#99
Mensagem
por P44 » Qua Nov 07, 2007 8:01 am
Duma aprova moratória ao Tratado sobre Forças Convencionais
A câmara baixa do parlamento russo (Duma Estatal) aprovou hoje por unanimidade uma moratória à vigência do Tratado sobre Forças Convencionais na Europa a partir de 12 de Dezembro.
O projecto-lei sobre a moratória foi apresentado à Duma Estatal pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, a 23 de Julho último.
«A destruição do Tratado sobre Forças Convencionais na Europa, se tal acontecer, não ocorrerá por culpa da Rússia e não será uma perda irremediável para o nosso Estado», declarou o general Iúri Baluievski, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Rússia, ao discursar perante os deputados.
«A Rússia tem um arsenal suficiente de forças e meios para garantir a sua segurança e interesses nacionais», disse.
O deputado Konstantin Kossatchov, dirigente do Comité de Relações Internacionais da Duma, sublinhou que a moratória não significa um abandono definitivo, mas congela o cumprimento dos compromissos pela parte russa.
«Trata-se de um importante indicador da seriedade da Rússia em defender sem compromissos os interesses da garantia da sua capacidade de defesa», sublinhou.
Esta decisão é também uma resposta aos planos dos Estados Unidos de instalar elementos do sistema de defesa anti-míssil na República Checa e Polónia.
O Presidente Putin propôs a suspensão do cumprimento do Tratado até que todos os países da Europa, incluindo os membros da NATO, ratifiquem o acordo sobre a adaptação, assinado em 1999.
Actualmente, apenas a Rússia, Bielorrússia, Ucrânia e Cazaquistão ratificaram esse acordo.
O documento limita a quantidade de cinco tipos de armamentos: tanques, blindados de combate, artilharia, helicópteros de combate e aviões militares, desde o Atlântico até aos Urais.
Em 1990, as limitações previstas no Tratado diziam respeito apenas às forças da NATO e do Tratado de Varsóvia, criando um equilíbrio entre os dois blocos.
Em 1999, em Istambul, foi assinado o acordo sobre a adaptação, que previa a redução de armamentos para cada país separado, e não para blocos.
Ao mesmo tempo, a Rússia comprometia-se a retirar as tropas da Transdnistria, Ossétia do Sul e Abkházia, o que ainda não aconteceu.
O Tratado sobre Forças Convencionais na Europa levou à retirada da zona de vigência 60 mil unidades de armamento e 700 mil soldados.
Diário Digital / Lusa
07-11-2007 9:47:41
Triste sina ter nascido português