a propósito um bom exemplo (ou melhor mau exemplo!) é a pensão dos militares que leva mais de 70% do orçamento da defesa e isso que temos o 15º maior orçamento de defesa do mundo, esse talvez seja o maior entrave para garantir os investimentos necessários ao reequipamento das nossa FFAA 9maior até mesmo que a falta de sensibilidade dos políticos) pois mesmo que todo mundo saiba dessa necessidade em Brasília, quando são colocados os números totais o orçamento do Min da Defesa fica astronômico.
Caro Lobo Guará
Já escrevi muito sobre isto aqui, e tinha decidido não mais fazê-lo. Mas como foi o amigo que está com conceitos equivocados, resolvi respondê-lo.
Uma pergunta primeiro: qual ministério da União possui a folha de pagamentos, de ativos e inativos, paga diretamente dos recursos deste ministério?
Resposta: o da Defesa.
Por qual motivo?
Resposta: foi uma das maneiras encontradas pelo FHC para destruir as FFAA.
Todos os outros ministérios possuem suas folhas de pagamento a parte, com recursos que saem do MPOG. Alguem já perguntou quanto custa a folha de pagamento da saúde, p. ex? Ou se esta folha sai "dos recursos que sustentam o INSS", p. ex?
Pois é!
Quando o Ministro Mauro César, da Marinha, no primeiro governo FHC propôs que as Forças gerissem seus recursos previdenciários, aplicando os mesmos e se tornando independentes do caixa do governo, não foi autorizado. O governo não queria perder os recursos dos descontos em folha dos contracheques dos militares. Foi apresentado um estudo, feito pelo CASNAV, mostrando que não necessitaríamos de um centavo do governo, como os fundos de pensão das estatais.
A FAB apresentou recentemente um estudo parecido, que eu postei no tópico "quanto ganha um militar", nas terrestres.
Por qual motivo não autorizam fazer issso agora?
Pelos mesmos motivos do FHC, um pouco menos é verdade: não perder os recursos dos militares.
Que recursos? Vc sabia, p. ex, que os recursos de saúde são integralmente financiados pelos militares, que o governo não coloca um centavo no sistema de saúde militar? É como um plano de saúde, pago obrigatoriamente por todos. Mas o governo contigencia um recurso não orçamentário e repassa somente uma parcela, para o sistema não quebrar completamente. O resto vai para o superávit. Resultado: os militares pagam o seu sistema de saúde e um plano de saúde comum, pois sabem que a situação está negra.
Este foi um exemplo.
Espero ter ajudado a entender a situação.
Forte abraço