Alerta para meditação das nossas chefias militares
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Alerta para meditação das nossas chefias militares
Alerta para meditação das nossas chefias militares
Crise no seio do estado maior inter-armas dos Estados Unidos
A Casa Branca sacrificaria a 5ª Frota para justificar a destruição nuclear do Irão?
O plano de ataque ao Irão pelos Estados Unidos prevê sacrificar a Quinta Frota a fim de justificar uma réplica nuclear. Não se trata de um cenário hipotético, mas de uma opção discutida no seio do estado maior inter-armas estado-unidense. Segundo nossas informações, o almirante William Fallon fez saber que se uma tal ordem fosse dada, ele recusar-se-ia a segui-la e apresentaria a sua demissão, assim como aquela do conjunto do estado maior do Centcom. Por enquanto é a resistência dos oficiais superiores da Armada e do Exército que impediram os neoconservadores e a Força Aérea de lançar as operações.
A administração Bush oculta e ignora deliberadamente análises táctica iconoclastas (baseadas na teoria dos jogos) provenientes do Pentágono, as quais sugerem que um ataque conta as instalações nucleares ou militares do Irão conduzirá directamente à liquidação da Quinta Fronta da US Navy, atracada actualmente no Golfo Pérsico. O tenente-general Paul Van Riper simulou assim o papel do chefe de um Estado hipotético do Golfo Pérsico, num cenário desenvolvido no quadro do jogo estratégico 2002 Millenium Challenge, e a partida terminou com a destruição total da Quinta Frota [1] .
Sua experimentação e suas conclusões acerca da vulnerabilidade desta frota num conflito armado assimétrico e das consequência de uma guerra eventual contra o Irão foram ignoradas. Os neoconservadores da administração Bush estão em vias de fazer uma promoção agressiva de operações armadas contra o Irão, que culminarão no ataque, por este país, da Quinta Frota da U.S. Navy por meio de mísseis de cruzeiro ar-mar refinados. Eles ignoram deliberadamente as experiências desenvolvidas por Van Riper no decorrer da simulação Millenium Challenge, e suas semelhanças perigosamente sugestivas com o actual contencioso nuclear com o Irão.
O Irão dispõe de uma quantidade de mísseis de cruzeiro perfeitamente suficiente para destruir grande parte, senão a totalidade, da Quinta Frota, que se encontra ao alcance dos lançadores de mísseis móveis iranianos – estrategicamente instalados ao longo da sua cadeia montanhosa que domina as costas do Golfo Pérsico.
A administração Bush minimisa deliberadamente a vulnerabilidade da Quinta Fronta à tecnologia avançada do Irão em matéria de mísseis, os quais foram comprados à Rússia e à China no fim dos anos 1990. Os mais refinados destes mísseis iranianos são os "Sunburn" (queimadura de sol) e os "Yakhonts". Trata-se de mísseis contra os quais os vasos de guerra estado-unidenses não têm resposta eficaz, advertem todos os peritos militares. Ao provocar deliberadamente represálias iranianas contra uma intervenção armada americana, os neoconservadores preparam-se para sacrificar com pleno conhecimento de causa uma grande parte, senão a totalidade, da Quinta Frota. Isto arrisca-se a resultar num novo Pearl Harbor, o que criaria o ambiente político adequado tendo em vista uma guerra total contra o Irão e acções armadas estendendo-se ao conjunto da região do Golfo Pérsico.
A vulnerabilidade da Quinta Frota ao arsenal dos mísseis ar-mar iranianos
A Quinta Frota da US Navy tem o seu QG no Estado do Bahrein, no golfo. Este QG é responsável pela vigilância por meio de patrulhas do Golfo Pérsico, do Mar da Arábia, do Canal de Suez, assim como de certas partes do Oceano Índico.
Actualmente, esta frota inclui uma flotilha de porta-aviões e dois porta-helicópteros. Sua dimensão atingiu um máximo de cinco porta-aviões e de seis porta-helicópteros durante a invasão do Iraque. A esquadra é dirigida pelo USS Enterprise (CVN-65), o primeiro porta-aviões a propulsão nuclear construído em 1961, o qual participou, dia 2 deste mês (Novembro de 2007), num exercício naval no Golfo Pérsico.
A base da Quinta Frota, no Bahrein, está a apenas 150 milhas marítimas [278 km] da costa iraniana, e ela própria estaria ao alcance de uma nova geração de mísseis ar-mar iranianos. Aliás, não importa qual embarcação da Navy, no terreno de operação confinado do Golfo Pérsico, teria dificuldades em manobrar e encontrar-se-ia a pouca distância da costa rochosa e em dentes de serra do Irão, ao longo de todo o Golfo Pérsico e até o Mar da Arábia.
O Irão começou a comprar tecnologia militar à Rússia pouco depois de esta retractar-se, em 2000, do Protocolo Gore- Chernomyrdin, o qual limitava as vendas de equipamento militar da Rússia ao Irão. Na sequência do que a Rússia pôs-se a vender ao Irão tecnologia militar susceptível de ser utilizada em não importa qual conflito com os Estados Unidos, nomeadamente sistemas de defesa anti-aérea e mísseis terra-mar, equipamentos nos quais a Rússia se havia especializado precisamente a fim de contra-balancear a esmagadora superioridade marítima dos Estados Unidos.
O míssil SS-N-22, dito "Sunburn", atinge a velocidade de mach 2,5, ou seja, 1500 milhas/hora [2414 km/h]. Ele utiliza tecnologia furtiva e seu alcance atinge as 130 milhas [209 km]. Transporta uma cabeça explosiva convencional de 750 libras [340 kg], capaz de destruir a maior parte das embarcações de guerra.
Mais preocupante ainda é o SSN-X.26 de fabricação russa, dito "Yakhont". É um míssil de cruzeiro com um alcance de 185 milhas [298 km], que torna vulneráveis todas as embarcações da US Navy presentes no Golfo Pérsico. Mais grave: os Yakhonts foram ajustados especificamente para serem utilizados contra porta-aviões, e foram vendidos pela Rússia nos mercados internacionais de armamentos.
Tanto os mísseis Yakhont como os mísseis Sunburn são concebidos para esquivarem-se aos radares de vigilância Aegis, actualmente utilizados nas embarcações da US Navy, graças à sua tecnologia furtiva e às suas manobras de voo em altitude muito baixa, que seguem as asperezas do terreno. Na sua aproximação terminal, estes mísseis adoptam trajectórias esquivas que lhes permitem escapar aos tiros anti-mísseis terra-mar. Tão importante é a ameaça representada pelos Sunburn, pelos Yakhonts e outros mísseis desenvolvidos pela Rússia e por ela vendidos à China, ao Irão e a outros países, que o serviço de testagem de armas do Pentágono tomou a decisão, este ano, de cessar a produção de todos os novos tipos de porta-aviões enquanto uma defesa anti-míssil eficaz não tiver sido preparada.
