Para Jobim, Brasil não abre mão de energia nuclear para mover submarino e gerar eletricidade; mas rechaça bomba atômica, que considera "bobagem".
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na tarde de quinta-feira (15/11) que o País não abre mão de dominar o ciclo do combustível nuclear e das demais tecnologias necessárias à construção de um submarino com propulsão nuclear e à geração de energia elétrica, mas descartou qualquer possibilidade de uso da tecnologia em artefatos explosivos. "Não para a área de bomba atômica, isso é bobagem, mas para exatamente a possibilidade de termos propulsores, quer para o submarino, quer inclusive para a energia elétrica", afirmou. A declaração do ministro ocorreu em entrevista após a abertura da IV Conferência do Forte de Copacabana, promovida no Rio de Janeiro pela Fundação Konrad Adenauer, e que neste ano tem por tema "Um Diálogo Europa-América do Sul".
A opção da sociedade brasileira pelo uso exclusivamente pacífico da energia nuclear foi assegurada ainda na Constituição de 1988, onde consta que "toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional" (Art. 22, parágrafo XXVI, inciso a). Hoje, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) é o órgão governamental responsável pela política nacional de Energia Nuclear e o supervisor dos institutos de pesquisa.
O ministro Jobim disse ainda que eventos recentes, como a descoberta de campos gigantes de petróleo no mar (área denominada Amazônia Azul), tornam ainda mais urgente a política de autonomia tecnológica e de construção do submarino de propulsão nuclear, que pode ficar meses submerso, dificultando a detecção por tropas inimigas. Ele argumentou que os navios de superfície são fundamentais para o transporte de tropas e para outras missões, mas têm efeitos limitados no papel de dissuadir uma força inimiga mais forte que queira se estabelecer nas águas territoriais do País, onde concentram-se as fontes de petróleo brasileiras e os principais fluxos de comércio exterior do País.
"Basta abrir o google earth que você localiza até sua casa", comparou. Ele alertou ainda para a necessidade de se proteger as instalações petrolíferas contra hipotéticos de ataques terroristas. Na Operação Albacora, realizada pelas três Forças em setembro último, quase dez mil soldados simularam a proteção contra ataques inimigos à Bacia de Campos, inclusive com uso de forças especiais anti-terroristas.
O ministro explicou ainda em discurso no evento que toda a compra de equipamentos de Defesa previstas no Plano Estratégico Nacional de Defesa terão que seguir a regra da transferência de tecnologia. "Não é possível você comprar equipamento das Forças que dependam de tecnologias não transferidas, porque você não tem mobilização possível", comentou Jobim, referindo-se ao risco de boicote por parte de fornecedores em caso de uma mobilização militar contra uma agressão.
Na entrevista que se seguiu à abertura, o ministro observou também que o Brasil, para ser parceiro na construção da paz mundial, necessita de meios militares eficientes, que dêem credibilidade à estratégia dissuasória brasileira, que tem por objetivo desestimular agressões de terceiros. Ele lembrou que o País não tem pretensões expansionistas, e que os conflitos de fronteira foram sepultados pelo Barão de Rio Branco, há mais de um século.
Segundo Jobim, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, que coordena o comitê de elaboração do Plano Estratégico, já visitou Índia, Rússia, e está agora em Paris, discutindo essa questão. Em janeiro, os dois ministros deverão ir aos Estados Unidos. Entre as questões em debate, está a aquisição de helicópteros de transporte para a Aeronáutica. Uma das possibilidades, é serem fabricados no Brasil pela Helibrás, empresa que tem participação de capital francês.
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Pra mim arma nuclear seria a melhor arma de dissuasao possivel!!!
Depois de ter a tecnologia, é só explodir uma, mesmo que subterranea e pronto.........o recado ja esta dado aos paises interessados...
É só negar na midia depois, fala que foi terremoto atipico......
Nao se esqueçam da guerra das Malvinas!! a Inglaterra trouxe armas nucleares pro atlantico sul!! cogitaram usar tal artefato!! Porque eles podem ter e nós nao? Se eles usam pra se proteger, agente tambem pode!
Falando em Malvinas........que beleza os franceses cederem os codigos dos exocet argentinos pra Inglaterra!!! valeu França! ajudou bastante a Argentina! espero que nao façam o mesmo com agente um dia.......