Zarqawi » Sáb Fev 16, 2008 2:48 pm

Não vejo outra saída para se resolver esse impasse.Que o Kosovo se torne independente,como a própria Sérvia já admitiu.Mesmo assim não será de solução pacifica e tranquila,ainda muita água irá rolar.Tenhamos fé.

Abraços,




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