orestespf escreveu:
Taí, gostaria de ver isso. Até porque ainda é projeto, e a boca diz o que quer (dos projetistas, claro). Confesso que é difícil acreditar nisso, não no amigo, mas no que se fala por aí. Dou um exemplo, no material de propaganda do Gripen tem um "mapa" com o alcance deste vetor. E este mapa mostra que em apenas três pontos (bases) seria suficiente para o Gripen cobrir e com muita folga todo o continente sul-americano.
E como acreditar numa coisa destas? Não deve levar uma arma, só tanques externos, e só vai, não volta. E talvez com alguns REVOS. Mas está lá no material oficial deles, e que também foi divulgado em algumas revistas da área.
Minha descrença se aplica a todos os outros caças e não ao Gripen somente, muito menos ao colega.
Abs,
Orestes
Orestes,
O tal mapa no material de propaganda do Gripen apresenta o alcance de translado, de 3.200 km, do Gripen C, projetado sobre o Brasil. Não há nenhuma mentira nisso. mentira era o anúncio do Su35 que afirmava que o Flanker cruzava o Brasil de Norte a Sul com 8 t de armamentos. Garanto que o material que a FAB recebeu sobre o Gripen, na proposta da Gripen International, traz os raios de combate do Gripen C nas mais diversas configurações de armas e de missões, em vários perfis de vôo, tudo preto no branco, tin-tin por tin-tin...
O que causa a maior confusão e cria a maior reserva do pessoal leigo contra o Gripen, acusando-o de ter "perna curta" (e tem, em várias missões e perfis de vôo, se comparado com um caça bem maior, como o Su35) é que, em várias matérias em revistas de informação, mas não-especializadas, como Veja e IstoÉ, e mesmo em algumas revistas ditas especializadas, como FlugRevue e outras, é que apresentavam gráficos mostrando sempre o Gripen com seu raio de combate em condições desfavoráveis a ele enquanto os demais concorrentes eram mostrados em outras configurações para missões onde os raios de combate lhes eram favoráveis.
Exemplo:
Várias matérias mostravam o raio de combate do Gripen C como sendo de 500km, sem esclarecer que esse raio de combate era com dois mísseis RBS 15 sob as asas, um tanque extra, dois Maverick e mísseis ar-ar, em perfil de vôo LO-LO-LO, para missões antinavio. E, para comparar, colocavam o raio de interceptação do Mirage 2000BR, e o raio de combate do Su35, em perfil de vôo Hi-Lo-Hi, de mais de mil quilômetros. Ou comparavam o raio de interceptação supersônica do Gripen, de cerca de 900km, contra o alcance de translado do Su35, de 3.600km, como uma edição da FlugRevue fez uma vez. Ou seja, comparavam maçã com laranja.
A verdade é que o Gripen C atendeu plenamente aos requerimentso da FAB e foi escolhido duas vezes. Só não levou, mas essa é outra história... Com o Gripen N, a coisa fica ainda mais favorável ao caça sueco, em minha opinião.
Isso não quer dizer que a FAB não possa escolher Rafale ou Su35. agora, se ela decidir assim, espero que tenha colocado todos os pontos, positivos e negativos, da sua opção, chegando à conclusão que a relação custo-benefício de sua escolha se justifica. Não fico triste se não der Gripen N e sair Su35, Rafale, ou mesmo F-16C/D. Fico preocupado, apenas. Preocupado se o risco valerá a pena.