FIGHTERCOM escreveu:Amigo Orestes,
Estava relendo os posts anteriores e encontrei uma inconsistência nas afirmações feitas até o presente momento pelo Ministro Jobim, pela Aeronáutica e pelos membros do DB. Pelo que foi exposto, existem três requisitos que parecem ser fundamentais na escolha do novo caça. Seriam eles:
1 – Um vetor que já esteja plenamente operacional;
2 – Um vetor com capacidade de longo alcance;
3 – Transferência tecnológica.
Apesar de ser desnecessário vou listar todos os vetores que foram citados ao longo desse ano tão promissor, são eles:
EUA
1) F-15
2) F-16
3) F-18
4) F-35
França
5) Rafale
Rússia
6) Su-35-1
8)PAK-FA
Consórcios Europeus
9) Gripen
10) Eurofighter
Fazendo uma análise simplória, teríamos as seguintes aeronaves:
Vetor plenamente operacional
F-15 F-16 F-18 Gripen
Vetor com capacidade de longo alcance
F-15 F-18 Rafale Su-35-1 Eurofighter
Transferência tecnológica
Rafale Su-35-1 PAK-FA Gripen
Onde está a inconsistência? Se esses requisitos forem mantidos, nenhum dos caças citados será escolhido. Portanto, isto nos leva a crer que o MD e a FAB terão que ceder em um deles.
Agora fica a pergunta: Em qual deles iremos ceder?
Abraços,
Wesley
Olá Wesley,
realmente existe uma aparente inconsistência, mas repito, ela é apenas aparente.
Isto está ocorrendo por dois dois motivos básicos:
1) Ignorar que existem outros aviões em jogo. Por exemplo, SU-27 "turbinado" ou SU-30 como o indiano.
2) Imaginar que os americanos não irão repassar nada em tecnologia. Eles poderiam permitir a montagem de um de seus caças aqui no Brasil, algo semelhante ao que ocorre com a Helibras. Poderia montar um destes vetores e incluir o Brasil no projeto F-35.
Como já disse antes, acho muito difícil a participação do Brasil no programa do F-35, mas isto poderia ser feito na base do "só para inglês ver". Assim montaríamos um caça aqui, F-16 ou F-18, e estaríamos "reservando" o F-35 lá pra adiante. E isto pode realmente acontecer.
Porém o Brasil pode preferir compra um SU-27 com a mesma eletrônica do SU-30 indiano. Isto porque a FAB não deseja um vetor bi-place, um bi-place muda toda a estrutura da FAB, algo que está acontecendo na FAV.
Outra possibilidade é fazer como os sauditas, botar uma linha de montagem do Typhoon aqui no Brasil. Prefiro mais esta opção do que a americana, apesar do F-35. Digo isso porque não consigo imaginar o Brasil com o F-35 mais adiante. Não haverá garantias alguma que o Brasil terá este caça, isto porque a compra do mesmo está condicionada ao humor do governante da época.
Se a FAB deseja um vetor de 5ªG, ela deverá ingressar no projeto de um caça desta categoria, é a única forma de criar um vínculo para garantir a compra no futuro. Como uma possível participação do Brasil no programa do F-35 seria pífia, não acredito que ela se sustentaria até 2018-2020.
Grande abraço,
Orestes