Os jogos de estratégia Millenium Challenge
O "Millenium Challenge" foi o jogo de guerra mais importante já efectuada até agora. Este exercício implicou 13500 soldados, repartidos em mais de 17 regiões do globo. Os jogos estratégicos implicam uma utilização intensa das simulações informáticas, estendendo-se num período de três semanas, a um custo de 250 milhões de dólares. O Millenium Challenge punha em jogo uma guerra assimétrica entre as forças armadas americanas, sob o comando do general William Kernan, e um país não especificado do Golfo Pérsico. Segundo o general Kernan, estes jogos estratégicos "deviam servir para testar uma série de novos conceitos operacionais recentemente desenvolvidos pelo Pentágono". Tendo recorrido a um conjunto de ataques assimétricos, a estratégias utilizando navios civis maquilhados a fim de lançar ofensivas, aviões para ataques kamikazes, e mísseis de cruzeiro Silkworm, foi a quase totalidade da Quinta Frota que foi ao fundo. As simulações revelaram até que ponto estratégias assimétricas eram susceptíveis de tirar proveito da vulnerabilidade da Quinta Frota face a mísseis de cruzeiro terra-mar, em particular nas águas confinadas do Golfo Pérsico.
Tomando uma decisão eminentemente discutível, o Pentágono escolheu, muito simplesmente, "repor a flutuar" a Quinta Frota a fim de prosseguir o exercício, que conduziu, no fim, à derrota do país fictício escolhido no Golfo Pérsico. O envio para o fundo da Quinta Frota foi um episódio infeliz rapidamente esquecido, e o exercício foi declarado um êxito para os "novos conceitos de conduta da guerra" adoptados pelo general Kernan. Isto levou o tenente-general Paul Van Riper, comandante do mítico Estado do Golfo, a qualificar os resultados oficiais deste exercício de "slogans vazios". No decorrer de uma entrevista televisiva realizada pouco após, o general Riper declarou: "os conceitos que estavam a ser testados pelo comando não se tendo revelado à altura, o comando pôs-se a reescrever o cenário do exercício ao seu modo, a fim de demonstrar a validade dos seus conceitos hipotéticos de partida. É nisto que incide essencialmente a minha queixa".
Mais graves foram as afirmações do general Riper quanto à eficiência da tecnologia de mísseis de cruzeiro reformados, os mísseis Silkworm, que haviam sido utilizados para afundar um porta-aviões e dois porta-helicópteros carregados de Marines, no total das dezasseis embarcações enviadas para o fundo. Quando foi pedido para confirmar as alegações de Riper, o general Kernar respondeu: "Oh, você sabe... não sei. Para ser franco consigo, não tive oportunidade de avaliar o que se passou. Mas é uma possibilidade... Quanto às especificidades deste tipo particular de míssil de cruzeiro... não posso realmente responder a esta pergunta. Deveremos retornar a ela ulteriormente".
Os jogos estratégicos Millenium Challenge demonstraram claramente a vulnerabilidade da 5ª Frota a ataques de mísseis Silkworm. Tratou-se de uma reposição em cena da experiência vivida em 1980 pelos britânicos durante a guerra das Malvinas (Falklands), na qual dois navios de guerra britânicos foram afundados por três mísseis Exocet. Tanto os mísseis de cruzeiro Exocet como os mísseis de cruzeiro Silkworm faziam parte de uma geração obsoleta de tecnologia de mísseis anti-navios, pois foram ultrapassados pelos mísseis Sunburn e Yakhont. Se o Millenium Challenge foi bem parametrizado a fim de corresponder a uma repetição tendo em vista uma guerra assimétrica com o Irão, a quase-totalidade da Quinta Fronta seria destruída. Não é espantoso, portanto, que o Millenium Challenge tenha sido no fim das contas modificado de modo a que este facto aborrecido fosse ocultado. Até o dia de hoje, a opinião pública tem muito pouca consciência da vulnerabilidade da Quinta Frota estacionada no Golfo Pérsico. Parece que a administração Bush preparou para os jogos estratégicos uma saída que promoveria a sua agenda neoconservadora no Médio Oriente.
A estratégia neoconservadora de ataque ao Irão
Os neocons têm em comum uma filosofia política a qual pretende que a dominação dos Estados Unidos sobre o sistema internacional, na sua qualidade de super-potência única, deva prolongar-se no século XXI e até uma data indeterminada. No princípio de 2006, os neocons que trabalhavam na administração Bush começaram a fazer uma promoção vigorosa de uma nova arma de guerra contra o Irão, devido à alegada ameaça que representaria o programa nuclear este país. O Irão repetiu constantemente que o seu desenvolvimento nuclear é perfeitamente legal e que respeita o Tratado da Não Proliferação Nuclear (TNP). Desde 2004, a administração Bush cita dados provenientes dos seus serviços de informação segundo os quais o Irão desenvolveria armas atómicas, e que em hipótese alguma isto lhe seria permitido.
A maior parte do desenvolvimento nuclear do Irão teria sido efectuado em fábricas subterrâneas construídas a uma profundidade de 70 pés [21,3 m] com estruturas de betão armado que as protegem de quaisquer ataques com armas convencionais conhecidas. Isto levou a administração Bush a pretender, no princípio de 2006, que deveria ser utilizadas armas nucleares tácticas a fim de eliminar as instalações nucleares iranianas [2] . Este facto provocou uma controvérsia inflamada entre neoconservadores de primeira categoria, como Dick Cheney e Donald Rumsfeld, e os chefes dos estados maiores conjuntos, que se opuseram categoricamente a esta eventualidade. O jornalista de investigação Seymour Hersh escreveu, em Maio de 2006, acerca desta oposição destes chefes dos estados maiores conjuntos.
Esforços subsequentes dos neoconservadores, visando justificar um ataque militar multinacional, foram seriamente prejudicados por um cepticismo amplamente difuso na opinião pública quanto à ameaça representada pelo programa nuclear iraniano, assim como pelo respeito, por parte do Irão, do Tratado de Não Proliferação, reafirmado por Mohamed El-Baradei, responsável pela Agência Internacional de Energia Atómica. Este cita avaliações mlitares estado-unidenses segundo as quais o Irão não estará em condições de produzir combustível nuclear suficientemente puro que possa ser utilizado em bombas nucleares antes de alguns anos. A administração Bush, frustrada por esta dupla oposição aos seus planos, em simultâneo no próprio interior da sua burocracia, nas suas forças armadas e na comunidade internacional, adoptou uma estratégia em três plataformas a fim de por o Irão "fora do jogo".
A primeira plataforma consiste em suscitar percepções, na opinião pública, de uma crise de segurança internacional, pondo em guarda contra uma Terceira Guerra Mundial, caso não se chegasse a por um fim ao programa nuclear do Irão. Durante uma conferência de imprensa, a 17 de Outubro de 2007, o presidente Bush declarou: "Se está interessado em evitar a Terceira Guerra Mundial, sem dúvida deveria estar interessado em impedi-los [os iranianos] de ter o conhecimento necessário para fabricar uma arma nuclear". A retórica assustadora de Bush foi seguida logo após pela do vice-presidente Cheney, em 23 de Outubro, quando advertiu num discurso que os EUA e seus aliados estavam "preparados para impor sérias consequências" sobre o Irão.
