Wolfgang escreveu:Mas a minha opção hoje é:
EF (transferência de tecnologia? Pô, precisa ser referente ao caça? Não pode ser em outro campo tecnológico?);
Gripen
Rafale
SU-30
A transferência de tecnologia deve ser em áreas que nós não dominamos, e o projeto de caças supersônicos é uma delas, assim como o de foguetes de combustível líquido, sub`s nucleares, mísseis dos mais diversos tipos e outras coisas do gênero, e qualquer uma delas seria bem vinda.
Mas mesmo que a transferência seja restrita à área de aviões de caça, não necessariamente ela teria que ser apenas em cima do modelo específico que será adquirido. Pode-se imaginar o seguinte cenário, por exemplo no caso da confirmação da compra do SU-35:
- Adquirimos agora os 36 aviões, uma quantidade razoável para até 3 GDA`s, mas claramente abaixo das necessidades da FAB se considerarmos o médio prazo. É também um avião muito grande (custo por hora de vôo caro) para se pensar na FAB operando um número maior deles, além de ser realmente um avião em final de desenvolvimento.
- No pacote incui-se o apoio da Rússia à Embraer (ou alguma outra instituição técnica brasileira como o CTA) no desenvolvimento dos conceitos aerodinâmicos e de furtividade no estado-da-arte disponível. A produção local dos motores (sob-licença) também poderia ser acrescentada.
- Com este apoio e o conhecimento já disponível da Embraer nas áreas de estruturas, materiais compostos, construção e integração de sistemas, incluindo o que foi absorvido com o programa de modernização dos F-5, inicia-se o desenvolvimento de um caça menor (com o um único motor por exemplo), na categoria de um Gripen melhorado ou mesmo de um F-35 (dependendo da efetividade da tecnologia disponível e dos custos).
Este novo avião poderia ter um prazo de desenvolvimento confortável, digamos de uns 12 anos (a embraer costuma desenvolver seus aviões em prazos muito menores do que isso, os caras são bons!), e estaria disponível para a FAB bem na hora de aposentar os F-5M e os AMX modernizados. O acordo poderia incluir a transferência de tecnologia também da Embraer para a Rússia (tem coisas no segmento de produção aeronáutica que a Embraer faz até melhor que eles), e no futuro o caça poderia ser produzido na própria Rússia, como uma complementação para o PAK-FA em um Hi-Lo mix.
Seria um grande negócio para todos os participantes, e se encaixaria bem dentro dos interesses do Brasil e da FAB tanto no curto quanto no médio e no longo prazos.
Leandro G. Card