POSSÍVEL GUERRA - BRASIL X VENEZUELA
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Creio que é a primeira vez que concordo com os tales Yanomamis, diabos me levem:
A carta dos índios
Assinada pelo tesoureiro da Associação Hutakara Yanomami, Dário Vitório Kopenawa Ianomami, a carta endereçada às autoridades diz:
"Nós Ianomami, membros da Hutukara Associação Ianomami, fizemos este documento. No dia 08/08/2007 durante nossa reunião na região do Xitei vimos um helicóptero do exército venezuelano (sobrevoando), havia também não-indígenas (vendo isso conosco).
Ao pousarmos na pista do Xitei, na floresta brasileira, lá estava o helicóptero da Venezuela vindo em nossa direção, todos nós o vimos. Havia representantes da Diocese, Ministério Público Federal, o chefe do Distrito Sanitário Especial Ianomami e Ye´kuana, o membro da Hutukara Associação Ianomami. Foi assim que nós vimos o helicóptero da Venezuela.
Nós Ianomami ficamos muito preocupados, por isso fizemos este documento. Na região do Surucucu se encontra o Exército Brasileiro mas ele não falou ainda, o que é não é bom. Em Auaris há também o Exército Brasileiro mas ele não ficou realmente com os olhos atentos a isso. Os venezuelanos tal vez estão procurando por ouro no Brasil, é o que nós Ianomami pensamos.
O pessoal (Ianomami) de Xitei vive na terra do Brasil. Como o Exército Brasileiro realmente pensa sobre este assunto? Quando os habitantes da Venezuela entram no Brasil vocês do Exército Brasileiro não falam nada? Vocês estão presente na terra-floresta yanomami, mas por que não mostram sua valentia? Por esses motivos, nós Ianomami estamos muito preocupados, pelo fato do Exército não falar nada.
Assim foram nossas palavras.
Atenciosamente.
Dário Vitório Kopenawa Ianomami,
Tesoureiro da Hutukara Associação Ianomami- HAY
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Opinião: A questão de Essequibo
José Sarney, ex-presidente da república, senador e integrante da Academia Brasileira de Letras
"Para que a Venezuela está se armando?". Esta é pergunta que está na cabeça de cada um de nós e constitui um enigma que ninguém responde nem entende.
Rio Branco, com sua extraordinária visão de estadista, tomou como principal tarefa do seu Ministério resolver todos os problemas de fronteiras do Brasil dentro de soluções pacíficas, a maioria delas através do mecanismo de arbitragem internacional. Foi o caso da Guiana, naquele tempo Guiana Inglesa. Defendíamos a tese de que nossas fronteiras iam até a foz do Orinoco. Foi Joaquim Nabuco o nosso advogado. O árbitro escolhido foi a Itália, e seu rei, Vítor Emanuel III, decidiu fazer uma divisão que não fora pedida entre o Brasil e a Inglaterra. Aceitamos o Laudo Arbitral. Perdemos território. A Venezuela, que disputava com a Inglaterra a região a Oeste do Rio Essequibo, não aceitou um outro Laudo Arbitral de Paris em 1899, e considera a área como uma "Zona en Reclamación" e nela não permite que nada seja feito.
Quando eu fui presidente, tentei fazer um acordo com a Guiana para termos um entreposto em Georgetown que nos daria acesso ao Caribe, como escoadouro da produção da Zona Franca de Manaus. Construiríamos uma estrada da fronteira até Georgetown. A Venezuela não permitiu, justamente questionando a soberania da Guiana nesse território. O ministro Gibson Barbosa, em suas memórias, fala de uma proposta venezuelana ao Brasil para reabrirmos a questão e, em troca, recebermos uma parte do território conquistado. O Brasil teria se recusado a tratar do assunto, em nome da paz no continente e a estabilidade de nossas fronteiras.