A segunda estratégia consiste num deslizamento, a ênfase sendo posta menos na necessidade de privar o Irão das suas instalações nucleares, e mais sobre o apoio deste país ao terrorismo. Dada a oposição, militar e política, muito ampla contra ataques às instalações nucleares iranianas, a administração Bush desde então apresenta o Irão como um apoiante do terrorismo no Iraque.
Esta mudança na estratégia foi fortemente corroborada por uma passagem da Emenda Kyle-Lieberman, no Senado, a 26 de Setembro de 2007, designou "o corpo dos Guardas da Revolução Iranianos como uma organização terrorista estrangeira". Isto iria permitir à administração Bush autorizar ataques contra as casernas do Guardas da Revolução no interior do território iraniano, com o pretexto de que eles apoiariam os grupos terroristas iraquianos que atacam as forças americanas.
A terceira estratégia – a mais perigosa – a que recorre a administração Bush consiste em acelerar uma missão encoberta que criaria o ambiente político necessário para uma guerra contra o Irão. Isto foi evidenciado aquando do infame incidente do B-52 "Bent Spear", onde foram descobertos cinco mísseis com ogivas nucleares em vias de serem encaminhados para o Médio Oriente, no quadro de um golpe sujo dos serviços secretos [3] . As ogivas nucleares tinham cargas que variavam de 5 a 150 quilotoneladas, e elas idealmente teriam podido servir para destruir as fábricas subterrâneas do Irão, ou a uma operação com falsa bandeira que seria atribuída ao Irão. Contudo, pessoal da US Air Force recusou-se a obedecer a ordens "ilegais" que vinham muito provavelmente da Casa Branca, evitando assim o que poderia ter implicado a explosão de uma ou de várias bomba(s) nuclear(es) na região do Golfo Pérsico.
As consequências de um ataque contra o Irão
Pretendendo intimidar o Irão, a administração Bush manobrou permanentemente duas formações de porta-aviões no Golfo Pérsico. A amplitude e o calendário de eventuais ataques contra as instalações nucleares ou/e militares do Irão determinariam a rapidez e a amplitude de uma retaliação iraniana. A retaliação iraniana previsivelmente terá como consequência uma escalada militar culminando no recurso, pelo Irão, aos seus mísseis de cruzeiro anti-navios contra a Quinta Frota dos Estados Unidos, e o encerramento do Estreito de Ormuz a toda a navegação. A capacidade do Irão de esconder e lançar mísseis de cruzeiro a partir das suas posições nas montanhas, ao longo do Golfo Pérsico, tornará vulneráveis as embarcações da Quinta Frota que ali manobram. Esta ficaria presa na armadilha, e incapaz de partir para mares mais seguros. Os jogos de guerra do Millenium Challenge, em 2002, assistiram aos afundamento da quase totalidade desta frota. Se um ataque contra o Irão devesse acontecer antes do fim deste ano (2007), ele implicaria a destruição do USS Enterprise e a morte dos 5000 homens que servem neste navio. Quanto às perdas ulteriores em termos de cruzadores de apoio e de outras forças navais pertencentes à Quinta Frota no Golfo Pérsico, elas seriam catastróficas. Um ataque por mísseis de cruzeiro iranianos reeditaria as perdas registadas em Pearl Harbor, onde o envio para o fundo de cinco navios, a destruição de 188 aviões e a morte de 2333 soldados americanos implicou muito rapidamente a declaração de uma guerra total contra o Japão pelo Congresso dos Estados Unidos.
A declaração de uma guerra total contra o Irão pelo Congresso dos EUA implicaria uma campanha de bombardeamentos intensos e uma eventual invasão armada, a fim de provocar uma mudança de regime político no Irão. A mobilização seria decretada nos Estados Unidos a fim de obter o pessoal necessário para uma invasão do Irão, e sustentar as tropas americanas no Iraque e no Afeganistão, que seriam imediatamente submetidas a uma pressão acrescida.
As tensões experimentariam rapidamente uma escalada com as outras grandes potências, como a Rússia e a China, que forneceram ao Irão sistemas de armas refinados susceptíveis de serem utilizados contra os postos avançados militares americanos. O encerramento do Estreito de Ormuz a toda a navegação e o estado de guerra máximo nos Estados Unidos implicaria um afundamento da economia mundial e um aumento da erosão das liberdades civis nos Estados Unidos, empenhados desde então numa guerra total.
Conclusões
O cenário que acabámos de descrever é altamente plausível, dadas as capacidades militares do Irão em matéria de mísseis de cruzeiro anti-navios, e da vulnerabilidade da US Navy face a estes mísseis, no caso de ela passar à acção no Golfo Pérsico. A administração Bush escondeu à opinião pública estado-unidense a gravidade da vulnerabilidade de Quinta Fronta, bem como a maneira como ela se arrisca a ficar presa na armadilha e ser destruída, no caso de um conflito de grande amplitude com o Irão. Isto ficou particularmente bem evidenciado pela decisão controversa de minimizar os resultados reais dos jogos estratégicos de simulação Milleniu Wargames, e pelas opiniões contrárias expressas pelo tenente-general Van Riper acerca das lições a retirar. Tais opiniões culminaram na assinatura, pelo general Van Riper, de uma petição de generais americanos na reforma apelando à demissão de Donald Rumsfeld.
Os neoconservadores da administração Bush têm perfeita consciência da vulnerabilidade da Quinta Frota e contudo, em várias ocasiões, tentaram afectar até três flotilhas de porta-aviões no Golfo Pérsico, que não faria senão aumentar as perdas estado-unidenses em caso de guerra contra o Irão, seja qual for o tipo. Contudo, a administração Bush continuou a avançar nos seus projectos de ataque nuclear, convencional ou/e subreptício, contra o Irão, que não faria senão precipitar o cenário espantoso acima descrito.
Uma conclusão razoável a tirar disto é que os neoconservadores da administração Bush estão prontos a sacrificar o grosso – até mesmo a totalidade – da Quinta Frota dos EUA ao provocar militarmente o Irão a puxar do seu arsenal de mísseis anti-navios, a fim de justificar uma "guerra total" contra o Irão, e impor uma mudança de regime a este país. Pode-se evitar este novo Pearl Harbor exigindo responsabilidades aos oficiais da administração Bush prontos a sacrificar a Quinta Frota no altar da sua agenda neoconservadora.
Crise no seio do estado maior inter-armas dos Estados Unidos
A Casa Branca sacrificaria a 5ª Frota para justificar a destruição nuclear do Irão?
O plano de ataque ao Irão pelos Estados Unidos prevê sacrificar a Quinta Frota a fim de justificar uma réplica nuclear. Não se trata de um cenário hipotético, mas de uma opção discutida no seio do estado maior inter-armas estado-unidense. Segundo nossas informações, o almirante William Fallon fez saber que se uma tal ordem fosse dada, ele recusar-se-ia a segui-la e apresentaria a sua demissão, assim como aquela do conjunto do estado maior do Centcom. Por enquanto é a resistência dos oficiais superiores da Armada e do Exército que impediram os neoconservadores e a Força Aérea de lançar as operações.
