rcolistete escreveu:orestespf escreveu:rcolistete escreveu:Plinio Jr escreveu:Mas é claro....mas aeronaves de transporte e carga...eles sempre aprovam rapidinho
E a Embraer falava (segundo algumas pessoas) que não precisava da FAB ou do governo, que as especificações não tinham nada a ver com a FAB, etc...
Para mim ocorreu um belo lobby da Embraer para convencer o governo a entrar com esses R$800 mi. Que para início de um projeto em estudo é um ótimo catalizador para atrair parceiros de risco, etc. Pois obviamente agora a FAB (e Correios...) se comprometerão a adquirir algumas dezenas de C-390 futuramente.
Para deixar claro : concordo com esse investimento do governo...
[]s, Roberto
A Embraer está cobrando adiantado só isso. Não quer o incentivo "verbal" do governo, quer ter certeza que ele comprará. Assim, a saída encontrada foi essa, o governo entra como sócio da Embraer neste projeto e receberá como retorno, seus aviões.
Concordo, é interessante.
Porém contradiz o dirscurso de algumas pessoas da Embraer pós-LAAD 2007, que falavam "quanto menos a FAB se meter melhor" e outras coisas do tipo.
Faz-me lembrar de outra, na área educacional. Uma pesquisa feita no Brasil sugeria que o financiamento da educação superior não deveria ser do governo, mas todo privatizado. Incluindo pesquisas, etc. Mas adivinha : o infeliz (para não dizer outros nomes) fez tal pesquisa com verbas públicas.
[]s, Roberto
Pois é exatamente isso... Muitos aqui dizem que o C-390 só sai com encomenda da FAB. EU digo que não depende da FAB para ser lançado, e mantenho isso.
O C-390 está sendo projetado para atender a requisitos de mercado, e não está sendo projetado especificamente para as necessidades da FAB, como no caso do ALX.
Claro que uma encomenda da FAB ajuda, assim como qualquer outra. Claro que o aval da própria Força Aérea do próprio país é um fator importante de marketing... mas não é fundamental.
Muito mais importante do que uma encomenda da FAB é um financiamento governamental. Agora se o financimento vai ser pago com grana, ou com aviões pra FAB, tanto faz.
De qualquer forma é claro que a EMBRAER está ouvindo o que a FAB tem a dizer, pois considera sua experiência com aviões C-130 muito importante, principalmente devido a sua diversidade de emprego por aqui.
Claro que está levantando junto a FAB quais seriam seus requisitos... mas também está fazendo isso com pelo menos mais uma dúzia de países. O que se conclui que o avião não está sendo feito para a FAB, mas sim pro mercado.
Se a FAB não o comprar, o avião poderá ser vendido a outros operadores (já existem muitas negociações rolando).
Ou seja os casos ALX e SIVAM são totalmente diferentes. Nestes casos a FAB escreveu o que queria e a Embraer projetou algo para atender o que o cliente pedia.
No C-390 a Embraer está ouvindo o que muitos querem, e vai procurar projetar um produto que atenda, da melhor forma o que todos querem. Assim muitos requisitos serão atendidos e outros não. É o belo da engenharia... trabalhar com "cobertor curto", tentando por ordem no caos.
De qualquer maneira o C-390, repito, não foi projetado pensando só na FAB e no que ela precisa. FOi pensado pensando no mercado, nas centenas de C-130 que estão ficando obsoletos, no preço alto dos concorrentes... Ou seja se enxergou uma brecha no mercado e é lá que estamos mirando... Assim com foi feito no caso do ERJ e dos EJet´s... e agora dos Phenom...
Acho que o C-390 será (se for lançado) um divisor de águas... Será o primeiro avião militar projetado e direcionado para o mercado. Acho que estão procurando usar na aviação militar a approach que se usa na aviação comercial e executiva.
Vamos ver no que vai dar... muita coisa ainda vai rolar... e logo!
Sds,
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