A América do Sul é o continente mais pacífico da face da Terra. A última guerra que tivemos foi a do Chaco, entre Bolívia e Paraguai, por volta de 1932. Nem chegou mesmo a ser uma guerra. Podia ser chamada de entrevero.
Há um equilíbrio estratégico na América do Sul que desestimula qualquer solução de força. Nossos orçamentos militares diminuem e nossas constituições pregam o pacifismo.
Assim, não podemos deixar de condenar o armamentismo e muito menos uma corrida às armas na América do Sul, o que ocorrerá caso haja um desequilíbrio que afete a defesa de nossos países.
Churchill, quando denunciou o rearmamento da Alemanha, foi acusado de ver fantasmas ao meio- dia. A Venezuela arma-se contra os Estados Unidos? Ninguém levaria a sério essa hipótese. Contra o Brasil, Argentina, Colômbia, Chile? Também não. Então, permanece o mistério dessa atitude e a necessidade de perguntar: "Contra quem?".
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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- Dieneces
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Esse bilhete já tá lido. Na primeira crise interna importante , Chávez anexa o território ao oeste do Essequibo. Bases americanas no Suriname são sintomáticas desse contexto.
Editado pela última vez por Dieneces em Sex Nov 16, 2007 2:50 pm, em um total de 2 vezes.
- Tigershark
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Dieneces escreveu:Esse bilhete já tá lido. Na primeira crise interna importante , Chávez anexa o território à leste do Essequibo. Bases americanas no Suriname são sintomáticas desse contexto.
Amigo Dieneces,
Volto a insistir no meu argumento em uma mensagem acima:
Alguém acredita em sã consciência que os EUA assistirão à criação de um eixo Chavez/Castro/Teerã/Coréia do Norte e outros sem fazer absolutamente nada?
Isso me lembra a famosa crise dos anos 60 com Cuba apontando mísseis para a Flórida.
Abs,
Tigershark
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Uma frase de FLORIANO, o consolidador da REPÚBLICA, que aniversariou ontem, só para temperar o tópico.
Floriano, o Consolidador
Perguntado certa feita como receberia a Armada inglesa que viria garantir a segurança de cidadãos ingleses no Rio de Janeiro, Floriano não usou de meias palavras e respondeu:
“À bala”!
Com isso, matou, no nascedouro, qualquer tentativa de ofensa à nossa soberania.
Que tal se ele ,depois do CALA BOCA ainda ouvisse uma semelhante à do Marechal de Ferro.
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- Tigershark
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- Edu Lopes
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Guiana e Venezuela trocam acusações
Guiana acusa Venezuela de invadir zona de garimpo em seu território
Georgetown afirma que soldados explodiram dragas; Caracas diz que ação ocorreu no lado venezuelano da fronteira
Georgetown, Guiana
O ministro das Relações Exteriores da Guiana, Rudy Insanally, convocou o embaixador venezuelano em Georgetown, Dario Morandy, para dar explicações sobre uma suposta invasão territorial seguida de ataque a uma zona de garimpo ocorrida anteontem por tropas venezuelanas na fronteira entre os dois países. Morandy disse que a ação ocorreu do lado venezuelano da fronteira.
De acordo com Insanally, 36 soldados venezuelanos, apoiados por helicópteros, usaram explosivos C-4 para destruir duas dragas de garimpo de ouro num rio perto da fronteira. As embarcações foram destruídas e ninguém ficou ferido. O governo da Guiana enviou ontem soldados para investigar o caso. Não ficou claro se o incidente ocorreu no Rio Cuyuni ou no Rio Wenamu. Os investigadores utilizarão um aparelho de GPS para comprovar a invasão territorial venezuelana.
O embaixador venezuelano negou que seus soldados tenham invadido o país vizinho. Segundo ele, a operação de três dias, que deve terminar hoje, buscava prender garimpeiros venezuelanos, guianeses e brasileiros que agem ilegalmente na região. "Os soldados tentavam expulsar cerca de 200 famílias que realizavam mineração ilegal no território da Venezuela", disse Morandy, ressaltando que os dois países "são bons vizinhos e não vão brigar por esse caso".