A administração Bush oculta e ignora deliberadamente análises táctica iconoclastas (baseadas na teoria dos jogos) provenientes do Pentágono, as quais sugerem que um ataque conta as instalações nucleares ou militares do Irão conduzirá directamente à liquidação da Quinta Fronta da US Navy, atracada actualmente no Golfo Pérsico. O tenente-general Paul Van Riper simulou assim o papel do chefe de um Estado hipotético do Golfo Pérsico, num cenário desenvolvido no quadro do jogo estratégico 2002 Millenium Challenge, e a partida terminou com a destruição total da Quinta Frota [1] .
Sua experimentação e suas conclusões acerca da vulnerabilidade desta frota num conflito armado assimétrico e das consequência de uma guerra eventual contra o Irão foram ignoradas. Os neoconservadores da administração Bush estão em vias de fazer uma promoção agressiva de operações armadas contra o Irão, que culminarão no ataque, por este país, da Quinta Frota da U.S. Navy por meio de mísseis de cruzeiro ar-mar refinados. Eles ignoram deliberadamente as experiências desenvolvidas por Van Riper no decorrer da simulação Millenium Challenge, e suas semelhanças perigosamente sugestivas com o actual contencioso nuclear com o Irão.
O Irão dispõe de uma quantidade de mísseis de cruzeiro perfeitamente suficiente para destruir grande parte, senão a totalidade, da Quinta Frota, que se encontra ao alcance dos lançadores de mísseis móveis iranianos – estrategicamente instalados ao longo da sua cadeia montanhosa que domina as costas do Golfo Pérsico.
A administração Bush minimisa deliberadamente a vulnerabilidade da Quinta Fronta à tecnologia avançada do Irão em matéria de mísseis, os quais foram comprados à Rússia e à China no fim dos anos 1990. Os mais refinados destes mísseis iranianos são os "Sunburn" (queimadura de sol) e os "Yakhonts". Trata-se de mísseis contra os quais os vasos de guerra estado-unidenses não têm resposta eficaz, advertem todos os peritos militares. Ao provocar deliberadamente represálias iranianas contra uma intervenção armada americana, os neoconservadores preparam-se para sacrificar com pleno conhecimento de causa uma grande parte, senão a totalidade, da Quinta Frota. Isto arrisca-se a resultar num novo Pearl Harbor, o que criaria o ambiente político adequado tendo em vista uma guerra total contra o Irão e acções armadas estendendo-se ao conjunto da região do Golfo Pérsico.
A vulnerabilidade da Quinta Frota ao arsenal dos mísseis ar-mar iranianos
A Quinta Frota da US Navy tem o seu QG no Estado do Bahrein, no golfo. Este QG é responsável pela vigilância por meio de patrulhas do Golfo Pérsico, do Mar da Arábia, do Canal de Suez, assim como de certas partes do Oceano Índico.
Actualmente, esta frota inclui uma flotilha de porta-aviões e dois porta-helicópteros. Sua dimensão atingiu um máximo de cinco porta-aviões e de seis porta-helicópteros durante a invasão do Iraque. A esquadra é dirigida pelo USS Enterprise (CVN-65), o primeiro porta-aviões a propulsão nuclear construído em 1961, o qual participou, dia 2 deste mês (Novembro de 2007), num exercício naval no Golfo Pérsico.
A base da Quinta Frota, no Bahrein, está a apenas 150 milhas marítimas [278 km] da costa iraniana, e ela própria estaria ao alcance de uma nova geração de mísseis ar-mar iranianos. Aliás, não importa qual embarcação da Navy, no terreno de operação confinado do Golfo Pérsico, teria dificuldades em manobrar e encontrar-se-ia a pouca distância da costa rochosa e em dentes de serra do Irão, ao longo de todo o Golfo Pérsico e até o Mar da Arábia.
O Irão começou a comprar tecnologia militar à Rússia pouco depois de esta retractar-se, em 2000, do Protocolo Gore- Chernomyrdin, o qual limitava as vendas de equipamento militar da Rússia ao Irão. Na sequência do que a Rússia pôs-se a vender ao Irão tecnologia militar susceptível de ser utilizada em não importa qual conflito com os Estados Unidos, nomeadamente sistemas de defesa anti-aérea e mísseis terra-mar, equipamentos nos quais a Rússia se havia especializado precisamente a fim de contra-balancear a esmagadora superioridade marítima dos Estados Unidos.
O míssil SS-N-22, dito "Sunburn", atinge a velocidade de mach 2,5, ou seja, 1500 milhas/hora [2414 km/h]. Ele utiliza tecnologia furtiva e seu alcance atinge as 130 milhas [209 km]. Transporta uma cabeça explosiva convencional de 750 libras [340 kg], capaz de destruir a maior parte das embarcações de guerra.
Mais preocupante ainda é o SSN-X.26 de fabricação russa, dito "Yakhont". É um míssil de cruzeiro com um alcance de 185 milhas [298 km], que torna vulneráveis todas as embarcações da US Navy presentes no Golfo Pérsico. Mais grave: os Yakhonts foram ajustados especificamente para serem utilizados contra porta-aviões, e foram vendidos pela Rússia nos mercados internacionais de armamentos.
Tanto os mísseis Yakhont como os mísseis Sunburn são concebidos para esquivarem-se aos radares de vigilância Aegis, actualmente utilizados nas embarcações da US Navy, graças à sua tecnologia furtiva e às suas manobras de voo em altitude muito baixa, que seguem as asperezas do terreno. Na sua aproximação terminal, estes mísseis adoptam trajectórias esquivas que lhes permitem escapar aos tiros anti-mísseis terra-mar. Tão importante é a ameaça representada pelos Sunburn, pelos Yakhonts e outros mísseis desenvolvidos pela Rússia e por ela vendidos à China, ao Irão e a outros países, que o serviço de testagem de armas do Pentágono tomou a decisão, este ano, de cessar a produção de todos os novos tipos de porta-aviões enquanto uma defesa anti-míssil eficaz não tiver sido preparada.
Os jogos de estratégia Millenium Challenge
O "Millenium Challenge" foi o jogo de guerra mais importante já efectuada até agora. Este exercício implicou 13500 soldados, repartidos em mais de 17 regiões do globo. Os jogos estratégicos implicam uma utilização intensa das simulações informáticas, estendendo-se num período de três semanas, a um custo de 250 milhões de dólares. O Millenium Challenge punha em jogo uma guerra assimétrica entre as forças armadas americanas, sob o comando do general William Kernan, e um país não especificado do Golfo Pérsico. Segundo o general Kernan, estes jogos estratégicos "deviam servir para testar uma série de novos conceitos operacionais recentemente desenvolvidos pelo Pentágono". Tendo recorrido a um conjunto de ataques assimétricos, a estratégias utilizando navios civis maquilhados a fim de lançar ofensivas, aviões para ataques kamikazes, e mísseis de cruzeiro Silkworm, foi a quase totalidade da Quinta Frota que foi ao fundo. As simulações revelaram até que ponto estratégias assimétricas eram susceptíveis de tirar proveito da vulnerabilidade da Quinta Frota face a mísseis de cruzeiro terra-mar, em particular nas águas confinadas do Golfo Pérsico.
Tomando uma decisão eminentemente discutível, o Pentágono escolheu, muito simplesmente, "repor a flutuar" a Quinta Frota a fim de prosseguir o exercício, que conduziu, no fim, à derrota do país fictício escolhido no Golfo Pérsico. O envio para o fundo da Quinta Frota foi um episódio infeliz rapidamente esquecido, e o exercício foi declarado um êxito para os "novos conceitos de conduta da guerra" adoptados pelo general Kernan. Isto levou o tenente-general Paul Van Riper, comandante do mítico Estado do Golfo, a qualificar os resultados oficiais deste exercício de "slogans vazios". No decorrer de uma entrevista televisiva realizada pouco após, o general Riper declarou: "os conceitos que estavam a ser testados pelo comando não se tendo revelado à altura, o comando pôs-se a reescrever o cenário do exercício ao seu modo, a fim de demonstrar a validade dos seus conceitos hipotéticos de partida. É nisto que incide essencialmente a minha queixa".
Mais graves foram as afirmações do general Riper quanto à eficiência da tecnologia de mísseis de cruzeiro reformados, os mísseis Silkworm, que haviam sido utilizados para afundar um porta-aviões e dois porta-helicópteros carregados de Marines, no total das dezasseis embarcações enviadas para o fundo. Quando foi pedido para confirmar as alegações de Riper, o general Kernar respondeu: "Oh, você sabe... não sei. Para ser franco consigo, não tive oportunidade de avaliar o que se passou. Mas é uma possibilidade... Quanto às especificidades deste tipo particular de míssil de cruzeiro... não posso realmente responder a esta pergunta. Deveremos retornar a ela ulteriormente".
Os jogos estratégicos Millenium Challenge demonstraram claramente a vulnerabilidade da 5ª Frota a ataques de mísseis Silkworm. Tratou-se de uma reposição em cena da experiência vivida em 1980 pelos britânicos durante a guerra das Malvinas (Falklands), na qual dois navios de guerra britânicos foram afundados por três mísseis Exocet. Tanto os mísseis de cruzeiro Exocet como os mísseis de cruzeiro Silkworm faziam parte de uma geração obsoleta de tecnologia de mísseis anti-navios, pois foram ultrapassados pelos mísseis Sunburn e Yakhont. Se o Millenium Challenge foi bem parametrizado a fim de corresponder a uma repetição tendo em vista uma guerra assimétrica com o Irão, a quase-totalidade da Quinta Fronta seria destruída. Não é espantoso, portanto, que o Millenium Challenge tenha sido no fim das contas modificado de modo a que este facto aborrecido fosse ocultado. Até o dia de hoje, a opinião pública tem muito pouca consciência da vulnerabilidade da Quinta Frota estacionada no Golfo Pérsico. Parece que a administração Bush preparou para os jogos estratégicos uma saída que promoveria a sua agenda neoconservadora no Médio Oriente.
A estratégia neoconservadora de ataque ao Irão
Os neocons têm em comum uma filosofia política a qual pretende que a dominação dos Estados Unidos sobre o sistema internacional, na sua qualidade de super-potência única, deva prolongar-se no século XXI e até uma data indeterminada. No princípio de 2006, os neocons que trabalhavam na administração Bush começaram a fazer uma promoção vigorosa de uma nova arma de guerra contra o Irão, devido à alegada ameaça que representaria o programa nuclear este país. O Irão repetiu constantemente que o seu desenvolvimento nuclear é perfeitamente legal e que respeita o Tratado da Não Proliferação Nuclear (TNP). Desde 2004, a administração Bush cita dados provenientes dos seus serviços de informação segundo os quais o Irão desenvolveria armas atómicas, e que em hipótese alguma isto lhe seria permitido.
A maior parte do desenvolvimento nuclear do Irão teria sido efectuado em fábricas subterrâneas construídas a uma profundidade de 70 pés [21,3 m] com estruturas de betão armado que as protegem de quaisquer ataques com armas convencionais conhecidas. Isto levou a administração Bush a pretender, no princípio de 2006, que deveria ser utilizadas armas nucleares tácticas a fim de eliminar as instalações nucleares iranianas [2] . Este facto provocou uma controvérsia inflamada entre neoconservadores de primeira categoria, como Dick Cheney e Donald Rumsfeld, e os chefes dos estados maiores conjuntos, que se opuseram categoricamente a esta eventualidade. O jornalista de investigação Seymour Hersh escreveu, em Maio de 2006, acerca desta oposição destes chefes dos estados maiores conjuntos.
Esforços subsequentes dos neoconservadores, visando justificar um ataque militar multinacional, foram seriamente prejudicados por um cepticismo amplamente difuso na opinião pública quanto à ameaça representada pelo programa nuclear iraniano, assim como pelo respeito, por parte do Irão, do Tratado de Não Proliferação, reafirmado por Mohamed El-Baradei, responsável pela Agência Internacional de Energia Atómica. Este cita avaliações mlitares estado-unidenses segundo as quais o Irão não estará em condições de produzir combustível nuclear suficientemente puro que possa ser utilizado em bombas nucleares antes de alguns anos. A administração Bush, frustrada por esta dupla oposição aos seus planos, em simultâneo no próprio interior da sua burocracia, nas suas forças armadas e na comunidade internacional, adoptou uma estratégia em três plataformas a fim de por o Irão "fora do jogo".
A primeira plataforma consiste em suscitar percepções, na opinião pública, de uma crise de segurança internacional, pondo em guarda contra uma Terceira Guerra Mundial, caso não se chegasse a por um fim ao programa nuclear do Irão. Durante uma conferência de imprensa, a 17 de Outubro de 2007, o presidente Bush declarou: "Se está interessado em evitar a Terceira Guerra Mundial, sem dúvida deveria estar interessado em impedi-los [os iranianos] de ter o conhecimento necessário para fabricar uma arma nuclear". A retórica assustadora de Bush foi seguida logo após pela do vice-presidente Cheney, em 23 de Outubro, quando advertiu num discurso que os EUA e seus aliados estavam "preparados para impor sérias consequências" sobre o Irão.
A segunda estratégia consiste num deslizamento, a ênfase sendo posta menos na necessidade de privar o Irão das suas instalações nucleares, e mais sobre o apoio deste país ao terrorismo. Dada a oposição, militar e política, muito ampla contra ataques às instalações nucleares iranianas, a administração Bush desde então apresenta o Irão como um apoiante do terrorismo no Iraque.
Esta mudança na estratégia foi fortemente corroborada por uma passagem da Emenda Kyle-Lieberman, no Senado, a 26 de Setembro de 2007, designou "o corpo dos Guardas da Revolução Iranianos como uma organização terrorista estrangeira". Isto iria permitir à administração Bush autorizar ataques contra as casernas do Guardas da Revolução no interior do território iraniano, com o pretexto de que eles apoiariam os grupos terroristas iraquianos que atacam as forças americanas.