A explicação do venezuelano, no entanto, não convenceu o governo guianense. "Não há justificativa", afirmou Insanally.
DISPUTA TERRITORIAL
O incidente é potencialmente explosivo para as relações entre a Venezuela e a Guiana. A Venezuela reclama há um século direitos territoriais sobre toda a região a oeste do Rio Essequibo, que corta a Guiana ao meio, cedida à então colônia britânica da Guiana após um laudo arbitral de 1899. A região é rica em petróleo, minérios e outros recursos. Desde 1989, a ONU media a disputa.
Desde que assumiu o poder, há 8 anos, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, vem modernizando as Forças Armadas do país, com o objetivo de se tornar o líder da maior potência militar da América do Sul. Em recente entrevista publicada pelo Estado, Salvador Raza, diretor-geral do Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança (CeTRIS), um centro de estudos com sede em São Paulo, disse que "a invasão da Guiana é uma possibilidade forte nesse quadro", possibilidade também reconhecida por fontes militares.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1568,0.php
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- Matheus
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Edu Lopes escreveu:Guiana e Venezuela trocam acusações
Guiana acusa Venezuela de invadir zona de garimpo em seu território
Georgetown afirma que soldados explodiram dragas; Caracas diz que ação ocorreu no lado venezuelano da fronteira
Georgetown, Guiana
O ministro das Relações Exteriores da Guiana, Rudy Insanally, convocou o embaixador venezuelano em Georgetown, Dario Morandy, para dar explicações sobre uma suposta invasão territorial seguida de ataque a uma zona de garimpo ocorrida anteontem por tropas venezuelanas na fronteira entre os dois países. Morandy disse que a ação ocorreu do lado venezuelano da fronteira.
De acordo com Insanally, 36 soldados venezuelanos, apoiados por helicópteros, usaram explosivos C-4 para destruir duas dragas de garimpo de ouro num rio perto da fronteira. As embarcações foram destruídas e ninguém ficou ferido. O governo da Guiana enviou ontem soldados para investigar o caso. Não ficou claro se o incidente ocorreu no Rio Cuyuni ou no Rio Wenamu. Os investigadores utilizarão um aparelho de GPS para comprovar a invasão territorial venezuelana.
O embaixador venezuelano negou que seus soldados tenham invadido o país vizinho. Segundo ele, a operação de três dias, que deve terminar hoje, buscava prender garimpeiros venezuelanos, guianeses e brasileiros que agem ilegalmente na região. "Os soldados tentavam expulsar cerca de 200 famílias que realizavam mineração ilegal no território da Venezuela", disse Morandy, ressaltando que os dois países "são bons vizinhos e não vão brigar por esse caso".
A explicação do venezuelano, no entanto, não convenceu o governo guianense. "Não há justificativa", afirmou Insanally.
DISPUTA TERRITORIAL
O incidente é potencialmente explosivo para as relações entre a Venezuela e a Guiana. A Venezuela reclama há um século direitos territoriais sobre toda a região a oeste do Rio Essequibo, que corta a Guiana ao meio, cedida à então colônia britânica da Guiana após um laudo arbitral de 1899. A região é rica em petróleo, minérios e outros recursos. Desde 1989, a ONU media a disputa.
Desde que assumiu o poder, há 8 anos, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, vem modernizando as Forças Armadas do país, com o objetivo de se tornar o líder da maior potência militar da América do Sul. Em recente entrevista publicada pelo Estado, Salvador Raza, diretor-geral do Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança (CeTRIS), um centro de estudos com sede em São Paulo, disse que "a invasão da Guiana é uma possibilidade forte nesse quadro", possibilidade também reconhecida por fontes militares.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1568,0.php
começou....
- joao fernando
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- Vinicius Pimenta
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