A terceira estratégia – a mais perigosa – a que recorre a administração Bush consiste em acelerar uma missão encoberta que criaria o ambiente político necessário para uma guerra contra o Irão. Isto foi evidenciado aquando do infame incidente do B-52 "Bent Spear", onde foram descobertos cinco mísseis com ogivas nucleares em vias de serem encaminhados para o Médio Oriente, no quadro de um golpe sujo dos serviços secretos [3] . As ogivas nucleares tinham cargas que variavam de 5 a 150 quilotoneladas, e elas idealmente teriam podido servir para destruir as fábricas subterrâneas do Irão, ou a uma operação com falsa bandeira que seria atribuída ao Irão. Contudo, pessoal da US Air Force recusou-se a obedecer a ordens "ilegais" que vinham muito provavelmente da Casa Branca, evitando assim o que poderia ter implicado a explosão de uma ou de várias bomba(s) nuclear(es) na região do Golfo Pérsico.
As consequências de um ataque contra o Irão
Pretendendo intimidar o Irão, a administração Bush manobrou permanentemente duas formações de porta-aviões no Golfo Pérsico. A amplitude e o calendário de eventuais ataques contra as instalações nucleares ou/e militares do Irão determinariam a rapidez e a amplitude de uma retaliação iraniana. A retaliação iraniana previsivelmente terá como consequência uma escalada militar culminando no recurso, pelo Irão, aos seus mísseis de cruzeiro anti-navios contra a Quinta Frota dos Estados Unidos, e o encerramento do Estreito de Ormuz a toda a navegação. A capacidade do Irão de esconder e lançar mísseis de cruzeiro a partir das suas posições nas montanhas, ao longo do Golfo Pérsico, tornará vulneráveis as embarcações da Quinta Frota que ali manobram. Esta ficaria presa na armadilha, e incapaz de partir para mares mais seguros. Os jogos de guerra do Millenium Challenge, em 2002, assistiram aos afundamento da quase totalidade desta frota. Se um ataque contra o Irão devesse acontecer antes do fim deste ano (2007), ele implicaria a destruição do USS Enterprise e a morte dos 5000 homens que servem neste navio. Quanto às perdas ulteriores em termos de cruzadores de apoio e de outras forças navais pertencentes à Quinta Frota no Golfo Pérsico, elas seriam catastróficas. Um ataque por mísseis de cruzeiro iranianos reeditaria as perdas registadas em Pearl Harbor, onde o envio para o fundo de cinco navios, a destruição de 188 aviões e a morte de 2333 soldados americanos implicou muito rapidamente a declaração de uma guerra total contra o Japão pelo Congresso dos Estados Unidos.
A declaração de uma guerra total contra o Irão pelo Congresso dos EUA implicaria uma campanha de bombardeamentos intensos e uma eventual invasão armada, a fim de provocar uma mudança de regime político no Irão. A mobilização seria decretada nos Estados Unidos a fim de obter o pessoal necessário para uma invasão do Irão, e sustentar as tropas americanas no Iraque e no Afeganistão, que seriam imediatamente submetidas a uma pressão acrescida.
As tensões experimentariam rapidamente uma escalada com as outras grandes potências, como a Rússia e a China, que forneceram ao Irão sistemas de armas refinados susceptíveis de serem utilizados contra os postos avançados militares americanos. O encerramento do Estreito de Ormuz a toda a navegação e o estado de guerra máximo nos Estados Unidos implicaria um afundamento da economia mundial e um aumento da erosão das liberdades civis nos Estados Unidos, empenhados desde então numa guerra total.
Conclusões
O cenário que acabámos de descrever é altamente plausível, dadas as capacidades militares do Irão em matéria de mísseis de cruzeiro anti-navios, e da vulnerabilidade da US Navy face a estes mísseis, no caso de ela passar à acção no Golfo Pérsico. A administração Bush escondeu à opinião pública estado-unidense a gravidade da vulnerabilidade de Quinta Fronta, bem como a maneira como ela se arrisca a ficar presa na armadilha e ser destruída, no caso de um conflito de grande amplitude com o Irão. Isto ficou particularmente bem evidenciado pela decisão controversa de minimizar os resultados reais dos jogos estratégicos de simulação Milleniu Wargames, e pelas opiniões contrárias expressas pelo tenente-general Van Riper acerca das lições a retirar. Tais opiniões culminaram na assinatura, pelo general Van Riper, de uma petição de generais americanos na reforma apelando à demissão de Donald Rumsfeld.
Os neoconservadores da administração Bush têm perfeita consciência da vulnerabilidade da Quinta Frota e contudo, em várias ocasiões, tentaram afectar até três flotilhas de porta-aviões no Golfo Pérsico, que não faria senão aumentar as perdas estado-unidenses em caso de guerra contra o Irão, seja qual for o tipo. Contudo, a administração Bush continuou a avançar nos seus projectos de ataque nuclear, convencional ou/e subreptício, contra o Irão, que não faria senão precipitar o cenário espantoso acima descrito.
Uma conclusão razoável a tirar disto é que os neoconservadores da administração Bush estão prontos a sacrificar o grosso – até mesmo a totalidade – da Quinta Frota dos EUA ao provocar militarmente o Irão a puxar do seu arsenal de mísseis anti-navios, a fim de justificar uma "guerra total" contra o Irão, e impor uma mudança de regime a este país. Pode-se evitar este novo Pearl Harbor exigindo responsabilidades aos oficiais da administração Bush prontos a sacrificar a Quinta Frota no altar da sua agenda neoconservadora.
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Marino escreveu:juarez castro escreveu:Texto a ser lipo repetidamente e com atenção redobrada pelo almirantado da Brasil Navy, principalmente aqueles que acham o SP uma arma de dissuação.
Grande abraço
Compare o Golfo Pérsico com o Atlântico.
Só para ajudar:
A base da Quinta Frota, no Bahrein, está a apenas 150 milhas marítimas [278 km] da costa iraniana
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Marino escreveu:juarez castro escreveu:Texto a ser lipo repetidamente e com atenção redobrada pelo almirantado da Brasil Navy, principalmente aqueles que acham o SP uma arma de dissuação.
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Compare o Golfo Pérsico com o Atlântico.
Não comandante, eu estou falando da capacidade dos misseis anti navio/cruzeiro, se a NAVY não consegue, que dirá a Brasil navy.
Grande abraço
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Marino escreveu:Marino escreveu:juarez castro escreveu:Texto a ser lipo repetidamente e com atenção redobrada pelo almirantado da Brasil Navy, principalmente aqueles que acham o SP uma arma de dissuação.
Grande abraço
Compare o Golfo Pérsico com o Atlântico.
Só para ajudar:
A base da Quinta Frota, no Bahrein, está a apenas 150 milhas marítimas [278 km] da costa iraniana
Maia um vez! Olhe o exemplo e que ele sirve de alerta sobre o que misseis modernospodem fazer a nvios supostamente com boa proteção AAW, imagine aquele que depende de .50 e misseis Mistral
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- Marino
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juarez castro escreveu:Marino escreveu:juarez castro escreveu:Texto a ser lipo repetidamente e com atenção redobrada pelo almirantado da Brasil Navy, principalmente aqueles que acham o SP uma arma de dissuação.
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Compare o Golfo Pérsico com o Atlântico.
Não comandante, eu estou falando da capacidade dos misseis anti navio/cruzeiro, se a NAVY não consegue, que dirá a Brasil navy.
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Primeiro, vc está acreditando no que foi escrito, que o AEGIS não é eficaz contra os mísseis citados, o que teria que ser demonstrado.
Segundo, como mostrei no post acima, se um PA americano suspender e ficar a meio caminho entre o Bahrein e o Iran, estará somente a 75 milhas da costa inimiga, o que é uma situação inconcebível para um PA. Ataques de saturação poderiam ser feitos.
GEOGRAFIA - algo muitas vezes esquecido, principalmente pelos políticos.
- Marino
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juarez castro escreveu:Marino escreveu:Marino escreveu:juarez castro escreveu:Texto a ser lipo repetidamente e com atenção redobrada pelo almirantado da Brasil Navy, principalmente aqueles que acham o SP uma arma de dissuação.
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Compare o Golfo Pérsico com o Atlântico.
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A base da Quinta Frota, no Bahrein, está a apenas 150 milhas marítimas [278 km] da costa iraniana
Maia um vez! Olhe o exemplo e que ele sirve de alerta sobre o que misseis modernospodem fazer a nvios supostamente com boa proteção AAW, imagine aquele que depende de .50 e misseis Mistral
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Desculpe, mas acho incrível a posição de alguns.
Primeiro reclamam que não tem nada.
A MB, sem ter recebido um tostão a mais, coloca o mistral.
Claro que a reclamação continua.
É o ideal? Claro que não. É o que pode ser feito na atual situação. Quem sabe ano que vem não tenhamos novidades?
Outra coisa: se a MB permitir, no Atlântico, que uma FT inimiga se aproxime sem ser detectada e lance mísseis contra o PA, mereceria perdê-lo. Mas não somos tão amadores assim.
- soultrain
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Millennium Challenge 2002
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Millennium Challenge 2002 (MC02) was a major wargame exercise conducted by the United States armed forces in mid-2002, likely the largest such exercise in history. The exercise, which ran from July 24 to August 15 and cost 250 million dollars, involved both live exercises and computer simulations. MC02 was meant to be a test of future military "transformation"—a transition toward new technologies that enable network-centric warfare and provide more powerful weaponry and tactics. The simulated combatants were the United States, denoted "Blue", and an initially unknown adversary in the Middle East, "Red". Most of the people on the U.S. side assumed that the adversary in the game would be Iraq, but according to a Nova show on PBS, it was later revealed that the other side was simulating the military forces of Israel, since U.S. military officials felt it was the only state in the region that would be a worthy adversary for American military power.
Red, commanded by retired Marine Corps general Paul K. Van Riper, used motorcycle messengers to transmit orders to front-line troops, evading Blue's sophisticated electronic surveillance network. They also used a fleet of small boats to determine the position of Blue's ships without being detected. In the early days of the exercise, Red launched a massive salvo of cruise missiles, overwhelming the Blue forces' electronic sensors, destroying sixteen warships. Soon after that offensive, another significant portion of Blue's navy was "sunk" by an armada of small Red boats carrying out both conventional and suicide attacks, able to engage Blue forces due to Blue's inability to detect them as well as expected.
At this point, the exercise was suspended and Blue's ships were "re-floated." There were many within the upper echelons of the Department of Defense that found the results displeasing, and it was decided that the wargame should be started over. The rules of the exercise were essentially changed shortly thereafter, with the different sides ordered to follow predetermined, scripted plans of action, leading to allegations that the exercise was scripted and "$250 million was wasted" [1]. General Van Riper resigned soon after, concerned that the wargame would serve to merely reinforce an increasing notion of infallibility within the U.S. military rather than serve as a learning experience. He was quoted in the BBC/Discovery Channel documentary A Perfect War as saying that what he saw in MC02 echoed the same attitudes taken on by the Department of Defense of Robert McNamara going in to and during the Vietnam War, namely the idea that the U.S. military could not and cannot be defeated.
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Millennium Challenge 2002 (MC02) was a major wargame exercise conducted by the United States armed forces in mid-2002, likely the largest such exercise in history. The exercise, which ran from July 24 to August 15 and cost 250 million dollars, involved both live exercises and computer simulations. MC02 was meant to be a test of future military "transformation"—a transition toward new technologies that enable network-centric warfare and provide more powerful weaponry and tactics. The simulated combatants were the United States, denoted "Blue", and an initially unknown adversary in the Middle East, "Red". Most of the people on the U.S. side assumed that the adversary in the game would be Iraq, but according to a Nova show on PBS, it was later revealed that the other side was simulating the military forces of Israel, since U.S. military officials felt it was the only state in the region that would be a worthy adversary for American military power.
Red, commanded by retired Marine Corps general Paul K. Van Riper, used motorcycle messengers to transmit orders to front-line troops, evading Blue's sophisticated electronic surveillance network. They also used a fleet of small boats to determine the position of Blue's ships without being detected. In the early days of the exercise, Red launched a massive salvo of cruise missiles, overwhelming the Blue forces' electronic sensors, destroying sixteen warships. Soon after that offensive, another significant portion of Blue's navy was "sunk" by an armada of small Red boats carrying out both conventional and suicide attacks, able to engage Blue forces due to Blue's inability to detect them as well as expected.
At this point, the exercise was suspended and Blue's ships were "re-floated." There were many within the upper echelons of the Department of Defense that found the results displeasing, and it was decided that the wargame should be started over. The rules of the exercise were essentially changed shortly thereafter, with the different sides ordered to follow predetermined, scripted plans of action, leading to allegations that the exercise was scripted and "$250 million was wasted" [1]. General Van Riper resigned soon after, concerned that the wargame would serve to merely reinforce an increasing notion of infallibility within the U.S. military rather than serve as a learning experience. He was quoted in the BBC/Discovery Channel documentary A Perfect War as saying that what he saw in MC02 echoed the same attitudes taken on by the Department of Defense of Robert McNamara going in to and during the Vietnam War, namely the idea that the U.S. military could not and cannot be defeated.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Tópico meio maluco, mistura Golfo Pérsico Iran versus EUA com o São Paulo. Mas interessante. Algumas considerações:
1) Muitos dos mísseis iranianos estão tecnologicamente defasados como o Silkworn, muito grande e lento, na prática um avião sem piloto os outros chineses como o C802, é semelhante ao Exocet e ambos podem ser abatidos, enganados, jameados etc. Até caças podem abate-los com AIM 120 etc. Podem acertar e causar baixas, mas não são coisa de outro muito.
2) Contra o Moskit, bem os EUA tem o Standard e o sistema AEGIS e eles sabem com que estão lidando. Na época da guerra fria, quando havia a URSS, com a sua KGB e todo o controle contra a espionagem, tinha Migs 17, 21 e 23 voando no deserto americano em testes de armas. Vocês acham que a U.S.Navy já não pois a mão e examinou todos os mísseis russos atuais. Na prática vai ser ECM neles, solf-kill.
3) Mas parabéns também para o Iran ter condições de enfrentar a U.S. Navy e poder acertar uns "murros" é algo digno de louvor para um país do "terceiro mundo".
4) São Paulo, ter ou não ter, o eterno dilema. Mas uma vez chovendo no molhado, um P.A. é poder, fato incontestável é como o sub nuclear é poder, são peças mestres na guerra naval. O problema do São Paulo, não é o navio é que o governo brasileiro não fornece o dinheiro para que ele exista no seu toldo e na minha opinião o governo brasileiro, não vai fornecer no futuro. Por isso também tenho as minhas dúvidas contra o Brasil ter um porta-aviões. Mas se houver o mínimo do dinheiro, para que ele tenha pelo menos 08 caças adequados, veja bem adequados e 06 helis grandes tipo EH 101. Então ele fica poderoso e olha que ele comporta bem mais que isso. Mas enquanto isso o São Paulo está nu.
5) Uma perguntinha, que Marinha iria enfrentar o Brasil no meio do Atlantico Sul, esquecendo as potências navais (EUA, Inglaterra, França) quem seria esta Marinha a Venezuela??? Talvez a Africa do Sul com 04 Meko e 02 submarinos e porque faria isso se os seus interesses estão do outro lado do Atlantico. No ponto de vista, mesmo sem porta aviões o Atlantico Sul é nosso.
6) O que precisamos é ter subs com capacidade adequada, algumas escoltas no estado da arte bélica e um navio que tenha capacidade de operar helis pesados com eficiencia e possa ser a nau capitânia de forma muito, mas muito mais economica que o São Paulo é hoje.
1) Muitos dos mísseis iranianos estão tecnologicamente defasados como o Silkworn, muito grande e lento, na prática um avião sem piloto os outros chineses como o C802, é semelhante ao Exocet e ambos podem ser abatidos, enganados, jameados etc. Até caças podem abate-los com AIM 120 etc. Podem acertar e causar baixas, mas não são coisa de outro muito.
2) Contra o Moskit, bem os EUA tem o Standard e o sistema AEGIS e eles sabem com que estão lidando. Na época da guerra fria, quando havia a URSS, com a sua KGB e todo o controle contra a espionagem, tinha Migs 17, 21 e 23 voando no deserto americano em testes de armas. Vocês acham que a U.S.Navy já não pois a mão e examinou todos os mísseis russos atuais. Na prática vai ser ECM neles, solf-kill.
3) Mas parabéns também para o Iran ter condições de enfrentar a U.S. Navy e poder acertar uns "murros" é algo digno de louvor para um país do "terceiro mundo".
4) São Paulo, ter ou não ter, o eterno dilema. Mas uma vez chovendo no molhado, um P.A. é poder, fato incontestável é como o sub nuclear é poder, são peças mestres na guerra naval. O problema do São Paulo, não é o navio é que o governo brasileiro não fornece o dinheiro para que ele exista no seu toldo e na minha opinião o governo brasileiro, não vai fornecer no futuro. Por isso também tenho as minhas dúvidas contra o Brasil ter um porta-aviões. Mas se houver o mínimo do dinheiro, para que ele tenha pelo menos 08 caças adequados, veja bem adequados e 06 helis grandes tipo EH 101. Então ele fica poderoso e olha que ele comporta bem mais que isso. Mas enquanto isso o São Paulo está nu.
5) Uma perguntinha, que Marinha iria enfrentar o Brasil no meio do Atlantico Sul, esquecendo as potências navais (EUA, Inglaterra, França) quem seria esta Marinha a Venezuela??? Talvez a Africa do Sul com 04 Meko e 02 submarinos e porque faria isso se os seus interesses estão do outro lado do Atlantico. No ponto de vista, mesmo sem porta aviões o Atlantico Sul é nosso.
6) O que precisamos é ter subs com capacidade adequada, algumas escoltas no estado da arte bélica e um navio que tenha capacidade de operar helis pesados com eficiencia e possa ser a nau capitânia de forma muito, mas muito mais economica que o São Paulo é hoje.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Marino escreveu:juarez castro escreveu:Marino escreveu:juarez castro escreveu:Texto a ser lipo repetidamente e com atenção redobrada pelo almirantado da Brasil Navy, principalmente aqueles que acham o SP uma arma de dissuação.
Grande abraço
Compare o Golfo Pérsico com o Atlântico.
Não comandante, eu estou falando da capacidade dos misseis anti navio/cruzeiro, se a NAVY não consegue, que dirá a Brasil navy.
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Primeiro, vc está acreditando no que foi escrito, que o AEGIS não é eficaz contra os mísseis citados, o que teria que ser demonstrado.
Segundo, como mostrei no post acima, se um PA americano suspender e ficar a meio caminho entre o Bahrein e o Iran, estará somente a 75 milhas da costa inimiga, o que é uma situação inconcebível para um PA. Ataques de saturação poderiam ser feitos.
GEOGRAFIA - algo muitas vezes esquecido, principalmente pelos políticos.
Exato, os EUA estão querendo empregar um sistema de Armas de maneira errônea. deve ser pq se acostumaram mal, a chutar cachorro morto.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
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- soultrain
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Boas,
Neste exercicio foi usada uma técnica simples, saturação e meios assimétricos de dificil detecção e identificação. O problema foi não terem sequer tentado encontrar uma táctica para contrapor, mas assumir a incapacidade e alterar o exercicio.
Podem se perder muitas vidas graças ao "American Pride" de alguns.
[[]]'s
Neste exercicio foi usada uma técnica simples, saturação e meios assimétricos de dificil detecção e identificação. O problema foi não terem sequer tentado encontrar uma táctica para contrapor, mas assumir a incapacidade e alterar o exercicio.
Podem se perder muitas vidas graças ao "American Pride" de alguns.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Bem lembrado, foi simulado um ataque de saturação. Numa situação assim, os sistemas automáticos escolherão os alvos mais fáceis? Um Silkworm lerdão, grande e pesado vai brilhar na fila das opções de tiro, fácil. Depois tem os Exocet made-in-China, mais difíceis, os KH-41 e finalmente os Yakhont.
E se a US NAVY estudou estes mísseis(????), a URSS estudou os navios, ou só a CIA sabia fazer espionagem? Procurem saber da eficiência da KGB.
E se a US NAVY estudou estes mísseis(????), a URSS estudou os navios, ou só a CIA sabia fazer espionagem? Procurem saber da eficiência da KGB.
- P44
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Segundo a Time que recebi ontem, já em 2003 o bush estava a atiçar os Militares americanos para a invasão do Irão, foram feitos vários estudos e simulações e foram os próprios MILITARES AMERICANOS que obrigaram o "presidente" a recuar nas suas intenções.
Entre os vários receios dos militares americanos está precisamente a minagem total do Estreito de Ormuz, que impediria o tráfego de petroleiros na zona.
Entre os vários receios dos militares americanos está precisamente a minagem total do Estreito de Ormuz, que impediria o tráfego de petroleiros na zona.
Triste sina ter nascido português